Como a Doutrina Monroe influenciou as relações dos EUA com os demais países?

A Doutrina Monroe foi formulada pelo presidente dos EUA, James Monroe, em 1823, e teve ampla repercussão no continente americano em razão de suas implicações geopolíticas.

É bem conhecido o slogan “A América para os americanos”, atribuído a James Monroe, presidente dos Estados Unidos da América de 1817 a 1825. Esse slogan, em dada medida, sintetiza a proposta da chamada Doutrina Monroe.

Durante muito tempo houve interpretações forçadas dessa doutrina, que indicavam um ímpeto dominador e imperialista dos EUA em relação a todo o continente americano. É necessário, portanto, esclarecer melhor o que foi a Doutrina Monroe.

A proposta de Monroe sobre uma hegemonia político-militar no continente americano foi encaminhada ao Congresso dos Estados Unidos em dezembro de 1823. O contexto da reflexão e estratégia de Monroe era o do fim da Era Napoleônica (Napoleão foi afastado do poder em 1815 e morreu em 1821) e do subsequente retorno das bases absolutistas na Europa. Havia um temor de que as forças imperialistas europeias quisessem promover uma nova tentativa de incorporação das regiões americanas ao seu domínio. Em um trecho da mensagem enviada ao Congresso, é possível perceber o ponto da argumentação de Monroe:

Os últimos acontecimentos na Espanha e em Portugal provam que ainda não há bastante tranquilidade na Europa. A prova mais cabal deste fato importante é que as potências aliadas julgaram conveniente, de acordo com os princípios que adotaram, intervir pela força nos distúrbios da Espanha. Até que ponto pode estender-se tal intervenção, segundo o mesmo princípio? Esta é urna questão na qual estão interessados todos os poderes independentes, cujos governos diferem dos deles, e nenhum está mais interessado que os Estados Unidos. [1]

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A preocupação explícita de Monroe era com as ações intervencionistas da Santa Aliança, formada após o Congresso de Viena, tendo Áustria e Rússia no comando. A construção de um aparelho político-militar hegemônico na América era necessário, segundo Monroe, para fazer frente às pretensões da Santa Aliança. Esse aparelho seria encabeçados pelos Estados Unidos no que se refere ao âmbito do Caribe, isto é, das ilhas próximas ao território norte-americano. Ao contrário do que normalmente se pensa, Monroe não incluiu o estabelecimento da influência dos EUA também na América do Sul, pois via no hemisfério Sul países capazes de fazer a mesma frente hegemônica que os EUA passariam a fazer no hemisfério Norte.

Exemplo disso foi a concordância que o Brasil, recém-independente, teve com as propostas do presidente Monroe à época – e vice-versa, já que os EUA foram o primeiro país a reconhecer a legitimidade da independência do Brasil, em 1824. Os problemas relacionados com a Doutrina Monroe viriam posteriormente, com os governos de outros presidentes, como Theodore Roosevelt e Woodrow Wilson, que se valeram da doutrina para exercer suas políticas intervencionistas na América Latina.

NOTAS

[1] MONROE, James. Mensagem enviada ao Congresso, 1823.

 

Como a Doutrina Monroe influenciou as relações dos EUA com os demais países?

Em 1823, James Monroe passou uma mensagem ao Congresso americano, que ficou conhecida até nos dias atuais como Doutrina Monroe.

Essa Doutrina se deu em um período de turbulência, principalmente na Europa, onde se via uma onda reacionária absolutista coordenada pela Santa Aliança: Rússia, Prússia, Áustria e pelo rei da França, que ajudou na volta ao poder de Fernando VII na Espanha.

O México, principalmente, lutou contra a dominação espanhola que tinha como intuito retomar suas possessões, entretanto, a Doutrina Monroe tinha como princípios básicos:

1- O continente americano não pode ser recolonizado

2- A não intervenção dos países europeus na América

3- A não intervenção dos Estados Unidos nos assuntos da Europa.

Esses três princípios buscavam principalmente a hegemonia dos Estados Unidos na América e uma política diplomática resumida na célebre frase “América aos americanos”.

O documento de 1823 mostra muito bem como os norte-americanos pensavam em relação à recolonização da América:

"Com a existência de colônias ou dependências outras pertencentes a qualquer poder europeu nós não interferimos e seguiremos não interferindo. Mas no caso de um governo que já declarou sua independência e conseguiu sustentá-la e aqueles outros que já a conseguiram conquistar a sua independência anteriormente, com grande consideração e dentro de justos princípios, reconhecidos, nós não podemos aceitar nenhuma interposição com o propósito de oprimi-lo, ou controlá-lo de qualquer outra maneira o destino deles, por qualquer poder europeu, ou qualquer outro que assim o fizer, será visto como uma manifestação de uma disposição hostil em relação aos Estados Unidos.” (Mensagem do Presidente James Monroe ao Congresso dos EUA, 1823).

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Esse Manifesto ficou conhecido pela sua influência internacional. Pregado em um período onde as ex-colônias espanholas viviam um período de turbulência e revoluções internas, A Doutrina Monroe foi encarada de forma afetuosa e também de forma arrogante na história. Estes contrastes relacionados à longa duração da mensagem do Presidente americano construíram debates sobre esta política internacional estadunidense.

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O que foi a Doutrina Monroe como ela influenciou as relações dos EUA com os demais países da América Brainly?

Resposta. Resposta: O seu pensamento consistia em três pontos: a não criação de novas colônias nas Américas; a não intervenção nos assuntos internos dos países americanos; a não intervenção dos Estados Unidos em conflitos relacionados aos países europeus como guerras entre estes países e suas colônias.

Como a Doutrina Monroe influenciou as novas nações?

A Doutrina Monroe reforçou a hegemonia dos Estados Unidos no continente americano, evitando que as nações europeias recolonizassem as suas antigas colônias. A Doutrina Monroe traçou os caminhos que os Estados Unidos trilhariam pelos tempos seguintes em relação à América Latina.

O que resultou a Doutrina Monroe para a história das Américas?

Com essa doutrina e com o apoio à independência das colônias europeias na América, os Estados Unidos conseguiram apoio para combater qualquer tentativa europeia de recolonizar o continente, principalmente após a Santa Aliança, reunião de países europeus ocorrida após o fim das guerras napoleônicas.

Quais foram as consequências da doutrina de Monroe?

a não criação de novas colônias nas Américas; a não intervenção nos assuntos internos dos países americanos; a não intervenção dos Estados Unidos em conflitos relacionados aos países europeus como guerras entre estes países e suas colônias.