O fogo que consome a Amazônia traz imagens
que assustam pela magnitude dos danos causados. A atividade de incêndios na floresta varia consideravelmente de ano para ano e mês a mês, impulsionada por mudanças nas condições econômicas e climáticas. No entanto, agosto de 2019 se destaca negativamente por um aumento expressivo de incêndios intensos, persistentes e de grandes proporções. De acordo com o que foi detectado pelo MODIS – a principal ferramenta de observação de incêndios da NASA – o registro de focos de incêndio na floresta
amazônica em 2019 é o maior desde o ano de 2010. O principal vetor para essa marca é o desmatamento. Segundo o INPE, deste mês de agosto para o mesmo período do ano passado, o desmatamento cresceu 50%. O levantamento de queimadas, monitorada pelo instituto, já apura mais de 85 mil queimadas no território brasileiro do início deste ano até o fim de agosto, uma diferença de cerca de 75%
a mais do número de incidências no mesmo período em 2018. Dados do DETER corroboram com esse estudo, ao apontar que nos últimos 12 meses (agosto-julho), o maior dano na Amazônia é oriundo de cicatrizes de incêndio florestal. A origem dessa agressão ao meio ambiente é criminosa e exige maior fiscalização do governo. No entanto, existe uma outra informação que merece
destaque. A degradação do solo é tudo aquilo que está relacionado à sua destruição. O solo perde capacidade produtiva, que mesmo com grandes quantidades de adubo não é recuperada para se tornar igual a um solo não degradado. Existem diversos fatores para a
degradação do solo, que podem ser químicos, físicos ou biológicos. A erosão, a contaminação química e a salinização são grandes problemas para o meio ambiente. É preciso ter controle sobre processos que poluem nosso bioma, reduzindo efeitos prejudiciais ao ecossistema. A Contecom tem enorme preocupação com o que vem acontecendo na Amazônia e com problemas da mesma natureza. Somos a favor de práticas
sustentáveis, do código ambiental e acima de tudo, da vida.
Logo após o incêndio florestal, a degradação do solo aparece como segundo maior vetor danoso para a floresta amazônica. A área atingida de um ano para cá, foi de 31,060, 5 km², aproximadamente 2/3 da área destruída por incêndios.
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De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados pelo Estadão, a Amazônia perdeu uma área total de 762 mil km² em 2019— número equivalente a 17 Estados do Rio de Janeiro. A estimativa é de que 42 bilhões de árvores adultas tenham sido cortadas. Com esse cenário, as recentes queimadas e a crescente preocupação com o aquecimento global, diversas medidas começaram a surgir nos últimos anos para tentar controlar as queimadas e destruição das florestas.
De acordo com o pesquisador do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) Paulo Barreto, o desmatamento deve ser zerado a fim de que os biomas brasileiros, especialmente o cerrado, sejam preservados. Para isso, o profissional indica uma série de ações que, se aplicadas, vão contribuir para o fim do desmatamento no Brasil. Confira:
1. Instituir o imposto rural
A especulação fundiária é um dos principais motivos para o desmatamento ilegal na Amazônia. Um cidadão com posses faz a derrubada de florestas em áreas públicas como forma de ocupar o território para, posteriormente, realizar a regularização. Para combater esse mal, a medida adotada deve ser a maior efetividade na cobrança do Imposto Territorial Rural (ITR), taxa brasileira federal aplicada quando uma pessoa tem posse de um perímetro rural.
2. Ampliar a moratória da soja para o cerrado
A moratória da soja é um pacto ambiental entre produtores de soja no País, ONGs ambientais e o governo, que se uniram para adotar medidas contra o desmatamento. O projeto proíbe a aquisição do grão que seja cultivado em áreas recém-desmatadas na Amazônia. Desde que entrou em vigor, o plano triplicou o bioma amazônico, tornando-se uma medida eficaz e viável para a preservação da área.
3. Eliminar o mercado de carne ilegal
Grande parte da carne consumida no Brasil é proveniente de uma área desmatada. Isso significa que diversos pecuaristas não cumprem as leis e destroem as florestas para construir áreas de criação de animais. Para extinguir a prática, é possível utilizar uma tecnologia que rastreia a origem da carne.
4. Aumentar a fiscalização do crédito para a agricultura
De acordo com o Código Florestal, pessoas físicas ou empresas que praticaram desmatamento ilegal não podem ter acesso ao crédito subsidiado para agricultura. O aumento da fiscalização vai garantir que cidadãos que estejam na ilegalidade percam o direito ao benefício, dificultando atuações prejudiciais ao bioma amazônico.
5. Definir novas medidas de combate ao desmatamento
O setor público, em parcerias com ONGs que atuam na causa ambiental, devem propor constantemente novas medidas ou atualizações que contribuam com o fim do desmatamento e driblem as recentes tentativas de continuar a degradação das florestas, como o desmatamento em períodos de chuvas — que evita a fiscalização por satélite.
Fonte: Amazonia.org; Observatório do clima
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10476468cookie-check5 formas de acabar com o desmatamento da Amazônia