Quais as políticas educacionais que existem na educação brasileira?

1.-Introdu��o.

O objetivo deste artigo � analisar e refletir sobre as pol�ticas p�blicas brasileiras destinada para o ensino m�dio, considerando que a aprendizagem do aluno no ensino m�dio tem como finalidade a prepara��o do aluno para o trabalho e para o exerc�cio da cidadania. Assim, trabalhou-se com os conceitos de pol�tica p�blica, ensino m�dio e a aprendizagem objetivando contextualiz�-las, j� que est�o interligadas em um contexto social, educacional e pol�tico bem definido. O artigo realizado deu-se por meio de pesquisa bibliogr�fica que segundo Gil (2002), � desenvolvido com base em material j� elaborado, constitu�do especificamente de livros e artigos cient�ficos. Sendo relevante apreciar a opini�o de Lakatos e Marconi (2010), onde recomendam que “[...] a pesquisa bibliogr�fica n�o � mera repeti��o do que j� foi dito ou escrito sobre certo assunto, mas propicia o exame de um tema sob novo enfoque ou abordagem, chegando a conclus�es inovadoras”.

Recentemente, mais uma vez fez-se presente uma tentativa de reformar o ensino brasileiro, e o foco da vez � o ensino m�dio. A alega��o de quem prop�e a reforma � de que est� se buscando retirar a obrigatoriedade de alguns conte�dos desinteressantes aos alunos e permitir-lhes que optem por �reas com que se identificam para que possam aprofundar os estudos nessas �reas, concomitantemente � ideia � incluir forma��o t�cnica, proporcionando ao estudante do ensino m�dio ao mesmo tempo � conclus�o dessa etapa possa obter forma��o t�cnica que lhe permita maior facilidade para ingressar no mercado de trabalho. As altera��es provocadas pelo novo modelo do Ensino M�dio trazem modifica��es bastante significativas na estrutura do ensino nacional.

Diante disso, este artigo se justifica pela compreens�o detalhada das pol�ticas p�blicas na educa��o brasileira, a qual trazem em seu contexto os desafios, avan�os e as conquistas j� alcan�adas, bem como aquelas que ainda ser�o colocadas em pr�tica, e o reflexos destas pol�ticas na aprendizagem dos alunos do Ensino M�dio.

2.-Pol�ticas P�blicas.

O desenvolvimento de a��es e programas do atual governo federal e a reorganiza��o do MEC configuram um cen�rio de possibilidades, que precisam ser consideradas para uma efetiva pol�tica p�blica nacional para o Ensino M�dio comprometida com as m�ltiplas necessidades sociais e culturais da popula��o brasileira. Pol�tica p�blica s�o a��es sociais coletivas que t�m por objetivo � garantia de direitos perante a sociedade, envolvendo compromissos e tomadas de decis�es para determinadas finalidades. � importante saber como s�o definidas algumas atividades que requerem uma avalia��o nas etapas de planejamento das pol�ticas e instru��es governamentais, que geram informa��es que possibilitam novas escolhas na an�lise para poss�veis necessidades de reorienta��es de a��es para se alcan�ar os objetivos tra�ados.

A sociedade � din�mica e, por isso, a compreens�o da fun��o do Estado e das necessidades educacionais tamb�m muda ao longo dos anos. As pol�ticas p�blicas de educa��o geralmente est�o associadas aos momentos hist�ricos de um pa�s e do mundo e � interpreta��o de poder de cada �poca.

No Brasil, elas s�o estabelecidas por um processo pedag�gico nacional, no qual s�o discutidas as tem�ticas necess�rias para garantir uma educa��o de qualidade, e apoiadas pela legisla��o. Exigem, ainda, a participa��o da sociedade como um todo educadores, alunos, pais e governo.

Normalmente, as pol�ticas educacionais t�m origem nas leis votadas pelo Poder Legislativo nas esferas federal, estadual e municipal, embora membros do Poder Executivo tamb�m possam propor a��es nessa �rea. Aos cidad�os cabe participar dos conselhos de pol�ticas p�blicas, que s�o espa�os de discuss�o de demandas.

