A leitura significativa é um processo de interlocução entre o autor e leitor, mediado pelo texto.

LEITURA NA ESCOLA:A ESCOLARIZA��O DO TEXTO

 JORNAL�STICO

Liliana Mendes

Mestre em Educa��o pela Universidade Federal de Juiz de Fora 

Prof�.  do primeiro segmento do ensino fundamental da rede municipal de Juiz de Fora - MG 

Prof�.  da Faculdade de Educa��o da Universidade Cat�lica de Petr�polis - RJ  

O presente trabalho � resultado de disserta��o de mestrado apresentada ao Programa de P�s-gradua��o em Educa��o da Universidade Federal de Juiz de Fora. Trata-se de uma pesquisa com abordagem qualitativa, que objetivou investigar a escolariza��o do texto jornal�stico a partir da perspectiva da forma��o do aluno leitor. 

A presen�a do jornal, bem como de outros tipos de impressos, nas escolas, n�o � novidade. J� h� algum tempo esses portadores de texto v�m sendo usados como recurso did�tico, principalmente nas s�ries iniciais, em que freq�entemente os alunos lan�am m�o de recortes de palavras ou letras, ou ainda os utilizam como fonte de pesquisa (MARRA, 1998). No entanto, ao longo de nossa trajet�ria  profissional como pedagoga, tendo coordenado um programa de jornal na educa��o vinculado � Associa��o Nacional de Jornais entre 1996 e 1999, temos observado o crescimento, entre as modalidades de pr�tica de leitura escolar, da leitura do texto jornal�stico. Esta pode apresentar-se de forma bastante diversa, dependendo dos objetivos pedag�gicos assumidos pelo professor. 

Tendo em vista esta premissa, buscamos, ent�o, compreender o processo de escolariza��o deste g�nero a partir das propostas de leitura formuladas por dez professoras das redes p�blica e privada de ensino da cidade de Juiz de Fora, e assim,  contribuir com uma reflex�o te�rico-metodol�gica sobre a escolariza��o deste g�nero de texto, inserindo-a nas discuss�es recentes a respeito das pr�ticas de leitura na escola.

A leitura escolar, entendida como modalidade institucionalizada de leitura, sofreu mudan�as significativas a partir da primeira metade do s�culo dezenove, com os  avan�os tecnol�gicos que se fizeram poss�veis a partir da Revolu��o Industrial.  Esses avan�os aumentaram as possibilidades de comunica��o e permitiram a difus�o do uso da escrita em larga escala. A partir da diversifica��o de textos circulantes na sociedade, ampliaram-se os objetivos e usos escolares da leitura, uma vez que a escrita deixara de ser apenas um instrumento de preserva��o de informa��es e tornara-se um importante meio de acumula��o e de transmiss�o do conhecimento (cf. VIN�O, 1999). 

A sociedade moderna passa, ent�o, a requerer habilidades que v�o al�m da capacidade de decodificar o c�digo escrito. Nesta nova sociedade, ser alfabetizado deixava de ser condi��o suficiente para se tornar leitor. Assim, a multiplicidade de textos circulantes faz aparecer um novo tipo de analfabetismo, que se caracterizava, e ainda se caracteriza, n�o pelo n�o saber ler, mas pelo bem saber ler e n�o ler (SALINAS apud VIN�O, 1999), o que se reflete na escolariza��o, obrigando o repensar do conceito de alfabetiza��o, de leitura e de escrita (VIN�O, 1999, p. 74).  

A partir de tais demandas, surge ent�o o termo letramento, que amplia ou vai al�m do termo alfabetismo (cf. SOARES, 1998).

O letramento envolve o ler e o escrever nas dimens�es individual e social.  

A dimens�o individual do letramento, �estende-se da habilidade de traduzir em sons s�labas sem sentido �s habilidades cognitivas e metacognitivas� (SOARES, 1998, p. 69), aplicadas a diferentes tipos de materiais. J� sua dimens�o social � levada em conta a partir do pressuposto de que letramento � n�o s� o que as pessoas fazem com as habilidades e conhecimentos de leitura e escrita, em determinado contexto, mas tamb�m a rela��o que se estabelece entre essas habilidades e conhecimentos e as necessidades, os valores e as pr�ticas sociais.

