Por que a Suíça é um país rico?

Suíça, o pais europeu que possui uma das economias mais avançadas e ricas do planeta, sendo mundialmente conhecida pelos seus famosos alpes, bancos procurados por milionários de todo mundo, e claro, pelos chocolates de altíssima qualidade.

Além disso, os suíços desfrutam de uma das melhores qualidades de vida do mundo, com uma renda per capita de 94 mil dólares, a segunda mais alta do mundo se excluindo os microestados, Além do destaque em diversos índices, como IDH, corrupção e liberdade econômica.

Nesse vídeo, vamos entender como a Suíça atingiu tamanho desenvolvimento mesmo com um território escasso em recursos naturais e sem saída para o mar, com sua vasta história de estabilidade e credibilidade.

Para contextualizar a economia da Suíça atualmente, é necessário entender como a sua história foi importante para moldar sua prosperidade, pois desde 1815, a Suíça oficializou a sua neutralidade em relação a comunidade internacional, sobrevivendo a duas guerras mundiais sem se envolver em conflitos.

Esse fator foi muito importante para manter o país intacto, enquanto o resto do continente estava destruído e endividado, além de criar uma demanda durante a guerra por armas e um se tornou um porto seguro para guardar riquezas, mais notoriamente ouro nazista. Após a guerra, a sua indústria foi impulsionada pela crescente demanda por bens com a recuperação econômica dos países europeus, que solidificaram a característica exportadora e industrial da nação, principalmente pela sua localização estratégica no centro da Europa, fazendo fronteira com 3 das 4 maiores economias do continente, como Alemanha, Itália e França.

A estabilidade política também foi e continua sendo fundamental para o país, pois diferente da maioria das democracias ao redor do mundo, que seguem o modelo de democracia representativa, ou seja, a população elege um candidato para representá-la, na Suíça, com a dificuldade de unificar regiões com diferentes costumes, religiões e idiomas, sendo eles o francês, alemão, italiano e romanche, resolveram adotar um modelo descentralizado com uma “democracia semidireta”, onde os cidadãos votam diretamente em diversas questões políticas e sociais através de referendos. O cargo de chefe de estado não é ocupado por um presidente que fica à frente das questões federais, mas sim formado por um conselho executivo de sete ministros eleitos a cada 4 anos que possuem o mesmo poder e tomam decisões em conjunto. Além disso, a Suíça é dividida em 26 estados, conhecidos como cantões, onde cada um deles tem alto grau de autonomia, com diferentes constituições, sistemas judiciais, códigos civis e tributários.

Essa autonomia cria uma certa competição entre os cantões, com diferentes alíquotas de imposto de renda, buscando evitar a fuga da população para outros cantões e atrair mais investimentos. Um exemplo disso, é a região de Genebra, onde o imposto de renda pode chegar até 44%, enquanto na região de Zug essa alíquota é de apenas 22,3%.

Esses fatores criaram um sistema político muito estável e seguro, que foi um dos fatores fundamentais para o sucesso econômico suíço, aliado com baixíssimos níveis de corrupção, sendo o quarto país menos corrupto do mundo, uma moeda forte como o Franco Suíço, altos índices de liberdade econômica, onde mesmo seus setores mais prestigiados como o financeiro por exemplo, possui pouquíssimas regulações, além de possuir uma forte proteção de direitos de propriedade privada e ausência de salário-mínimo a nível federal. Além disso, a Suíça tem a terceira população mais produtiva do mundo, com estimativas de que a cada hora trabalhada, os trabalhadores suíços rendem cerca de 69 dólares à economia.

Outro fator fundamental para a prosperidade suíça é a valorização da educação, possuindo um dos melhores sistemas educacionais de todo o mundo, possuindo 3,2% da população com doutorado e 2 universidades entre as 15 melhores do planeta, como o Instituto Federal de Tecnologia de Zurique e Escola Politécnica de Lausanne.

Essa disponibilidade de mão de obra qualificada e o alto investimento de 3% do PIB anualmente em pesquisa e desenvolvimento, criou uma cultura industrial e inovadora, com destaque em diferentes setores que se mantêm competitivos mesmo possuindo uma das médias salariais mais altas do mundo, com diversas empresas se destacando mundialmente como a Nestlé, que é a maior empresa no setor alimentício do mundo, ABB na área de robótica e automação, Novartis e Roche no setor farmacêutico, que juntas possuem uma receita de 96 bilhões de dólares; empresas como Rolex e Swatch estão entre as marcas mais prestigiadas de relógios de luxo; e claro, Lindt e Toblerone no setor de chocolates. E esse notório histórico de excelência faz os produtos suíços possuírem uma reputação de qualidade e durabilidade, que confere uma crescente demanda mesmo com preços elevados.

