Acidentes de trabalho na área de saúde

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    Durante palestra no HUAC, psicóloga destacou importância de cada funcionário na prevenção de ocorrências

    Auditório lotado e plateia atenta. Foi esse o clima durante a abertura da I Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (Sipat) do Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC) da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Na palestra inicial, cujo tema era “Família & Trabalho: Missão ou Razão?”, a psicóloga Mayvonne Morais levou o público a refletir sobre a importância de cada funcionário, individualmente, na prevenção de acidentes no ambiente de trabalho e de que forma isso tem relação com a família.

    Segundo dados apresentados pela palestrante (que é especialista em Gestão Empresarial/Recursos Humanos com ampla experiência na área comportamental e de gestão de pessoas), de cada dez acidentes de trabalho, um ocorre na área de saúde, no atendimento hospitalar. Mais: os profissionais de enfermagem e da limpeza dos hospitais são os que mais sofrem. As informações constam do Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho, com base nos registros de 2017.

    O alerta que os números despertam não para por aí. “Um estudo feito pela União Europeia apontou que a taxa de acidentes de trabalho na área de saúde é 34% maior que em outros setores. O índice de ocorrências não comunicadas no Brasil chega a 90%”, ressaltou a psicóloga Mayvonne Morais.

    Ao apresentar as estatísticas, a especialista também destacou os fatores de risco no ambiente hospitalar (biológicos, físico-químicos, psicossociais e ergonômicos), reforçando a responsabilidade de cada indivíduo na valorização do trabalho seguro, o que implica diretamente a promoção da vida. Conforme a especialista, geralmente, o funcionário imagina que a prevenção de acidentes é apenas atribuição da empresa, mas se esquece de que também tem responsabilidades. Muitas vezes, há negligência do colaborador.

    “Tudo o que se faz no trabalho tem um componente que reflete na família. A valorização do trabalho concorre para a valorização da vida, suas conquistas, seus esforços. Quem eu sou, a percepção que tenho de mim, o que me motiva e como eu ajo, tudo está interligado e afeta o trabalho. Meu trabalho é uma ameaça? Percebemos, evitamos e corrigimos os riscos? De que forma a falta de prevenção no trabalho pode afetar minha família?”, provocou a palestrante.  

    Durante a explanação, também foram apresentadas algumas práticas que devem ser adotadas, visando a reduzir o número de acidentes de trabalho: identificar potenciais situações de risco; investir em medidas de segurança; adotar programas de prevenção e tratamento; acolher as medidas propostas nas campanhas de sensibilização; adotar sanções e medidas disciplinares.

    Programação

    A I Sipat do HUAC segue até sexta-feira, dia 12, com atividades diversas, como: Espaço da Autoestima (com corte de cabelo, maquiagem básica e spa das mãos e dos pés); jogos interativos; Blitz Postural; Blitz da Saúde (com aferição de pressão, teste de glicemia e orientações gerais sobre saúde); concurso de desenho para crianças filhas de colaboradores; apresentação musical, premiação e brindes. O evento é uma promoção da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) em parceria com o serviço de Saúde Ocupacional e Segurança do Trabalho (Sost).

    Na programação, também há dois temas de grande interesse que serão abordados durante palestras: “Tabagismo ou Saúde: a escolha é sua”, que será ministrada pela médica Déborah Dantas (quarta-feira, 10, das 10h às 11h, no corredor da Fisioterapia); e “Você pode diminuir tudo na vida, menos o sono” (sexta-feira, 12, às 9h30min, no auditório) com apresentação da médica do sono Valéria Brandão.

    (Ascom HUAC/UFCG)

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    Nome do Projeto

    Ocorrência de acidentes de trabalho em profissionais da saúde: estudo comparativo antes e depois da pandemia COVID-19