Historicamente, a escola vem se constituindo como a principal ag�ncia de letramento (cf. KLEIMAN, 1995). No entanto, a institui��o escolar, que a princ�pio seria respons�vel pela forma��o dos sujeitos letrados, paradoxalmente vem sendo apontada como a respons�vel por formar sujeitos letrados n�o-leitores, ou como quer Salinas (apud VIN�O, 1999), neoanalfabetos. Isso porque, tal como afirma KLEIMAN (1995), as pr�ticas de letramento na escola, via de regra, ignoram o letramento-pr�tica social e privilegiam o letramento-pr�tica individual: o processo de aquisi��o dos c�digos. A intera��o verbal, permeada pela utiliza��o da leitura e da escrita como meio para se comunicar com o outro e com o mundo, � alijada das pr�ticas de leitura escolar. Os textos s�o destitu�dos de seu sentido original, que � determinado justamente pela necessidade de intera��o verbal e as pr�ticas de leitura escolar acabam por transformar todo g�nero de texto em texto escolar, ou "did�tico". Alguns estudos sobre a leitura na escola (KRAMER, 1993; KLEIMAN, 19995; GERALDI, 1997; SOARES, 1999) apontam para o fato de que esta se reduz a uma s�rie de atividades para o desenvolvimento das habilidades de decodifica��o e de compreens�o de textos dados, em situa��es artificiais de comunica��o, e sua finalidade fica limitada ao plano da funcionalidade, ou seja, � pr�tica de leitura voltada estritamente para as situa��es cotidianas ou profissionais, quando n�o mais estritamente voltada para a aprendizagem escolar.

Diante do exposto, podemos afirmar que a quest�o da forma��o do leitor (ou do n�o-leitor) por meio da escolariza��o relaciona-se, fundamentalmente, a dois aspectos intr�nsecos: as concep��es de leitura - que permeiam as finalidades e objetivos da leitura na escola - e as pr�ticas de letramento escolar.

Para uma concep��o de leitura que supere o letramento como pr�tica individual, � fundamental o resgate dos sentidos dos textos lidos na escola atrav�s, n�o s� do acesso � leitura e � escrita como habilidades individuais, mas principalmente pelo acesso �s pr�ticas sociais de leitura propriamente ditas.

Partindo desses pressupostos, entendemos que a leitura na escola deve orientar-se pelo conceito de leituriza��o, formulado por FOUCAMBERT (1993; 1994; 1997), que podemos tomar como uma nova forma de definir, n�o o estado ou condi��o de quem sabe ler ou escrever - id�ia a que nos remete o termo letramento - mas o processo de aquisi��o das habilidades sociais de leitura e escrita. Tal conceito ultrapassa o conceito usual de alfabetiza��o, entendido como o processo de apropria��o do c�digo escrito. Leiturizar (ao inv�s de alfabetizar) consiste em fazer os alunos entrarem em contato com sua realidade a partir de um trabalho que relacione v�rios tipos ou g�neros de texto, que constituem, na verdade, diferentes formas de retratar a realidade atrav�s da linguagem.

Por�m, para construir uma pr�tica de leitura na escola que realmente abarque todas as dimens�es poss�veis da leitura como pr�tica social, � preciso formular uma outra concep��o de leitura, que traga de volta a palavra como constitutiva do pensamento e da subjetividade, que tenha como fundamento uma concep��o de linguagem que privilegie as intera��es verbais e que, por sua vez, possa refletir-se na pr�tica pedag�gica atrav�s de uma proposta de leitura escolar que inclua toda a gama de textos circulantes na sociedade, ampliando a leitura de tais textos para al�m do objetivo escolar.

No bojo das reflex�es sobre a linguagem, foram resgatados, nas �ltimas d�cadas, os estudos de Mikail Bakhtin, que parte de uma vis�o semi�tica da linguagem,  indicando seu car�ter dial�tico. 

Para BAKHTIN (1999), o ser humano se constitui atrav�s da linguagem, que reflete e refrata a realidade da sociedade. A linguagem �, pois, uma constru��o social, "o produto da atividade humana coletiva" (BAKHTIN, 1993, p. 227) e n�o um dom divino - simples ato psicofisiol�gico do homem. Deriva-se das rela��es que se estabelecem entre os indiv�duos e se reveste de significados a partir delas. Segundo esse autor, � a palavra, signo ideol�gico[1] por excel�ncia, o que nos permite formular nosso pensamento, nossa fala interior, nossa interpreta��o da realidade social. Entretanto, � por ser signo ideol�gico que ela se reveste de sentidos, modificando essa realidade. Assim, todo pensamento � semi�tico, pois � forjado pela linguagem enquanto sistema s�gnico e embora seja um ato individual e subjetivo, sua orienta��o � social. A linguagem �, portanto, constituinte da subjetividade.

Assim concebida, a linguagem n�o pode ser definida e explicada somente a partir dos estudos da l�ngua como sistema de normas, desvinculada dos processos discursivos em que � produzida, nem somente a partir dos processos biopsicofisiol�gicos de sua produ��o, descolada dos contextos sociol�gicos em que ocorre. A realidade fundamental da l�ngua � a intera��o verbal, e a enuncia��o � a base sobre a qual a linguagem se constr�i.

Segundo BAKHTIN (1999), a l�ngua � produzida no processo de intera��o verbal entre o falante/locutor e o ouvinte/interlocutor e constitu�da a partir de uma orienta��o social, determinada pelos participantes e pelo contexto da situa��o discursiva. Por conseguinte, toda enuncia��o possui uma orienta��o social que � forjada em um processo dial�gico.

