É possível pegar cárie através do beijo?

Por Charnicia E. Huggins

NOVA YORK (Reuters Health)

- Os apaixonados podem ter que conter seus beijos. O beijo na boca pode transmitir a bactéria que causa cáries, de acordo com um dentista norte-americano.

A bactéria, conhecida como "Streptococcus mutans", também pode ser transmitida compartilhando alimentos, pela saliva em uma colher ou um garfo transferidos de uma boca à outra, disse Laurence R. Rifkin, dentista particular em Beverly Hills, à Reuters Health.

Normalmente, a "Streptococcus mutans" é encontrada na placa dentária de pessoas infectadas. Um teste de saliva simples pode ser usado para determinar quem carrega a bactéria e está sob risco de desenvolver cáries.

A escovação, o uso de fio dental e outras formas de higiene oral são importantes para "reduzir a quantidade de bactéria grudada na superfície dos dentes", disse Rifkin.

Além disso, as pessoas podem ser tratadas em consultórios odontológicos com aplicações de fluoreto que ajudam a superfície dos dentes a ficar resistente à quebra de ácidos e às cáries ou com selantes, que usam uma resina para selar os sulcos e as depressões nos dentes, explicou o dentista.

"Tenha consciência da relação entre compartilhar alimentos e beijo, pois você pode passar bactérias que podem causar cáries", destacou Rifkin.

Além disso, devido à natureza contagiosa da cárie dentária, "se um membro da família é tratado (de cáries), todos devem ser tratados ou avaliados".

Pessoas sob risco maior de cáries incluem aquelas que tiveram duas cáries em um ano, diabéticas ou aquelas com pressão sanguínea alta que têm um fluxo salivar menor, além daquelas com o sistema imunológico comprometido.

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O beijo é um dos maiores gestos de carinho entre duas pessoas. O primeiro beijo, então, é um momento bem marcante e que desperta muitos sentimentos. Mas antes de beijar alguém, você já pensou nas consequências que esse ato pode trazer para a sua saúde bucal? É importante saber que durante o ato, trocamos milhões de bactérias através da saliva e podem contrair doenças perigosas.

Além disso, a combinação de vários dias sem descanso adequado, debaixo de sol intenso, sem hidratação e alimentação equilibradas diminui a imunidade do corpo e a pessoa fica mais suscetível a doenças.

Algumas doenças que podem ser transmitidas pelo beijo:

Cárie
Se você não dá a devida atenção à higiene bucal, pode pegar – e transmitir – cárie através do beijo. Para evitar pegar a bactéria alheia, capriche na escovação e não abra mão do fio dental diariamente, assim você fortalece a imunidade bucal e as bactérias não encontrarão um ambiente propício ao desenvolvimento. Dentistas também recomendam atenção: observe se a pessoa tem todos os dentes ou se eles estão amarelados e/ou escurecidos. Se uma das repostas for sim, faça a fila andar e chame o próximo.

Meningite
De acordo com um estudo realizado por médicos australianos, beijar na boca de múltiplos parceiros aumenta em quatro vezes a chance de pegar meningite meningocócica. A definição de “múltiplos” para os pesquisadores é de sete pessoas em duas semanas, conta que parece até pequena para quem observa a “pegação” do carnaval de Salvador, por exemplo. A transmissão da meningite preocupa os médicos, já que a doença tem uma evolução rápida e pode ser fatal. Os sintomas mais comuns são febre, dor de cabeça, vômitos, diarréia e rigidez dos músculos da nuca, ombros e costas.

Mononucleose
Não é preciso dizer qual a principal forma de contaminação da chamada “doença do beijo”. Como nem sempre a pessoa sabe que tem o vírus Epstein-Barr, já que a mononucleose pode ser assintomática, ela acaba transmitindo a doença a outras pessoas. Nos casos em que há sintomas, os principais são fadiga, dor de garganta, tosse e inchaço dos gânglios. Vale lembrar que o vírus pode ficar incubado de 30 a 45 dias no organismo e não tem cura – a pessoa vai carregá-lo para o resto da vida.

