Quais enzimas participam do processo de digestão dos carboidratos proteínas e lipídios?

DIGESTÃO E ABSORÇÃO DE PROTEÍNAS

Yuri Nascimento, Isabel Moura, Marcella Silva, Francisco Cordeiro, Stephanie Silva, Victor Delmas, Tayná Silva, Cristiane Pereira


Resumo


Introdução: As proteínas são moléculas orgânicas compostas de aminoácidos e possuem um papel essencial no funcionamento do organismo, pois cabe a ela o fornecimento de todo o material necessário para que o nosso corpo possa se manter e também para que nossos órgãos e tecidos consigam se reconstituir. As proteínas auxiliam no crescimento e na reparação de tecidos, ajudam na produção de enzimas, hormônios, neurotransmissores e anticorpos, na reposição do gasto energético das células e no transporte de substâncias para o corpo. Objetivo: Compreender os mecanismos da digestão e absorção de proteínas. Metodologia: Procedeu-se a pesquisa em bases científicas no Google Acadêmico, SciELO e Periódicos Capes. Resultados: A digestão de proteínas não ocorre na boca, mas ao longo do percurso passando pelo sítio principal de digestão das proteínas - estômago, através da enzima Pepsina, nas células acinares pancreáticas pelas enzimas tripsina, quimiotripsina, elastase e carboxipeptidades A e B, e nos enterócitos as enzimas responsáveis são as endopeptídades, aminopeptídades e dipeptídades. As membranas de borda em escova e basolateral são atravessadas por aminoácidos e di-tripeptídios mediante mecanismos passivos (difusão simples ou facilitada) ou ativos (cotransportadores de Na+ ou H+). O sistema ativo dependente de Na+ ocorre principalmente na borda em escova e a difusão simples na basolateral. Ambas as membranas apresentam o transporte passivo facilitado. Os aminoácidos livres usam tanto o sistema passivo, como o ativo, enquanto os di-tripeptídios utilizam mais o sistema ativo (H+). A absorção de proteínas ocorre nos enterócitos, através das bordas em escova, ou seja, as microvilosidades absorvem os aminoácidos, dipeptídeos, tripeptídeos. Além disso, a absorção vai depender de alguns fatores, como o transporte ativo, utilizando a ATPase Na/K; difusão facilitada ou ativa. Conclusão: Os mecanismos envolvidos na absorção de aminoácidos e di-tripeptídios são revistos diretamente à nutrição humana. Sabendo disso, uma dieta equilibrada e com boas fontes de proteínas de alto valor biológico, acarretará em um bom funcionamento do organismo. 

Palavras-chave: Absorção de Proteínas; Digestão; Aminoácidos.


Comentários sobre o artigo

  • Discordância no assunto (1 Resposta)
    Marcos Soares (2019-07-12)

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O processo de digestão do amido inicia na boca, por meio de processo mecânico (mastigação) e enzimático (α-amilase salivar ou ptialina). Durante o processo de mastigação, é estimulada a secreção da enzima α-amilase salivar ou ptialina, pelas glândulas parótidas, submandibulares e sublinguais, digerindo parcialmente a amilose em maltose, e a amilopectina em maltose e dextrina. A α-amilase continua ativa até a chegada do bolo alimentar ao estômago, uma vez que, ao passo que o bolo alimentar se aproxima da região antral do estômago, as células G estimulam a secreção de gastrina, estimulando a secreção de ácido clorídrico (HCL), o que acarreta em redução do pH gástrico a valores menores que 4, inibindo a α-amilase.

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O processo de digestão do amido inicia na boca, por meio de processo mecânico (mastigação) e enzimático (α-amilase salivar ou ptialina). Durante o processo de mastigação, é estimulada a secreção da enzima α-amilase salivar ou ptialina, pelas glândulas parótidas, submandibulares e sublinguais, digerindo parcialmente a amilose em maltose, e a amilopectina em maltose e dextrina. A α-amilase continua ativa até a chegada do bolo alimentar ao estômago, uma vez que, ao passo que o bolo alimentar se aproxima da região antral do estômago, as células G estimulam a secreção de gastrina, estimulando a secreção de ácido clorídrico (HCL), o que acarreta em redução do pH gástrico a valores menores que 4, inibindo a α-amilase.

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Além dos carboidratos, os lipídios são compostos orgânicos com grande valor energético, servindo como alimento para o organismo. De maneira geral, apresentam como características:

  • São lipossolúveis, ou seja, são insolúveis em água;
  • Solúveis em solventes orgânicos, tais como o éter e a acetona;
  • Estão presentes no metabolismo de vegetais e animais;
  • Todos contêm em sua estrutura átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio e, alguns lipídios podem conter nitrogênio e fósforo;
  • Através da hidrólise produzem ácidos graxos, ou ainda, combinam com os ácidos graxos para formar ésteres.

Os lipídios podem ser adquiridos através da dieta, onde serão absorvidos no intestino, ou podem ser produzidos de forma endógena, ou seja, pelo próprio organismo.

