Porque os brasileiros descendentes de japoneses imigraram para o Japão?

Mas afinal, é possível estudar, trabalhar e morar no Japão mesmo sem ter sangue japonês? Ou mesmo sem a necessidade de se casar com um descendente de japoneses?

Por que será que, ao pesquisar sobre morar no Japão, quase todas as empreiteiras exigem que o interessado seja descendente de japoneses? E por que boa parte dos brasileiros que ouvimos falar que vivem no Japão, são descendentes? O Japão é fechado para brasileiros natos?

Neste artigo, vamos esclarecer este ponto. Vamos mostrar para que sim, você pode morar no Japão mesmo que não seja descendente de japoneses!

Você não precisa ter sangue japonês para viver no Japão, pois este é um país aberto para estrangeiros de quase todas as nacionalidades. Com o Brasil, não é diferente!

Como tudo começou

Por muito tempo acreditou-se que o único caminho para ir ao Japão era sendo descendente de japoneses. Esta crença, quase que popular, deve-se às empreiteiras que foram responsáveis pela grande leva de trabalhadores brasileiros descendentes de japoneses enviados ao Japão.

Isso acontece pois no final da década de 80, o Japão, na necessidade de mão de obra para sua indústria, aprovou uma lei de imigração em que permitia que descendentes de japoneses de até terceira geração (netos de japoneses nativos) tirassem um visto de trabalho, que permitia que estas pessoas desenvolvessem qualquer tipo de trabalho país.

Essa possibilidade, somado a um período hiperinflação que o Brasil vivia e ao fato deste ser a maior concentração de descendentes de japoneses do mundo, gerou um grande fluxo de brasileiros que migraram para o Japão para trabalhar principalmente em fábricas.

Esse fluxo foi tão grande que, hoje, mais de 200 mil brasileiros vivem no Japão!

É por isso que sempre ouvimos falar de brasileiros no Japão, mas quase sempre, estes são descendentes de japoneses. Foi um número realmente grande de pessoas que fizeram este caminho.

Então o Japão é só para descendentes de japoneses?

De maneira alguma!

O que é restrito aos descendentes de até terceira geração (netos de japoneses, os chamados sansei) é esta modalidade de visto, que permite embarcar para o Japão e trabalhar em fábricas.

O Japão, como terceira maior economia do mundo, é aberto aos estrangeiros, assim como a maioria dos países globalizados. Hoje, 2 milhões e 900 mil estrangeiros vivem no Japão, sendo o equivalente a 2,3% da população do país.

Pessoas de todas as partes do mundo vivem no Japão, bastando ter um visto adequado para isso. Com brasileiros, não é diferente.

O visto é o documento que permite a entrada e permanência no Japão. Existem diversas modalidades de visto: visto de turismo, visto para trabalho, visto para trabalho especializado, visto para atividades religiosas, visto de estudante, entre outros.

Se você tiver um visto, você pode viver no Japão!

A melhor opção para brasileiros não-descendentes

Para você que deseja realizar o sonho de viver no Japão, seja para sempre ou por apenas um tempo, a melhor forma é começar como um estudante.

O visto de estudante é a forma menos burocrática de ingressar no Japão, pois depende de poucos fatores externos.

Não depende de ser descendente ou de ter um alto grau de qualificação profissional. Este visto tem validade de 2 anos e pode ser renovado enquanto você continuar estudando.

O intercâmbio começa com os estudos do idioma japonês em uma escola do Japão. Com a conclusão dos estudos de japonês é possível prosseguir para um ensino técnico ou superior. O visto é renovado automaticamente com auxílio da instituição de ensino.

Após concluir os estudos, ainda é possível continuar morando no Japão, como veremos a seguir…

Trabalho no Japão para intercambistas

Vivendo no Japão como um estudante, é possível trabalhar para auxiliar no custo de vida. O visto de estudante permite que você realize o que no Japão é conhecido como arubaito, trabalho de meio período remunerado por hora.

É uma modalidade de trabalho comum no país, realizada por estudantes de ensino médio, ensino superior, mães que possuem apenas meio período disponível para trabalhar por terem crianças pequenas, idosos etc.

O Japão vive uma situação de emprego pleno, havendo oportunidade de trabalho para todos.

É possível trabalhar em lojas de conveniência, restaurantes, cafeterias, lojas, fábricas etc. Quanto maior o nível de japonês, melhores as oportunidades.

A própria Living Japan e as instituições de ensino auxiliam o candidato na preparação e busca de um arubaito.

Por lei, o portador do visto estudantil tem o direito de trabalhar 28 horas por semana no período letivo, e 40 horas por semana no período de férias.

É possível continuar no Japão após o intercâmbio?

Após a conclusão dos estudos, existe a possibilidade de ser contratado por uma empresa japonesa e assim tirar um visto de trabalho, que poderá ser renovado inúmeras vezes até que você atinja os requisitos para o visto permanente.

Ou seja, quem entra no Japão como estudante tem uma grande possibilidade de continuar vivendo no país, até mesmo para sempre, se assim desejar.

Conclusão

Morar no Japão não é exclusividade para os descendentes, pois o Japão é um país globalizado e aberto aos estrangeiros. Brasileiros também podem viver no país, desde que tenham um visto.

A Living Japan recomenda o visto de estudante como ponto de partida. Esta é a melhor forma de iniciar a vida no Japão, pois não exige que o candidato seja descendente e nem que tenha uma alta qualificação profissional, como seria para um visto de trabalho.

Porque os brasileiros descendentes de japoneses migram para o Japão?

Hoje no Japão vivem pelo menos 300.000 mil brasileiros descendentes de japoneses que muitas vezes acompanhados dos cônjuges migram para o Japão com intuito de trabalhar nas indústrias em grande parte dos casos.

Como se chama a mistura de japonês com brasileiro?

Issei é o japonês que emigra para outro país. Quando um issei tem um filho em outro país, a criança é um nissei, ou seja, o issei é a primeira geração, o nissei é a segunda e o sansei é a terceira.

Por que muitos brasileiros descendentes de japoneses foram trabalhar no Japão a partir do final dos anos 1980?

Resposta. Resposta: Foi impulsionado pelas sucessivas crises econômicas ocorridas no Brasil, poucas oportunidades, baixos salários, com isso buscam em outra nação uma melhoria nos rendimentos.

Como são chamados os brasileiros descendentes de japoneses que vão trabalhar no Japão?

Significado de decasségui Os japoneses que migraram de províncias distantes para trabalhar nos grandes centros - como Tóquio e Osaka - também são chamados de decasséguis. Traduzindo para português, decasségui equivale a trabalhador migrante.

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