A mesma virose pode ser transmitida

Você com certeza conhece alguém que já teve quadros de viroses ou já ouviu aquele velho comentário de que hoje em dia “qualquer doença é virose”. Muitas pessoas ficam decepcionadas ao receber esse diagnóstico e não entender precisamente do que se trata a doença.

Mas, você sabe o que são as viroses, como é possível prevenir e como deve tratá-las? Neste texto te explicamos todos os detalhes.

O que são as viroses?

Viroses são todas as doenças que têm como causador um vírus. São as doenças mais comuns no mundo, e as que mais levam pessoas aos serviços de pronto atendimento.

Embora seja um termo genérico para designar todas as doenças que são causadas por algum tipo de vírus, nem todas as viroses são iguais, pois existem mais de três mil variantes de vírus e todos eles podem sofrer mutações, o que acarreta em efeitos diferentes.

Os tipos mais comuns são as respiratórias e as gastrointestinais, mas há também outros como a febre amarela, a dengue e a AIDS, que também são viroses, mas recebem essas nomenclaturas por conta de sua especificidade.

Viroses mais frequentes

Como falamos acima, as doenças virais mais comuns são as respiratórias, como o resfriado e a gripe, e as doenças gastrointestinais que acometem o estômago e o intestino.

Os vírus mais comuns que causam as viroses respiratórias são o rinovírus, o adenovírus, a influenza e o vírus sincicial respiratório.

As pessoas contaminadas com um destes vírus costumam apresentar como sintomas:

  • Dor de garganta;
  • Nariz entupido;
  • Coriza;
  • Tosse;
  • Febre;
  • Ma-estar.

Já os sintomas das viroses gastrointestinais, geralmente causadas pelos enterovírus, rotavírus, adenovírus entérico, entre outros, são:

  • Náusea;
  • Vômito;
  • Cólica;
  • Diarreia;
  • Mal-estar.

Como é feito o tratamento?

Os pacientes que estão sofrendo com as viroses devem ser medicados para que o vírus se vá rapidamente. Afinal, são doenças que causam incômodo e um mal-estar generalizado.

Porém, geralmente não há um medicamento ou tratamento específico para combater o vírus. Os médicos costumam prescrever remédios que combatam e aliviam os sintomas. Outras atitudes importantes para auxiliar na recuperação do paciente é a hidratação constante e o repouso.

O mais comum é que os sintomas desapareçam em até cinco dias e que a cada dia o paciente apresente melhoras. Resumindo, é preciso deixar o ciclo do vírus se cumprir para ficar livre dele.

Prevenção em primeiro lugar

Para evitar ser contaminado por uma virose, o melhor a se fazer é prevenir.

Mantenha as vacinas em dia e tenha bons hábitos de higiene

A maioria das viroses é transmissível pelo contato com as gotículas da boca e do nariz da pessoa doente, ou no contato oral-fecal, que é quando o vírus de um hospedeiro é excretado nas fezes, e depois levado a outro hospedeiro ao entrar em contato com a boca deste segundo. O que pode acontecer por meio de alimentos mal higienizados ou de água contaminada, por exemplo.

Por isso, é fundamental manter o hábito de sempre lavar as mãos com água e sabão após utilizar o banheiro ou ao ter contato com as gotículas, como num espirro, por exemplo.

Lave bem as mãos antes e depois de se alimentar e ao ter contato com pessoas doentes

Ao espirrar, cubra a boca e o nariz com um lenço de papel descartável e lave as mãos, ou espirre na dobra interna do braço, na altura do cotovelo.

Lave muito bem frutas e legumes e não compartilhe talheres, copos e toalhas ou lenços

Assim, você evita contrair e transmitir viroses.

Essas são as informações mais relevantes quando o assunto é sobre viroses. Lembre-se: caso apresente algum sintoma, não deixe de procurar um clínico geral ou infectologista.

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Tempo estimado de leitura: 4 minutos.

O que é uma virose?

Virose é um termo pouco específico, que significa doença viral ou infecção provocada por um vírus. Se formos interpretar a expressão virose ao pé da letra, estaremos diante de um gigantesco grupo de doenças que engloba centenas de infecções virais diferentes, desde as mais simples, como resfriados e verrugas de pele, até as mais graves, como AIDS, raiva, hepatite e ebola.

