Graduado em Geografia (Centro Universitário Fundação Santo André, 2014)
Ouça este artigo:
A Região Sudeste do Brasil é formada por 4 unidades da Federação:
- Espírito Santo – Vitória (ES)
- Minas Gerais – Belo Horizonte (MG)
- Rio de Janeiro – Rio de Janeiro (RJ)
- São Paulo – São Paulo (SP)
Essa região possui uma área de aproximadamente 924.511,3 km² e com uma população com cerca de 86.400.000 habitantes, o que resulta em uma densidade demográfica de 93 habitantes por km², sendo a maior do país, a região mais povoada.
Mapa da região Sudeste.
O relevo do Sudeste é composto da planície litorânea atlântica, principalmente os estados de Espírito Santo e Rio de Janeiro, Minas Gerais é o único estado dessa região que não possui litoral. São Paulo tem sua maior parte sobre os planaltos, mas possui uma região litorânea com muita influência histórica, a região da baixada santista.
A maior parte da vegetação dessa região é formada pela Mata Atlântica, uma vegetação tropical, com espécies de alto porte devido o alto índice de umidade, mas pouco se resta dessa vegetação, sendo a mais devastada no Brasil, seus remanescentes encontram-se em unidades de conservação. Assim como a diversidade de flora, a fauna da Mata Atlântica é diversa. Em algumas áreas de Minas Gerais encontram-se vegetações de cerrado, com aparência de vegetação morta na época seca, mas voltam as tonalidades verdes com a chuva.
O Sudeste possui importantes cursos d’água de bacias hidrográficas, como a nascente do rio São Francisco localizada em Minas Gerais, o rio Tietê em São Paulo que deságua na bacia do Paraná, assim como a maior parte do Estado de São Paulo. A bacia do Atlântico Sudeste é a única que integra apenas estados dessa região, que ocorre principalmente nos estados do Espírito Santo e Rio de Janeiro.
O clima dessa região é em maior parte Tropical, que se divide em tropical úmido nas áreas litorâneas e nos estados do Espírito Santo e Rio de Janeiro, e tropical de altitude em São Paulo e Minas Gerais. O Estado de São Paulo é cortado pelo trópico de Capricórnio, o que faz com que uma parte mais ao sul do estado sofra influência do clima subtropical.
A Economia da Região Sudeste é a maior do país, com maior desenvolvimento desde a época colonial, já que era voltada a exploração de ouro no estado de Minas Gerais, exploração do pau-brasil na Mata Atlântica nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, após isso a época da plantação de café em São Paulo, e a chegada de indústrias com ao plano de expansão econômica por volta de 1950, que se instalaram no sudeste. É nessa região que se encontram os maiores polos industriais do país, com isso apresenta o maior PIB do Brasil, e possui as duas maiores regiões metropolitanas com São Paulo e Rio de Janeiro, que formam uma megalópole.
Com o alto desenvolvimento econômico nessa região ela foi motivo de migrações de pessoas de todo o país em busca de melhores condições de vida, formando uma grande mistura cultural no sudeste. E atualmente muitos dos migrantes estão voltando as suas regiões de origem, formando uma migração de retorno.
Texto originalmente publicado em //www.infoescola.com/geografia/regiao-sudeste/
Megalópole Rio-São Paulo (também chamada Megalópole Brasileira[1] e Megalópole do Sudeste
Brasileiro[2]) é o termo usado para se referir ao processo de conurbação existente entre o
Complexo Metropolitano Expandido, no estado de São Paulo, e a Região Metropolitana
do Rio de Janeiro. Essa megalópole em formação envolve diferentes centros metropolitanos brasileiros (Rio de Janeiro, São Paulo,
Campinas, Vale do Paraíba,
Sorocaba e Baixada Santista) localizados na região sudeste do
Brasil; as regiões metropolitanas de Campinas e São Paulo, no entanto, estão em um processo de unificação mais avançado e já formam a primeira macrometrópole do hemisfério sul — o Complexo Metropolitano Expandido — que ultrapassa os 32 milhões de habitantes (aproximadamente
75% da população do estado de São Paulo ou 18% da população brasileira).[3]
Imagem de satélite da megalópole à noite
Essa área de 82 616 quilômetros quadrados (0,97% do território brasileiro) é composta por 232 municípios de três estados diferentes (Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais) a megalópole inclui asRegiões Metropolitanas (RMs) do Rio e de São Paulo e se estende de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, a Campinas, no Interior de São Paulo, passando ainda por Juiz de Fora, na Zona da Mata de Minas Gerais. Nesta região, segundo dados pelo IBGE, vivem cerca de 42 milhões de pessoas, o que representa 23% do total da população brasileira.[1] Entre os principais centros urbanos que compõem a megalópole estão, além de São Paulo e Rio de Janeiro, as cidades de Campinas, Jundiaí, Piracicaba, Santos, São José dos Campos, Sorocaba, Duque de Caxias, Volta Redonda, Petrópolis, São Gonçalo, Campos dos Goytacazes e Niterói.[4][5][6]
Definição
Ainda há muito debate quanto à existência de uma megalópole brasileira. Existem os livros que afirmam a existência de tal aglomerado urbano, onde estariam no eixo localizado no sudeste, Vale do Paraíba, as regiões metropolitanas de São Paulo e do Rio de Janeiro, interligadas especialmente pela Via Dutra. No entanto, existem outras fontes de informação que adicionam mais uma metrópole à região; algumas citam a Baixada Santista e a região de Sorocaba,[7] outras, Campinas.
