Como você compreendeu as características dos processos artísticos coletivos e colaborativos teatrais?


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Tipo:  Dissertação
Título:  Coletivos artísticos brasileiros:um estudo de casos sobre discurso e subjetividade política nos processos colaborativos em artes
Autor(es):  Rocha, Lucía Naser
Autor(es): 
Abstract:  Esta dissertação apresenta uma reflexão sobre produções discursivas de três coletivos artísticos brasileiros que, atuando dentro do amplo campo das artes cênicas, se autodenominam “coletivos”. No presente trabalho nos referiremos aos coletivos como aqueles grupos que desenvolvem processos criativos e ações colaborativas, bem como discursos sobre condições e propósitos políticos de suas ações. Levando em consideração a reflexividade política que muitos coletivos desenvolvem, o conceito também alude a um conjunto de discussões que se vêm tecendo, nas últimas décadas, sobre formatos de organização grupal e colaboração em processos artísticos. O foco são as questões “políticas” relacionadas ao conceito de “coletivos”. O método utilizado é o Estudo de Caso, combinado à técnica de análise chamada Análise Crítica do Discurso, sendo a unidade de análise o texto de três coletivos brasileiros, escolhidos a partir de um mapeamento geral realizado na web.Analisamos os discursos coletivos através da seleção de diferentes estratégias textuais: textos produzidos por eles mesmos (no caso do CDM) e ações (no caso do GIA e de Catadores de Histórias), atentando especialmente para sua auto-descrição como sujeitos estético-políticos, suas posições como atores sociais do campo artístico e sua participação no discurso intertextual e histórico que visa discutir relações entre arte e política, política e cultura. As conclusões relacionam características do discurso desses coletivos com a literatura específica que se tem produzido sobre coletivismo e colaboração no campo artístico. Uma das nossas conclusões preliminares indica que o termo “coletivo” não aceita dicotomias, como arte X política, artista X pessoa comum, arte X vida, mas propõe a possibilidade de transitar entre diferentes propósitos e filosofias. Aceitar sua polissemia é não só requisito prévio a sua análise, mas também à compreensão das heterogêneas filosofias (ou da filosofia da heterogeneidade) que o caracterizam.
Palavras-chave:  Coletivos artísticos
Produção discursiva
Processos de colaboração artísticos
Política e estética em coletivos artísticos
Artes cênicas
URI:  http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/9619
Data do documento:  2009
Aparece nas coleções: Dissertação (PPGAC)

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Como você compreendeu as características dos processos artísticos coletivos e colaborativos teatrais?

