A força militar do Exército Brasileiro ocupa a 10ª posição de destaque, em 2022, segundo dados levantados pelo site internacional Global Fire Power, em relação a 142 países. O ranking, baseado em um indicador exclusivo do portal (o PowerIndex, ou 'PwrIndx'), classifica os efetivos militares ativos disponíveis por país. A fórmula considera hoje mais de 50 fatores que variam do poder militar e financeiro à capacidade logística e geografia da nação.
Dessa forma, esse cálculo permite que nações menores, mas tecnologicamente avançadas, concorram com nações maiores e menos desenvolvidas.
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Há, para isso, incrementos na matemática que atuam na forma de bônus e penalidades para refinar ainda mais a lista anual.
No topo da lista estão:
- Estados Unidos
- Rússia
- China
- Índia
- Japão
O Brasil no ranking
A pontuação brasileira é de 0,1695, por isso ocupamos o décimo lugar. Vale comentar que o número considerado perfeito do PowerIndex nesse caso é 0,0000. O Brasil entrou na lista em janeiro de 2022.
Segundo dados da pesquisa, a nação conta com algumas características excelentes:
- número da população
- submarinos
- aeronaves para missão especial
- reservas militares
- forças paramilitares
- produção de óleo
Há, porém, quatro pontos em vermelho, que o estudo sinaliza como nossas fraquezas:
- dívida externa
- cobertura total do litoral
- força da frota de porta-aviões
- força da frota de contratorpedeiros (o famoso "destróier")
Abaixo entenda a fundo cada um desses tópicos.
Dívida Externa: refere-se à dívida pública e privada que pode ser reembolsada à comunidade internacional por meio de câmbios, bens de consumo duráveis e serviços aplicáveis.
Cobertura total do litoral: litorais extensos demandam maior compromisso financeiro e material em relação à autodefesa.
Força da frota de porta-aviões: refere-se a um tipo de navio de guerra cujo papel principal é servir de base aérea móvel. Os porta-aviões continuam sendo o carro-chefe das marinhas mais poderosas do mundo, como os Estados Unidos.
Força da frota de contratorpedeiros: o destróier é um navio de superfície avançado e multifuncional, que possui com equipamentos sensoriais e de armamento para combater ameaças no ar, na superfície e sob a superfície. São caros e custosos de operar, por isso apenas algumas marinhas os possuem.
Brasil em números
Em relação aos veículos terrestres, o país tem hoje, segundo relatório:
- 439 tanques
- 1.958 veículos blindados
- 136 veículo de artilharia com propulsão própria
- 536 itens de artilharia rebocáveis
- 78 veículos com lançadores de mísseis
Ao UOL, a assessoria de imprensa do Exército afirmou que possui mais de 250 mil itens de armamentos, sendo:
- peças de artilharia, morteiros, canhões, canhões antiaéreos, metralhadores, fuzis e pistolas (não precisou quantidades)
- mais de 2.000 carros blindados para transporte de pessoal, reconhecimento, apoio de fogo, remuniciamento, socorro e defesa antiaérea
24 fevereiro 2022
Crédito, Russian Defence Ministry
Legenda da foto,
Unidades militares a caminho de um local de treinamento em Rostov, perto da fronteira com a Ucrânia
Com a invasão da Ucrânia pela Rússia nesta quinta-feira (24/2), o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky afirmou que os soldados do país estão resistindo ao exército russo, convocou os cidadãos a se alistarem e os veteranos a se apresentarem.
O poderio militar da Rússia, no entanto, é muito maior que o da Ucrânia.
A Rússia tem 2,9 milhões de soldados, 900 mil deles na ativa. Já a Ucrânia tem 200 mil na ativa, de um total de 1,1 milhão.
- QUEREMOS CONTAR SUA HISTÓRIA: você ou parentes estão agora na Ucrânia?
Durante a escalada de tensão, a Rússia deslocou cerca de 100 mil soldados — equipados com tudo, desde tanques e artilharia até munição e poder aéreo — para a fronteira.
De acordo com a estimativa mais recente da empresa de análise militar Janes, atualmente o efetivo mobilizado pela Rússia em direção à Ucrânia ultrapassa 175 mil combatentes — quase o equivalente ao total de membros da ativa nas Forças Armadas ucranianas.
A invasão — que havia sido veementemente negada pelo líder russo Vladimir Putin — começou nesta quinta. Não está claro quantos soldados entraram no país, por onde e com que destino.
Há relatos de tropas cruzando diversos pontos da fronteira e explosões perto das principais cidades ao redor do país — e não apenas na região de Donbass, onde grupos separatistas foram reconhecidos e apoiados recentemente pela Rússia.
Além de mais soldados, a Rússia possui mais aeronaves de ataque, tanques, veículos blindados e artilharia. Veja a comparação:
O anúncio de Putin sobre a mobilização das tropas aconteceu no mesmo momento em que ocorria uma reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) em Nova York, Estados Unidos, sobre a crise.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, discursou pedindo "do fundo do coração": "Presidente Putin, detenha suas tropas de atacar a Ucrânia".
Legenda da foto,
A Ucrânia fica no leste da Europa, entre a Rússia e a Polônia
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