Com isso, hoje a Suíça não depende apenas do setor financeiro, que apesar de ser importante, representa apenas 10% do PIB do país. E esse destaque nas finanças está atrelado a alguns motivos. O primeiro e talvez o mais importante deles é a estabilidade e confiança do Franco Suíço, com o país servindo de porto seguro em cenários de crise. O segundo é a fama do país como paraíso fiscal, que por mais que não seja totalmente verdadeira, os impostos na Suíça ainda estão entre os mais baixos da Europa. Outro ponto importante é a famosa lei de sigilo bancário e confidencialidade do cliente, que impede os bancos de divulgar informações de seus clientes. Esses fatores foram os principais responsáveis por tornar o sistema bancário suíço um dos principais do planeta, o maior centro de comércio de commodities global e cidades como Zurique e Genebra estando entre os 20 maiores centros financeiros do mundo, atraindo investimentos e empresários das mais diferentes nacionalidades. Porém, essa lei de sigilo bancário também serviu para atrair a fortuna de sonegadores de impostos, criminosos, ditadores e esquemas de lavagem de dinheiro, tanto que em 2018, a Tax Justice Network, um grupo que visa acabar com paraísos fiscais, classificou o setor bancário da Suíça como o “mais corrupto” do mundo, que tem sido fonte de críticas e pressão internacional, sobretudo da União Europeia e dos EUA ao longo dos anos para acabar com esse sigilo.

Tal fato tem feito a Suíça flexibilizar esse princípio, principalmente após compartilhar informações de contas financeiras com mais de 63 países em 2018. Além disso, o mercado asiático está crescendo muito mais rapidamente que o Europeu, onde muitos países ainda não retomaram o PIB pré-crise de 2008. Esses motivos estão fazendo os principais bancos suíços como UBS e Credit Suisse investirem pesadamente no continente asiático, na tentativa de administrar a riqueza asiática, com o primeiro sendo o maior banco da Ásia atualmente. Apesar disso, é notório como o país vem perdendo a relevância nesse setor, principalmente com a solidificação de outros centros financeiros como Singapura, com bancos domésticos suíços apresentando dificuldades financeiras, pois não tem a mesma capacidade de expansão e credibilidade dos maiores, além de estar perdendo um dos seus principais atrativos que era a total rigidez em torno da confidencialidade do cliente. Um exemplo disso, é que desde 2006, houve uma diminuição de 27% na quantidade de bancos suíços, que coloca em xeque o futuro de um setor que serviu como um dos mais importantes da economia suíça durante anos.

Portanto, a Suíça é um exemplo em termos de estabilidade e credibilidade que fizeram da nação uma das economias mais avançadas do mundo, e que torna possível produtos suíços possuírem preços muito acima do mercado e ainda assim conseguem encontrar pessoas dispostas a pagar, confiando na qualidade de seus produtos. Por fim, o maior legado da Suíça para outras economias é a confiança que se tornou quase uma marca do país e atrai diariamente empresários, consumidores e investidores interessados em fazer negócios, guardar o seu dinheiro e comprar produtos suíços.

Porque Suíça é tão rica?

Conhecida por produzir os melhores chocolates e queijos do mundo e por ser o paraíso dos milionários, graças aos bancos seguros e discretíssimos, a Suíça possui um sistema político bem diferente de outros países europeus. Além, é claro, de paisagens belíssimas que variam de estação para estação.

Qual é a riqueza da Suíça?

Moeda: franco suíço. Produto Interno Bruto (PIB): US$ 862,82 bilhões (FMI, 2022). PIB per capita: US$ 98.770. Gini: 0,327.

Qual é a principal fonte de renda da Suíça?

As exportações e as importações dominam a economia suíça, especialmente o comércio com a Alemanha.

Qual o país mais rico Brasil ou Suíça?

São eles:.
Luxemburgo: US$ 140.694..
Cingapura: US$ 131.580..
Irlanda: US$ 124.596..
Catar: US$ 112.789..
Macau: US$ 85.611..
Suíça: US$ 84.658..
Emirados Árabes Unidos: US$ 78.255..
Noruega: US$ 77.808..

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