O Flamengo perdeu o título da Supercopa nos pênaltis para o Atlético-MG por 8 a 7, neste domingo, em Cuiabá. Uma decisão, tomada dentro de campo, chamou a atenção: a ordem dos cobradores rubro-negros após todos os jogadores terem batido pela primeira vez. Gabigol não se apresentou, Vitinho, sim.
Gabigol disputa lance com Everson — Foto: Pedro Souza / Atlético
Diego explicou o que ocorreu após a 11ª cobrança. Segundo o camisa 10, o caso foi "uma questão do Gabi":
- Foi uma questão do Gabi, confiamos nos jogadores, conversamos quem queria e foi decidido que o Vitor iria bater. Parabenizo a coragem do Vitinho em ir bater, um é difícil, dois ainda mais.
Diego lamenta derrota nos pênaltis na Supercopa: "A dor é grande, mas temos que seguir"
Durante a transmissão do Sportv, o repórter Guido Nunes informou que Diego Alves, do banco de reservas, fez um gesto indicando que Gabigol deveria ser o batedor.
Diego Alves diz que Gabigol deveria bater, mas Vitinho vai para a cobrança
Vitinho, então, cobrou e parou nas mãos de Everson. Lazaro, na rodada inicial, havia sido o primeiro a bater. Diego ainda falou do sentimento após a derrota:
- Será uma noite sem dormir, mas vamos seguir. Estamos acostumados a vencer decisões, mas o que aconteceu, o que houve hoje, a dor é muito grande. Nossa vida é essa, em busca dos títulos.
No total, Flamengo e Atlético-MG cobraram 24 pênaltis. Nove erraram. Os flamenguistas que desperdiçaram foram Vitinho, Hugo Souza, Fabricio Bruno, Matheuzinho e Willian Arão.
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Após empate no tempo normal e 24 cobranças, o Galo garantiu o título inédito quer coroa temporada vencedora
Jogadores do Atlético-MG festejam título da Supercopa do Brasil após vitória sobre o Fla
Adriano Machado/Reuters
Na disputa de pênaltis, mantendo o equilíbrio da bola rolando, os dois times se revezaram em erros e acertos. Resultado: foram necessárias 24 cobranças para a definição do campeão, que saiu após Vitinho, do Fla, ter seu pênalti defendido por Everson.
Com isso, o Galo confirma o domínio no cenário nacional, após as conquistas da Copa do Brasil e do Brasileirão. Aliás, o Flamengo disputou a Supercopa na condição de vice-campeão brasileiro.
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Jogo igual
Em jogo marcado pelo equilíbrio, o Galo soube aproveitar uma das poucas chances que teve no primeiro tempo. E foi com uma “ajuda” do adversário.
Após tabela de Allan e Jair, a bola chegou limpa para Guilherme Arana. O lateral chutou de longe, e o goleiro Hugo defendeu, mas a sobra foi para o meio da área. Nacho Fernández aproveitou o rebote dado pelo arqueiro rubro-negro e completou para as redes, colocando o Atlético-MG na frente aos 41 minutos.
O Galo levou a vantagem para o vestiário, mas não suportou a pressão do Fla por muito tempo na volta do intervalo.
Depois de desperdiçar uma boa oportunidade com Bruno Henrique, em chute fraco do atacante, o empate saiu na sequência, aos 10 minutos da etapa final.
Arrascaeta recebeu na esquerda, na linha de funda, e acertou um cruzamento certeiro na cabeça de Bruno Henrique. O goleiro Everson ainda fez uma grande defesa para evitar o gol, mas o empate saiu no rebote, com Gabigol.
O Atlético-MG partiu para cima e acabou dando espaços para o Flamengo explorar os contra-ataques. E assim saiu a virada.
Aos 18 minutos, Lázaro, que havia acabado de entrar no jogo, avançou com a bola e tocou para Bruno Henrique. Godín se enrolou e não conseguiu interceptar o passe, e o atacante rubro-negro tocou por cima de Everson para colocar o Flamengo na frente em Cuiabá.
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O técnico do Galo, Turco Mohamed, fez duas mexidas: sacou Keno e Savarino para as entradas de Vargas e Ademir. E foi deles que saiu o gol de empate.
Aos 29 minutos, Ademir cruzou para Vargas, que tocou para Hulk fuzilar contra a meta rubro-negro e empatar, sem chances para Hugo.
A partir daí, a luta ficou ainda mais franca, com boas chances para os dois lados, parando nos goleiros e na falta de pontaria dos finalizadores. Primeiro Jair, pelo Atlético, depois Lázaro, pelo Fla, estiveram perto do gol do título na reta final, mas o empate persistiu até o apito final. E a decisão foi para os pênaltis.
24 pênaltis, 15 acertos
Em disputa que parecia não ter fim, foram necessárias 24 batidas para o Brasil conhecer o novo campeão da Supercopa. Os 11 de cada lado cobraram, e os batedores começaram a repetir.
Na primeira série, Hulk converteu o dele novamente, mas Vitinho, que havia convertido na “ida”, parou em Everson na repetição, para a festa atleticana. E o hino do Atlético tocou mais uma vez.