A mesma boca que profetiza ela amaldiçoa

Amaldiçoar é pecado?

bíblia

E se alguém me amaldiçoou, estou em perigo? Veja o que a Bíblia diz.

“Amaldiçoar é pecado? Se alguém me amaldiçoou, estou em perigo?”

Quem amaldiçoa outra pessoa, está pecando contra Deus, que pede que desejemos apenas o bem ao nosso próximo. “Bendizei aos que vos maldizem, orai pelos que vos caluniam” (Lucas 6:28). “Abençoai os que vos perseguem, abençoai e não amaldiçoeis” (Romanos 12:14). Palavras iradas ou amargas revelam um coração impuro que necessita do sangue de Cristo para libertá-lo do pecado.

Crianças que ouvem palavras de ira, tendem a acreditar nas palavras faladas, e se sentem inferiorizadas e inseguras. Jamais devemos amaldiçoar quem quer que seja. Deus não autoriza ninguém a desejar mal a outra pessoa. Mas se algum dia você receber alguma palavra de maldição por parte de alguém, não tenha medo, pois se você se refugia em Deus, Ele a protegerá: “O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem e os livra” (Salmo 34:7). “Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive em pecado; antes, Aquele que nasceu de Deus o guarda, e o Maligno não lhe toca” (1 João 5:18).

Quando desobedecemos à palavra de Deus estamos sujeitos às consequências trágicas do pecado e de cair na maldição resultante da transgressão. Os castigos divinos são medidas redentivas, para mostrar de maneira mais impressiva que o caminho que o pecador está trilhando é destrutivo e pode levá-lo à perdição eterna. Então, o propósito da disciplina, da castigo ou da maldição divina é fazer com que o pecador reconheça seu erro e se arrependa. Este conceito está presente no livro de Deuteronômio (ver capítulo 28-30). Deus não tem prazer na morte do ímpio. “Acaso, tenho eu prazer na morte do perverso? – diz o SENHOR Deus; não desejo eu, antes, que ele se converta dos seus caminhos e viva?” (Ezequiel 18:23).

Portanto, se alguém tem o hábito de amaldiçoar as pessoas, ele(a) está agindo de forma contrária à vontade de Deus e, portanto, deve parar com isso, não pela maldição inerente nas palavras, mas pelo efeito que as palavras exercem sobre os outros e principalmente por estar agindo contrariamente à vontade divina. Aquilo que você fala ou deseja para alguém só irá acontecer se a própria pessoa contribuir para aquilo e se estiver nos planos de Deus para aquela vida.

Tenha certeza de os propósitos de Deus para sua vida são de paz, felicidade e vida eterna. “Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais” (Jeremias 29:11).

Abaixo estão alguns versos bíblicos para refletir:

“Não planejem no íntimo o mal contra o seu próximo e não queiram jurar com falsidade. Porque eu odeio todas essas coisas”, declara o Senhor” (Zacarias 8:17).

“Não se alegre quando o seu inimigo cair, nem exulte o seu coração quando ele tropeçar, para que o Senhor não veja isso e se desagrade e desvie dele a sua ira” (Provérbios 24:17, 18).

“Mas eu digo que, no dia do juízo, os homens haverão de dar conta de toda palavra inútil que tiverem falado. Pois por suas palavras vocês serão absolvidos, e por suas palavras serão condenados” (Mateus 12:36, 37).

Equipe Biblia.com.br

Da mesma boca sai bênção e maldição

Os pecados da língua são fáceis de cometer. Na carta de Tiago, o capítulo três é dedicado ao domínio da língua, que pode trazer muitas bênçãos e também grandes prejuízos. Assim diz a carta: “Com ela bendizemos o Senhor e Pai, e com ela amaldiçoamos as pessoas, feitas à imagem de Deus. Da mesma boca sai bênção e maldição! Ora, meus irmãos, não convém que seja assim.” (Tg 3, 9-10). De fato, não podemos nos iludir e crer que, desejando o mal ao próximo, em palavras e pensamentos, possamos agradar a Deus de outras formas.