Entendendo o dialogismo como ponto fundamental da Filosofia da Linguagem de BAKHTIN (1999), podemos considerar o discurso escrito como uma forma particular de enuncia��o, em que a rela��o entre autor e leitor consiste num di�logo que se d� pela media��o da l�ngua escrita.  

Por�m, de acordo com BAKHTIN (1999) na linguagem escrita, os discursos est�o separados das circunst�ncias em que foram produzidos. O texto escrito est� fora do contexto de sua produ��o, ou seja, est� fora da situa��o hist�rico-social que motivou sua constru��o. Homem e linguagem se transformam em duas entidades separadas e a escrita ir� aumentar a dist�ncia real entre o autor e o leitor, sendo preciso um intenso trabalho interpretativo para diminuir a tens�o sem�ntica entre eles. Assim, ao se deparar com o discurso escrito, o ouvinte/ leitor precisa atribuir sentido a tal discurso. Essa produ��o de sentidos se efetua no movimento de compreens�o a partir das rela��es de comunica��o que se estabelecem entre o autor e o leitor, levando em considera��o o texto e o seu contexto, e pressup�e uma resposta do leitor frente ao texto, ainda que essa n�o seja uma resposta f�nica. No movimento de compreens�o, o leitor, numa atitude responsiva ativa frente ao texto, constr�i r�plicas, faz infer�ncias, relaciona o texto lido a outros (escritos ou n�o) e assim, recupera seu contexto e atribui-lhe sentidos. � esse movimento de compreens�o de um texto que constitui o ato de ler.

Conv�m esclarecer que, de acordo com BAKHTIN (apud STAM, 1992), texto se refere a todas as produ��es culturais enraizadas na linguagem e, todas o s�o. Assim sendo, podemos considerar o texto como qualquer objeto-produto da cultura que, constituindo-se a partir de alguma forma de linguagem, guarda em si um potencial comunicativo, ou seja, consiste num enunciado (cf. BAKHTIN, 2000). Desta maneira, o texto configura-se como elemento material que reflete as condi��es hist�rico-sociais de sua produ��o e de sua leitura.

O texto escrito consiste num discurso orientado para um audit�rio social e modula-se em fun��o dos interlocutores para os quais se dirige: os leitores, mesmo que sejam presumidos. Tal como em qualquer enuncia��o, esse discurso reflete as condi��es e finalidades espec�ficas da atividade humana, que s�o sempre permeadas pela utiliza��o da l�ngua, e sua constru��o ser� marcada pelas particularidades da situa��o de comunica��o na qual ele emerge, possuindo um conte�do e uma forma que se interrelacionam e que s�o determinados pela orienta��o social do discurso.

Ao desvendar o texto como leitores, o fazemos a partir de nosso pr�prio contexto, de nossas pr�prias presun��es, de nossa realidade concreta. Assim, se � verdade, como quer BAKHTIN (1999), que o sentido da palavra est� intimamente ligado ao contexto do leitor, que constitui o audit�rio social do autor, podemos dizer que os sentidos poss�veis de serem atribu�dos a um dado texto s�o tantos quantos forem os seus poss�veis leitores e as situa��es hist�rico-sociais em que se encontram. Esses sentidos s�o produzidos pelo leitor, a partir da vis�o de mundo determinada pelo contexto hist�rico-social e refletem a realidade em que o leitor se situa. Portanto, a leitura � aqui entendida como a atribui��o de sentidos a um dado texto, que se efetua num processo dial�gico, no qual os participantes n�o compartilham o mesmo espa�o-tempo, mas se encontram na grande temporalidade atrav�s do texto.

Uma vez que os textos constituem elementos materiais forjados pela linguagem, que por sua vez, reflete e refrata a realidade social, podemos afirmar que na leitura os sentidos s�o estabelecidos a partir da rela��o entre textos, nas muitas vozes que deles se apropriam e que nele se retratam: as vozes do autor, as vozes do leitor, as vozes de outros autores e de outros leitores.

Diante do exposto, verifica-se que, a cada situa��o social de comunica��o correspondem �tipos relativamente est�veis de enunciados� (BAKHTIN, 2000, p. 279), aos quais chamamos g�neros do discurso. Segundo BAKHTIN (2000), �os g�neros do discurso constituem tipos particulares de enunciados que se diferenciam de outros tipos, com os quais t�m em comum a natureza verbal (ling��stica)�, mas que tamb�m possuem elementos n�o-verbais, os quais determinam seu sentido[2].  

A partir dessa defini��o de g�nero, podemos considerar os textos jornal�sticos como g�neros do discurso escrito, pois constituem tipos est�veis de enunciados, na medida em que surgem da necessidade discursiva determinada socialmente por uma situa��o comunicativa.

No entanto, ocorre que, ao ser introduzido na escola, o texto jornal�stico passa a desempenhar uma fun��o espec�fica � esfera de utiliza��o da l�ngua no �mbito da escola, ou seja, passa a ser g�nero escolar. � nisso que consiste o processo de escolariza��o. Assim, ao ser escolarizado, o texto jornal�stico sofre for�osamente uma transforma��o: torna-se, principalmente, g�nero a aprender, embora permane�a g�nero para comunicar (cf. SCHNEWLY e DOLZ, 1999).