Dessa forma, as pol�ticas educacionais podem ser entendidas como um meio de constru��o de valores e conhecimentos que possibilitam o pleno desenvolvimento do educando, incluindo sua capacidade de se comunicar, compreender o mundo ao seu redor, defender suas ideias e exercer a cidadania.

Ao estabelecer modelos educacionais concebidos pelos cidad�os e pelo governo, essas pol�ticas p�blicas viabilizam a cria��o de uma sociedade apta para trabalhar, questionar e contribuir com o crescimento da na��o — por isso, s�o de extrema import�ncia para o pa�s.

Na d�cada de 1990, com a aprova��o da Lei n. 9.394/96, o ensino secund�rio recebeu a denomina��o de ensino m�dio, n�o obrigat�rio, destinado aos jovens de 15 a 17 anos egressos do ensino fundamental, a partir de 1997, a chamada reforma do ensino m�dio e da educa��o profissional determina que o ensino t�cnico seja ofertado de forma complementar, paralela ou sequencial e separado do ensino m�dio regular. A condi��o de modalidade conferida � educa��o profissional na Lei n. 9.394/96, com possibilidade de articular-se com as etapas e n�veis do ensino regular sem deles ser parte integrante, confere-lhe um car�ter secund�rio, que tamb�m se estende ao financiamento, � gest�o Pol�ticas para o ensino m�dio no Brasil: perspectivas para a universaliza��o.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educa��o Brasileira (Lei n� 9.394, de 1996) configura a identidade do Ensino M�dio como uma etapa de consolida��o da educa��o b�sica, de aprimoramento do educando como pessoa humana, de aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, para continuar aprendendo, e de prepara��o b�sica para o trabalho e a cidadania. Tamb�m possibilitou a integra��o com a profissionaliza��o, de forma amb�gua, no cap�tulo da educa��o b�sica e em um cap�tulo pr�prio, na qual a “A educa��o profissional e tecnol�gica, no cumprimento dos objetivos da educa��o nacional, integra-se aos diferentes n�veis e modalidades de educa��o e �s dimens�es do trabalho, da ci�ncia e da tecnologia” (Reda��o dada pela Lei 11.741, de 2008).

A organiza��o curricular do ensino m�dio �, ent�o, destacada no Art. 36 da LDBEN/1996, especificamente no par�grafo 1�, quando nele s�o institu�das as compet�ncias que os alunos, ao t�rmino dessa etapa, devem demonstrar:

Art. 36, � 1� – Os conte�dos, as metodologias e as formas de avalia��o ser�o organizados de tal forma que ao final do ensino m�dio o educando demonstre:

  • Dom�nio dos princ�pios cient�ficos e tecnol�gicos que presidem a produ��o moderna;

  • Conhecimento das formas contempor�neas de linguagem;

  • Dom�nio dos conhecimentos de Filosofia e de Sociologia necess�rios ao exerc�cio da cidadania. (Brasil, 2006, p. 26)

Assim, visando melhor atender a esse aprendizado, os PCNEM (Brasil, 1999) estabeleceram a divis�o de conhecimentos escolares em tr�s �reas: Linguagens, C�digos e suas Tecnologias; Ci�ncias da Natureza, Matem�tica e suas Tecnologias e Ci�ncias Humanas e suas Tecnologias. De acordo esses Par�metros, tal divis�o � justificada porque se observa que os conhecimentos apresentam-se, cada vez mais, imbricados aos conhecedores, quer se encontrem na esfera t�cnico-cient�fica, quer se situem no cotidiano da vida social.

Ent�o surge, em 2000 o Programa de Melhoria e Expans�o do Ensino M�dio e o Projeto Escola Jovem. Ambos, contando com financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento, tinham como objetivo apoiar a implementa��o da reforma curricular e estrutural e a expans�o do atendimento no ensino m�dio no pa�s pelas Unidades Federadas, com vistas � melhoria de sua qualidade e � amplia��o de seu grau de cobertura, como modo de garantir maior equidade social (Brasil, 2000).