Amaldiçoar é desejar ao outro qualquer mal. E quantas vezes não nos deixamos cair nesse pecado! Desejamos que o outro se arrependa, que “tenha o que merece”, mas não pelo julgamento divino, e sim pelo nosso. Quantos pecados gravíssimos cometemos ao desejar – com más intenções – que “Deus vai lhe dar o que merece”? O primeiro é contra um mandamento: não tomar o santo nome em vão. Ainda com o mesmo ato de amaldiçoar, julgamos, condenamos e deixamos de amar o próximo. Vamos entender.

A mesma boca que profetiza ela amaldiçoa

Imagem ilustrativa: Larissa Carvalho/cancaonova.com

O uso em vão do nome de Deus inclui os pecados do perjúrio (Mt 5,33) e do falso testemunho (Dt 5,20), além do que pode ser chamado de “uso mágico” do nome divino, traduzido para o grego como “em vão”. Isso significa usar o nome de Deus para causar consequências na vida do próximo, ou seja, querer que algo de ruim lhe aconteça, proferindo o nome de Deus. Da mesma forma, Jesus ensinou de forma clara: “Não julgueis, e não sereis julgados” (Mt 7,1). Ora, se julgamos que o mal deve acontecer com o próximo pelas mãos de Deus, que punição caberia a nós mesmos?

Jesus nos ensinou uma lição

Devemos estar atentos, “pois com o mesmo julgamento com que julgardes os outros sereis julgados; e a mesma medida que usardes para os outros servirá para vós” (Mt 7,2). Parece-nos difícil não condenar aqueles que nos fazem mal, não desejar punição àqueles que nos perseguem, aos egoístas, aos hipócritas e violentos.

Mas é essa a difícil lição que Jesus Cristo nos ensinou: “Ora, a vós que me escutais, eu digo: amai os vossos inimigos e fazei o bem aos que vos odeiam. Falai bem dos que falam mal de vós e orai por aqueles que vos caluniam” (Lc 6,27-28). Essas palavras podem ser consideradas o fundamento da doutrina de Jesus em relação ao amor e à misericórdia que os cristãos devem prestar aos demais. Ao longo de sua vida terrena, e principalmente na cruz, mais do que anunciar, Jesus foi exemplo dessa lição.

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Na carta aos Coríntios, a lição é reforçada: “Abençoai os que vos perseguem, abençoai e não amaldiçoeis” (Rm 12,14). Portanto, irmãos, desejar o mal ao próximo, com palavras e pensamentos, é amaldiçoar. Quando o fazemos, pecamos contra os mandamentos e deixamos de observar as lições de amor e misericórdia que o Cristo nos ensinou. Antes de tudo, saibamos conter nossos julgamentos e condenações e, assim, nos livramos de tantos pecados.

A carta de Tiago resume a virtude nesses dizeres: “Aquele que não peca no uso da língua é um homem perfeito” (Tg 3,2). “Homem perfeito” não significa que não pode cometer outros pecados, mas aquele que tem o domínio sobre a própria língua, tem o domínio de si mesmo e poderá resistir frente às tentações. Oremos para nos mantermos no caminho da salvação. Que assim seja!

Referências:

BÍBLIA SAGRADA. Tradução da CNBB, 18 ed. Editora Canção Nova.

A mesma boca que profetiza ela amaldiçoa

O que a Bíblia diz sobre o que sai da nossa boca?

" Não é o que entra pela boca que torna o homem impuro, mas o que sai da boca, isso é que torna o homem impuro. '

O que a Bíblia fala sobre o poder da língua?

“O que guarda a boca e a língua guarda a sua alma das angústias” (Provérbios 21.23). O Senhor nos concedeu um órgão capaz de dar vida ou de levar à morte: a língua. Devemos abrir a boca para abençoar o nosso irmão, para adorarmos ao Senhor.

O que quer dizer o versículo da Bíblia Tiago 3 6?

6 A alíngua também é fogo, mundo de iniquidade; assim, a língua está posta entre os nossos membros, e contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, e é inflamada pelo inferno.

O que procede da boca?

Mas o que sai da boca procede do coração; e é isso o que contamina o homem. Mas o que sai da boca procede do coração, e isso contamina o homem. Mas o que sai da boca vem do coração. É isso que faz com que a pessoa fique impura.