A importância dos répteis na sociedade científica e farmacêutica no Brasil

Desde a escola aprendemos como cada animal tem um papel fundamental em nosso ecossistema. Mas você sabe o que aconteceria se todas as cobras fossem extintas? Primeiro, precisamos pensar que as serpentes fazem parte da cadeia alimentar tanto como presas quanto como predadoras.⠀

Como predadoras, dependendo da espécie, podem comer diferentes tipos de presas - aranhas, lacraias, minhocas, lesmas, ratos, peixes, anfíbios, ovos de anfíbios, répteis, aves, ovos de aves e mamíferos. Algumas são especialistas (ou seja, só comem um tipo de alimento) e outras generalistas (comem vários tipos de alimentos). Como presas, as cobras servem de alimento principalmente para aves, répteis e mamíferos.⠀

Sabe o que aconteceria com a cadeia alimentar sem as serpentes?⠀

- Faltaria alimento para aves
- Haveria infestação de ratos

A importância dos répteis na sociedade científica e farmacêutica no Brasil

A principal ameaça para as cobras é a perda de áreas naturais, destruídas para ceder lugar ao crescimento das cidades, ao aumento das fronteiras agrícolas e pastoris e às obras de grandes empreendimentos. ⠀

Lembre-se: vivemos no mesmo mundo e precisamos preservar todos os demais para continuarmos aqui. A saúde da humanidade depende diretamente da saúde dos animais e da saúde do meio ambiente: é a Saúde Única!

Sidney Gouvêa - colunista de Plurale (*)

Foto: Pablo Santana

Entre os dias 12 e 17 de julho, Pirenópolis, Goiás, foi o destino de muitos dos pesquisadores, principiantes e experientes, engajados em estudos sobre anfíbios e répteis brasileiros. O IV Congresso Brasileiro de Herpetologia (palavra originada do grego herpeton = rastejante: ramo da biologia que estuda os anfíbios e répteis) mostrou os avanços na pesquisa sobre os grupos, as tendências e, sobretudo, nos levou a pensar em ações concretas pra proteger esses animais.

Mas quem são os anfíbios e os répteis? E porque devemos protegê-los? Eles são peças chave no funcionamento dos ecossistemas, interagindo com praticamente todos os organismos que os compõem. Preservar esses animais fantásticos, que despertam desde medo e repúdio ao fascínio e a adoração, é fundamental se quisermos manter ou recuperar a qualidade dos ambientes.

Anfíbios (sapos, rãs, salamandras e as cecílias) e répteis (grupo que envolve lagartos, cobras, tartarugas e jacarés) são excelentes indicadores da qualidade dos ambientes aquáticos e terrestres, controlam populações de milhares de pragas diariamente, desde insetos a roedores e são base da dieta de muito predadores, ajudando a manter o equilíbrio na intrincada teia da vida. São úteis a nós humanos também através da ampla utilização em pesquisas médicas, tendo ajudado a combater inúmeras doenças e com um enorme potencial ainda inexplorado para o tratamento de muitas outras.

Muitos são os exemplos de anfíbios e répteis dos quais pesquisadores têm encontrados substâncias apontadas como promessas para o tratamento de doenças graves. A perereca-de-folhagem Phyllomedusa oreades, de cuja pele se obtêm a dermaseptina, peptídeo que vem sendo estudado para combater o mal de Chagas e a rã Pseudis paradoxa apontada como possível cura da diabetes tipo-2 são alguns dos exemplos brasileiros. Entre os répteis, as serpentes são de longe as mais utilizadas em pesquisas médicas. Substâncias desenvolvidas a partir do veneno de algumas espécies peçonhentas como a jararaca já são amplamente usadas contra a hipertensão arterial e vem sendo estudadas no tratamento de alguns tipos de câncer.

Além de repleto de pragas arrasando plantações, transmitindo doenças e causando enormes transtornos, um mundo sem esses animais seria, acima de tudo, mais opaco e triste. Eles vêm em diversas cores e formas. Podem medir desde um centímetro a mais de 15 metros. Vivem no chão, sob o chão, em árvores, florestas, desertos, mares, rios, riacho e poças d’água. Eles andam, correm, rastejam, pulam, escalam, deslizam e nadam. E toda essa diversidade está ameaçada pela destruição de habitats, poluição, mudanças climáticas, doenças infecciosas, introdução de espécies exóticas e, sobretudo, pelo desconhecimento.

O Congresso mostrou o esforço de pesquisadores realmente preocupados e pró-ativos com a conservação, sobretudo dos anfíbios. Porém, com todo o empenho ainda nem conhecemos grande parte das espécies, das suas interações e de seus padrões gerais de diversidade e distribuição. Tampouco conhecemos muitos dos benefícios diretos que esses animais podem nos oferecer. Além disso, ainda temos que enfrentar o desafio de convencer a sociedade de que essas criaturas são sim amigas (inclusive as serpentes) e que dependemos profundamente delas.

O esforço para a conservação dos anfíbios e répteis tem tido grandes avanços, a exemplo do reconhecimento de algumas espécies em maior perigo, das ameaças sobre elas e das ações necessárias para sua proteção. Mas todo esse empenho só deverá ter efeitos concretos quando a sociedade reconhecer a importância dessas criaturas extraordinárias e tê-las como nossas aliadas e, sobretudo, quando entender que a maior razão de se proteger plantas e animais (incluindo nós) é que estamos todos ligados numa única cadeia da vida.

Concluo este artigo mencionando o caso da perereca-de-folhagem Phrynomedusa fimbriata. A espécie descrita em 1923 era encontrada desde o Rio de Janeiro até Santa Catarina. Essa espécie-prima daquela mencionada anteriormente pela possibilidade de cura do mal de Chagas poderia ser também importante no tratamento desta ou de outras doenças. Mas não existe mais, está extinta.

(*) Sidney Gouvêa () é mestrando em Ecologia e Conservação - Universidade Federal de Sergipe e Coordenador da unidade de conservação estadual Monumento Natural Grota do Angico

Qual a importância dos répteis na medicina?

Apresentam importância econômica e social, sendo que em algumas regiões, são utilizados como fonte de alimentação, além da extração de suas peçonhas na produção de medicamentos [2]. Inúmeras toxinas de serpentes têm sido usadas em tratamento de diabetes, injúrias musculares, enfermidades cardíacas e hipertensão.

Qual é a importância dos répteis?

Os répteis e os anfíbios são animais muito importantes para o equilíbrio ambiental. As temidas serpentes controlam populações de ratos, enquanto os lagartos se alimentam de uma grande variedade de insetos e ainda servem de alimento para alguns animais vertebrados.

Qual a importância dos anfíbios na medicina?

A pesquisa para o desenvolvimento dessas substâncias pode levar muitos anos. No entanto, já se sabe que as secreções dos anfíbios são úteis para diversos tratamentos medicinais, tendo ativos antifúngicos, analgésicos e anestésicos.

Qual a importância dos répteis na economia?

Resposta. Os repteis auxiliam no controle de pragas ambientais. as serpentes sao grandes predadoras de ratos.com a diminuição de ratos aumenta a produtividade de alimentos no campo. Diversos répteis servem como alimento.