No per�odo de 2004 a 2007, o Decreto n. 5.154/04 readmitiu ao conjunto das escolas m�dias no pa�s a possibilidade de integrar o ensino m�dio � educa��o profissional. Por�m, essa integra��o ficou a crit�rio das escolas, dos sistemas e das redes de ensino, o que trouxe implica��es. Na pr�tica, as experi�ncias foram limitadas em termos qualitativos e quantitativos. Nas redes estaduais de ensino, a oferta da educa��o profissional � secundarizada em raz�o da prioridade que a legisla��o nacional lhe atribui.

Com efeito, a partir de 2005, inicia-se o processo de institucionaliza��o das Pol�ticas para a Juventude no Brasil, cuja discuss�o havia sido iniciada em 2003.

Nesse processo, destacam-se a cria��o da Secretaria e do Conselho Nacional de Juventude (2005); do Programa Nacional de Inclus�o de Jovens: Educa��o, Qualifica��o e A��o Comunit�ria (PROJOVEM) (2006); do Programa Universidade para Todos (PROUNI) (2005); do Programa de Apoio a Planos de Reestrutura��o e Expans�o das Universidades Federais (REUNI) (2007); os Pontos de Cultura e as Pra�as da Juventude, entre outros que, apesar de n�o serem exclusivos de juventude, atendem, mormente, os jovens brasileiros pertencentes �s camadas populares, em situa��o de defasagem escolar, desemprego e vulnerabilidade social. Diante desse cen�rio, o MEC lan�ou o Projeto Ensino M�dio Inovador (2009), programa que busca apoiar as Secretarias de Educa��o dos Estados e do Distrito Federal no desenvolvimento de a��es de melhoria do ensino m�dio. �nfase � dada � necessidade de mudan�as no curr�culo desse n�vel de ensino, a um novo sistema de avalia��o – o novo Enem – e � amplia��o do tempo de perman�ncia na escola. Tamb�m est�o inseridos no programa projetos que promovam a educa��o cient�fica e human�stica, a valoriza��o da leitura, o aprimoramento da rela��o teoria e pr�tica, a utiliza��o de novas tecnologias e o desenvolvimento de metodologias criativas e emancipadoras. Para o futuro, vislumbram-se novas expectativas depositadas, sobretudo, no novo Plano Nacional de Educa��o (PNE) para o per�odo de 2011-2020. O Projeto de Lei que apresenta a proposta de PNE, em tramita��o na C�mara dos Deputados, cont�m como uma de suas metas “Universalizar, at� 2016, o atendimento escolar para toda a popula��o de 15 a 17 anos e elevar, at� 2020, a taxa l�quida de matr�culas no ensino m�dio para 85/%, nessa faixa et�ria”.

3.-Ensino M�dio.

O Ensino M�dio � um n�vel de ensino da Educa��o B�sica e � chamado desta maneira por estar entre o os n�veis de Ensino Fundamental I e o Superior. Esta denomina��o sofreu diversas varia��es ao longo das pol�ticas p�blicas da educa��o brasileira. Na Lei 4.024/61, cuja denomina��o era Educa��o de Grau M�dio ou Ensino M�dio e possu�a divis�o em dois ciclos: ginasial e colegial.

A partir da reforma de 1971, sob a �gide da Lei 5.692, as escolas foram obrigadas a priorizar a forma��o t�cnica sobre qualquer outra e seu nome passou a ser Ensino de 2� Grau e assim se manteve at� a publica��o da Lei de Diretrizes e Bases (LDB) n� 9.394/96. O mais curioso desta reforma � que ela resultou num ruidoso fracasso, pois tanto n�o formou t�cnicos qualificados para o mundo do trabalho, como tamb�m n�o desenvolveu o gosto pela cultura geral na juventude brasileira.