Em determinadas situações, o tecido adiposo retira lipídios da circulação sanguínea e os armazena na forma de gordura, os triacilgliceróis, para serem utilizados como fonte de energia. Assim, quando necessário, os triacilgliceróis são hidrolisados, formando glicerol e ácidos graxos, que caem na corrente sanguínea e são utilizados pelos tecidos, como o fígado e os músculos. O fígado é o principal sintetizador de lipídios endógenos.

Para que possam ser absorvidos, os lipídios precisam sofrer a digestão. Os lipídios provenientes da dieta estimulam a secreção de enzimas presentes em glândulas situadas na base da língua, conhecidas como lipase lingual. Contudo, não ocorre a hidrólise dos lipídios na boca, que são dirigidos até o estômago. Uma vez no estômago, a lipase gástrica promove a continuidade do processo, contudo, o pH altamente ácido dificulta a ação enzimática, onde a maior parcela da digestão acontece no intestino delgado. Uma vez no duodeno, o bolo alimentar com o pH ácido acaba por induzir a liberação do hormônio digestivo colecistocinina (CCK), também conhecido como pancreozimina. O CCK faz com que a vesícula biliar sofra contração e liberação da bile para o duodeno, também estimulando a secreção pancreática. Os lipídios são emulsificados pela ação dos sais biliares, formando micelas mistas de triacilgliceróis, que sofrem a digestão pela ação da lipase pancreática, liberando ácidos graxos. Desta forma, os ácidos graxos podem ser absorvidos pelas células que compõem o intestino, os enterócitos, e reconvertidos em triacilgliceróis, onde juntamente com o colesterol e apoliproteínas, irão formar o quilomícron. Os quilomícrons (QM) são então secretados nos vasos linfáticos e corrente sanguínea, sofrendo ação de lipases lipoprotéicas e gerando ácidos graxos e glicerol. Esses ácidos graxos serão oxidados e utilizados como fonte de energia, ou formar ésteres, para serem armazenados nos adipócitos ou células musculares, principalmente.

No fígado, os triacilgliceróis que compõem os QM são reagrupados, sendo enriquecidos por proteínas, ocorrendo a síntese da lipoproteína de densidade muito baixa (VLDL), que contém entre 80 a 90% de lipídios. O VLDL também sofrerá hidrólise pela lipase lipoprotéica, promovendo a liberação de ácidos graxos. Ao sair do fígado, o VLDL terá como objetivo levar triglicérides para os tecidos e, ao absorver os triglicérides, acaba por aumentar sua densidade, resultando na LDL. Assim, os QM que são reagrupados também podem formar:

  • LDL (low density lipoprotein): lipoproteína de baixa densidade, contendo aproximadamente 70% de lipídios.
  • HDL (high density lipoprotein): lipoproteína de alta densidade, com 45% de lipídios.

Podemos concluir que o tamanho da lipoproteína está diretamente relacionado à quantidade de proteína e lipídio que as compõem, sendo que a VLDL é a que possui mais lipídios e menor concentração de proteínas. O HDL acaba por apresentar mais proteínas e menor quantidade de lipídios.

A função do LDL está em transportar triglicérides para os tecidos. Por esta razão, é designado como o mau colesterol. O HDL promove nos tecidos a troca do colesterol por triglicérides, transportando-os de volta ao fígado, onde será metabolizado. Também, capta o colesterol dos quilomícrons, que é excretado na forma de sais biliares. Devido à esta ação, é tido como o bom colesterol. Para a adequada saúde, deve-se manter bons níveis de lipídios circulantes.

Bibliografia:

Nelson, David L.; COX, Michael M. Princípios de bioquímica de Lehninger. Porto Alegre: Artmed, 2011. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

Texto originalmente publicado em //www.infoescola.com/metabolismo/digestao-e-absorcao-de-lipidios/

Quais enzimas atuam na digestão dos carboidratos das proteínas e dos lipídios?

Os processos digestivos dos nutrientes orgânicos são efetuados por enzimas luminais e da borda em escova dos enterócitos do delgado, A digestão de macronutrientes orgânicos (carboidratos, proteínas e lipídios) é efetuada pelas enzimas do sistema gastrintestinal (SGI) ou sistema digestório (SD).

Quais as enzimas envolvidas na digestão dos carboidratos?

Amilases. Produzida pelas glândulas salivares e pelo pâncreas, a amilase é uma das mais prescritas, como no caso da alfa-amilase, da beta-amilase e da glucoamilase, que efetuam a quebra de carboidratos, como o amido, em cadeias menores para digestão e absorção.

Quais são as enzimas que participam do processo de digestão dos carboidratos e em quais locais do trato gastrointestinal elas atuam?

A enzima amilase salivar (ptialina) "quebra" as grandes moléculas de amido (existentes nos carboidratos - pão, macarrão, etc.) em moléculas menores, de maltose. Da boca, o bolo alimentar desce pela faringe, pelo esôfago e chega ao estômago.

Quais as enzimas que fazem parte do processo de digestão?

As principais enzimas deste suco são: enteroquinase, erepsina, lipase, amilase, maltase, lactase e sucrase.

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