O que é o escopo 2?

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Escopo 1: Emissões diretas de GEE provenientes de fontes que pertencem ou são controladas pela organização. Escopo 2: Emissões indiretas de GEE provenientes da aquisição de energia elétrica que é consumida pela organização. Escopo 3: Categoria de relato opcional, considera todas as outras emissões indiretas, provenientes das atividades da organização e que ocorrem em fontes que não pertencem ou não são controladas por ela.

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  • Kheyla Sabino
  • junho 29, 2022
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Alcançar as metas estabelecidas no Acordo de Paris para a redução de emissão de gases do efeito estufa (GEE) é condição status quo no mundo, mas a questão é como fazer e principalmente como obter resultados considerados realmente aptos para este objetivo, afinal, o compromisso é reduzir as emissões de gases de efeito estufa, mantendo o aumento da temperatura média global inferior a 2º C, com o ideal de 1,5ºC. 

Vale lembrar que o aquecimento global vem atingindo ritmo a cada ano mais acelerado, por isso a necessidade do Acordo de Paris, que teve o compromisso reforçado na última Conferência do Clima, a COP26, na Escócia.

No Brasil precisamos reduzir nossas emissões até 2025 em até 37% (comparados aos níveis emitidos em 2005), estendendo para um índice de 43% até 2030. Ou seja, como país que ainda caminha ao rumo desejável, precisamos intensificar nossas ações para atingir a meta com qualidade.

A questão é que o uso intenso de combustíveis fósseis pelo setor produtivo no mundo inteiro aumenta a liberação de dióxido de carbono e outros gases nocivos à atmosfera de forma acelerada, e essa emissão se alastra, contribuindo de maneira significativa para o aumento da temperatura do planeta, seguindo na contramão do objetivo final. E nada é diferente no Brasil, onde inclusive, caminhamos ainda com certa e notória lentidão.

Esse inventário de emissões é uma espécie de raio-X que se faz em uma empresa, ou no setor econômico em geral, contabilizar os gases emitidos na atmosfera em GEE significa quantificar e organizar dados sobre emissões com base em padrões e protocolos, e atribuir os resultados corretamente a quem for de responsabilidade.

Para o  Instituto de Pesquisa WRI Brasil, que ajudou a desenvolver o protocolo brasileiro, por se tratar de um modelo padronizado mundialmente, o sistema GHG permite que agentes públicos e privados mensurem e reportem, de maneira confiável, o impacto climático de suas atividades em termos de emissão de gases do efeito estufa – GEE, possibilitando o planejamento de ações de mitigação e proteção ao clima.

A medição nos escopos 1, 2 e 3

Entre alguns dos critérios do GHG Protocol, está a elaboração dos escopos 1, 2 e 3 para o comparativo sobre as emissões de gases.  De maneira simples, o escopo 1 caracteriza as emissões lançadas à atmosfera que vêm diretamente do processo produtivo de uma indústria/ empresa, resultado de recursos do próprio negócio. Um exemplo são os gases produzidos a partir da queima de combustíveis e fontes de calor.

O escopo 2 se refere às emissões associadas à geração de energia que a empresa consome, sendo essa responsável pela quantidade de eletricidade que compra e, assim, indiretamente responsável pelas emissões das plantas geradoras. A quantificação das emissões nos Escopo 1 e 2 é considerada obrigatória pelo GHG Protocol.

E por último, o escopo 3 abrange as emissões indiretas, que acontecem ao longo da cadeia de produção, são as emissões provenientes da extração e produção de matérias-primas, transporte de pessoas, emissões relativas ao uso final dos produtos, viagens internas, transporte de combustíveis adquiridos, etc. Entre as categorias do terceiro escopo, há emissões do resíduo gerado durante as operações e os gases produzidos no transporte e armazenamento dos bens disponibilizados pela empresa em questão. O escopo 3 também costuma produzir 5,5 vezes mais emissões, em média, do que os outros dois escopos, reunindo esse resultado ao longo de todo o ciclo de vida dos serviços da empresa, são emissões pelas quais ela não é diretamente responsável.

Por esse motivo o relato do escopo 3 é voluntário, ainda por ser mais difícil de contabilizar e não ser resultado “direto” da ação desses negócios. Mas, as empresas que têm a ambição de eliminar as emissões em toda a cadeia produtiva, vêm sendo cada vez mais cobradas pelo monitoramento de toda a cadeia de fornecedores, mesmo as indiretamente responsáveis pelas emissões.  Significa uma real compreensão do impacto no meio ambiente com as condições ideais para a criação de planos adequados que resultem em menor dano ao meio ambiente.  