No cen�rio educacional atual, segundo a LDB n� 9.394/96, a denomina��o deste n�vel de Ensino passou a ser Ensino M�dio. Prop�s-se neste n�vel, no Ensino M�dio, estabelecido na Lei de Diretrizes e Bases da Educa��o Nacional n� 9394/96, em seu Art. 35, que o Ensino M�dio, compreende a etapa final da educa��o b�sica, com dura��o m�nima de tr�s anos e tem como finalidades que v�o desde preparar o educando para prosseguir os estudos em n�vel t�cnico ou superior como tamb�m oferecer a prepara��o b�sica para o trabalho e para a cidadania, forma��o �tica, desenvolvimento da autonomia intelectual, pensamento cr�tico e compreens�o dos fundamentos cient�fico-tecnol�gicos dos processos produtivos; compreendendo um curr�culo que aborde a educa��o tecnol�gica b�sica, a compreens�o do significado da ci�ncia, das letras e das artes, assim como, o processo hist�rico de transforma��o da sociedade e da cultura; a l�ngua portuguesa como instrumento de comunica��o, acesso ao conhecimento e exerc�cio da cidadania.

O Ensino M�dio tamb�m poder� formar o educando para o exerc�cio de profiss�es t�cnicas, sendo este item facultativo. (BRASIL, 1996) Em suma, ao t�rmino do Ensino M�dio, segundo a LDB n� 9.394/96, de modo geral, o aluno dever� ser capaz de possuir dom�nio dos princ�pios cient�ficos e tecnol�gicos que presidem a produ��o moderna; conhecimento das formas contempor�neas de linguagem; e dom�nio dos conhecimentos de Filosofia e de Sociologia necess�rios ao exerc�cio da cidadania.

Ao tratar especificamente sobre o ensino m�dio, a LDBEN/1998, (Brasil,2006) em seu artigo 35, estabelece que esse n�vel de ensino se caracteriza por ser a etapa final da educa��o b�sica e que dever� ter uma dura��o de, no m�nimo, tr�s anos, tendo por finalidades:

  • A consolida��o e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;

  • A prepara��o b�sica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condi��es de ocupa��o ou aperfei�oamento posteriores;

  • O aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a forma��o �tica e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento cr�tico;

  • A compreens�o dos fundamentos cient�fico-tecnol�gicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a pr�tica, no ensino de cada disciplina. (Id. Ibid., p. 28-29).

Sendo o ensino m�dio, conforme as tr�s finalidades citadas acima, considerado a etapa final da educa��o b�sica, podemos entender seus estudos como o per�odo de concretiza��o e aprofundamento de muitos dos conhecimentos adquiridos ao longo do ensino fundamental. De acordo com os PCNEM (Brasil,1999), com essas finalidades, espera-se dessa etapa de forma��o o desenvolvimento de compet�ncias que permitam ao aluno:

  • A forma��o da pessoa, de maneira a desenvolver valores e compet�ncias necess�rias � integra��o de seu pr�prio projeto da sociedade em que se situa;

  • O aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a forma��o �tica e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento cr�tico;

  • A prepara��o e orienta��o b�sica para a sua integra��o ao mundo do trabalho, comas compet�ncias que garantem seu aprimoramento profissional e permitam acompanhar as mudan�as que caracterizam a produ��o no nosso tempo;

  • O desenvolvimento das compet�ncias para continuar aprendendo, de forma aut�noma e cr�tica, em n�veis mais complexos de estudos. (Id. Ibid., p.22)

Nesse sentido, o ensino m�dio, implantado para substituir o at� ent�o 2�grau, deve atuar de maneira que garanta ao aluno a prepara��o b�sica para continua��o dos seus estudos, a fim de que ele seja inserido no mundo do trabalho, bem como no exerc�cio cotidiano da cidadania, considerando as necessidades pol�tico-sociais de sua �poca. Os Par�metros Curriculares para o Ensino M�dio - PCNEM (Brasil, 1999) enfatizam que para tudo isso existe[...] a necessidade de se romper com modelos tradicionais, para que se alcancem os objetivos propostos para o Ensino M�dio.

