Antônio Lelis Pinheiro, professor do Curso CPT Produção de Óleos Essenciais, destaca que a capacidade dos óleos essenciais de promover efeitos fisiológicos, psicológicos e energéticos no ser humano os transformaram em um produto valorizado nos mercado interno e no externo. Sua tecnologia de produção, entretanto, é dominada por poucos, apesar de exigir investimentos relativamente pequenos, e por sua técnica de produção básica não ser muito complicada.
E para a produção de óleos essenciais, é necessário conhecer esse produto a fundo, entendendo o que de fato é um óleo essencial, para que serve, principais características e todos os processos de produção. A seguir, apresentaremos algumas informações importantes sobre óleos essenciais, bem como seus principais métodos de extração:
O que é um óleo essencial?
Por definição, temos que óleos essenciais são substâncias lipossolúveis – isto é, conseguem se desenvolver em gorduras –, mas voláteis, evaporando facilmente, assim como o álcool, que integram o metabolismo secundário das plantas. São produzidos por diversas estruturas secretoras ou em bolsões, que podem estar presentes em toda a planta ou em partes dela.
- Principais características
Em relação ao sabor, geralmente são ácidos e picantes. No que diz respeito à coloração, apresenta-se com pouca variação, ou seja, quando extraído recentemente, são incolores ou levemente amarelados, a exceção de alguns tipos que apresentam cor, como o de camomila, com coloração azulada. Na presença de ar, calor, luz, umidade e metais, não são estáveis e, ainda, possuem índice de refração e são opticamente ativos. Para armazenamento, recomenda-se a utilização de frascos âmbares de vidro, com necessidade de geladeiras em alguns casos.
- Breve resumo do processo de produção de um óleo essencial
Como mencionado, a produção de um óleo essencial não é tão complexa. A partir da definição do método de extração a ser utilizado, procede-se à extração do óleo e armazenamento em condições ideais.
Principais métodos de extração de óleos essenciais
- Destilação a vapor
Mundialmente popular, o método de destilação a vapor utiliza o vapor d’água para que o óleo possa ser extraído de folhas, raízes, gramíneas, ramos, sementes e até de flores, em um processo em que o óleo contido no interior das glândulas vegetais é “arrastado” para fora. Apresenta duas variações:
. Destilação fracionada: quando o processo de destilação é feito com temperaturas e períodos específicos, com a finalidade de obtenção de divisões particulares;
. Destilação a vapor com vácuo: sistema utilizado na extração de óleos essenciais ricos em componentes mais frágeis, que podem ser danificados por altas temperaturas.
Prensagem a frio
Comumente utilizado na extração de óleos cítricos, obtidos a partir de frutos cítricos, ocorre a partir do esmagamento deles por uma prensa hidráulica, ocorrendo a liberação do suco e do óleo ao mesmo tempo. Para a separação, emprega-se um jato de água, formando uma emulsão composta por 1 a 3% de óleo essencial, que ainda passa por outras etapas até ficar “puro”.
Hidrodestilação
A hidrodestilação já não é tão usada atualmente, dado que promove uma extração mais lenta e com rendimento menor, em comparação à destilação a vapor. Os vegetais dos quais se deseja extrair o óleo são mergulhados na água e submetidos a temperaturas inferiores a 100°C.
Enfleurage
Também conhecido como enfloração, esse método é direcionado a espécies vegetais mais delicadas, como a rosa, o jasmin e a violeta. Caiu em desuso por ser um método muito caro e complexo, mas consegue produzir um óleo essencial com qualidade superior e, por conta disso, vem sendo reinventado com o auxílio da tecnologia.
Extração por solventes
Uma alternativa à enfloração, a extração por solventes é realizada em organismos vegetais que são mais delicados e que não suportam métodos como a destilação a vapor. Como o próprio nome deixa claro, a extração é feita com um solvente para garantir a integridade dos compostos em questão.
Fluídos supercríticos
Método de extração que ganhou força nos últimos anos, a utilização de fluídos supercríticos é uma opção limpa, atóxica e não residual e capaz de dar origem a produtos com excelente qualidade. Ocorre a partir do emprego de determinadas temperaturas e pressões a alguns gases, como o CO2, que se torna supercrítico, isto é, permanece em um estado intermediário entre o líquido e o gasoso, atuando como solventes.
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