Segundo SOARES (1999) [3], a escolariza��o dos g�neros � um fen�meno inevit�vel, pois a escola, entendida como institui��o, constitui-se a partir da delimita��o dos espa�os e da defini��o dos tempos de aprendizagem, onde os saberes social e historicamente produzidos s�o sistematizados e organizados em situa��es de ensino, visando a aprendizagens. Assim, consideramos a introdu��o dos g�neros na escola conseq��ncia de uma inten��o did�tica que visa a objetivos precisos de ensino/aprendizagem: aprender a dominar os g�neros, para melhor conhec�-los, apreci�-los, saber compreend�-los e produzi-los, e para desenvolver capacidades que ultrapassam o g�nero e que s�o transfer�veis para outros g�neros (SCHNEWLY e DOLZ, 1999).

Podemos afirmar, como SOARES (1999), que a escola sempre trabalhou com g�neros, pois toda forma de comunica��o, inclusive a centrada na aprendizagem, cristaliza-se em formas de linguagem espec�ficas. Portanto, n�o h� nada de equivocado no fato de um g�nero ser escolarizado. O que se pode criticar � a escolariza��o err�nea ou impr�pria dos g�neros de texto, que se traduz em distor��o provocada pela didatiza��o dos g�neros textuais, e, consequentemente, na desvirtualiza��o destes. A forma equivocada como a escolariza��o dos g�neros vem se dando tem sido apontada como um fator que afasta o aluno do prazer da leitura pela maioria dos estudos feitos sobre leitura na escola. (cf. SOARES, 1999; JOBIM e SOUZA, 1996; KRAMER, 1995).

GERALDI (1997), ao discorrer sobre a pr�tica de leitura na escola, ensina que a  leitura constitui uma forma de interlocu��o que se estabelece entre o leitor e o autor, mediada pelo texto. Este autor afirma que, na leitura, o leitor reconstr�i o sentido intencionado pelo autor, dando sua pr�pria significa��o ao texto lido. Assim sendo, as v�rias possibilidades de leitura se traduzem nas v�rias formas de se estabelecer o processo de interlocu��o entre leitor e autor atrav�s do texto.

Na escola, as finalidades estabelecidas para a leitura de dado texto ou g�nero de texto se traduzem nas poss�veis posturas do leitor ante esse texto: a leitura-busca de informa��es, a leitura-estudo do texto, a leitura do texto-pretexto, a leitura-frui��o do texto. Estas s�o formas de interlocu��o poss�veis em qualquer texto.

No caso do texto jornal�stico, entendemos que os objetivos propostos para sua leitura se relacionam com as estrat�gias para abordar o texto na sala de aula (cf. KLEIMAN, 1993, p. 27). Sendo assim, podemos afirmar que as posturas poss�veis do aluno ante o texto jornal�stico s�o, em grande parte, definidas pela pr�tica pedag�gica do professor.

Buscando analisar a escolariza��o do texto jornal�stico no contexto da sala de aula � locus privilegiado da pr�tica de leitura na escola � o fizemos a partir de uma categoriza��o que se definiu pelas finalidades estabelecidas pelas professoras/sujeitos desta pesquisa para a leitura do texto jornal�stico ao propor a leitura desta modalidade de texto aos seus alunos. Trata-se de categorias que sintetizam as diversas situa��es de leitura observadas, e que descrevem a leitura do texto jornal�stico a partir das pr�ticas comuns de leitura de jornal propostas por diferentes professoras, em diferentes contextos, atrav�s de exemplos representativos. S�o elas: (1) a leitura do texto jornal�stico-busca de informa��es; (2) a leitura do texto jornal�stico-pretexto; (3) a leitura � frui��o do texto jornal�stico.

1)     A leitura do texto jornal�stico-busca de informa��es: 

De acordo com GERALDI (1997), a caracter�stica b�sica da leitura-busca de informa��es � o objetivo do leitor. Assim, o que define a interlocu��o que se estabelece neste processo de leitura � justamente seu objetivo  - a extra��o de informa��es do texto. Mas para que o aluno atribua sentido a um dado texto, � necess�rio estabelecer as finalidades para sua leitura, explicitando o para qu� ler este ou aquele texto, buscar esta ou aquela informa��o.

Em rela��o �s pr�ticas de leitura do texto jornal�stico-busca de informa��es, pudemos verificar, pelas situa��es observadas no campo de pesquisa, que a resposta a esse �para qu� podia ser encontrada justamente na forma como a leitura do texto jornal�stico se coadunava com os objetivos de ensino do professor.

Tais objetivos, embora sempre relacionados � aprendizagem de conte�dos curriculares, eram concretizados atrav�s de orienta��es metodol�gicas diferentes, de acordo com o papel que o professor atribu�a � leitura na escola.

