O processo de osmose ocorre quando a água sai do meio menos concentrado para o meio mais concentrado como uma forma de uniformizar as concentrações.
Osmose é um fenômeno natural em que se observa a passagem de água por meio de uma membrana semipermeável de um meio menos concentrado (hipotônico) para o meio mais concentrado (hipertônico). Nesse caso, a osmose tende a uniformizar a concentração nos dois locais separados pela membrana por meio da difusão apenas do solvente. Quando ocorre movimentação do soluto, essa é extremamente pequena.
→ O que são meios hipotônicos e hipertônicos?
Para compreender plenamente o conceito de osmose, é fundamental ter em mente o que são meios hipotônicos e meios hipertônicos. Essas definições podem ser aplicadas quando comparamos uma solução à outra analisando a quantidade de soluto (substância que se dissolve no solvente) e de solvente (substância capaz de dissolver outra).
Diz-se que uma solução é hipertônica quando ela apresenta mais soluto que outra solução. Uma solução hipotônica, por sua vez, é aquela que apresenta uma quantidade menor de soluto e maior de solvente quando comparada à outra. Existe ainda a solução isotônica, quando a quantidade de soluto e solvente é igual nas soluções analisadas.
No caso da osmose, a água sempre se move da direção onde ela se apresenta em maior quantidade para aquela onde a quantidade de soluto é maior. Assim sendo, a água move-se do meio hipotônico para o meio hipertônico.
→ A osmose em célula vegetal
A osmose ocorre em vários tipos celulares, como a célula vegetal. Observe o esquema abaixo:
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Observe a osmose ocorrendo na célula vegetal
Quando a célula foi colocada em um meio isotônico, permaneceu sem alteração, uma vez que a quantidade de água que entrou e saiu foi praticamente a mesma. Quando colocamos a célula no meio hipotônico, a água entrou de maneira exagerada na célula, acumulando-se em grande quantidade no vacúolo. Quando essa célula foi para o meio hipertônico, ocorreu o contrário, a água saiu em grande quantidade, causando, inclusive, a retração do volume da célula, um processo denominado de plasmólise.
A osmose em células vegetais pode ser observada no nosso dia a dia. Ao fazer uma salada, por exemplo, na presença de sal, as folhas murcham. Isso ocorre porque, ao colocar sal nas folhas, a água sai por osmose para o meio hipertônico, em uma tentativa de deixar o meio isotônico.
Curiosidade:Protozoários de água doce possuem o citoplasma hipertônico quando comparado ao meio externo. Isso causa uma entrada contínua de água para o interior do seu corpo. Para contornar o problema, eles possuem os chamados vacúolos pulsáteis, que eliminam de tempos em tempos a água em excesso em seu corpo.
Por
Ma. Vanessa dos Santos
Por Vanessa Sardinha dos Santos
O tônus celular é definido em relação à resposta da célula ao meio em que se encontra.
A alteração do volume celular depende da: permeabilidade da membrana e concentração osmolar.
Células em solução com soluto não-permeante: solução isotônica (esquerda), hipotônica (centro) e hipertônica (direita).
Se uma célula for colocada em solução isosmolar (0,3 osmolar) de um soluto permeável através da membrana (como, por exemplo, a uréia), o soluto se deslocará aumentando a concentração intracelular (causando o deslocamento da água para dentro da célula), diminuindo a concentração externa (veja na figura abaixo).
Assim, o meio externo se torna hipotônico e o interno hipertônico. Logo, a solução é isosmótica, mas hipotônica.
Soluções Fisiológicas
São consideradas soluções fisiológicas as soluções de substâncias não-permeantes às membranas celulares cuja concentração seja 0,3 osmolar.
A solução deve ser então isosmolar, isotônica e não-tóxicas.
Um exemplo de solução fisiológica é a solução de NaCl 0,9 g/dL (0,9%)
Massa molecular: 58,5g
Molaridade: 1M/L
Coeficiente
de dissociação ( i ): 2
Osmolaridade: 2 osmolar
Uma solução de NaCl a 0,9 g/dL ou 0,9g/L terá uma osmolaridade de:
58,5
g/L _________________________ 2,0 osm
9 g/L _________________________ 0,3 osm
Soluções fisiológicas são utilizadas na medicina e na veterinéria no manejo de choque hipovolêmico, grandes queimaduras e para evitar ou corrigir alterações hidroeletrolíticas.