    Ênfase

    Pesquisa

    Data inicial - Data final

    01/07/2020 - 31/07/2021

    Unidade de Origem

    Coordenador Atual

    Área CNPq

    Ciências da Saúde

    Resumo

    Mundialmente, o maior ônus advindo de acidentes ocupacionais envolve profissionais da área da saúde. Estima-se que, por ano, ocorram mais de 1 milhão de acidentes com perfurocortantes entre profissionais de saúde, sendo este um dos acidentes de trabalho com maior incidência no meio hospitalar. Nesse contexto de cuidado, a instauração da pandemia COVID-19, trouxe muitas incertezas aos profissionais de saúde, associadas a eventos de amplificação dos serviços de saúde, ocasionalmente resultando em surtos nosocomiais. A superlotação dos hospitais pode ser um fator que contribua para o aumento de acidentes de trabalho dos profissionais da saúde. Nessa perspectiva, este estudo apresenta como objetivo geral comparar a incidência de acidentes de trabalho ocorridos com a equipe da atenção hospitalar durante a assistência ao paciente, antes e depois da pandemia COVID-19. E, como objetivos específicos: identificar o tipo de acidente de trabalho mais prevalente no ambiente hospitalar; caracterizar os setores onde os profissionais mais sofrem acidentes; e identificar as áreas profissionais mais acometidas por acidentes de trabalho. Trata-se de um estudo exploratório e descritivo, com abordagem quantitativa. O cenário do estudo serão dois hospitais – um localizado no extremo sul do Rio Grande do Sul (Hospital A) e outro na fronteira oeste do mesmo estado (Hospital B). Justifica-se a realização da pesquisa nesses dois pólos, pois os municípios em que os hospitais estão inseridos, apesar de serem bastante distintos em termos populacionais, 306.193 e 83.324 habitantes, respectivamente, apresentam números semelhantes no que diz respeito a infecção por coronavírus. O primeiro município apresenta em torno de 55 casos confirmados e nenhum óbito e o segundo apresenta 32 casos confirmados e um óbito. O Hospital A conta com aproximadamente 968 trabalhadores da área da saúde distribuídos em 193 médicos, 178 enfermeiros, 291 técnicos de enfermagem, 126 auxiliares de enfermagem, 116 profissionais assistenciais de nível superior e 64 profissionais assistenciais de nível técnico. O Hospital B conta com 200 profissionais da saúde, distribuídos em 43 médicos, 43 enfermeiros, 63 técnicos de enfermagem, 28 auxiliares de enfermagem e 23 profissionais assistenciais de nível superior. O estudo dar-se-á em duas etapas, a primeira de investigação dos registros de acidentes de trabalho no Centro de Controle de Infecções Hospitalares dos referidos hospitais. E, a segunda, mediante aplicação de questionário auto-aplicado. A análise dos dados será realizada no software Statistical Package for Social Science, verão 21.0. Essa pesquisa será norteada pelos princípios éticos descritos na Resolução nº 466 do Conselho Nacional de Saúde, do Ministério da Saúde, e que dispõe sobre a realização de pesquisas com seres humanos. Antes do início da pesquisa será providenciado aos participantes conhecimento e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, que garantirá o conhecimento dos objetivos, anonimato, possibilidade de desistência em qualquer momento da investigação e acesso aos resultados da pesquisa. Os resultados esperados estão embasados no aumento de acidentes de trabalho no período pós pandemia de infecções por coronavírus. É esperado que esse aumento ocorra em função do afastamento dos trabalhadores de saúde devido a apresentação de sintomatologia de infecção por coronavírus.

    Objetivo Geral

    Comparar a incidência de acidentes de trabalho ocorridos com a equipe da atenção hospitalar durante a assistência ao paciente, antes e depois da pandemia COVID-19.

    Justificativa

    Mundialmente, o maior ônus advindo de acidentes ocupacionais envolve profissionais da área da saúde. Estima-se que, por ano, ocorram mais de 1 milhão de acidentes com perfurocortantes entre profissionais de saúde, sendo este um dos acidentes de trabalho com maior incidência no meio hospitalar. Nesse contexto de cuidado, a instauração da pandemia COVID-19, trouxe muitas incertezas aos profissionais de saúde, associadas a eventos de amplificação dos serviços de saúde, ocasionalmente resultando em surtos nosocomiais. A superlotação dos hospitais pode ser um fator que contribua para o aumento de acidentes de trabalho dos profissionais da saúde.

    Metodologia

    Trata-se de um estudo exploratório e descritivo, com abordagem quantitativa. O cenário do estudo serão dois hospitais – um localizado no extremo sul do Rio Grande do Sul (Hospital A) e outro na fronteira oeste do mesmo estado (Hospital B). Justifica-se a realização da pesquisa nesses dois pólos, pois os municípios em que os hospitais estão inseridos, apesar de serem bastante distintos em termos populacionais, 306.193 e 83.324 habitantes, respectivamente, apresentam números semelhantes no que diz respeito a infecção por coronavírus. O primeiro município apresenta em torno de 55 casos confirmados e nenhum óbito e o segundo apresenta 32 casos confirmados e um óbito. O Hospital A conta com aproximadamente 968 trabalhadores da área da saúde distribuídos em 193 médicos, 178 enfermeiros, 291 técnicos de enfermagem, 126 auxiliares de enfermagem, 116 profissionais assistenciais de nível superior e 64 profissionais assistenciais de nível técnico. O Hospital B conta com 200 profissionais da saúde, distribuídos em 43 médicos, 43 enfermeiros, 63 técnicos de enfermagem, 28 auxiliares de enfermagem e 23 profissionais assistenciais de nível superior. O estudo dar-se-á em duas etapas, a primeira de investigação dos registros de acidentes de trabalho no Centro de Controle de Infecções Hospitalares dos referidos hospitais. E, a segunda, mediante aplicação de questionário auto-aplicado. A análise dos dados será realizada no software Statistical Package for Social Science, verão 21.0. Essa pesquisa será norteada pelos princípios éticos descritos na Resolução nº 466 do Conselho Nacional de Saúde, do Ministério da Saúde, e que dispõe sobre a realização de pesquisas com seres humanos. Antes do início da pesquisa será providenciado aos participantes conhecimento e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, que garantirá o conhecimento dos objetivos, anonimato, possibilidade de desistência em qualquer momento da investigação e acesso aos resultados da pesquisa.

    Indicadores, Metas e Resultados

    Os resultados esperados estão embasados no aumento de acidentes de trabalho no período pós pandemia de infecções por coronavírus. É esperado que esse aumento ocorra em função do afastamento dos trabalhadores de saúde devido a apresentação de sintomatologia de infecção por coronavírus.

    Equipe do Projeto

    NomeCH SemanalData inicialData final
    BRENDA ARAUJO VULCANI
    CLARICE ALVES BONOW 4
    JULIA TORRES CAVALHEIRO
    MARIANA ANSCHAU

    Fontes Financiadoras

    Sigla / NomeValorAdministrador
    CAPES / Coordenação de Aperfeiçoamento de Nível Superior R$ 1.700,00 Coordenador
    CAPES / Coordenação de Aperfeiçoamento de Nível Superior R$ 1.650,00 Coordenador