Quem mora no Nordeste já sabe que enfrentará os períodos de chuva com pouca variação nos termômetros. O calor é mesmo uma constante. Ainda assim, o clima oscilando entre úmido e seco faz o corpo ficar realmente sem entender o que está fora da normalidade. E Isso sem falar nas consequências de quem transita sob o sol a pino e depois se isola em lugares fechados com ar-condicionado. Eis a situação perfeita para fragilizar o sistema imunológico e originar doenças como a virose, uma grande conhecida dos consultórios atualmente. No entanto, o que pouca gente lembra é que tudo isso pode ser evitado ou minimizado, com a adoção de alguns hábitos que passam pela escolha certa da alimentação.
Deixar de lado o vício de fumar ou beber, ter um bom descanso e até mesmo a prática rotineira de atividade física ajudam, muitas vezes, ao não surgimento de doenças como gripes e resfriados, que em seus sintomas clássicos incluem indisposição, febre, tosse e náusea. Mas é mesmo em volta da mesa, com a escolha certa do prato, que esse fortalecimento começa. Segundo a nutricionista Fabiana França, o consumo de alimentos ricos em vitamina C evitam a morte de algumas células do nosso corpo, no que é chamado de oxidação celular. “Pedidas como morango, limão, laranja, tangerina e gengibre são ricas nesta vitamina. Podemos citar também aqueles ricos em zinco, que é um importante nutriente na melhora do quadro imunológico. Citamos aqui frango, carne vermelha, peixe, grãos integrais, castanhas e fígado”, diz.
Ainda segundo a especialista, uma boa listinha de feira também inclui mel e alho, dois ingredientes ricos em substâncias antioxidantes, que evitam a tal morte secular. O cuidado vai para a forma de manusear essas e demais opções para não anular seus efeitos em meio a um preparo muito industrializado e condimentado. A dica é torná-las atrativas em uma salada de frutas - reunindo os benefícios de mais de uma fruta. Também vale preparar saladas de alface e outras cruas acrescentando ingredientes na sua forma in natura. Outra opção é preparar sucos, com misturas de frutas da estação. Para se ter uma ideia de tamanho benefício, o Instituto Nacional do Saúde, nos Estados Unidos, revelou que o hábito de comer vegetais ricos em vitamina C diminui em 13% o risco de enfartes. “Tudo isto sem esquecer que precisamos também de um reforço importante, a água. É necessário ingerirmos, no mínimo, dois litros por dia, para que possamos eliminar melhor as toxinas e também vírus e bactérias que possam estar presentes em nosso organismo”, completa Fabiana.
Mas se mesmo assim uma virose se instalar, é preciso aumentar essa ingestão de líquidos para hidratar e ajudar na eliminação de micro-organismos que, dependendo de quais sejam, pode exigir o uso de outros medicamentos. Lembrou o famoso comprimido ou efervescente de vitamina c encontrado na farmácia? Sim, ele pode ser um aporte extra para quem tem carência nutricional. “Mas se podemos consumir através das frutas e legumes será muito mais proveitoso, porque junto a elas iremos ingerir também outros tipo de nutrientes, como, por exemplo, as fibras alimentares, que ajudam o nosso intestino a trabalhar melhor, como também participam baixando os níveis de colesterol”, defende a nutricionista.
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Os sintomas, inicialmente, semelhantes daintoxicação alimentar e da virose podem fazer com que alguns se confundam na hora do diagnóstico. Tratando, inclusive, de forma inadequada os males. No entanto, é preciso estar atento aos sintomas — que aprofundaremos logo a frente.
Ambas as doenças são provocadas pela ingestão de alimentos
contaminados com bactérias ou vírus, que podem ocasionar quadros infecciosos, danosos à saúde. Os primeiros sinais, nos dois casos, são pequenos incômodos na região da barriga.
Até esse ponto do artigo ainda não foi possível diferenciar a intoxicação alimentar da virose, correto? Caso você queira mais precisão sobre as causas e tratamentos de ambas, basta continuar com a leitura:
A intoxicação alimentar pode ocorrer pela ingestão de um alimento contaminado, que, após ser fervido ou cozido, produz uma toxina bacteriana que morreu após o condimento passar pelos processos de cozimento citados. A contaminação também pode ocorrer pela ingestão deágua e outros líquidos.