Ao analisar a leitura do texto jornal�stico cuja finalidade era a busca de informa��es, verificamos que uma das orienta��es metodol�gicas presentes na sala de aula consistia no uso do jornal para subsidiar algum estudo definido a partir do programa de disciplinas espec�ficas, onde as informa��es a serem buscadas eram determinadas pelo conte�do em estudo e somente se relacionavam a ele. Essa orienta��o metodol�gica partia de uma compreens�o da leitura como meio para a aprendizagem, uma vez que a leitura do texto jornal�stico, principalmente not�cias, reportagens e artigos, juntamente com a de outros g�neros de texto n�o-jornal�sticos, justificava-se a partir da possibilidade de aprender sobre um tema espec�fico e relevante, ainda que esta relev�ncia se definisse do ponto de vista da escola.

Constatamos, tamb�m, uma outra orienta��o, em que o texto jornal�stico a ser lido podia ser selecionado, a partir dos temas extra�dos do pr�prio jornal. Essa forma de propor a leitura do texto jornal�stico consistia numa estrat�gia em que o aluno entrava em contato n�o s� com as informa��es requeridas pelo tema em estudo, mas com todas as outras informa��es trazidas pelo jornal. Assim, nessa orienta��o metodol�gica, a leitura do texto jornal�stico-busca de informa��es era uma pr�tica que, embora se concentrasse em um determinado tema, n�o se restringia a ele, vislumbrando muitos outros poss�veis.

Em rela��o � leitura-busca de informa��es, � preciso ressaltar a import�ncia de se definir  algum ponto de chegada, algum motivo pelo qual buscar informa��o atrav�s da leitura. Nesse sentido, concordamos com GERALDI (1994) quando diz que, nesse caso, s�o menos artificiais as leituras realizadas em outras disciplinas escolares que n�o a L�ngua Portuguesa, pois suas finalidades s�o mais claras para o aluno. Conclu�mos, pois, que a busca de informa��es no texto jornal�stico requer a vis�o clara do aluno das finalidades pelas quais essas informa��es precisam ser apreendidas, sob pena de, do contr�rio, o sentido da leitura n�o se estabelecer.

Partindo desses pressupostos, acreditamos que a busca de informa��es num texto jornal�stico reveste-se de sentido na medida em que se realiza em fun��o do estudo de uma unidade tem�tica, na qual o assunto seja explorado a partir de v�rios textos, de v�rios pontos de vista, ou de v�rias leituras, podendo se relacionar ou n�o a algum tema de estudo presente nos programas de disciplinas espec�ficas.

2)     A leitura do texto jornal�stico-pretexto: 

A leitura do texto-pretexto, de acordo com GERALDI (1997), corresponde, na escola, �quela em que um dado texto funciona como pretexto para outras atividades, tais como produ��o escrita, dramatiza��o e ilustra��o. Nesse tipo de leitura, � o pretexto, ou seja, a atividade a ser realizada a partir da leitura, que ir� definir o tipo de interlocu��o que se estabelece entre o leitor e o texto.  

Para o autor, n�o h� problema em um texto ser pretexto, uma vez que essa pr�tica aponta para a dessacraliza��o da leitura. Segundo ele, � melhor condenar o pretexto e n�o o fato de o texto ter sido pretexto.

A leitura do texto jornal�stico-pretexto pressup�e pretextos mais ou menos v�lidos, sob o ponto de vista da forma��o do leitor, na medida em que estes se aproximam ou se distanciam da leitura do texto jornal�stico como pr�tica social.

Dentre as pr�ticas pedag�gicas analisadas, constatamos que, para um mesmo pretexto, t�nhamos orienta��es metodol�gicas diferentes, conforme as concep��es de leitura, leitor e texto das professoras, de forma que o que legitimava a leitura do texto jornal�stico n�o era propriamente o pretexto que a professora tinha em vista, mas a forma como ela o propunha aos seus alunos. 

Constatamos, al�m disso, que entre os v�rios pretextos que norteavam a leitura do texto jornal�stico, havia aqueles que eram comuns a essas pr�ticas, adotados por diferentes profissionais, em diferentes escolas, tais como: conhecer o jornal, produzir textos e �transmitir a mensagem�.  

2.1) Conhecer o jornal: 

Conhecer o jornal era um dos pretextos bastante encontrados nas aulas de leitura de jornal observadas. Sendo o jornal um portador de texto com caracter�sticas peculiares, tal pr�tica se pautava em objetivos comuns: a desmistifica��o da leitura do jornal e a valoriza��o deste como fonte de informa��o. Esse era um trabalho que possu�a um car�ter instrumental, na medida em que seu objetivo era justamente mostrar onde e como procurar informa��es no jornal.