Apesar do termo virose abranger todas as infecções de origem viral, na prática, os médicos costumam reservar esse diagnóstico para as infecções virais leves, de origem respiratória ou gastrointestinal, que habitualmente são autolimitas e curam-se espontaneamente após alguns dias. Nenhum médico diz para o paciente que está com sarampo, ebola ou AIDS que ele tem “apenas uma virose”.

Neste artigo vamos explicar o que realmente é uma virose e quais são as infeções que costumam ser chamadas pelos médicos de “virose”.

Se você está à procura de uma revisão mais abrangente sobre as doenças causadas por vírus, acesse o seguinte artigo: QUAIS SÃO AS DOENÇAS CAUSADAS POR VÍRUS?

“É só uma virose”

Imagine a seguinte situação: dois pacientes aguardam consulta médica em um centro de pronto atendimento. O primeiro entra e relata ao médico que está sentindo cansaço, dor no corpo, dor de cabeça, tosse, espirros e nariz entupido. Ao fim da consulta, o médico diz que ele tem apenas um virose e que deve ir pra casa descansar e se hidratar bem. Chega a vez do segundo paciente, que relata ao médico estar com mal-estar, cansaço, cólicas, diarreia e vômitos. Novamente, o médico diz que ele tem apenas um virose e que deve ir pra casa descansar e se hidratar bem.

Como pode o médico dar o mesmo diagnóstico e indicar o mesmo tratamento para dois pacientes com sintomas tão diferentes?

Por mais que para o público leigo possa parecer que o médico está “chutando” o diagnóstico, existe uma grande chance do profissional ter acertado nas duas situações. A imensa maioria dos quadros respiratórios, com espirros e dores pelo corpo, e dos quadros gastrointestinais agudos, sem febre alta ou sangue nas fezes, são provocados por infecções virais de curta duração, como aquelas causadas pelos vírus Rinovírus, Parainfluenza, Influenza, Coronavírus, Rotavírus ou Norovírus.

Nestes casos, o importante para o médico não é fazer um diagnóstico preciso do vírus responsável pelo quadro clínico, mas sim ter certeza que o paciente não apresenta sinais e sintomas que possam indicar um outro problema, que não apenas uma simples virose. Entre esses sinais e sintomas estão a febre alta, pus nas amígdalas, sangue nas fezes, dor abdominal intensa, sinais de desidratação, hipotensão arterial, sintomas com mais de 1 semana de duração, etc.

Em alguns casos, quadros de infecções mais graves podem se apresentar nos primeiros dias de forma muito parecida com uma virose comum, só vindo a manifestar os sintomas mais claramente após 48-72 horas. Além disso, apesar de não ser o habitual, algumas viroses comuns podem causar complicações. A gripe é um exemplo bem claro. A imensa maioria dos pacientes com gripe recupera-se espontaneamente após alguns dias, mas cerca de 1% dos pacientes podem ter complicações sérias.

Algumas das complicações incomuns, mas possíveis das viroses são:

  • Miocardite.
  • Pericardite.
  • Meningite.
  • Pneumonia.

O correto, portanto, é o médico examinar o paciente à procura de sinais e sintomas de gravidade e explicar que as viroses comuns costumam melhorar espontaneamente após 3 ou 4 dias. Se o paciente, em vez de melhorar, notar um agravamento dos sintomas ao longo das próximas 48 horas, uma nova avaliação médica costuma ser necessária.

Sintomas

Tecnicamente, qualquer infecção provocada por um vírus pode ser chamado de virose, logo, existe uma vasta gama de sinais e sintomas possíveis. Entretanto, conforme já explicamos, na prática, o termo virose acaba ficando restrito aos tipos de infecção viral que são brandos e autolimitados.

Podemos dividir em três grandes grupos os principais quadros clínicos provocados por viroses: viroses respiratórias, viroses gastrointestinais e viroses exantematosas. Vamos falar um pouco sobre cada uma das três.