A perspectiva � uma aprendizagem permanente, de uma forma��o continuada, considerando como elemento central dessa forma��o a constru��o da cidadania em fun��o dos processos sociais que se modificam.

Alteram-se, portanto, os objetivos da forma��o do ensino m�dio. Prioriza-se a forma��o �tica e o desenvolvimento da autonomia intelectual do pensamento cr�tico. N�o h� o que se justifique memorizar conhecimento que est�o sendo superados ou cujo acesso � facilitado pela moderna tecnologia. O que se deseja � que os estudos desenvolvam compet�ncias b�sicas que lhes permitam desenvolver a capacidade de continuar aprendendo.

De acordo, ainda, com os PCNEM (Brasil), o curr�culo, enquanto ferramenta da cidadania democr�tica, deve contemplar conte�dos e estrat�gias de aprendizagem que preparem o sujeito para a efetiva��o de atividades “nos tr�s dom�nios da a��o humana: a vida em sociedade, a atividade produtiva e a experi�ncia subjetiva”. Essa prepara��o objetiva integrar “homens e mulheres no tr�plice universo das rela��es pol�ticas, do trabalho e da simboliza��o subjetiva”.

Entende-se que cabe ao ensino m�dio, enquanto principal pol�tica p�blica para as juventudes, a oferta de espa�os e tempos que deem aos jovens oportunidades reais de viv�ncia plena nessa fase da vida. E mais, oportunizem o desenvolvimento da autonomia que permita perceber, criticar e buscar meios para emancipar-se dos processos de domina��o capitalista, bem como elaborar outra concep��o de sociedade. Compreende-se, ainda, que o caminho � o de investimento real, por parte do poder p�blico constitu�do, na forma��o integral dos sujeitos. O que exige, de antem�o, reconhecer o direito de cada jovem de refletir e deliberar sobre a sua trajet�ria formativa individual e, ent�o, proporcionar experi�ncias significativas de forma��o intelectual e cultural.

4.-Ensino Aprendizagem.

O ensino � uma atividade humana, um trabalho baseado em intera��es entre pessoas e por isso complexo e desafiador. No entanto, sabe-se que envolver os alunos em suas aprendizagens e administrar a progress�o das aprendizagens n�o � tarefa f�cil, porque exige persist�ncia e entusiasmos, pois o �xito da aprendizagem � o objetivo das pol�ticas p�blicas voltadas para o ensino m�dio no Brasil, para tanto deve-se analisar o processo ensino-aprendizagem por partes, no intuito de uma melhor compreens�o e efic�cia.

O que se estabelece como ensino aprendizagem, diz respeito ao que � poss�vel apropriar-se mentalmente do conceito, a partir do contato com os sentidos; sendo a faculdade b�sica do conhecimento a intelig�ncia, sendo o movimento da comunica��o, que por meio da intelig�ncia desenvolve a capacidade de aprendizagem. Esta, por sua vez, vai desenvolvendo-se por meio da reflex�o, do deparar-se com o objeto a ser investigado.

Assim, desenvolve-se o encadeamento de ideias a serem analisadas, investigadas, discutidas, que auxilia no aprimoramento dos conhecimentos adquiridos pelos alunos do ensino m�dio.

Por�m anteriormente acreditava-se que ensinar era transmitir informa��es hoje “ensinar � desencadear um programa de intera��es com um grupo de alunos, a fim de atingir determinados objetivos educativos relativos � aprendizagem de conhecimentos e � socializa��o” (Tardif, 2002).

Segundo Catania (1999) a aprendizagem deve acompanhar a evolu��o social e o contexto em que os alunos encontram-se inseridos, destaca ainda que as propriedades da aprendizagem s�o paralelas �s da evolu��o tendo em vista que toda estrutura educacional est� organizada com o intuito de, primeiramente, promover a aprendizagem e o desenvolvimento do ser humano. Dessa forma, a busca pela aprendizagem deve ser estabelecida em alguns tipos de conting�ncias, sendo assim � necess�rio observar o saber como, relacionado ao conceito operacional, o saber sobre (an�lise das institui��es de ensino e o contexto atual).

