Conceitos básicos de software Show 1 Classificação quanto à forma como são distribuídos 1.1. Licenciados ou Com Registros Uma licença de software tem por objetivo estabelecer de forma explícita ou expressa a forma de distribuição de um programa. 1.1.1 Proprietários São softwares com licenças proprietárias que seguem o padrão de copyright (seria algo próximo à cópia restrita). São adquiridos, normalmente, mediante pagamento (payware) ao fabricante ou ao revendedor (normalmente adquirido “na caixa”). É a forma mais comum de aquisição de software, o adquirente se torna proprietário do software adquirido, embora tenha que respeitar as condições de uso impostas pelo fabricante. Os softwares proprietários são protegidos por direitos autorais e contêm restrições de uso, cópia, modificação etc. As restrições são colocadas no contrato (Contrato de Licença de Usuário) e são aceitas no momento da aquisição/instalação. Importante lembrar que quando a licença de uso é quebrada há pirataria e quando os códigos contra a pirataria são quebrados, o software foi “crackeado” (de crack que significa quebrar). 1.1.2 Shareware São softwares proprietários, porém, distribuídos livremente em forma de cópia de avaliação ou de demonstração. Durante o processo de instalação o usuário é questionado a aceitar a licença como cópia de avaliação. Possuem restrições de uso enquanto não forem licenciados ou registrados junto ao fornecedor. As limitações podem ser de diversas formas, as mais comuns são: expirar após certo período de tempo, propagandas embutidas e limitações de funcionalidades (como não admitir salvar um arquivo ou imprimi-lo). Normalmente são utilizados como software de avaliação, ou seja, como software de demonstração para ser testado, e se for de interesse do usuário este deverá registrá-lo junto ao fornecedor. Subtipos: A. Demo: é uma licença mais comum para jogos, músicas e outros formatos de mídias. Consiste num “pedaço” (uma demonstração) do software completo para que o usuário avalie e decida se vai adquiri-lo. C. Adware: é uma licença que possui propagandas como forma de custear o software. O fabricante permite o uso desde que o usuário fique obrigado a aceitar a publicidade embutida. O fornecedor disponibiliza, normalmente, uma versão completa, proprietária, sem propagandas. C. Nagware: Nags são janelas de aviso sobre a necessidade de aquisição da licença do software, tais janelas abrem automaticamente e repetidamente após o prazo de utilização livre. Shareware nonagged significa que o software não possui os “importunos” avisos. 1.1.3 Software beta Quando o software está sendo produzido, ele passa por vários estágios na criação de seu código-fonte. Antes de ser considerado completo, pronto, livre de erros para ser usado como software de produção, o software deve ser testado. O primeiro dos testes é chamado de estágio ALFA, e o segundo, de estágio BETA. Um software é beta quando o código está bem próximo da versão final, porém ainda pode conter erros significativos. Vários usuários se inscrevem em listas disponibilizadas por fornecedores para serem “beta testers” e assim apreciarem o software, gratuitamente e em primeira mão, porém, o software beta deve ser usado com cautela. 1.1.4 Freeware São conhecidos como softwares gratuitos, ou seja, o software gratuito ou freeware possui licença de proteção de direitos autorais e por isso pode ser restringido no futuro. Em outras palavras, podemos dizer que o autor não está cobrando, por enquanto, pelo software, mas terá a capacidade de fazê-lo em versões futuras, se desejar. Não confundir software freeware com software livre ou free software. Software freeware é um software gratuito, como por exemplo o Adobe Reader (leitor de PDF da empresa Adobe); já o free software é software aberto, ou seja, que possui o código-fonte disponível. O freeware tem como característica a gratuidade, mas não a disponibilidade do código-fonte. 1.1.5 Software livre ou Free Software (FLOSS – do inglês Free/Libre Open Source Software) Segundo a definição criada pela Free Software Foundation é qualquer programa de computador que pode ser usado, copiado, estudado, modificado e redistribuído, sem nenhuma restrições. “Software Livre é o software disponibilizado, gratuitamente ou comercializado, com as premissas de liberdade de instalação; plena utilização; acesso ao código fonte; possibilidade de modificações/ aperfeiçoamentos para necessidades específicas; distribuição da forma original ou modificada, com ou sem custos”. São softwares com código-fonte aberto, ou seja, com seus códigos de criação disponíveis ao usuário para que qualquer pessoa possa modificá-los e adaptá-los às suas necessidades e o resultado de aperfeiçoamentos desse software pode ser liberado e redistribuído para outros usuários, sem necessidade de permissão do fornecedor do código original. Os softwares livres dão livre acesso aos seus códigos-fontes e são regidos pelas quatro leis básicas da liberdade definidas pela Free Software Foundation. • LIBERDADE 0: a liberdade de utilizar ou executar o software para qualquer propósito, para fins pessoais ou comerciais, para uso doméstico, corporativo, educacional etc. Pode-se usar em qualquer sistema computacional (o software livre pode rodar em sistemas operacionais proprietários), seja em um ou em cem computadores, veja a liberdade n. 2. Cabe destacar que as leis básicas são irrevogáveis, já que um autor ou
modificador do software não poderá fazer restrições futuras a quaisquer das liberdades acima no software adquirido. A categoria free software pode conter licenças do tipo: A. Licenças não-permissivas ou com Copyleft: é um tipo de licença semelhante às licenças comuns de copyright (©), porém, ao contrário destas,
