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Além dos moradores de Cianorte, Maringá, Umuarama, Paranavaí, entre outras cidades daquela região ouviram o estrondo
Publicado: 18/09/2019, 13:29
A explosão não foi relâmpago e nem outro fenômeno climático, mas sim um meteoro. -
Além dos moradores de Cianorte, Maringá, Umuarama, Paranavaí, entre outras cidades daquela região ouviram o estrondo
Um meteoro se chocou com a terra na sexta-feira em Cianorte, no noroeste do Paraná. O clarão no céu seguido de uma explosão assustou os moradores daquela região. Moradores registraram a queda em vídeos.
Segundo os meteorologistas, a explosão não foi relâmpago e nem outro fenômeno climático, mas sim um meteoro.
O barulho foi às 5h30 da manhã de sexta. Além dos moradores de Cianorte, Maringá, Umuarama, Paranavaí, entre outras cidades daquela região ouviram o estrondo.
Com informações do Jornal Cidade Notícias
Com 4,6 bilhões de anos a rocha espacial caiu em 1977 em Curitiba e ficou guardada como relíquia familiar, e só recentemente começou a ser estudada...
Um meteorito de tamanho considerável caiu em Curitiba, no Paraná em 1977, e acabou sendo coletado e guardado por uma família que o manteve em segredo até pouco tempo atrás.
Finalmente a rocha espacial começou a ser estudada, e os primeiros resultados já empolgaram os pesquisadores da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Trata-se de um meteorito do tipo condrito, que pesa mais de um quilo, mede cerca de 13 centímetros de comprimento e tem forma orientada, ou seja, que sofreu modificação em seu formato pelo atrito com a atmosfera e acabou ganhando formato de gota.
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Esse tipo de meteorito com forma orientada é considerado relativamente raro. "Ele é diferente de tudo o que eu já vi antes" disse Fábio Machado, professor do Departamento de Geologia da UFPR em entrevista.
O professor também fez uma analogia com uma gota d'água para explicar o formato da peça: "Com o vento e com o carro em movimento, uma gota fica alongada, estirada. Com o meteoro é a mesma coisa. Ele estava em um vácuo e é atraído pela gravidade do planeta, quando entra em contato com a atmosfera da Terra, fica deformado em função do ar da atmosfera", explicou.
"Esses condritos têm uma importância científica fundamental, pois não passaram por um processo de diferenciação química. A composição deles é original, do início da formação dos planetas", completou o professor Machado.
Segundo um artigo da própria Universidade, a Terra também é um condrito que sobreviveu à fase planetesimal. Seu núcleo tem a mesma composição de um siderito e o manto, de um acondrito. Porém inicialmente, quando no planeta só havia um mar de lava, sua composição era a de um condrito.
"Por isso, para a ciência, os meteoritos desse tipo são extremamente importantes para entender melhor a origem do Sistema Solar, já que ainda existem muitas questões sem resposta nessa área", destaca o professor.
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Segundo os pesquisadores, a família que guarda o meteorito presenciou sua queda, e viram quando ele destruiu parte do muro da casa. Desde então a rocha ficou guardada, o que preservou suas características químicas.
O único porém é que, em algum momento alguém decidiu envernizar o meteorito, o que pode ter comprometido algumas características externas... embora o verniz não seja recomendável, talvez nesse caso ele possa até ter ajudado a manter as características internas da rocha.
Na imagem é possível ver os condrulos da rocha - esferas de minerais que medem de 2 a 4 mm.
Créditos: Fabio Machado / divulgação
A Universidade Federal do Paraná já começou a estudar uma amostra de 200 gramas que se quebrou com um impacto, e foi cedida pela família. Eles encontraram cristais de olivina e de ferro em sua composição, o que confirma sem sombra de dúvidas sua origem meteorítica.
Agora eles pretendem investigar mais profundamente sua composição química e mineralógica. Além disso seu formato pode nos dar informações importantes sobre a temperatura alcançada durante sua entrada na atmosfera, e portanto sobre sua velocidade.
Espera-se que em 6 meses os resultados sejam divulgados, nos oferecendo mais pistas sobre nosso Sistema Solar.
Imagens: (capa-Fabio Machado) / Fabio Machado / divulgação
08/10/2020
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