Moreira (2003) explica que a aprendizagem significativa � aquela que ocorre com significado, quando est� inserida em conceitos, ideias, proposi��es, modelos e f�rmulas, que estimulam algo novo ao aprendiz e diante disso, aponta que o ensino deve buscar sempre a facilita��o da aprendizagem, utilizando o princ�pio da intera��o e do questionamento para que o aluno aprenda de maneira significativa.

As aprendizagens repousam dessa forma sobre um trip�: quem aprende, o que se aprende e o outro, ou seja, repousa sobre o sujeito, o objeto, o social.

Outra teoria de aprendizagem � o da esfera que comporta a problem�tica dos significados, dos valores, do sentido da vida, estes valores s�o significados e constitu�dos pelo �mbito cultural dos grupos (Fernandez, 2001).

J� Freire (2006) destaca que a escola deve propiciar educa��o de base com qualidade, que alargue e potencialize as capacidades dos alunos, para isso � necess�rio desenvolver o uso dos processos internos, biol�gicos e sociais. A compreens�o e a criatividade devem ser buscadas pela escola e pelo educador, visando assim estimular o conhecimento transferido. � imprescind�vel que o aluno possa agir com autonomia, ou seja, sujeitos pr�prios correspons�veis pelas suas aprendizagens e suscept�veis �s transforma��es.

Hoje, o que mais interessa � a aquisi��o de uma mentalidade cient�fica, o desenvolvimento das capacidades de transformar os conhecimentos em ferramentas de supera��o dos desafios do cotidiano.

Os m�todos devem ser: din�micos, inovadores, variados e que leve o aluno a aprender fazendo, e que esteja de acordo com sua realidade. Pois isso proporciona a quem aprende diferentes formas de ver e refletir sobre sua import�ncia no mundo atual, atrav�s da investiga��o dos fatos que pertencem ao seu meio. Dessa forma, pode-se colocar que a aprendizagem humana � determinada pela intera��o entre o indiv�duo e o meio em que participam os aspectos biol�gicos, psicol�gicos e sociais.

Nesse contexto � pertinente concluir que � fundamental que o aluno seja instigado em sua criatividade e que suas curiosidades sejam satisfeitas por meio de descobertas concretas, desenvolvendo a sua autoestima, criando em si uma maior seguran�a e confian�a, t�o necess�rias � vida adulta.

Portanto a efic�cia do processo de ensino-aprendizagem est� na resposta em que este d� � apropria��o do conhecimentos, ao desenvolvimento intelectual e f�sico do estudante, � forma��o de sentimentos, qualidades e valores, que alcancem os objetivos gerais e espec�ficos propostos em cada n�vel de ensino de diferentes institui��es, conduzindo a uma posi��o transformadora, que promova as a��es coletivas, a solidariedade e o viver em comunidade.

O objetivo da educa��o escolar � a aprendizagem do aluno, que acontece atrav�s de um processo de intera��o din�mica e sucessiva entre aluno e professor, em que o questionamento, a investiga��o e a an�lise de evid�ncias levam o aluno a realizar descobertas acerca da realidade, construindo seu conhecimento. A aprendizagem que se deseja, deve estar pautada na l�gica, para a constru��o de uma sociedade sadia, uma conscientiza��o democr�tica com forma��o para a cidadania.

Na reforma proposta para o ensino m�dio o ensino aprendizagem traz a intera��o, que gera aprendizagem que ocorre em um determinado espa�o social, em um tempo hist�rico e em um contexto cultural, cuja din�mica incorpora mudan�as e avan�os produzidos pelas diversas ci�ncias, passando por permanente atualiza��o, tendo o aluno como sujeito da aprendizagem, porem ele n�o est� sozinho nessa tarefa. Sua aprendizagem � mediada pelo professor. Cabendo ao professor, com sua experi�ncia, propor desafios, problematiza��es, hip�teses e investiga��es, levando o aluno a mobilizar recursos cognitivos que o levem a progredir em suas descobertas.

