O Banco Neon é uma instituição financeira que pertence ao grupo Votorantim, que cuida da custódia e liquidação das operações do mesmo. Com ele você pode abrir sua conta-corrente pela internet sem precisar pagar qualquer tipo de taxa. Mas será que ele é confiável?
Mesmo que você tenha medo do novo, saiba que é bom deixar esse receio para trás. Afinal, com o Internet Banking você pode fazer as suas movimentações, transações e pagar os seus boletos bancários.
Por que o Banco Neon é confiável?
Você pode não saber, mas o Banco Neon é uma instituição regulamentada pelo Banco Central do Brasil, ou seja, ele é autorizado a fazer todos os procedimentos que um banco pode fazer.
Outro ponto que a gente precisa levar em conta, é a associação ao Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Através dele, os clientes do banco possuem garantia, já que o FGC oferece seguro e por isso, protege todos os investidores e correntistas do banco.
Alguns procedimentos durante a abertura de conta também servem para garantir mais segurança aos clientes. Um bom exemplo disso é quando o banco solicita uma foto para confiar a sua biometria facial. Fora isso, durante o processo de análise, o banco Neon solicita uma série de documentos para manter a segurança total da instituição.
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Como entrar em contato com o Banco Neon?
Para tirar as suas dúvidas sobre qualquer assunto relacionado ao Banco Neon, você pode entrar em contato através dos canais de atendimento abaixo:
Atendimento 24 horas:
Ouvidoria: 0800 941 2112
(Seg – Sex das 10h às 18h – Exceto feriados)
Como faço para saber mais sobre o Neon?
Caso você tenha ficado interessado e deseja saber mais sobre o Banco Neon, nós temos um artigo que explica como ele funciona e quais são os passos para abrir a sua conta. Clique aqui e confira todos os detalhes.
Diante da liquidação financeira do Banco Neon pelo Banco Central nesta sexta-feira (4), a fintech Neon Pagamentos, que opera contas digitais de 600 mil clientes, apressou-se em comunicar que é uma empresa independente do banco e que não seria afetada. De fato, as duas têm CNPJs diferentes, mas estão bastante ligadas e muitas vezes até se confundem, mostram documentos obtidos pelo G1.
A startup Neon Pagamentos nasceu como Contro.ly e foi fundada por Pedro Conrade. Mudou de nome após firmar uma parceria (joint venture) com o antigo banco mineiro Pottencial, fundado pela família Géo, que também acabou rebatizado de Banco Neon.
Operações do Banco Neon são suspensas; veja como funcionava o negócio — Foto: Infográfico: Igor Estrella/G1
A Neon pagamentos diz que emprestou o nome “Banco Neon” para o Pottencial “para não confundir os clientes”. Na prática, o que acontecia é que as duas companhias se apresentavam, juntas, como uma única instituição chamada “Banco Neon”.
Elas têm, inclusive, o mesmo site. Com a liquidação judicial do banco Neon, o site está fora do ar e há um aviso do Banco Central no lugar do conteúdo do banco.
Site do banco Neon está fora do ar e há aviso do Banco Central sobre liquidação extrajudicial — Foto: Reprodução
A fintech tem um capital social (quantidade de dinheiro investida no negócio pelos sócios) de R$ 16,9 milhões, enquanto o banco tem capital social de R$ 46,7 milhões, de acordo com dados da Receita Federal.
As fintechs são pequenas empresas (startups) de tecnologia que atuam no setor financeiro e oferecem, por exemplo, contas digitais e crédito pela internet.
Executivos nas duas empresas
Douglas Godinho, diretor do Banco Neon (ex-Pottencial) e Argeu de Lima Géo, fundador do banco, são ambos conselheiros administrativos da fintech Neon Pagamentos, de acordo com a ficha cadastral da empresa na Junta Comercial de São Paulo.
Argeu de Lima Géo e outros dois sócios do antigo Pottencial, Carlos Géo Quick e João de Lima Géo filho fizeram aportes na Neon Pagamentos como pessoa física e detém hoje uma pequena fatia da empresa. Essa participação, segundo a Neon Pagamentos, será “removida”.
Argeu e Carlos Géo foram condenados em 2013 pela Justiça mineira pelos crimes de gestão fraudulenta e gestão temerária no então banco Pottencial. Eles foram acusados de registrar ativos fictícios para inflar as receitas do banco Pottencial. Eles recorreram e o processo ainda não foi julgado pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília.
Neon Pagamentos é parceira do banco Neon
Outra amostra da confusão entre Banco Neon e Neon Pagamentos é que apesar de a liquidação financeira da primeira não ter efeitos administrativos sobre a segunda, os clientes que têm contas digitais na startup tiveram serviços bloqueados.
Isso aconteceu porque a Neon Pagamentos é uma fintech e, para operar no sistema financeiro brasileiro, precisa ter um banco com intermediário (o Banco Neon) por exigência do Banco Central. Como o banco Neon teve as atividades suspensas, a fintech ficou sem um parceiro e está impedida de operar as contas até encontrar um substituto.
A startup afirma que já está buscando por um novo parceiro com licença do BC para operar regularmente, o que “deve ocorrer nos próximos dias”.
Investimentos
Na véspera, a Neon Pagamentos recebeu um investimento de R$ 72 milhões dos fundos Omydiar Network, Tera Capital e Yellow Ventures. O G1 procurou os investidores e aguarda posicionamento.
Na ocasião, o fundador da empresa, Pedro Conrade, comemorou o aporte em uma rede social e disse chegaria à marca de 1 milhão de clientes ainda neste ano. No texto, ele disse que a missão da companhia é “fazer um negócio que se sustente, sem explorar o cliente”.
*Colaboraram Marcella Gasparete, do G1 Minas Gerais, e Marina Borges, TV Globo