Vale ressaltar que, respaldado pela ONU, espera-se que o planeta consiga eliminar as emissões de dióxido de carbono totalmente até 2050. Para que alcancemos essa meta, a colaboração de empresas e negócios privados é de máxima importância, uma vez que são eles os maiores produtores de CO2 do mundo. E o envolvimento do setor produtivo ainda é aquém. De acordo com um levantamento da consultoria PwC de fevereiro de 2021, apenas cerca de 8% das 500 maiores empresas do mundo haviam se comprometido com esse objetivo. Um relatório de sustentabilidade deve fornecer uma declaração equilibrada e razoável do desempenho de sustentabilidade da organização nele representada, incluindo tanto as contribuições positivas, como as negativas.

As organizações e os GEEs

Crise climática, aquecimento global e maneiras de reverter esse cenário são temas cada vez mais difundidos em todo o mundo. Mais e mais pessoas e empresas estão percebendo que, ainda que individualmente, mudar hábitos e ações com o objetivo de reduzir o impacto ambiental e preservar recursos naturais é ação mais do que necessária.  Obviamente em se tratando das corporações, os impactos tomam proporções ainda maiores, exigindo que ações sejam repensadas e planejadas, sob o risco de acelerar ainda mais o processo de aquecimento do globo.

O novo iMac de 24 polegadas é também prova disso. Além de sua estrutura ser feita de alumínio com baixa emissão de carbono, ele também usa materiais reciclados como plástico, estanho e metais de terras raras. O novo chip M1 é o primeiro chip criado especificamente para o Mac. É um chip mais eficiente e oferece excelente desempenho ao usar menos energia. Segundo os executivos da Apple, essa mudança, com esforços para usar materiais reciclados e com baixa emissão, diminuiu a pegada de carbono do novo iMac em cerca de 20% em comparação com a geração anterior do equipamento.

Apple – “Produtos feitos para você e para o planeta”

A frase acima estampa a capa do site da gigante da Tecnologia. Já há alguns anos a big tech Apple tem a política de: cada produto fabricado faz sua parte na corrida contra os efeitos da crise climática.  Não é em vão que as mensagens da empresa em todo o mundo têm alcançado efeito direto em cada produto novo que entra no mercado.  “Consideramos nosso impacto nas pessoas e no planeta em tudo o que fazemos. Sempre nos perguntamos como podemos transformar nosso trabalho em uma força maior para o bem no mundo“, a afirmação é de Lisa Jackson, Vice-presidente de Iniciativas Ambientais, Políticas e Sociais da Apple. 

Neste ritmo é impossível falar em participação do setor privado para mitigar efeitos sem citar as audaciosas metas da empresa, que tem desenvolvido ações inovadoras com resultados surpreendentes. Um pacote de metas anunciado no fim do ano passado já apresenta números de causar espanto mundial, e mesmo antes, nos últimos cinco anos, a Apple já havia reduzido em 40% suas emissões de carbono.

As operações globais da empresa já são neutras em emissões de carbono e, até 2030, cada produto vendido também será. A Apple não só aumentou muito o número de fornecedores que estão mudando para energias renováveis, como também ampliou a quantidade de material reciclado nos seus produtos e definiu novos projetos voltados à justiça ambiental.

A empresa anunciou recentemente, que o número de fornecedores comprometidos em usar 100% de energia limpa mais do que dobrou no último ano, acelerando o progresso rumo ao objetivo ambicioso de tornar sua cadeia de fornecimento e produtos neutros em emissões até 2030. No total, 175 fornecedores da Apple estão fazendo a transição para energias renováveis, com isso, a empresa e seus fornecedores gerarão mais de 9 gigawatts de energia limpa em todo o mundo.

Essas ações evitarão a emissão de 18 milhões de toneladas de CO2e por ano, o equivalente a retirar de circulação mais de quatro milhões de carros anualmente.  A Apple já faz, inclusive, suas primeiras aquisições (medida anunciada em março) de alumínio sem carbono para usar na fabricação do iPhone SE de baixo custo, à medida que intensifica os esforços para reduzir a pegada de carbono do metal mais utilizado no aparelho.

A fabricante do iPhone vem tomando medidas para reduzir o uso do metal com gasto intenso de carbono, que emite gases de efeito estufa diretos do processo de fundição, resultando em aceleração do impacto ambiental.

A corporação comprou pela primeira vez, em 2019, da Elysis, uma joint venture que une dois dos maiores fornecedores de alumínio do mundo (Alcoa Corp e Rio Tinto), um lote menor do metal feito em laboratório – sem emissão de carbono – e usou o material em seu MacBook Pro de 16 polegadas. A Elysis planejou comercializar essa tecnologia até 2024, usando um ânodo cerâmico para fazer o alumínio com emissão apenas de oxigênio.

O novo iMac de 24 polegadas é também prova disso. Além de sua estrutura ser feita de alumínio com baixa emissão de carbono, ele também usa materiais reciclados como plástico, estanho e metais de terras raras. O novo chip M1 é o primeiro chip criado especificamente para o Mac. É um chip mais eficiente e oferece excelente desempenho ao usar menos energia. Segundo os executivos da Apple, essa mudança, com esforços para usar materiais reciclados e com baixa emissão, diminuiu a pegada de carbono do novo iMac em cerca de 20% em comparação com a geração anterior do equipamento.