Cabendo ao aluno o esfor�o intelectual, a explicita��o de suas hip�teses e de seu racioc�nio, assim como a tomada de consci�ncia de suas maneiras de aprender. Dessa forma, a aprendizagem do aluno � um processo reflexivo, de constru��o de sentidos e de significados na sua rela��o com os objetos do conhecimento, mediado pelo professor. Cabe aos dois reconhecer que todo conhecimento nunca se torna completo e acabado, o que os estimula permanentemente a buscar saber mais e melhor.

5.-Conclus�o.

Este estudo foi elaborado tendo em vista a preocupa��o de analisar em que medida o Ensino M�dio, tem sido tratado nas pol�ticas p�blicas do Brasil. J� que a recente reforma do Ensino M�dio p�s-LDBEN/1996 (inclus�o na Educa��o B�sica, extens�o do bolsa-fam�lia, livro did�tico, merenda e transporte escolar) tem se mostrado como possibilidade de melhorar os �ndices de acesso, perman�ncia e desempenho, al�m de buscar criar uma identidade para esta etapa de forma��o.

No Ensino M�dio, o ensino aprendizagem � o eixo norteador das metodologias as quais devem ser: din�micas, inovadoras, variadas e que leve o aluno a aprender fazendo, e que esteja de acordo com sua realidade. Pois isso proporciona a quem aprende diferentes formas de ver e refletir sobre sua import�ncia no mundo atual, atrav�s da investiga��o dos fatos que pertencem ao seu meio.

O Programa Ensino M�dio Inovador pode possibilitar o estabelecimento de uma outra centralidade e a valoriza��o do desenvolvimento curricular nas pol�ticas p�blicas.

Significa uma retomada da concep��o do trabalho como princ�pio educativo n�o s� na forma do ensino m�dio integrado � educa��o profissional t�cnica de n�vel m�dio, mas para todo e qualquer ensino m�dio que pretende garantir uma forma��o humana unit�ria para todos.

Os apontamentos aqui delineados s�o de que novos olhares sejam direcionados � reestrutura��o do Ensino M�dio e � forma��o do aluno, acreditando numa educa��o que contemple o desenvolvimento humano, tendo no sistema educacional brasileiro a agrega��o na matriz curricular, os conhecimentos j� existentes constru�dos historicamente pela humanidade e n�o suprimir ou secundarizar alguns deles. Nesse sentido, as pol�ticas voltadas para o ensino m�dio brasileiro devem proporcionar o �xito do aluno como autor de uma aprendizagem significativa e concreta neste mundo contempor�neo cheio de desafios

Quais são as políticas educacionais no Brasil?

Quais são as políticas educacionais brasileiras?.
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
Programa Caminho da Escola..

Quais são as principais políticas na área educacional da atualidade?

Confira a seguir!.
Escola para todos. ... .
Educação de qualidade. ... .
Eliminação do déficit de aprendizagem. ... .
Conciliação entre trabalho e atividades escolares. ... .
Combate à evasão escolar. ... .
Ambiente jovem e acolhedor. ... .
Integração com iniciativas de combate à miséria. ... .
Esclarecimento sobre o papel da escola..

Quais as políticas educacionais?

Políticas educacionais são um tipo de instrumento governamental que têm o objetivo de fornecer subsídios para ampliação e universalização da educação num país, seja em nível federal, estadual ou municipal.

Quais são as políticas públicas brasileiras?

Os 4 tipos de políticas públicas presentes no Brasil.
Políticas públicas distributivas. ... .
Políticas públicas redistributivas. ... .
Políticas públicas regulatórias. ... .
Políticas públicas constitutivas..

Toplist

Última postagem

Tag