As estruturas geológicas representam as formações rochosas e as distintas gêneses do relevo terrestre. São subdivididas em crátons, bacias sedimentares e dobramentos modernos.
As estruturas geológicas – também chamadas de províncias geológicas – são as formações rochosas e estruturais que compõem a litosfera terrestre. Elas indicam, entre outras coisas, a composição do relevo, a sua idade aproximada e também as suas características mineralógicas. Por exemplo: os combustíveis fósseis encontram-se somente em bacias sedimentares, enquanto os escudos cristalinos possuem outros tipos de minerais.
Os principais tipos de estruturas geológicas são: os crátons (escudos cristalinos e plataformas continentais), as bacias sedimentares e os dobramentos modernos.
Os crátons são, por muitas vezes, chamados de escudos cristalinos ou maciços antigos, mas esses nomes indicam apenas um de seus dois subtipos, sendo o outro formado pelas plataformas continentais. Trata-se de províncias geológicas com idade antiga e apresentam, por isso, as mais antigas rochas do planeta, tendo sido muito desgastados pela ação dos agentes erosivos. Apresentam uma estrutura rochosa firme e relativamente plana, composta, principalmente, por relevos planálticos.
No Brasil, a Chapada Diamantina encontra-se sobre um escudo cristalino
As bacias sedimentares, por sua vez, são áreas formadas a partir da intensa deposição de sedimentos sobre uma área de depressão relativa ou absoluta, o que faz com que eles se acumulem em camadas ao longo do tempo e constituam as rochas sedimentares. Geralmente, esse acúmulo de sedimentos acontece em áreas oceânicas que, com o movimento das placas tectônicas, transformam-se posteriormente em áreas continentais. Como já dissemos, é nas bacias sedimentares que encontramos os combustíveis fósseis, como o petróleo, o gás natural e o carvão mineral.
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Exemplo de rochas dispostas em camadas nas bacias sedimentares
Já os dobramentos modernos, inexistentes no Brasil, são áreas mais onduladas e marcadas pela formação de montanhas ou cadeias montanhosas. Encontram-se, geralmente, nas áreas de encontro entre placas tectônicas e são geologicamente recentes e instáveis. Um bom exemplo é a Cordilheira dos Andes, localizada na América do Sul, na zona de encontro da Placa Sul-Americana com a Placa de Nazca. As atividades vulcânicas são muito comuns nessas áreas e possuem, assim, uma composição predominante de rochas magmáticas e metamórficas.
A Cordilheira dos Andes é um exemplo de dobramento moderno
Por: Rodolfo F. Alves Pena
A estrutura geológica do Brasil é formada por escudos cristalinos, bacias sedimentares e terrenos vulcânicos.
Ela é bem distinta do resto da América do Sul, em que há existência de dobramentos modernos, tal qual a Cordilheira dos Andes.
Isso ocorre porque o Brasil está localizado no centro da placa tectônica sul-americana, ou seja, numa zona estável que não apresenta abalos sísmicos.
Estrutura Geológica e Recursos Minerais
A classificação das estruturas geológicas são resultantes do tipo de rocha que as compõem, ou seja, rochas magmáticas (cristalinas), rochas sedimentares e rochas metamórficas.
Quer saber mais sobre as rochas, veja também os artigos:
- Tipos de Rochas
- Reino Mineral
Escudos Cristalinos
Formado durante o período pré-cambriano, esse tipo de estrutura geológica é a mais antiga do território brasileiro. Está presente em aproximadamente 36% país dos quais se destacam: Escudo das Guianas, Escudo do Brasil Central e Escudo Atlântico. Os recursos minerais mais encontrados nesse tipo de estrutura são o granito, o ferro e o manganês.
Bacia Sedimentar
As bacias sedimentares são um tipo de estrutura geológica mais recente (formada nas eras paleozoica, mesozoica e cenozoica). Cobrem quase 60% do território brasileiro das quais se destacam: Bacia sedimentar do Amazonas, do São Francisco, do Pantanal, da Parnaíba e do Paraná.
São terrenos de depressão onde foram depositados e compactados diversos sedimentos durante milhares de anos. Os recursos minerais mais encontrados nesse tipo de estrutura são o petróleo, o carvão mineral e o gás natural.
Terrenos Vulcânicos
Cerca de 5% do território apresente esse tipo de estrutura. Atualmente, o Brasil não apresenta nenhum vulcão ativo, no entanto, já teve atividade vulcânica, cerca de 2 bilhões de anos atrás.
Algumas ilhas se formaram através de processo de vulcanismo, das quais se destacam: Fernando de Noronha (Pernambuco) e Trindade (Rio de Janeiro). Os minerais mais encontrados nesse tipo de estrutura são constituídos por rochas magmáticas (ou ígneas), as quais são formadas pelas lavas do vulcão: o diabásio e o basalto.
Relevo do Brasil
O relevo do Brasil está intimamente relacionado com a formação geológica de cada local. São classificados em planícies, planaltos e depressões.
Enquanto as planícies ocupam 5% do território, formadas por rochas de origem sedimentar, os planaltos e as depressões abrangem 95% do país, com presença de rochas de origem cristalina e sedimentar.
- Planícies: terrenos planos e não muito elevados. São classificadas em: planícies costeiras (ação do mar), planícies fluviais (ação de um rio) e a planícies lacustres (ação de um lago).
- Planaltos: são terrenos elevados classificados em: planalto sedimentar (formados por rochas sedimentares), planalto cristalino (formados por rochas cristalinas) e planalto basáltico (formados por rochas vulcânicas).
- Depressões: terrenos inclinados e abaixo do nível do solo. São classificadas em dois tipos: depressões absolutas, localizadas abaixo do nível do mar; e depressões relativas, situadas acima do nível do mar.