Sob o ponto de vista da forma��o do leitor, levar ao conhecimento do jornal era uma forma de aproximar o aluno da leitura, uma vez que o capacitava a utilizar tal ve�culo informativo como foi produzido. Essa habilidade � de suma import�ncia e constitui, um dos n�veis sobre o qual se coloca o problema da leitura. Para um bom uso da l�ngua escrita, � preciso um trabalho de forma��o e informa��o sobre t�cnicas de localiza��o dos escritos, que podem ser aprendidas na escola e fora dela, pois �os livros, os jornais, s�o ferramentas que funcionam de uma certa maneira e, para us�-las, � preciso uma certa inicia��o ao seu funcionamento� como ensina FOUCAMBERT (1994).

2.2) Produ��o de textos: 

Um segundo pretexto a partir do qual se orientava a leitura de jornal na sala de aula era a produ��o de textos. Tal pr�tica era bastante diversificada, conforme as orienta��es metodol�gicas propostas pelos professores. Produzir textos a partir da leitura de jornal inclu�a um conjunto variado de g�neros a produzir e, por conseq��ncia, uma grande diversidade de finalidades atribu�das aos textos a serem produzidos. Nesse caso, a quest�o b�sica que definia, em �ltima inst�ncia, as possibilidades de interlocu��o entre o leitor e o texto era: para que produzir textos?

Uma das raz�es pelas quais se produziam textos a partir da leitura do texto jornal�stico era para elaborar resumos. Essa orienta��o metodol�gica apresentava um objetivo estritamente escolar, pois os resumos produzidos n�o se relacionavam a nenhum interesse em particular, nem se vinculavam a uma finalidade real pela qual fosse �til e necess�rio resumir informa��es. Pelo contr�rio, o que menos importava eram as informa��es que o texto jornal�stico veiculava. O importante era que o aluno produzisse o texto, uma vez que era atrav�s da produ��o escrita que a professora poderia verificar os resultados da leitura realizada.

Al�m da produ��o de resumos, tamb�m verificamos como proposta a reescrita dos textos jornal�sticos, onde o aluno deveria produzir uma vers�o do texto lido, utilizando �suas  pr�prias palavras�. Nesta orienta��o metodol�gica, a finalidade de se reescrever o texto jornal�stico era simplesmente exercitar a escrita: a reescrita era um exerc�cio atrav�s do qual os alunos se apropriariam da escrita de outro. Aqui, a escrita era entendida como um objeto a ser apropriado e n�o como um meio de pensar o real.

Ainda pudemos verificar, na leitura do texto jornal�stico cujo pretexto era produzir textos, a produ��o de not�cias a partir de recortes de manchetes. Ao se utilizar de recortes desconectados de seu jornal de origem, essa orienta��o metodol�gica caracterizava-se pelo uso artificial da linguagem, uma vez que as �not�cias� produzidas n�o partiam de fatos concretos nem visavam � divulga��o de informa��es, e portanto, n�o estabeleciam qualquer rela��o com a leitura de jornal como pr�tica social de leitura. Pelo contr�rio, a proposta pedag�gica adotada servia a objetivos dos quais ficava totalmente ausente a valoriza��o do texto jornal�stico como uma forma particular de enuncia��o, ao ignorar sua fun��o comunicativa.

A essa orienta��o metodol�gica correspondia uma forma de abordar o ensino da escrita e da leitura que se caracterizava pelo desaparecimento da comunica��o, conforme descrevem SCHNEWLY & DOLZ (1999). Nessa abordagem, o uso dos g�neros n�o depende de pr�ticas sociais.

Uma outra proposta tendo a leitura do texto jornal�stico como pretexto era aquela que visava a produ��o de textos com caracter�sticas jornal�sticas para publica��o no jornal da escola. Essa era uma pr�tica importante do ponto de vista do dom�nio da l�ngua escrita, pois tal como sugere HERR (1997), as vantagens de proporcionar aos alunos o dom�nio espec�fico da imprensa relacionam-se � possibilidade de lev�-los a diversificar e complexificar seus textos, at� que eles sejam capazes de transmitir eficazmente suas mensagens em qualquer situa��o de enuncia��o e, paralelamente, de lev�-los a exercer suas capacidades cr�ticas sobre o conte�do e a forma do texto, estabelecendo a rela��o entre os dois.

Ao vincular a leitura-pretexto/produ��o de texto � constru��o do jornal da escola, tal orienta��o metodol�gica proporcionava a possibilidade de viv�ncias de pr�ticas de linguagem verdadeiras, na medida em que a atividade de leitura/escrita se aproximava das pr�ticas sociais em geral (SCHNEWLY & DOLZ, 1999).

2.3) �Transmitir a mensagem�: 

Al�m de produzir textos, �transmitir a mensagem� era um outro pretexto para a leitura do texto jornal�stico. Essa forma de leitura tinha por objetivo levar os alunos a desenvolver a profici�ncia da leitura, que corresponde � capacidade do aluno de repetir, com suas palavras, as informa��es presentes num dado texto. nesta orienta��o metodol�gica, predominava na aula a leitura oral, e, embora trouxesse para a sala de aula uma gama variada de informa��es, o objetivo presente na aula de leitura n�o era manter os alunos informados ou discutir tais informa��es. Tal op��o metodol�gica coaduna-se com a concep��o de leitura descrita por KLEIMAN (1993) como leitura-avalia��o, cuja finalidade � aferir a capacidade de leitura dos alunos.  