Ampliando a Responsabilidade

A Apple também anunciou apoio a 10 novos projetos renováveis em todo o mundo por meio do programa Power for Impact: são projetos desenvolvidos para fornecer energia renovável às comunidades com escassez de recursos e, ao mesmo tempo, apoiar o crescimento econômico e gerar um impacto social positivo.

E as comunidades mais afetadas pela crise climática não estão fora dessa audaciosa empreitada, a empresa mantém programas de mitigação em países como Filipinas, Colombia, Israel e África do Sul, e deve ampliar ainda mais essas ações.

Desde 2019 por exemplo, o programa Power for Impact tem financiado projetos com benefícios sociais, ecológicos e relacionados à emissão de carbono, levando energia acessível a organizações e comunidades locais sem perder de vista os atributos ambientais de cada projeto. Usinas solares nos países citados acima, além da Tailândia, Nigéria e Vietnã, fornecem energia de baixo custo para comunidades que enfrentam falta de eletricidade. Recentemente, a Apple levou energia renovável a mais de 3.500 lares na África do Sul que não tinham conexão à rede elétrica. Também reduziu custos de eletricidade da Pioneer School for the Visually Impaired, financiando a instalação de painéis solares no telhado de suas três unidades na África do Sul.

Nos Estados Unidos, a Apple passa a trabalhar com a Oceti Sakowin Power Authority, formada por seis tribos Sioux que juntas desenvolvem fontes de energia renovável nas próprias comunidades para financiar, construir e operar instalações de geração e distribuição de energia para o mercado atacadista. Esse projeto está preparado para criar um empreendimento de energia eólica em grande escala no país e acompanha a participação da empresa no Impact Accelerator, parte da iniciativa de equidade e justiça racial da Apple.

Ainda no sentido de descarbonização na atmosfera, a Apple tem buscado soluções baseadas na natureza e em parceria com a Conservação Internacional (CI) e a Goldman Sachs, criou o Restore Fund, mais um programa da política ambiental, este com US$ 200 milhões para investir em soluções climáticas naturais e tentar gerar retorno financeiro. A intenção é recuperar naturalmente as savanas afetadas das colinas de Chyulu, no Quênia, demonstrar modelos inovadores em 10,9 mil hectares de manguezais da costa colombiana e conservar a floresta amazônica na área da reserva do Rio Nieva, no norte do Peru.  “Por meio do Restore Fund, queremos remover pelo menos um milhão de tonelada de dióxido de carbono por ano. A combinação de todos esses esforços ajudará na captura de carbono, na reconstrução de ecossistemas e no engajamento de comunidades indígenas e locais, além de contribuir com nosso objetivo de neutralizar as emissões até 2030”, enfatiza Lisa Jackson.

Longe do Greenwashing

Neste breve relato ( a totalidade de ações é recomendável conhecer no site //www.apple.com/br/environment/) é possível perceber que a Apple exige dela mesma e de seus  fornecedores, os mais altos padrões de proteção aos direitos humanos, ambientais com práticas de conservação ambiental e extração responsável de materiais, e de governança, no sentido real do ESG, e consequentemente na contramão do Greenwhasing, praticado hoje no mundo, quando muitos do setor produtivo teorizam a mitigação e ações pró planeta, mas na realidade pouco – ou nada – fazem para amenizar os efeitos da crise climática global.

O que se percebe realmente é que a Apple busca engajar, em cadeia mundial, o setor produtivo no combate ao acelerado prejuízo climático, buscando oportunidades, além da igualdade que a tecnologia ambiental pode promover.  Nas palavras de Tim Cook, CEO da Apple, “ É um agir rápido para investir em um futuro mais verde e justo “.

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O que é escopo 1 e 2?

Fontes de Escopo 1, são aquelas sobre as quais a organização possui responsabilidade direta. Já o Escopo 2 e o Escopo 3 são classificações para fontes sobre as quais a empresa possui responsabilidade indireta.

O que é escopo 1?

O escopo 1 engloba as emissões lançadas à atmosfera que vêm diretamente do processo produtivo da empresa, sendo fruto dos recursos do próprio negócio. Dentro dessa classificação, estão, por exemplo, os gases produzidos a partir da queima de combustíveis e fontes de calor.

Que é um exemplo de emissão de carbono de escopo três?

Emissões de escopo 3 Em outras palavras, são emissões ligadas às operações da companhia, como matéria-prima adquirida, viagens de negócios e deslocamento dos colaboradores, descartes de resíduos, transporte e distribuição.

O que é o CO2 Biogenico?

Emissões de CO2 biogênico: algumas atividades antrópicas emitem CO2 por conta da transformação de estoques biológicos de carbono (vegetais, animais, algas, entre outros).

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