Viroses respiratórias

As viroses respiratórias são provocados pelo vírus da gripe, chamado vírus Influenza, ou pelos vários vírus que provocam o resfriado comum, entre eles: Rinovírus, Adenovirus, Vírus sincicial respiratório, Coronavirus, Parainfluenza.

Entre os sintomas mais comuns das viroses respiratórias podemos citar:

  • Febre.
  • Espirros.
  • Coriza.
  • Sinusite.
  • Tosse.
  • Conjuntivite.
  • Dor de cabeça.
  • Dor de garganta.
  • Dor no corpo.
  • Cansaço.
  • Mal-estar generalizado.

Cabe salientar que o paciente não precisa apresentar todos os sintomas listados acima para ter uma virose. Um paciente que apresente apenas coriza, espirros, dor de cabeça e cansaço já apresenta um quadro bastante rico para o diagnostico de virose respiratória.

Quando o médico se depara com uma virose respiratória, é importante que ele procure descartar infecções bacterianas que possam ter sintomas semelhantes, mas que precisam ser tratados com antibióticos, tais como a faringite bacteriana, a pneumonia e a sinusite bacteriana.

Quadros alérgicos, como a rinite alérgica, também podem cursar com alguns dos sintomas das viroses e o tratamento deve ser feito com medicamentos antialérgicos.

As viroses respiratórias duram de 2 a 7 dias e curam-se espontaneamente. Raramente há complicações.

Explicamos as diferenças entre gripe e o resfriado no seguinte artigo: DIFERENÇAS ENTRE GRIPE E RESFRIADO.

Viroses gastrointestinais

A maioria dos quadros de diarreia aguda costuma ser causada pelas viroses gastrointestinais, que incluem infecções pelos vírus rotavírus, Norovírus, Astrovírus e Adenovírus entérico.

As viroses gastrointestinais se caracterizam por um quadro de diarreia aguda que dura, em média, de 3 a 7 dias, e está frequentemente acompanhada por cólicas abdominais e vômitos, principalmente nos primeiros dias. Febre baixa, abaixo de 38,5ºC, também é um sintoma bastante comum.

Quando um médico se depara com um paciente com quadro sugestivo de virose gastrointestinal, ele precisa estar atento para alguns sinais e sintomas que possam indicar outra causa que não uma infecção viral simples. Entre os sinais de alerta estão:

  • Febre alta.
  • Intensa e persistente dor abdominal.
  • Diarreia sanguinolenta.
  • Sinais de desidratação grave.
  • Sintomas prolongados, geralmente por mais de 10 dias.
  • Perda de peso importante.

A maioria das viroses gastrointestinais resolve-se espontaneamente, sem necessidade de tratamento ou dietas muito rigorosas. A complicação mais comum é a desidratação, que pode ser evitada, caso o paciente consiga manter uma boa hidratação.

Explicamos as gastroenterites de origem viral com mais detalhes no seguinte artigo: VÔMITOS E DIARREIA – Virose Gastrointestinal.

Viroses exantemáticas

As viroses exantemáticas são um grupo de doenças de origem viral que cursam com o aparecimento de exantemas, que nada mais são do que erupções avermelhadas na pele. Entre as viroses exantemáticas mais conhecidas podemos citar a catapora (varicela), a rubéola e o sarampo.

A dengue, a febre Chicungunha e a febre Zika também são exemplos de viroses que podem cursar com exantemas, apesar das lesões de pele não serem os sinais mais importantes destas infecções.

Temos um artigo no qual explicamos as 10 principais causas de febre e manchas avermelhadas na pele: 10 Causas de Febre com Manchas Vermelhas na Pele.

Nem sempre, porém, as viroses que produzem exantemas apresentam um quadro clínico típico que nos permite enquadrá-las em um diagnóstico específico. Muitas vezes, o paciente recebe mesmo é o inespecífico diagnóstico de virose.

Algumas das viroses respiratórias e gastrointestinais citadas nos tópicos anteriores podem também causar machas avermelhadas na pele que não possuem características de nenhuma doença em especial. Não é incomum encontrarmos um paciente com um quadro de curta duração que consista em manchas avermelhadas na pele, febre, dores no corpo e alguns sintomas respiratórios.