Por afastar-se das pr�ticas sociais de leitura, nas quais o que mais importa � o saber-para-que-ler-o-que, essa orienta��o metodol�gica contribui mais com a forma��o de ledores[4]  do que com a forma��o de leitores. 

3)     A leitura-frui��o do texto jornal�stico: 

A leitura-frui��o do texto �, segundo GERALDI (1997), aquela na qual a interlocu��o do leitor com o texto se estabelece pelo prazer[5] de ler. Segundo esse autor, esta  uma leitura exclusiva do texto liter�rio. Ela pode realizar-se, tamb�m, a partir da leitura do texto jornal�stico. Segundo ele, l�-se jornal para se manter informado: a informa��o pela informa��o.

A leitura-frui��o apresenta uma forma de interlocu��o distinta daquela presente na leitura denominada leitura-busca de informa��es. Nessa situa��o o leitor �informa-se pelo prazer gratuito de estar informado� (GERALDI, 1997, p. 98).

O autor destaca que essa forma de interlocu��o � praticamente ausente nas aulas de L�ngua Portuguesa. Isso porque a escola, reproduzindo o modo de produ��o capitalista, �exclui qualquer atividade n�o-rendosa� (GERALDI, 1997, p. 97), e a leitura acaba sempre se vinculando a algum tipo de avalia��o, seja atrav�s de quest�es referentes ao texto, seja atrav�s do preenchimento de fichas de leitura.

Partindo de tais premissas, podemos afirmar que n�o ocorria, nas escolas observadas, a leitura-frui��o do texto jornal�stico considerada tal como descrita por GERALDI (1997), no contexto da sala de aula. O que existia eram momentos de frui��o nas aulas de leitura, que normalmente eram planejadas com outros fins.

Esses momentos, muitas vezes eram clandestinos: o aluno lia o texto de jornal escondido da professora, transgredindo suas orienta��es. Outras vezes, a leitura-frui��o do texto jornal�stico era consentida pela professora num primeiro est�gio da aula, mas era logo substitu�da por atividades de escrita.

De acordo com nossa percep��o,  a substitui��o da frui��o pela produ��o era fruto da preocupa��o com o controle dos resultados, e refletia a �ideologia da atividade produtiva� (GERALDI, 1997, p. 97) na qual a escola se banha: estando a escola inserida no modo de produ��o capitalista, sua forma de organiza��o e seus procedimentos de ensino refletem e legitimam esse modo de produ��o. Sendo assim, a avalia��o e o controle dos resultados s�o pr�prios da situa��o de leitura escolar. Por isso, a leitura-frui��o do texto jornal�stico  n�o  se colocava como um objetivo expl�cito das professoras observadas. O prazer de ler, a leitura sem compromisso, n�o eram objetivos previstos para a aula de leitura.  

A partir da an�lise dos dados colhidos no campo de pesquisa, foi poss�vel verificar que a forma como a leitura do texto jornal�stico acontece, na sala de aula est� relacionada com a op��o metodol�gica das professoras investigadas, que por sua vez, define-se a partir de suas  concep��es de leitura e de linguagem. Sendo assim, constatamos que ainda predomina, na escola, uma concep��o autorit�ria de leitura, em que o texto � considerado como reposit�rio de mensagens e informa��es (KLEIMAN, 1993) e atrav�s da qual se sup�e que haja apenas um sentido autorizado para a leitura, imanente do pr�prio texto.

Al�m disso, verificamos que as formas como a leitura do texto jornal�stico ocorre na sala de aula s�o, em sua maioria, didatizadas, pois: (a) n�o levam em conta as caracter�sticas do texto jornal�stico enquanto g�nero de discurso, uma vez que a inten��o comunicativa do texto jornal�stico � destitu�da de sua leitura em favor do aspecto did�tico; (b) seguem as mesmas etapas propostas pelo livro did�tico,  desembocando em exerc�cios de perguntas e respostas que orientam a extra��o de informa��es superficiais no texto, ou em produ��o de s�nteses cuja finalidade era a mesma; (c) configuram-se como uma pr�tica individual, n�o admitindo a constru��o de um discurso conjunto a partir das experi�ncias dos alunos e da media��o do professor.

� um tra�o do tratamento escolar dado ao texto jornal�stico, inclusive, o fato de este aparecer em forma de recortes, c�pias ou transcri��es.

Conforme o referencial te�rico consultado para este trabalho, podemos afirmar que a adequada escolariza��o do texto jornal�stico, com vistas � forma��o do leitor, depende, pois, das orienta��es metodol�gicas adotadas pelos professores, sendo v�lidas, sob este ponto de vista, as formas de leitura de jornal na sala de aula que mais se aproximam da leitura de jornal como uma modalidade de pr�tica social de leitura.

