O aumento da expectativa de vida da população mundial e a diminuição das taxas de fecundidade e mortalidade trazem como consequência seu envelhecimento. Na América Latina e Caribe, a taxa de crescimento do grupo populacional com mais de 60 anos no período de 2015-2020 é de 3,77%, maior que a taxa esperada em nível mundial. O envelhecimento da população está progredindo mais rapidamente em países em desenvolvimento, inclusive naqueles que também apresentam uma grande população
jovem, como é o caso do Brasil. O envelhecimento é um triunfo do desenvolvimento. O aumento da longevidade é uma grande conquista da humanidade, que ocorre devido à melhoras na nutrição, nas condições sanitárias, nos avanços da medicina, nos conduidados com a saúde, no ensino e no bem-estar econômico. Mas este rápido envelhecimento da população da América Latina também mostra desafios importantes, uma vez que a região continua sendo a mais desigual em nível mundial e não alcançou os
índices de desenvolvimento humano de outras regiões com níveis similares de envelhecimento. Em 1991, os princípios das Nações Unidas sobre pessoas idosas estabeleceram a independência, participação, cuidados, realização pessoal e dignidade das pessoas maiores de 60 anos. Vinte anos depois, em 2002, o Plano de Ação Internacional de Madrid sobre o Envelhecimento retomou o tema e estabeleceu recomendações específicas com base em três eixos prioritários: 1) Pessoas
idosas e desenvolvimento Atualmente, o Brasil se encontra na categoria de envelhecimento moderado, em que as taxas de fecundidade e mortalidade estão em queda. Esta etapa mantém uma proporção importante de jovens, mas a população idosa começa a aumentar. Em cerca de 20 anos, a população brasileira será considerada envelhecida. Segundo o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2015) cerca de 14% das mulheres brasileiras têm mais de 60 anos, ao passo que 11,9% dos homens estão no mesmo grupo etário. A população de pessoas com mais de 60 anos aumentou de 2% a 12% entre 1960 e 2014 e duplicou-se em apenas 34 anos – 6% em 1980 e 12% em 2014). O grupo etário que mais cresce no Brasil é o de pessoas com 80 anos ou mais. Para um envelhecimento saudável, é necessário impulsionar políticas adequadas para alcançar o
desenvolvimento sustentável e equitativo, ao mesmo tempo que zela pelos direitos da população idosa.
2) Fomentar a saúde e bem-estar até a velhice
3) Criar ambientes propícios e favoráveis ao envelhecimento
Em 2019, o número de idosos no Brasil chegou a 32,9 milhões. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a tendência de envelhecimento da população vem se mantendo e o número de pessoas com mais de 60 anos no país já é superior ao de crianças com até 9 anos de idade.
Os 7,5 milhões de novos idosos que ganhamos de 2012 a 2019 representam um aumento de 29,5% neste grupo etário.
Recentemente, o IBGE divulgou uma série de projeções de longo prazo sobre o avanço populacional no Brasil.
Uma delas aponta para uma desaceleração no ritmo de crescimento e uma consequente inversão na nossa pirâmide etária.
Segundo as estimativas do instituto, a população brasileira deve crescer até 2047, quando atingirá 233,2 milhões de pessoas.
Nos anos seguintes esse número deve ir caindo gradualmente, até chegar a 228,3 milhões em 2060.
Nesse cenário, a expectativa é de que o número de pessoas com 65 anos ou mais praticamente triplique, chegando a 58,2 milhões em 2060 – o equivalente a 25,5% da população.
Em 2018, essa proporção é de 9,2%, com 19,2 milhões de idosos.
Outro dado importante nas projeções do IBGE vem reforçar a tendência de envelhecimento da população brasileira: a população de crianças de até 14 anos, que hoje representa 21% do total de habitantes, será de apenas 15% em 2060.
Envelhecimento da população nos estados
A proporção de jovens entre os brasileiros está em queda na maior parte do território nacional, mas os dados do IBGE indicam que os estados das regiões Sul e Sudeste serão os primeiros a sentir os efeitos do envelhecimento da população.
Segundo a projeção do instituto, a pirâmide etária deve se inverter pela primeira vez no Rio Grande do Sul. Em 2019 o estado já deverá ter uma proporção maior de idosos em relação às crianças.
E nos quatros anos seguintes será a vez de Minas Gerais e do Rio de Janeiro.
Para se ter uma ideia, a idade média da população gaúcha é de 35,9 anos, enquanto no Acre (estado mais jovem do país), é de apenas 24,9 anos.
Envelhecimento e medicina preventiva
Antes de abordarmos a importância das ações preventivas nesse futuro cenário de envelhecimento da população, veja o que diz o médico Alexandre Kalache, o mais importante especialista em envelhecimento no país:
Interessante, não é?
Diante de todas essa informações, não resta a menor dúvida de que o envelhecimento populacional deve estar no topo das prioridades dos gestores de saúde no Brasil.
No mercado da saúde suplementar, as operadoras que ainda não despertaram para esta realidade estão colocando em risco não apenas o bem estar futuro dos seus beneficiários, mas também a sustentabilidade financeira do negócio ao longo do tempo.
Priorizar a abordagem preventiva e investir em programas de promoção da saúde direcionados ao público de terceira idade é hoje uma necessidade, muito mais que uma tendência.
Isso envolve desde promover a atividade física entre os idosos até buscar soluções para reduzir o índice de hospitalização entre esse público.
Aliás, as duas coisas devem andar juntas.
Quer saber como começar programas como estes na sua operadora?
Ou então ter ideias para melhorar ainda mais o atendimento prestado este público?
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