traz a possibilidade de liberdade de cópia e redistribuição (copyleft – algo do tipo: cópia livre). É usada em softwares livres e não permite que redistribuidores incluam restrições adicionais quando eles redistribuem ou modificam o software. Isto significa que toda cópia do software, mesmo que tenha sido modificada, precisa ser software livre. Principais tipos de licença copyleft: • LGPL (Lesser General Public License – antes conhecida como Library General Public License): É uma licença aprovada pela FSF que tem por objetivo ser menos restritiva ou mais permissiva que a licença GPL. A LGPL permite ser ligada com programas que não sejam GPL ou LGPL, que podem ser software livre ou software proprietário. É usada por aplicações como OpenOffice.org e Mozilla. B. Licenças permissivas ou sem copyleft: podemos dizer que aqui está o software livre sem restrições para a
lucratividade do redistribuidor, ou seja, quem fizer modificações poderá proteger com licenciamento suas modificações e, portanto, cobrar por elas. Principais tipos: Veja uma lista de licenças compatíveis e
não compatíveis com o modelo GPL em http://www.gnu.org/licenses/license-list.pt-br.html. 1.1.6 Software público brasileiro (www.softwarepúblico.gov.br) O conceito do Software Público Brasileiro – SPB é utilizado como um dos alicerces para definir a política de uso e desenvolvimento de software pelo setor público no Brasil. O Software Público é desenvolvido com recursos públicos por uma entidade governamental ou parceiros da sociedade com interesses comuns. 1.1.7 Software aberto (open source) É um movimento (mais ideológico) que procura incentivar a liberdade de disponibilidade do código-fonte e afirmar sua superioridade em relação aos softwares proprietários, porém, o movimento do Código Aberto não traz licenças claras sobre a utilização do software como faz a Free Software Foundation ao especificar as licenças do software livre. Alguns autores chegam a considerar que o movimento software aberto é apenas um movimento ideológico enquanto o software livre é uma realidade. Para eles (do software aberto) seria imoral qualquer tentativa de exploração comercial do software e os adeptos, em geral, não utilizam, não trabalham e não exploram softwares proprietários. Obviamente, por definição, todo software aberto (por permitir o acesso livre ao código-fonte) é um software open e gratuito. 1.1.8 Software quase-livre ou semi-livre Não é uma categoria muito utilizada, porém é mencionada como se fosse um software em que se garante a permissão para que indivíduos o usem, copiem, distribuam e modifiquem, incluindo a distribuição de versões modificadas, desde que o façam sem o propósito de auferir lucros. Cita-se como exemplo a distribuição inicial do StarOffice e algumas versões do Netscape. 1.1.9 Licença dual ou dúplice É a referência a softwares que podem ser livres para usuários domésticos e proprietários para empresas, ou outro tipo de duplicidade na licença de uso. 1.1.1 . Outros Ainda existem formas especiais de aquisição de registros de softwares, são elas: 1.2.1 Software de domínio público Não tem proteção de direitos autorais, é software sem copyright, pode ser usado, alterado e não possui restrições por um dos dois motivos: o autor abriu mão de direitos autorais ou expirou-se o prazo de domínio privado da obra. Quando acontece de o autor abrir mão de direitos autorais ou expirar-se o prazo para a propriedade, a obra cai em domínio público, ou seja, se torna bem comum. O software de domínio público pode ser copiado e distribuído livremente, mas isso não garante a disponibilidade quanto ao código-fonte. 1.2.2 Software as a Service (SAAS) ou Aluguel de Software Ao invés de adquirir uma licença do software, o usuário (pessoa física ou jurídica) aluga o software por um determinado período de tempo e paga uma taxa em relação a esse período. O software é utilizado online e o usuário é assinante do software. Para as pequenas e médias empresas há a redução de custos já que poderá usar softwares mais robustos pagando preços mais módicos, também se economiza em atualizações e manutenções que são obrigações do fornecedor. Também se coloca como vantagens a agilidade da “instalação” já que o software já está pronto para uso e assim é desnecessária a ampliação do hardware já existente, a acessibilidade pelo fato de o software estar disponível online, a flexibilidade porque pode-se aumentar o número de assinaturas a qualquer momento. 1.3. QUANTO À POSSIBILIDADE DE EXPLORAÇÃO COMERCIAL 1.3.1 Software Comercial São softwares desenvolvidos para a utilização comercial, ou seja, são produzidos para que a empresa adquirente lucre com a sua utilização. A grande parte dos softwares comerciais são proprietários, porém é possível encontrar software livre para uso comercial. O nome comercial indica a possibilidade de utilização para fins comerciais por quem adquire o software, ou seja, a capacidade de utilizá-lo para fins comerciais. 1.3.1 Software não-comercial São softwares que são distribuídos com a proibição de serem usados em ambientes comerciais. Não podem ser explorados para gerar rendas ou riquezas ao usuário. Vários softwares freewares possuem tal tipo de restrição. Em geral, o objetivo é fazer com que as empresas adquiram o software “professional” que é pago e normalmente caro. Como é chamado o tipo de aquisição de software em que o software é distribuído gratuitamente?Freeware: software proprietário que é disponibilizado gratuitamente, mas não pode ser modificado. Shareware: é o software disponibilizado gratuitamente por um período de tempo ou com algumas funções abertas, mas que implica no posterior pagamento pela sua licença.
O que é um software do tipo shareware?Shareware é um software comercial distribuído gratuitamente aos usuários, seja em um formato limitado ou como uma avaliação, que expira após um determinado número de dias.
Que solicita pagamento após período de teste ou para obter versão completa?Após o período de teste gratuito, o usuário é solicitado a pagar um valor para ter acesso a funcionalidade completa ou continuar utilizando o software. Outra informação importante é que sharewares são protegidos por direitos autorais. Um ótimo exemplo de sharewares são os jogos para computadores.
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