Em se tratando do texto jornal�stico como g�nero escolarizado, podemos entender que o fundamental de sua leitura na escola consiste em preservar aqueles elementos que s�o essenciais na defini��o do texto jornal�stico enquanto g�nero, a saber: o seu conte�do tem�tico, o seu estilo e sua constru��o composicional (cf. BAKHTIN, 2000), pois s�o esses os elementos que preservam as caracter�sticas do g�nero texto jornal�stico. Preservados estes aspectos, a leitura do texto jornal�stico servir�, ao mesmo tempo, como instrumento de aprendizagem - na medida em que, atrav�s de seus textos, poderemos aprender sobre os conte�dos diz�veis atrav�s deles, bem como aprender sobre aspectos referentes ao uso da l�ngua escrita, utilizada nessa situa��o comunicativa em particular - mas tamb�m como objeto de aprendizagem - na medida em que seja poss�vel aprender sobre seu uso, sobre as caracter�sticas de sua linguagem e sobre sua possibilidade como meio de comunica��o.  

Dentre as pr�ticas de leitura do texto jornal�stico observadas, pudemos constatar que s�o v�lidas, no que diz respeito � forma��o do leitor, aquelas que se vinculam a alguma finalidade concreta e expl�cita de leitura: (a) aquelas em que a leitura do texto jornal�stico se faz a partir do jornal inteiro, uma vez que resgata e enfatiza a import�ncia do jornal como ve�culo de informa��o e leva a conhecer sua estrutura e funcionamento; (b) aquelas em que o conte�do dos textos levam � reflex�o a respeito de algum tema relevante, uma vez que resgata a possibilidade de se conhecer mais a partir da leitura do texto jornal�stico, legitimando o car�ter informativo do jornal; (c) aquelas em que a leitura � feita com a finalidade de introduzir o estudo da l�ngua escrita a partir do seu uso, atrav�s da produ��o de textos com caracter�sticas de texto jornal�stico visando � publica��o ou divulga��o em um jornal escolar ou algum outro ve�culo, uma vez que leva o aluno a compreender os elementos ling��sticos que comp�em o g�nero jornal�stico e a se comunicar atrav�s dele; (d) todas aquelas que atendem a uma necessidade dos alunos de ler, pois a satisfa��o desta necessidade torna a leitura um prazer.  

Neste sentido devemos sempre enfatizar que o resgate do prazer constitui a proposta fundamental para a quest�o da forma��o do leitor.  

[1] Ideol�gico, para BAKHTIN, refere-se �s representa��es mentais da realidade social e natural que se materializam no c�rebro humano por meio dos signos. Ideologia �, portanto, o conjunto dos reflexos e das interpreta��es da realidade fixados no c�rebro humano por meio de palavras, desenhos e outras formas s�gnicas. 

[2] Os elementos n�o verbais a que se refere BAKHTIN (2000) dizem respeito � entoa��o expressiva, que � uma particularidade constitutiva do enunciado.

[3] Tomamos as considera��es tecidas por SOARES (1999) ao analisar o processo de escolariza��o da literatura infantil, atrav�s do exame das pr�ticas pedag�gicas relativas � leitura desse g�nero de texto na escola, por considerarmos que estas se aplicam � escolariza��o de todos os tipos de g�neros de texto. 

[4] A no��o de ledor diz respeito � capacidade do aluno em decifrar o significado do que l�, enquanto a id�ia de leitor nos remete � capacidade do aluno em atribuir sentidos ao texto lido.

[5] Se � verdade, como diz FOUCAMBERT (1993), que as pessoas l�em por necessidade, ainda que tal necessidade seja metaf�sica, podemos entender o prazer, a frui��o na leitura, como a satisfa��o de uma necessidade da alma. 

Qual a definição para o conceito de leitura significativa?

A leitura significativa foi utilizada como estratégia para auxiliar os alunos a lerem, compreenderem e interpretarem os textos dos problemas matemáticos.

Como se dá a relação entre autor texto e leitor?

Uma vez publicado, o texto adquire vida própria e se nutre das diferentes leituras que acerca dele são feitas. Assim, cada leitor é um pouco autor, também, pois contribui para a existência do texto com a visão que dele tem. O sentido de um texto, portanto, é construído nesse diálogo, nessa interação autor-leitor.

Pode

Resposta Esperada: Pode-se dizer que ocorre uma espécie de conversa entre leitor e autor. Ainda que não seja de forma direta, ocorre o chamado diálogo virtual. Nesse diálogo, o leitor pode concordar, discordar, além de realizar inferências.

Como é chamada a interação do leitor com o texto?

Concepção Bottom-up – considera a decodificação do texto como processo do ato de ler, no qual a partir da decodificação de palavras o leitor compreende o texto, entende o seu sentido. Nesta perspectiva, o texto oferece seu próprio sentido; essa concepção de leitura também é denominada ascendente.

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