Criado para recuperar economicamente a Europa ao final da II Guerra Mundial, o Plano Marshall serviu também como uma propaganda ocidental contra a URSS. Show O Plano Marshall foi uma iniciativa de reconstrução econômica e social da Europa ocidental que partiu dos EUA logo após o fim da II Guerra Mundial. Além de reparar os danos altamente destrutivos causados pelos combates e bombardeios do conflito bélico, os capitalistas do Ocidente pretendiam também conter o avanço soviético na Europa. A União Soviética saiu vitoriosa da II Guerra Mundial após ter sido primordial no combate aos nazistas e também pela perda da vida de milhões de pessoas. A força de sua economia estatizada e planificada era vista como um modelo a ser aplicado em outros países. Na Itália e na França, os Partidos Comunistas da órbita da URSS estavam fortalecidos. Na Alemanha, a divisão do país em duas áreas de influência – soviética e ocidental – demonstrava uma situação bastante perigosa para os esforços de não continuarem os conflitos bélicos na região. Frente a isso, os EUA lançaram, em 1947, o Programa de Recuperação Europeia (European Recovery Program), mais conhecido como Plano Marshall, em decorrência de seu idealizador ter sido o general George Catlett Marshall. O plano consistia no empréstimo e doação de recursos financeiros aos países da Europa que haviam sido devastados na II Guerra Mundial, o que totalizou o montante de 18 bilhões de dólares. Todos os países da Europa ocidental foram beneficiados, exceto a Espanha e a Finlândia. Inglaterra e França foram os países mais beneficiados, em decorrência dos maiores danos sofridos na guerra. Para organizar a execução do Plano Marshall, os EUA criaram a Administração de Cooperação Econômica (Economic Cooperation Administration). Do lado europeu, os países do continente constituíram a Organização Europeia de Cooperação Econômica (OECE), que depois daria origem a diversas outras organizações, como a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Mercado Comum Europeu e a União Europeia. Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;) Com o início da execução do Plano Marshall, os países europeus conseguiram importar uma série de produtos, principalmente dos EUA: alimentos, adubos, fertilizantes, veículos, tratores, combustíveis e vários outros produtos industrializados. Foi possibilitado ainda o acesso a créditos que resultaram na recuperação da indústria destruída durante a guerra. O rápido desenvolvimento econômico, o aumento do consumo das pessoas e o desenvolvimento de uma rede de serviços sociais por parte dos Estados europeus melhoraram significativamente a vida da população atingida pelo Plano Marshall. Essa situação estava no embrião do que se convencionou chamar de Estado de Bem-Estar Social, sistema de políticas sociais que garantiam às populações o acesso a serviços prestados pelo Estado e um alto nível de consumo individual para grandes parcelas da população. O objetivo dos EUA e dos capitalistas europeus era conter o avanço da URSS na Europa através da demonstração de melhorias materiais proporcionadas pelo capitalismo ocidental. Com essa política, podiam os capitalistas afirmar que o modo de produção que eles geriam era melhor que o modo de produção gerido pelos soviéticos. Por outro lado, o Plano Marshall proporcionou uma intensa integração internacional dos capitais e dos capitalistas do Hemisfério Ocidental, proporcionando um fortalecimento de um modelo econômico e social distinto dos soviéticos e a sua posterior vitória sobre a URSS na Guerra Fria. O que foi o Plano MarshallO Programa de Recuperação Europeu ficou mais conhecido como "Plano Marshall" e foi importante para a reconstrução dos países europeus após a Segunda Guerra Mundial. Este programa foi desenvolvido pelo governo dos Estados Unidos e recebeu o nome por conta do Secretário de Estados dos Estados Unidos, George Marshall. O programa promoveu o auxílio financeiro e técnico aos europeus, que ajudou no desenvolvimento dos países ocidentais da Europa. Por outro lado, intensificou a oposição ao sistema socialista do Leste Europeu e a Guerra Fria. Como