Todo começo e metade de ano há um problema a enfrentar: a volta às aulas. Os estudantes estão animados para retornar à escola, mas nem sempre têm o intuito de estudar. Além disso, esses períodos são de planejamento e requerem uma atuação alinhada entre coordenação e docência.
Dessa maneira, a equipe tem mais tempo para planejar as aulas e evitar a sobrecarga de trabalho. Ao mesmo tempo, torna-se mais fácil descobrir uma maneira de despertar o interesse dos educandos e aumentar o potencial de assimilação dos conteúdos.
O que fazer para atingir esse patamar e preparar sua escola para esse momento crucial? Vamos apresentar neste post 10 desafios com dicas para ter um retorno às aulas com tranquilidade. Confira!
1. Falta de interesse dos estudantes
O retorno à sala de aula tende a ser desmotivador. Os alunos querem apenas rever os amigos, mas ouvir o professor nem sempre é a melhor opção para eles. O ritmo costuma ser mais lento a, especialmente no início do ano, as primeiras aulas são para apresentação.
Contar com isso na hora de montar o cronograma de aulas é o ideal. No entanto, ainda é preciso encontrar maneiras de chamar a atenção e engajar os educandos. De que forma fazer isso?
Uma das principais ideias é usar aplicativos educacionais. Essas ferramentas ajudam na interação e na simulação de situações reais, que auxiliam nas tomadas de decisão. Eles ainda oferecem outras funcionalidades — tudo depende da solução escolhida. Entre as principais opções estão:
- ABC Educação: gera um banco de dados sobre comportamentos e atividades. Monitora o tempo das tarefas e contribui para o aumento da produtividade;
- iSpeech: transforma textos em áudio para a reprodução de sons. É ideal para o Ensino Infantil, principalmente, quando o público-alvo são crianças entre 3 e 7 anos;
- Everyday Speech: ajuda na melhoria das interações sociais de alunos introvertidos e tímidos;
- Prova Fácil: gera avaliações e exercícios, além de fazer a correção e a revisão automáticas. Otimiza o tempo de trabalho dos professores e ajuda a incentivar os estudantes a partir das atividades contínuas.
Perceba que os aplicativos têm o objetivo de ajudar na inovação em sala de aula. Eles ainda preparam o estudante para desafios comuns da etapa educacional, como o momento de fazer Enem e vestibular.
2. Dificuldade de comunicação com pais, responsáveis e alunos
Por mais que o professor se esforce em sala de aula, é necessário envolver pais e responsáveis, que podem ser outro familiar ou o próprio aluno. No entanto, a rotina corrida faz com que essas pessoas estejam cada vez mais longe da escola.
Para reverter o cenário, é necessário adotar diferentes estratégias. Uma delas é com a ajuda da tecnologia. A melhoria da comunicação escolar pode ser melhorada pelo uso de ferramentas apropriadas, como:
- Escola em Movimento: permite compartilhar informações em tempo real via mensagem de texto ou arquivos multimídia. Pode ser integrado ao sistema de gestão escolar e pode ser personalizado;
- Remind: oferece escolhas para os usuários receberem notificações, por exemplo, por telefone, computador ou e-mail. Cria grupos para a comunicação dos participantes da associação de pais e chega a traduzir as mensagens para outros idiomas;
- ClassApp: organiza a comunicação e facilita a conexão entre os pais e diferentes setores da instituição de ensino. A direção pode configurar o app para enviar as mensagens diretamente aos professores, ao coordenador ou a uma equipe específica;
- EduqMais: envia mensagens de celular para as famílias com sugestões de atividades para aumentar o desenvolvimento das habilidades socioemocionais.
Também é possível melhorar as reuniões de pais. Elas precisam ser diretas e objetivas. Algumas dicas para realizar esse propósito são:
- aborde assuntos de interesse dos pais;
- conheça o perfil dos responsáveis e alinhe as expectativas;
- conscientize sobre a importância da parceria;
- evite atrasos;
- traga temas relevantes, como inteligência emocional, uso excessivo da tecnologia e mais;
- converse sobre assuntos específicos em separado para evitar constrangimentos.
3. Redução do tempo para planejamento das atividades
O professor tem muitas responsabilidades e, mesmo com as férias, as atividades nem sempre ficam prontas. Um software de gestão de provas é essencial para esse processo. Em vez de perder tempo com a elaboração de avaliações, o docente segue os parâmetros já estabelecidos pela instituição de ensino e conta com um banco de questões inteligente.
A partir dele, é possível elaborar provas que realmente ajudam na aprendizagem. Elas consistem em instrumentos avaliativos importantes, mas podem sair do método tradicional. Uma forma de fazer isso é pelas metodologias diferenciadas, como o Team Based Learning (TBL).
Nessa proposta, os estudantes são divididos em equipes e trabalham em conjunto para solucionar um problema. Além de serem analisados de maneira individual, passam por uma verificação em grupo.