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como processo de trabalho; e a necessidade de trazer para o palco a própria vida. 
Esse processo de criação coletiva resultava em uma encenação que deixava transparecer um 
jeito próprio de representar de cada um, que era descoberto durante as improvisações e os ensaios, 
assim como, durante a encenação, cenas inéditas poderiam aparecer no “aqui-agora” do palco, 
formando uma autoria coletiva. Ou seja, em vez de seguir procedimentos tradicionais calcados sobre o 
fator segurança (texto decorado, marcação prematura, especialização de tarefas), o Asdrúbal, em seu 
processo de criação coletiva, arriscava adentrar o terreno dos lapsos, das falhas, do inesperado que 
revela aspectos desconhecidos durante os improvisos. 
A construção estética teatral dos espetáculos do Asdrúbal era feita do aproveitamento de 
materiais. A iluminação era caseira e precária, os cenários, grafitados e os figurinos, com indumentária 
das roupas de rua. Os atores traziam ao palco interpretações que mostravam a espontaneidade dos 
intérpretes, dando ação a uma dramaturgia escrita com base nos trechos de diários, na narração de 
casos de família, na recitação da poesia do amigo, na cena da briga de namoro, nas trilhas sonoras 
roqueiras de contestação à família e ao teatro comercial. O teatro de grupo dos anos 1970, portanto, 
era feito do e no trabalho coletivo.
No final dessa década, já estava claro que a criação coletiva não era um movimento nem um estilo 
de época, mas um método de trabalho marcado pelo mesmo dinamismo que caracterizava o modo de 
fazer teatro contemporâneo no que hoje é chamado de processos colaborativos. 
Fonte: texto elaborado para o material de apoio ao Currículo do Estado de São Paulo - São Paulo 
Faz Escola
ArtE 13
(Atividade 3) Preencha a primeira coluna da tabela a seguir, relacionando o profissional 
com suas respectivas funções teatrais.
Tabela 2
Profissional Descrição das funções exercidas pelos profissionais
responsável pelos adereços dos personagens e de cena em sua utilização, organização e, 
às vezes, confecção.
responsável pela elaboração, distribuição, divulgação e manutenção das informações 
sobre uma pessoa, empresa ou produto, junto aos meios de comunicação. 
aquele que interpreta um personagem, em uma ação dramática baseada em textos ou 
de forma improvisada, tanto individualmente quanto coletivamente.
responsável profissional responsável pela criação, projeto e construção do cenário.
responsável pela seleção de atores e equipe técnica, definição de linhas de atuação, 
figurinos, adereços, iluminação, cenários, sonoplastia e demais detalhes cênicos que 
compõem um espetáculo.
profissional responsável pelas roupas que os atores utilizam em cena. O figurinista 
adapta ou cria as vestimentas de forma a deixar claro quem é aquele personagem, qual 
é a época em ele se encontra e outras informações que caracterizam o personagem.
responsável por toda a iluminação do espetáculo, desde sua criação até a operação no 
momento da cena.
responsável pela maquiagem e caracterização do personagem.
profissional responsável pelas questões administrativas, financeiras e gerenciais de 
uma produção artística. 
responsável por toda a trilha sonora do espetáculo desde sua criação até a execução 
no momento da cena.
responsável pelo reforço e harmonização das características mais marcantes de um 
personagem, revelando estilo e traduzindo traços de sua personalidade. 
Finalizadas as análises e o preenchimento, responda, em seu caderno, os questionamentos 
a seguir:
1. Como você compreendeu as características dos processos artísticos coletivos e colaborati-
vos teatrais?
2. Como as funções dos profissionais se modificam nestes processos de criação? Comente.
3. Como o uso das tecnologias e recursos digitais, modificou o modo de acessar, apreciar, 
produzir, registrar e compartilhar práticas e repertórios artísticos? Justifique.
4. De que maneira podemos acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e 
repertórios artísticos de modo reflexivo, ético e responsável?
5. Normalmente, antes do início de um espetáculo teatral, os responsáveis avisam que o es-
petáculo não pode ser fotografado ou filmado, porém há pessoas que registram, publicam 
e compartilham cenas em redes sociais e aplicativos de troca de mensagens. Qual sua 
opinião sobre isso? Quais soluções você indicaria para resolver este problema? 
CADERNO DO ALUNO14
ATIVIDADE 4 – AÇÃO EXPRESSIVA II
Em grupo, você vai utilizar todo conhecimento adquirido nas atividades anteriores, para 
elaborar um projeto de espetáculo teatral, explorando diferentes funções teatrais, por meio de 