Todo esse caos na informação ainda é expandido diante das obras que indicam a inexistência de tal megalópole, ou ainda, que acusam sua existência para então afirmar que de fato não há ligação entre as regiões metropolitanas, que a mesma ainda está em processo de formação, contradizendo-se, assim.[8] Na verdade, entre Rio de Janeiro e São Paulo não se verifica a existência de uma megalópole, mas de um complexo metropolitano.
Essa área é o lar de cerca de 22% da população do país, embora cubra apenas 0,5% de todo o território nacional. A região corresponde, ainda, a 60% de toda produção industrial brasileira.[9]
Naturalmente, esse complexo desempenha funções que o encaixam nesse grau de urbanização, tanto em aspectos culturais, quanto em aspectos financeiros; seus dois principais pólos estabelecem uma forte conexão entre as outras cidades brasileiras e com o restante do planeta.
Porém, pode-se afirmar que já há uma megalópole (ou macrometrópole, conforme a definição da EMPLASA) entre São Paulo e Campinas, caracterizada por uma mancha urbana contínua e forte integração econômica e social. Esta enorme mancha urbana ameaça espalhar-se até pólos como Sorocaba e Baixada Santista. Pelo outro lado, está a atingir São José dos Campos e, daí, seguir sua trajetória até unir definitivamente São Paulo e Rio de Janeiro numa mancha urbana única.[3]
Ver também
- Rodovia Presidente Dutra
- Ponte aérea Rio-São Paulo
- Trem de Alta Velocidade Rio-São Paulo
- Complexo Metropolitano Expandido
- Eixo Goiânia-Brasília
- Zona da Mata
Referências
- ↑ a b Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ed. (2007). «A megalópole brasileira» (PDF). Consultado em 17 de fevereiro de 2014
- ↑ Eugenio Fernandes Queiroga. A Megalópole do Sudeste Brasileiro: a formação de uma nova entidade urbana para além das noções de macro-metrópole e de complexo metropolitano expandido
- ↑ a b Diego Zanchetta (3 de agosto de 2008). O Estado de S. Paulo, ed. «A primeira macrometrópole do hemisfério sul». Consultado em 12 de outubro de 2008
- ↑ «Instituto de Economia da UFRJ» (PDF)
- ↑ Azevedo, Sérgio de; Fernandes, Joseane de Souza; Azevedo, Sérgio de; Fernandes, Joseane de Souza (junho de 2014). «Polos regionais do Norte Fluminense e a Região Metropolitana: cultura política em perspectiva comparada». Cadernos Metrópole (31): 197–219. ISSN 2236-9996. doi:10.1590/2236-9996.2014-3109. Consultado em 29 de agosto de 2020
- ↑ «Megalópole». Só Geografia. Consultado em 29 de agosto de 2020
- ↑ SENE, Estáquio de; MOREIRA, João Carlos (2000). Coleção Trilhas da Geografia. Espaço geográfico brasileiro e cidadania: 7ª série. São Paulo: Scipione. 39 páginas. ISBN 8526245600 (em português)
- ↑ SIMIELLI, Maria Elena (2003). Geoatlas. São Paulo: Ática. 98 páginas. ISBN 34523432
- ↑ A Cidade e os Cidadãos
Ligações externas
- «Para o arquiteto Mark Wigley, o Brasil é o país do futuro das transformações urbanas». O Globo. 22 de março de 2013
- Eugenio Fernandes Queiroga. «A Megalópole do Sudeste Brasileiro: a formação de uma nova entidade urbana para além das noções de macro-metrópole e de complexo metropolitano expandido»