Herpes
Mesmo que no momento do beijo o parceiro não tenha nenhum indício do problema, ele pode ter o vírus causador da doença e transmiti-lo. Depois do contágio, não há cura e a pessoa passa a conviver com o herpes, que pode se manifestar anos mais tarde, geralmente durante fases em que estiver coma imunidade baixa. O herpes pode aparecer como um machucado na boca ou até mesmo em outras partes do corpo.

Sífilis
A sífilis pode ser transmitida pelo beijo, se a outra pessoa estiver contaminada e tiver alguma ferida na boca. A forma mais comum de contágio, no entanto, é a sexual. A doença é causada por uma bactéria chamada treponema pallidum e pode aparecer em diferentes partes do corpo e levar até uma semana após o contágio para aparecer.

              NÃO PEGA

Aids
Não existe nenhum caso registrado na literatura médica de contágio pelo beijo. Suor, lágrimas, usar o mesmo sabonete, talher ou copo também não transmitem aids. No entanto, não deixe de usar camisinha se decidir ir além dos beijos e carícias.

Hepatite C
As associações médicas internacionais não consideram o beijo como uma forma de transmissão da doença, assim como o Ministério da Saúde. É possível pegar hepatite tendo contato com o sangue contaminado ou em relações sexuais sem o uso da camisinha. A hepatite C é causada pelo vírus HCV e, em geral, os sintomas levam até 10 anos para se manifestar. Muitas pessoas descobrem que têm a doença ao realizar um exame de sangue de rotina.

AFINAL DE CONTAS, BEIJO PEGA OU NÃO PEGA CÁRIE?

Algumas espécies de bactérias são cariogênicas, como a Streptoccocus mutans, e você talvez não tenha uma desse tipo na sua boca. Agora, se você beijar alguém que possui esse micro-organismo, vai ganhar uma bactéria nova, aumentando os riscos de ter cárie. Além de ser muito comum em adultos, essa transmissão também pode acontecer com crianças. “Se a mãe tem o costume de beijar na boca do filho, por exemplo, a bactéria é passada pela saliva e se fixa na boca do bebê após o nascimento dos primeiros dentes”.

O QUE FAZER PARA PREVENIR A DOENÇA?

Claro que você não precisa parar de beijar na boca para diminuir o risco de ter cárie. Basta praticar bons hábitos de higiene bucal antes do beijo e após as refeições,  como escovar os dentes, passar o fio dental e finalizar a higiene com um enxaguante sem álcool. Também não deixe de exercer outras práticas importantes, como trocar de escova a cada três meses, usar boas ferramentas de higiene e consultar seu dentista regularmente, pelo menos a cada 6 meses.

UMA BOA ALIMENTAÇÃO TAMBÉM FAZ A DIFERENÇA

É claro que além das medidas preventivas de higiene bucal, você precisa adotar uma boa dieta. Comer menos doces e alimentos açucarados diminui as chances da formação de uma cárie. Portanto, prefira refeições mais saudáveis como verduras, legumes e vegetais. Existem muitos que até fazem uma limpeza superficial no sorriso, chamados de alimentos detergentes, como cenoura, brócolis e pepino. E que tal trocar o doce da sobremesa por uma fruta? Elas também fazem um bem danado para o sorriso e possuem mais nutrientes do que o chocolate, por exemplo. Viu só? É fácil deixar a sua boca bem protegida da cárie e poder dar aquele beijo gostoso e, mais importante, saudável.

      

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Pode pegar cárie beijando?

A cárie na verdade é um processo de desmineralização decorrente de uma diminuição do PH da boca. Essa diminuição se dá pela ação de bactérias cariogênicas, que podem sim ser transmitidas por contato, como o beijo.

É possível transmitir cárie?

A cárie é uma doença resultante de um desequilíbrio do processo desmineralização e remineralização não sendo possível a sua transmissão, apesar dos micro-organismos envolvidos serem transmitidos por saliva.

Pode beijar com dente podre?

Assim, quando se tem uma cárie é recomendado evitar beijar na boca da criança, ainda que seja filho, nem provar a comida dele, para saber se está muito quente, usando o mesmo talher.

Quantos anos a cárie leva para acabar com o dente?

Quanto tempo a cárie demora para destruir o dente? Em um só ano a cárie pode passar da dentina a polpa e infectar uma área muito maior. Todo o processo pode levar entre 2 a 3 anos.

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