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Home/ Portugal/História/quantos povos diferentes habitam o território que atualmente forma o brasil? ALGUÉM PRA RESPONDER
Question quantos povos diferentes habitam o território que atualmente forma o brasil? in progress 0 História Parker 12 meses 2021-09-12T22:24:06+00:00 2021-09-12T22:24:06+00:00
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ALGUÉM PRA RESPONDER
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Resposta: Povos indígenas atualmente.
O censo demográfico de 2010 realizado pelo IBGE constatou que atualmente há no Brasil cerca de 817.963 indígenas. Desse total, 502.783 encontram-se na zona rural e 315.180 habitam os centros urbanos.
Explicação:
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Parker
O Brasil é reconhecidamente um dos países com maior diversidade cultural do mundo. Estima-se que quando os colonizados chegaram no atual território brasileiro haviam aqui cerca de 1000 povos diferentes, somando uma população entre 2 e 4 milhões de pessoas. Atualmente, são 238 povos falantes de 180 línguas diferentes, com população 817.963 pessoas, ou 0,4% da população nacional, de acordo com Censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizado em 2010. São 315.180 vivendo nas cidades brasileiras, e 502.783 na zona rural. Esta maior parte da população se situa no interior de 683 terras indígenas demarcadas. Existem ainda 77 referências de povos que ainda não foram contatados, das quais 30 já foram confirmadas. Além disso, muitos grupos têm requerido sua condição indígena junto à Fundação Nacional do Índio (FUNAI).
A partir da chegada dos europeus na América as populações indígenas habitantes do atual território nacional realizaram novos e interessantes movimentos de deslocamento por território. Segundo a FUNAI:
Quando se observa o mapa da distribuição das populações indígenas no território brasileiro de hoje, podem-se ver claramente os reflexos do movimento de expansão político-econômica ocorrido historicamente. Os povos que habitavam a costa leste, na maioria falantes de línguas do Tronco Tupi, foram dizimados, dominados ou refugiaram-se nas terras interioranas para evitar o contato. Hoje, somente os Fulni-ô (de Pernambuco), os Maxakali (de Minas Gerais) e os Xokleng (de Santa Catarina) conservam suas línguas. Curiosamente, suas línguas não são Tupi, mas pertencentes a três famílias diferentes ligadas ao Tronco Macro-Jê. Os Guarani, que vivem em diversos estados do Sul e Sudeste brasileiro e que também conservam a sua língua, migraram do Oeste em direção ao litoral em anos relativamente recentes. As demais sociedades indígenas que vivem no Nordeste e Sudeste do País perderam suas línguas e só falam o português, mantendo apenas, em alguns casos, palavras esparsas, utilizadas em rituais e outras expressões culturais. A maior parte das sociedades indígenas que conseguiram preservar suas línguas vive, atualmente, no Norte, Centro-Oeste e Sul do Brasil. Nas outras regiões, elas foram sendo expulsas à medida em que a urbanização avançava.
Esse movimento é, portanto, fundamental para entendermos a densidade populacional dos indígenas em cada região do país. O decréscimo populacional que foi uma constante ao longo dos séculos de colonização, somente vem encontrando reversão a partir da década de 80 do século passado. Como diz Manuela Carneiro da Cunha, agora “os índios estão no Brasil para ficar” (CUNHA, 2009: 261).
Até a Constituição de 1988, entretanto, os indígenas estavam submetidos ao regime tutelar do Estado através do artigo 6º do Código Civil brasileiro. Tinham o status de “silvícolas”; status esse que os equivalia aos “relativamente incapazes”, junto aqueles entre as idades de dezesseis e vinte e um anos, e mulheres casadas. A Constituição pôs fim ao regime tutelar permitindo ações federais de outros tipos que não estivessem submetidas à Fundação Nacional do Índio (FUNAI), abrindo possibilidades para a atuação de outros órgão governamentais, como por exemplo, o Ministério da Educação (MEC) (BANIWA, 2009: 198).
Assim, a situação dos indígenas brasileiros teve mudanças significativas, mesmo que relativas, em relação a seu status diante das leis federais. Neste contexto se inserem as ações afirmativas no âmbito da educação, cujas redes cosmopolíticas de criação são delineadas ao longo de todo o site.
Se agora os “índios estão no Brasil para ficar”, veremos que a educação, e com muita força a educação de ensino superior, possui grande responsabilidade sobre isso.
OBS: Para maiores informações acerca dos povos indígenas do Brasil, e do complexo e rico quadro sócio-cultural formado por essas populações, recomendamos o site do Instituto Socioambiental (ISA). A cada vez que determinado povo indígena for referido ao longo do presente site de mapeamento de controvérsias, poderão ser obtidas mais informações a respeito dele por meio de um hiperlink que enviará o leitor diretamente ao verbete do site do ISA. Para isso, basta clicar no nome do povo.
Fontes:
BANIWA, Gersen Luciano. (2009), “Indígenas no Ensino Superior: novo desafio para as organizações indígenas e indigenistas no Brasil”. In: SMILJANIC, M. I. (org.); PIMENTA, J. (org.); BAINES, S. T. (org.). Faces da Indianidade. UNB. Curitiba-PR. p 187-202.
CUNHA, Maria Manuela Ligeti Carneiro da (2009) “O futuro da questão indígena”. In: Cultura com aspas e outros ensaios. São Paulo: Cosac Naify, 259-274.
Site da FUNAI
Site do ISA
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