Vale destacar que a vacina contra Influenza é inativada – quando a fabricação da vacina é à base do vírus morto – e, por isso, não pode causar a doença (gripe).
A vacina contra gripe é composta por proteínas de diferentes cepas do vírus Influenza – elas são definidas ano a ano sob orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS). Essas cepas são cultivadas em ovos de galinha, portanto, contêm traços de proteínas do ovo.
A vacina trivalente contém duas cepas do vírus A e uma cepa de vírus B. A vacina quadrivalente possui duas cepas de vírus A e duas cepas de vírus B.
Quando a apresentação é monodose, ou seja, em seringas prontas com doses individuais (como as vacinas administradas pela Beep), a vacina não possui conservantes. Já a apresentação multidose, como acontece com outras vacinas, contém timerosal (derivado do mercúrio) como conservante.
Pode incluir traços de formaldeído e antibióticos (geralmente gentamicina ou neomicina), utilizados durante a fabricação para prevenir contaminação por germes. Também contém cloreto de sódio e água para injeção.
As vacinas utilizadas nas campanhas nacionais de vacinação contra a influenza do Programa Nacional de Imunizações (PNI) são vacinas trivalentes que contêm os antígenos purificados de duas cepas do tipo A e uma B, sem adição de adjuvantes e sua composição é determinada pela OMS para o hemisfério sul, de acordo com as informações da vigilância epidemiológica.
A cepa do vírus influenza A(H1N1) tem acometido predominantemente adultos (40-60 anos), a cepa A(H3N2) tem maior impacto em idosos e as cepas B em crianças, adolescentes e adultos jovens. Entretanto, todas as cepas podem causar infecções graves e mortes em pessoas de qualquer faixa etária.
Grupos prioritários para a vacinação:
a) crianças de seis meses a menores de cinco anos: todas as crianças que receberam uma ou duas doses da vacina influenza sazonal. Também deve ser considerado o esquema de duas doses para as crianças de seis meses a menores de nove anos de idade que serão vacinadas pela primeira vez, devendo-se agendar a segunda dose para 30 dias após a 1ª dose;
b) gestantes: todas as gestantes em qualquer idade gestacional. Para este grupo não haverá exigência quanto à comprovação da situação gestacional, sendo suficiente para a vacinação que a própria mulher afirme o seu estado de gravidez;
c) puérperas: todas as mulheres no período até 45 dias após o parto estão incluídas no grupo alvo de vacinação. Para isso, deverão apresentar documento que comprove a gestação (certidão de nascimento, cartão da gestante, documento do hospital onde ocorreu o parto, entre outros) durante o período de vacinação;
d) trabalhador de Saúde: todos os trabalhadores de saúde dos serviços públicos e privados, nos diferentes níveis de complexidade;
e) povos indígenas: toda população indígena, a partir dos seis meses de idade. A programação de rotina é articulada entre o Programa Nacional de Imunizações (PNI) e a Secretaria de Atenção a Saúde Indígena (SESAI);
f) Indivíduos com 60 anos ou mais de idade deverão receber a vacina influenza;
g) adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas deverão receber a vacina influenza;
h) População privada de liberdade e funcionários do sistema prisional: o planejamento e operacionalização da vacinação nos estabelecimentos penais deverão ser articulados com as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde e Secretarias Estaduais de Justiça;
i) Pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais. A vacinação deste grupo deve ser realizada em todos os postos de vacinação. No entanto, mantém-se a necessidade de prescrição médica especificando o motivo da indicação da vacina, que deverá ser apresentada no ato da vacinação.
Vacinação de professores, indígenas, pessoas com deficiência e comorbidades começa nesta semana
O Governo de SP começou a vacinar contra a gripe os indígenas, professores das redes pública e privada, pessoas com deficiência e pessoas com comorbidades. Os novos públicos fazem parte da quinta etapa da campanha que já incluía profissionais de saúde, idosos, crianças de 6 meses a menores de 5 anos, gestantes e puérperas.
A meta da campanha é imunizar 90% dos públicos-alvo e, até o momento, apenas 40% foi imunizado, com pouco mais de 5,1 milhões de pessoas vacinadas. Em alguns públicos a cobertura é menor que 20%. Todos os grupos que fazem parte da campanha ainda devem procurar os postos para a imunização.
Mesmo com doses disponíveis desde o dia 27 de março, foram aplicadas apenas 357,4 mil doses nas crianças (13,5% de cobertura vacinal), 24,7 mil nas gestantes (6%), 535,8 mil nos profissionais da saúde (34,5%), 3,6 mil nas puérperas (5,3%) e 4,1 milhões nos idosos (45,1%).
“É fundamental que os grupos prioritários procures os postos de vacinação para tomar a dose da vacina contra a gripe. Com as temperaturas mais baixas, a Influenza pode evoluir para casos mais graves, por isso é essencial que todos compareçam aos postos para se vacinar”, diz a diretora de Imunização da Secretaria, Nubia Araújo.
A última etapa começa em 16 de maio, alcançando profissionais das forças de segurança e salvamento, forças armadas, funcionários do sistema prisional, caminhoneiros, trabalhadores do transporte coletivo rodoviário de passageiros urbanos e de longo curso, trabalhadores portuários e população privada de liberdade e adolescentes e jovens sob medida socioeducativa.
A vacina do Butantan contra a influenza é trivalente e 100% nacional, composta pelos vírus H1N1, a cepa B e o H3N2, do subtipo Darwin, que causou os surtos localizados no final do ano passado.