O que quer dizer quero te conhecer?
Aqui no Brasil significa que a pessoa quer te conhecer melhor, saber dos seus gostos, ter uma relação mais próxima com você... ... Agora numa situação onde esteja havendo flerte da parte de alguém, significa que essa pessoa quer ter um encontro com você.
Quando o cara quer algo sério?
A pessoa que realmente quer algo sério com você, cuida dos detalhes. Te fala quando precisar ficar ausente, se despede e te cumprimenta todos os dias, leva em conta sua opinião na hora de fazer planos e até mesmo se lembra da comida que você gosta na hora de ir comer ou jantar.
O que é possível para se conhecer melhor porque?
1- Aprenda a se questionar. Ao invés de procurar conselhos ou respostas externas, comece a se perguntar. Ao invés de querer apenas "desabafar" com outras pessoas e ouvir consolos ou ouvir coisas que não quer, aprenda a se fazer perguntas. 2-Faça coisas diferentes.
5 indícios de que você precisa se conhecer melhor
- TEXTO PAULA BOSCHI
- FOTOGRAFIA Photo by Vince Fleming on Unsplash
- DATA: 23/11/2020
Nem sempre vai ser fácil reconhecê-los, mas a consciência de que você precisa se conhecer melhor, liberta
Você já se sentiu um estranho pra você mesmo, sem saber como lidar com seus próprios sentimentos, pensamentos e comportamentos? Já se julgou por não se sentir na posição de “ser humano ideal” que você mesmo criou?
Todos nós estamos sujeitos a isso durante a vida. Você pode não se reconhecer em nenhum desses indícios, mas certamente existem muitos outros pontos que você precisa considerar!
Indício 1. A opinião dos outros
Você se preocupa demais com a opinião alheia, com o que está por vir e com a chance de dar errado.
“Pré-ocupação” é ocupar-se com algo que sequer aconteceu.
Se você gasta energia se ocupando de coisas que ainda não existem, há uma grande chance de você estar deixando o que realmente importa (e existe) de lado
Indício 2. A culpa é dos outros
Você sempre acha um culpado e ele nunca é você.
Olhar para os acontecimentos da sua vida e não se sentir a vontade para se responsabilizar por eles é um sinal de alerta.
Quando culpamos o outro, tiramos de nós a responsabilidade pelos erros, mas também perdemos a habilidade de nos reconhecermos nos acertos.
Indício 3. A confirmação dos outros para você se conhecer melhor
Você busca confirmações do universo, do mestre e dos amigos.
Basear suas decisões em fatores externos é um sinal de que você precisa se conhecer.
Conselhos de amigos, astrologia, horas iguais, tarô, mentores e etc, precisam ser vistos como ferramentas extras que não podem, de forma alguma, decidir por você.
Autoconhecimento é autonomia e confiança em si.
Indício 4. Você sempre diz sim
Você não consegue dizer não e sempre prioriza os outros.
Para cada sim dito a alguém, avalie se você não está dizendo não a si mesmo.
Doar-se ao outro sacrificando suas vontades e/ou seus valores é um ato de extrema falta de respeito com você mesmo.
Aqui vale aquela máxima: Quem se doa demais não é mais amado. Quem se doa demais acaba só sendo mais usado.
Indício 5. Comparação
Você se compara ao invés de se inspirar.
A grama do vizinho sempre te parece mais verde.
Você olha para o que não tem e se compara ao invés de se inspirar.
Você duvida do mérito do outro ao invés de se interessar em perguntar como ele fez.
Se desamina quando vê o outro conseguindo algo que você queria ter, mas não está disposto a fazer sacrifícios para conseguir também.
Todos nós já passamos por um ou vários desses indícios. O importante é desenvolver a habilidade de se observar e compreender de onde vem esses comportamentos. A consciência liberta e transforma os comportamentos que nos parecem involuntários em escolhas.
PAULA BOSCHI acredita no autoconhecimento descomplicado. Sem imposições, sem padrões e com leveza. @tranquilize.pr
Eu quero te conhecer melhor, qual o problema?
Ontem uma amiga me disse: Nena, qual o problema de você virar para uma pessoa e dizer, quero te conhecer melhor?
E então, parei para refletir!
A verdade é que conhecer o outro melhor não implica em ter um relacionamento sério (namoro, noivado, casamento). Mas, em iniciar um vínculo afetivo que pode ou não dar frutos. Quando falo em frutos me refiro não somente a relação homem versus mulher. Mas, em uma amizade saudável, harmoniosa e verdadeira, em que confiança,
respeito e admiração se façam presentes.
Sempre bato na tecla de que qualquer relacionamento humano é baseado em três pilares: respeito, confiança e admiração. Para respeitar, admirar e confiar no outro, faz-se necessário conhecer melhor. E qual o problema em conhecer o outro melhor? Nenhum.
Somos frutos da nossas escolhas sejam elas corretas ou não, somos o que fazemos, emoção, sentimento, pensamento e comportamento. Somos o que os outros veem, mas, somos
muito mais o que sentimos e pensamos. Então, não há melhor forma de conhecer o outro que conhecer seus princípios, seus amores, suas desventuras, seus sabores, seus dessabores, suas alegrias e suas dores.
A grande verdade é que conhecer o outro, é ser capaz de reconhecer pontos positivos e negativos na personalidade do outro e na sua. O grande problema é que ao conhecer o outro, você aprende a se conhecer melhor e avaliar suas falhas e percepções do mundo. Neste momento
você consegue se enxergar melhor e as vezes não se enxerga tão belo, tão inteligente, tão jovial como supunha.