processos coletivos e/ou colaborativos, utilizando diferentes tecnologias e recursos digitais na 
criação, produção, socialização e registros das ações, configurando uma relação de proximida-
de com o fazer artístico na construção de novos significados estéticos. Aguarde orientações do 
professor para iniciar as ações.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM III
ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Participe da conversa que será organizada pelo professor e finalize esta atividade respon-
dendo, em seu caderno, as questões a seguir:
1. O que é improvisação teatral, jogo cênico, cena, performance e esquete? Dê exemplos.
2. Onde, quando, presencialmente ou pela tV/internet, você já assistiu a uma improvisação 
teatral, jogo cênico, cena, performance ou esquete?
3. O que você entende por gestualidade? Como acontece a construção corporal e vocal de 
um personagem?
4. O que você entende por estereótipo e preconceito? Dê exemplos.
5. O que é temática identitária? Dê um exemplo.
6. O que você entende por repertório pessoal e cultural? Dê exemplos.
7. Qual a importância do figurino, do adereço e da maquiagem na caracterização de um per-
sonagem? Dê exemplos.
8. Cite locais (escolas de teatro, igrejas, centros culturais, projetos sociais), em seu bairro, ci-
dade ou região que desenvolvem atividades teatrais. 
9. Você já se caracterizou como algum personagem? Qual? Qual figurino, adereço e maquia-
gem, você utilizou? Comente sobre sua experiência.
ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
 Observe atentamente as imagens e vídeos que serão apresentados pelo seu professor, 
participe da conversa com toda a turma e faça anotações sobre pontos que considerar mais 
importantes. Alguns vídeos e imagens podem apresentar situações problematizadoras a respei-
to de estereótipos, preconceitos e aspectos culturais desatualizados. Ao final da conversa, o 
professor orientará a elaboração de um pequeno texto e solicitar que você responda algumas 
questões.
ArtE 15
1 2 
3 4 
Imagens 1, 2, 3 e 3 - Sequência de ações representativas. Fonte: Evania Escudeiro. Serra Negra – SP. 2012.
Vídeo 1: Improvisação/Jogo cênico/Gestualidade/construções corporais e 
vocais de personagens. Escolinha Improvável #9 – Barbixas. Disponível em: 
http://gg.gg/ocuc6. Acesso em: 05 Fev. 2020. 
Vídeo 2: Estereótipo/Preconceito. Jafar – Curta antirracismo por Nancy 
Spetsioti. Disponível em: http://gg.gg/ocudb. Acesso em: 05 Fev. 2020.
Vídeo 3: Esquete/temática identitária/repertório cultural brasileiro. Assalto. 
Disponível em: http://gg.gg/ocuea. Acesso em: 05 Fev. 2020. 
Vídeo 4: Figurino/adereço/maquiagem/cenário/Iluminação/relação personagem/
espectador/Sonoplastia. trecho da Novela Êta Mundo Bom. (Assistir até 5:20 
minutos). Disponível em: https://bit.ly/3wLA12D. Acesso em: 16 Jul.2021.
1. As quatro imagens registram uma improvisação, realizada a partir de um tema. Como 
você interpreta a história que está sendo contada pelas imagens?
2. Quais são os sons e diálogos você imagina que estão acontecendo nas cenas?
3. Descreva a gestualidade de cada imagem. 
4. Na imagem 3, o que a construção corporal dos personagens mostra?
5. Quais são os figurinos e adereços que você percebe nas imagens?
http://gg.gg/ocuc6
http://gg.gg/ocudb
http://gg.gg/ocuea
CADERNO DO ALUNO16
6. O cenário e a iluminação favorecem ou atrapalham a compreensão da história contada 
pelas imagens? Justifique.

O que são processos de trabalhos artísticos coletivos e colaborativos?

Pode-se dizer que o processo colaborativo é um processo de criação que busca a horizontalidade nas relações entre os criadores do espetáculo teatral. Isso significa que busca prescindir de qualquer hierarquia pré-estabelecida e que feudos e espaços exclusivos no processo de criação são eliminados.

O que são modos coletivos e colaborativos de criação produção?

Produção colaborativa pode ser definida como um processo criativo coletivo no qual a informação não possui caráter único, podendo ser alterada por todos que tenham contato com ela. A linguagem wiki é uma representação de produção colaborativa em ambientes digitais.

O que é o processo de criação coletiva no teatro?

Processo de construção do espetáculo em que o texto é gerado pelo jogo dos atores que, guiados ou não por um diretor, debruçam-se sobre um tema, uma história ou qualquer outro tipo de material.

O que você entende por funções teatrais?

As funções da produção teatral Geralmente, ele é encarregado de providenciar os espaços de ensaio, no período de montagem, e os lugares de apresentação, seja para a realização de temporadas ou para circulação de um espetáculo.