Também não é incomum que os pacientes tenham formas brandas e atípicas de algumas viroses exantemáticas clássicas. Algumas pessoas só descobrem que tiveram catapora, dengue ou rubéola quando fazem exames de sangue, pois, na época da infecção, vários anos atrás, os sintomas foram tão inespecíficos, que muitas vezes nem atendimento médico o paciente procurou.

Portanto, se as lesões de pele não tiverem algumas características próprias, nem sempre é possível fazer o diagnóstico preciso de uma virose exantemática, principalmente se ela for de curta duração e com sintomas leves.

Diagnóstico

Umas das maiores frustrações do paciente que recebe o diagnóstico de virose é o fato do médico solicitar poucos ou nenhum exame e não estabelecer um diagnóstico mais preciso. Isso do ponto de vista médico, entretanto, não é um problema.

Se há um grupo de doenças que tenham sintomas semelhantes, sejam de curta duração e não necessitem de nenhum tratamento específico, não faz sentido gastar tempo e dinheiro do paciente para fazer um diagnóstico mais preciso, uma vez que isso em nada irá alterar a conduta do médico.

Mesmo que o paciente tenha um quadro de catapora ou dengue branda, com manifestações atípicas, saber ou não o diagnóstico correto não vai mudar em nada o tratamento. Da mesma forma, saber se o paciente tem um resfriado por adenovírus ou por Parainfluenza não traz nenhuma vantagem na maioria dos casos.

A solicitação de exames complementares pode ser indicada quando o médico não se sente seguro com o diagnóstico de virose. Análises de sangue, radiografia de tórax ou uma amostra de secreções da orofaringe podem ser solicitadas, caso o médico queira ter mais certeza que a infecção não tem origem bacteriana.

Outra situação em que o diagnóstico mais preciso pode ser interessante é nos períodos de epidemia de gripe. Do ponto de vista de saúde pública, saber se há ou não uma nova cepa do vírus Influenza pode ajudar no estabelecimento de estratégias de tratamento, prevenção e na formulação de vacinas para os anos seguintes.

Tratamento

A maioria dos quadros que chamamos de virose são autolimitados, ou seja, curam-se espontaneamente após alguns dias. Sendo assim, não há necessidade de nenhum tipo de tratamento específico. Isso não significa, porém, que o médico não possa prescrever alguns remédios visando o alívio dos sintomas do paciente, principalmente nos casos de febre e dor. Nos pacientes com vômitos e diarreia, o tratamento deve visar a adequada hidratação do paciente.

Uma medida importante para evitar a transmissão das viroses para outras pessoas e a lavagem frequente das mãos. A principal forma de transmissão dos vírus não é através do ar, mas sim através de mãos contaminadas (leia: A IMPORTÂNCIA DE LAVAR AS MÃOS).

Médico graduado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com títulos de especialista em Medicina Interna e Nefrologia pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), Universidade do Porto e pelo Colégio de Especialidade de Nefrologia de Portugal.

Tem como pegar a mesma virose duas vezes?

Este estado pode ser uma hipersensibilidade pós viral. É uma situação dos pacientes alérgicos em que a gripe acaba mas o sintoma perdura por até duas semanas, ou mais se o paciente for asmático. Por isso algumas pessoas pegam outra virose e depois dizem que nunca ficam curadas.

Pode pegar virose de outra pessoa?

Virose é nome que se dá a qualquer doença que seja causada por um vírus, podendo ser transmitido facilmente de pessoa para pessoa por meio do consumo de alimentos contaminados, inalação de gotículas suspensas no ar contendo o vírus ou contato com superfícies contaminadas, por exemplo.

O que fazer para não pegar virose de outra pessoa?

Como prevenir as viroses?.
Evite se expor ao sol nos horários mais quentes e busque utilizar roupas leves;.
Beba bastante líquido;.
Cozinhe bem os alimentos e lave as mãos corretamente antes das refeições;.
Evite contato com pessoas doentes e permanecer em locais fechados;.

Quanto tempo dura uma virose no corpo?

O período pode variar de acordo com o causador da doença, a região afetada e o estado de saúde do paciente. Porém, é importante destacar que não costuma passar de um total de 10 dias para a recuperação total, na média dos casos.

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