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Publicidade Publicidade Desde a descoberta do buraco na camada de ozônio na Antártida, ciência e políticas públicas se aliaram para tentar evitar que o mesmo acontecesse no Ártico. Um estudo do Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT), publicado nesta segunda-feira no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences (Pnas), indica que os esforços estão
sendo recompensados: o ozônio no Ártico ainda não chegou a níveis tão baixos quanto os do outro extremo do planeta, e isso se deve, pelo menos parcialmente, aos esforços de redução na emissão de poluentes. CONHEÇA A PESQUISA Título original: Fundamental differences between Arctic and Antarctic ozone depletion Onde foi
divulgada: periódico Pnas Quem fez: Susan Solomon, Jessica Haskins, Diane J. Ivy e Flora Min Instituição: Instituto de Tecnologia de Massachussets, EUA Resultado: O estudo mostra que o ozônio no Ártico ainda não chegou a níveis tão baixos quanto os da Antártida, e isso se deve, pelo menos parcialmente, aos esforços de redução na emissão de poluentes. Continua após a publicidade
“Apesar de certamente existir uma redução no ozônio do Ártico, a situação extrema da Antártida é muito diferente, mesmo nos anos mais frios”, afirma Susan Solomon, professora de química atmosférica e ciências do clima no MIT, e principal autora do estudo. Baixas temperaturas podem aumentar a perda de ozônio porque criam condições ideais para a formação de nuvens estratosféricas polares. Quando a luz solar atinge essas nuvens, provoca uma reação química entre o cloro e o clorofluorocarboneto (os famosos CFCs, usados em aerossóis e gases de refrigeração), destruindo a camada de ozônio.
Depois que se descobriu, na década de 1980, que o CFC prejudicava o ozônio, diversos países concordaram em reduzir o uso dessa substância, como parte do acordo do Protocolo de Montreal, de 1987. Ainda assim, as emissões que já tinham ocorrido permaneceram na atmosfera, fazendo a concentração de CFC atingir um ápice, e começar a declinar gradualmente. Muitas décadas serão necessárias para que ele seja totalmente eliminado do meio ambiente – o que significa que a camada de ozônio ainda pode ser afetada.
Porém, para Solomon, trata-se de uma história de sucesso, na qual as medidas certas foram tomadas para evitar um dano ambiental ainda mais amplo. Ela participou das primeiras medições na Antártida que apontaram o CFC como principal causador do buraco na camada de ozônio.
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Boas notícias – Os dados do novo estudo foram obtidos por meio de satélites e balões. Os autores descobriram que os níveis de ozônio no Ártico diminuíram significativamente durante um período de frio inesperado na primavera de 2011, mas essa redução não foi tão drástica quanto na Antártida, onde a perda foi quase completa.
Uma das razões para esta diferença é o fato de que a perda do ozônio na Antártida está associada aos níveis reduzidos e ácido nítrico na atmosfera, que torna o ar mais frio do que o do Ártico. “Não podemos ter certeza de que não vão haver perdas extremas de ozônio no Ártico em anos mais frios, mas até agora as notícias são boas”, afirma Solomon.
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