Identificar as emoções do outro nos leva a nos conhecer melhor e a conhecer melhor o mundo que nos cerca, isto é crescimento emocional e espiritual, o grande problema é que nem todas as pessoas estão preparadas para se enxergarem exatamente como são: com defeitos e qualidades. Pois, quanto mais conscientes dos nossos defeitos, menos acreditamos que devemos ser
admirados por outrem.
Sabemos que os seres humanos por natureza são seres sociáveis. Logo, nosso aprendizado está diretamente ligado a troca de saberes que ocorre durante o contato com o outro. A troca de experiências nesta vivência coletiva em que nos encontramos nos proporciona novas perspectivas de vida e de mundo.
Não é fácil enxergar-se sem máscaras diante do espelho da vida, mas, é extremamente necessário para que não se crie expectativas infundadas e frustradas em relação a
determinada situação. A partir do momento em que você se torna mais consciente de si e do outro, você começa a desenvolver sentimentos mais saudáveis e de menos apego em relação ao outro, deixando de enxerga-lo como uma extensão de si próprio para vê-lo como indivíduo que ele é, com vontade e querer próprio.
Óbvio que vivendo em um mundo com tanta diversidade as vezes é complicado iniciar um vínculo, algumas pessoas tem um medo terrível de se envolver, de deixar que o outro se
aproxime, de se apaixonar, de tirar a máscara e deixar-se serem vistas como realmente são.
Algumas pessoas tem um medo profundo de se envolver, medo do amor, de se sentirem frágeis ou de serem hostilizadas em seus sentimentos e por este motivo se isolam e criam um mundinho particular. São inúmeros e diversos os motivos que as pessoas tem para criarem uma certa resistência a aproximação de desconhecidos. Portanto, se realmente for do seu interesse manter contato, será necessário
usar da criatividade e da persistência para conseguir adentrar a bolha territorial do outro, sem que o mesmo se sinta ofendido, invadido. É um processo complicado, mas, normalmente pessoas mais retraídas são uma fonte inesgotável de surpresas e conteúdo valioso.
“Pessoas caladas, tem mentes barulhentas”. Stephen Hawking.
Particularmente me sinto extremamente atraída por aquilo que é envolto em uma camada fina de mistério, onde cada dia é uma nova
descoberta, um novo querer, um novo sorriso, um novo sabor. Gosto de emoções marcantes, únicas e verdadeiras em que cada dia há uma fronteira a menos, em que o querer se renova, a descoberta encanta e o sorriso enaltece. Talvez, por ser extremamente transparente e comunicativa, o oposto me atraia tanto. Buscamos no outro qualidades que admiramos, mas, que muitas vezes não possuímos, estes aspectos inerentes a nossa personalidade que precisam ser melhorados ou aprimorados, encontram vazão quando
convivemos com pessoas que possuem estas qualidades.
Conhecer o outro é um exercício diário, as pessoas mudam, agregam valores, abrem mão de preconceitos, evoluem e assim a cada dia que nascem são novas pessoas, com bagagem e intelectos diferenciados.
Não importa o tempo de relacionamento que exista entre vocês. Enquanto as barreiras não forem derrubadas e houver a aproximação, você nunca será capaz de ver a pérola que há no outro. Conhecer suas dores,
alegrias, sonhos, apoiar, sorrir junto, chorar se for necessário é construir um tipo de relacionamento mais saudável e harmonioso.
Lembre-se nos evoluímos todo o tempo e não podemos esperar que o outro permaneça em um estado de profunda introspecção para sempre. Por este motivo é tão importante abrir os canais de comunicação que nos unem, o dialogo nos permite desenvolver um maior entendimentos sobre nossos pensamentos, ideias, anseios e desejos. Faz-nos compreender melhor o
outro, suas dificuldades, tristezas, alegrias e sonhos. A transparência de sentimentos, além de unir duas pessoas aumenta a possibilidade, inclusive, de um julgamento mais justo em relação ao próximo.
E na profundeza de nossa própria personalidade há um mundo a ser descoberto que muitas vezes nem nós mesmo conhecemos. Então, Mary respondendo a sua pergunta: Nena, qual o problema de você virar para uma pessoa e dizer, quero te conhecer melhor?
Nenhum. Mas, é preciso compreender que nem todo mundo é capaz de se mostrar como realmente é. Para conhecer o outro primeiro faz-se necessário ganhar sua confiança e acima de tudo conhecer a si próprio. E quase ninguém
está disposto a fazer uma auto análise dos seus sentimentos e atitudes.
Onde impera o respeito, a confiança e admiração, o amor e a consideração não irão faltar. Eu só consigo admirar, respeitar e confiar aquilo que sou capaz de reconhecer como único e verdadeiro.
Considerando que cada pessoa é única em sua essência, caso se aproxime de mim, com um sorriso nos lábios e um brilho intenso nos olhos lhe direi: Quero te conhecer melhor!
Welcome to
my life. Porque eu sou assim:
"Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania. Depende de quando e como você me vê passar." Clarice Lispector
Bibliografia
O desafio do amor humano de Jutta Burggraf.
Interpretação baseada em STAROBINSKY, Jean em a "Transparência e Obstáculo" (1991) pela Editora Companhia Das Letras, São Paulo.