aconteceu o Plano MarshallO Plano Marshall foi apresentado pelo general George Marshall em 1947 em um discurso na Universidade de Harvard. A estratégia ocorreu dentro da chamada “Doutrina Truman”, um conjunto de medidas políticas e econômicas adotadas pelo presidente dos EUA, Harry Truman, com o objetivo de opor-se ao regime socialista da União Soviética. O próprio general Marshall via o comunismo como uma ameaça para a estabilidade econômica e política dos europeus. Isso fez com que países sob o domínio soviético não pudessem aceitar estas mesmas ajudas. Como resposta ao Plano Marshall, a União Soviética criou o Conselho para Assistência Econômica Mútua, COMECON, em que havia o auxílio na reconstrução pós-guerra de países do Leste Europeu e a unificação destes. Além da ajuda financeira, uma grande quantidade de produtos básicos e alimentos foram enviados à Europa. Seguidamente foram tratores, equipamentos industriais e até mesmo combustíveis. Na mesma época do Plano outros projetos permitiram que a relação entre os países da Europa, e destes com os Estados Unidos, se intensificasse. Um deles foi a união dos países no campo defensivo com a criação da OTAN. A estratégia foi bem sucedida e ajudou a unificar econômica e politicamente os países europeus. Nos anos que se seguiram, estas nações aproximaram-se cada vez mais até à criação da União Europeia. O general George Marshall foi premiado em 1953 com o Prêmio Nobel da Paz pelo esforço em que se dedicou ao seu Plano. Como o Plano Marshall ajudou a economia europeiaCom a aprovação no Congresso norte-americano das medidas do Secretário de Estado, cerca de US$ 13 bilhões em ajuda foram destinados aos europeus entre 1948 e 1951. Em valores atualizados para o ano de 2019 seriam mais de US$ 130 bilhões. No período em que houve este auxílio 3% do que era produzido pelos Estados Unidos destinaram-se ao Plano Marshall. Os países que mais receberam desta ajuda foram França, Reino Unido e Alemanha Ocidental. Esta quantia não só ajudou a reestruturar os países após a guerra, como também fez com que estivessem a níveis melhores do que antes dela. A reestruturação ocorreu em diferentes áreas que influenciassem a economia europeia, como em estradas, transportes, agricultura, fábricas e infraestruturas de cidades devastadas pela guerra. Desta forma uma recuperação econômica foi promovida e, com a estabilização política e a união dos mercados europeus, foi possível gerar um crescimento econômico que produz efeitos até os dias atuais. Vale lembrar que nesta época a doutrina econômica pregava por maiores gastos públicos para a promoção do desenvolvimento, que ficou conhecido como Keynesianismo. Entenda como a teoria keynesiana influencia a economia. Conheça também outros conceitos como o da Globalização e do Liberalismo Econômico. Como ficou conhecido o programa de recuperação europeia?Plano Marshall, ou Plano de Recuperação Europeia, foi um programa de ajuda econômica dos EUA aos países da Europa Ocidental após a II Guerra Mundial. O objetivo do plano era reconstruir economicamente os países europeus ocidentais que foram destruídos ou que sofreram perdas com a ocorrência da guerra.
Qual o plano de reconstrucao da Europa?O Plano Marshall foi uma ajuda financeira dos Estados Unidos para reconstruir a Europa após o final da Segunda Guerra Mundial. Os principais objetivos desse plano eram garantir o apoio dos países da Europa Ocidental ao lado norte-americano e evitar o avanço da União Soviética sobre o Ocidente.
Como ficou popularmente conhecido o programa de recuperação europeia no PósO nome oficial do programa era Plano de Recuperação Europeia, mas ele ficou popularmente conhecido como Plano Marshall, em referência ao secretário de Estado do governo Truman.
O que é o plano Molotov?Em resposta ao Plano Marshall, de ajuda (norte-americana) à Europa, a URSS lançou o Plano Molotov: uma série de acordos bilaterais, entre o estado soviético e cada uma das democracias populares, que estipulavam, a longo prazo, ajuda técnica e financeira, e intercâmbio de produtos e matérias-primas.
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