Os contaminadores mais comuns são
as bactérias, especialmente a Campylobacter jejuni, Salmonella e Clostridium. Já seus principais sintomas são:
- Náusea;
- Vômitos;
- Diarreia aquosa;
- Dor abdominal e cólicas;
- Febre.
Os primeiros sintomas podem ocorrer horas após a ingestão do alimento contaminado, no entanto, em casos extraordinários, podem levar dias ou até semanas para que os
incômodos apareçam.
O ciclo da intoxicação alimentar pode durar de2 dias a 2 semanas, tudo dependerá do organismo contaminado. No caso de crianças e idosos, o mal pode perdurar por mais tempo, justamente pelo sistema imunológico ser mais fraco ou debilitado.
O que é virose?
Já a virose pode ser ocasionada por uma série de micro-organismos. Assim que o organismo detecta o corpo estranho, tenta repeli-lo o mais rápido possível, causando os seusprincipais sintomas:
- Diarreia, febre e vômito;
- Enjoo e falta de apetite;
- Dor muscular e dor na barriga;
- Dor de cabeça ou atrás dos olhos;
- Espirros, secreção nasal e tosse.
A virose é mais suscetível em crianças, que, assim como na intoxicação alimentar, possuem um sistema imunológico mais fraco - além de estarem mais expostas a novos vírus durante a primeira idade.
Apesar de surgirem sintomas desconfortáveis, a virose possui fácil resolução, tendo umciclo de menos de 10 dias.
Como diferenciar uma da outra?
Para que um diagnóstico exato seja realizado, é necessárioprocurar um médico especializado assim que os primeiros sintomas surgirem. Esse profissional será o único capacitado para indicar o melhor tratamento quando a causa inicial for descoberta.
Mesmo assim, é inegável a dificuldade na hora de detectar se o paciente está com intoxicação alimentar ou virose. Isso ocorre, principalmente, pelo fato dos sintomas acima serem bem semelhantes.
No entanto, existem alguns sinais a serem percebidos na hora da consulta, como os seguintes:
- Qual tipo de alimento causou o mal-estar: no caso da intoxicação alimentar, por exemplo, é muito comum que ela ocorra após ingerir frutos do mar. Caso esse tipo de alimento tenha provocado dores, pode ser uma boa indicação ser uma intoxicação e não virose;
- Qualidade das fezes: quando o padrão das fezes é modificado, é mais fácil detectar a causa inicial. As fezes, após uma infecção ou virose, podem mudar de cor e textura;
- Exame de sangue: em alguns casos raros o exame de sangue pode ser solicitado para averiguar com mais precisão o quadro clínico em que o paciente se encontra.
Como tratar as doenças?
Por serem doenças de fácil detecção e tratamento, exames complexos não serão solicitados pelos médicos especializados. Além disso, ambos os males possuem um ciclo pequeno e podem ser tratados de forma simplificada. Confira abaixo as melhores dicas:
- Reponha todo o líquido perdido: a intoxicação alimentar e virose causam vômitos contínuos em seu ápice, o que resulta na perda de líquidos. Assim, é preciso repor toda essa quantidade, tomando água ou soro caseiro regularmente;
- Tenha um consumo saudável: como as doenças causam irritação no estômago, é preciso que haja um consumo de alimentos leves e naturais enquanto os sintomas ocorrem, dando preferência a legumes, frutas e vegetais.
O uso de analgésicos pode ser recomendado em ambas as doenças.Mas é importante reforçar a
importância de consultar um médico, pois só ele irá receitar o melhor
tratamento possível para a sua condição.
Atenção: caso uma intoxicação alimentar ocorra durante a gestação, é preciso ter um cuidado redobrado. Nesse caso, o uso de antibióticos é quase obrigatório para que o bebê não seja contaminado.
Como evitar as doenças?
É imprescindível estar atento a todo o alimento que consumimos no nosso dia a dia. Isso inclui lavar bem as verduras e legumes e cozinhar corretamente as carnes. Além disso, consumir alimentos fora do prazo de validade ou com sinais de mofo também pode provocar a intoxicação alimentar e virose.
Comprar esses alimentos em locais de confiança é um ato que deve ser praticado, pois no caso dos alimentos naturais eles ficam expostos, aumentando os riscos de contaminação.
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