Assim, eles se tornam o centro do processo de ensino-aprendizagem. O professor é um guia, que direciona as ações a serem tomadas. Em outras palavras, a educação é personalizada.
4. Existência de indisciplina
O ânimo dos estudantes para voltar às aulas leva a casos graves de indisciplina. O professor precisa estar preparado e acabar com a prática logo no início, a fim de evitar um problema maior.
A saída para esse desafio é trabalhar a aprendizagem adaptativa. Por ser centrada na personalização e na inserção do estudante como centro da aprendizagem, ela ajuda a estimular o protagonismo e o envolvimento dos educandos.
Ao mesmo tempo, essa prática faz o aluno ser um personagem ativo na construção do conhecimento. Ele se identifica com o conteúdo e a instituição de ensino. Ainda tem a chance de trabalhar suas competências socioemocionais, isto é, os possíveis problemas de indisciplina são trabalhados e solucionados em breve.
5. Complexidade dos serviços de gestão escolar
O grande número de estudantes e o volume enorme de dados — tanto pessoais quanto referentes a notas e outros tipos de avaliação da aprendizagem — exigem um trabalho de análise e armazenamento constantes.
As instituições de ensino também precisam se adaptar às novas exigências da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), a ser implementada em 2020. Para conciliar esses dois lados, o melhor é contar com um software de gestão simples de ser manuseado.
Ele deve ser passível de integração ao sistema de gestão e ainda executar de maneira automática diversas tarefas, como: correção e revisão de provas, elaboração de avaliações, diagramação dos testes etc. Dessa maneira, a equipe docente tem mais tempo para focar as atividades estratégicas.
6. Ausência de espaços
A sala de aula precisa ser transferida para outros espaços públicos. Abordar os assuntos em museus, centros culturais, praças, clubes, empresas etc. é uma forma de fortalecer o aprendizado e incentivar a construção do conhecimento.
Com essas experiências de aprendizagem diversas, o estudante se motiva mais e tem a oportunidade de vivenciar as situações. Aqui, vale a pena fazer simulações para tornar o contexto traçado mais real.
7. Ineficiência das avaliações
Apesar de serem importantes, as avaliações devem ser eficientes. Caso contrário, os resultados apresentados deixarão de apresentar a realidade. Como alcançar esse patamar?
Uma resposta é criar um projeto interdisciplinar que vá além das avaliações tradicionais. Usar a metodologia TBL e outras ajudarão a solidificar o conhecimento e a implementar o ensino adaptativo.
Lembre-se de que o período anterior ao da volta às aulas é aquele em que o professor precisa identificar quem está a ponto de reprovação e os estudantes que precisarão de recuperação. Esse também é o momento certo para definir quais conteúdos serão trabalhados e de que forma isso acontecerá.
Com avaliações que auxiliam na aprendizagem, o caso crítico de um aluno pode ser até modificado e melhorado. Basta saber engajá-lo da maneira adequada.
8. Existência de problemas na infraestrutura e na conectividade
O investimento em tecnologias educacionais é primordial. Essa é uma forma de diferenciar sua instituição de ensino e mostrar aos alunos e responsáveis como a aprendizagem é eficiente. Por isso, lembre-se de realizar esse trabalho.
Com a tecnologia, os professores ainda têm mais chance de realizar as adaptações necessárias, porque têm tempo para focarem as ações estratégicas. Por exemplo, a definição de uma visita a um museu, a criação de um trabalho em equipe ou a adoção de um novo modelo para a aula, com um experimento em vídeo.
Cabe à coordenação entender a importância de incentivar a conectividade e fornecer a infraestrutura necessária. O resultado será positivo.
9. Limite de orçamento para a inovação
O aprendizado em massa traz resultados pouco eficientes. O foco precisa ser o ensino adaptativo — e para proporcionar essa experiência nem é preciso investir muito. Duvida? Basta observar o exemplo de Débora Garofalo, uma das finalistas do prêmio Global Teacher Prize.
Com sucata, ela incentivou os estudantes a trabalharem a robótica. Sua equipe também pode fazer a mesma coisa. Por isso, adote tecnologias-chave, como um software de gestão de provas. Assim, você ganhará tempo para inovar, em vez de gastar as horas com a execução de tarefas operacionais.
10. Discussão de temas da sociedade
Em tempos de fake news, é preciso mostrar aos alunos o que é certo e errado de acordo com o viés científico, histórico, social e econômico. O papel da escola é esse. Por isso, deve incentivar as discussões sobre diferentes temas da sociedade.
É o caso de realizar um curso de verificação das informações, fazer um debate sobre direitos humanos e estimular a inteligência emocional. Por meio dessas práticas simples, você efetiva os processos analisados pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Entendeu quais são os desafios da volta às aulas e como ultrapassá-los? Acredite: é possível melhorar o cenário com práticas simples e pouco investimento. É só colocar sua criatividade em prática e contar com a ajuda tecnológica adequada.
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