Também conhecido por injeção anticoncepcional, este contraceptivo traz progesterona ou associação de estrogênios, com doses de longa duração O anticoncepcional injetável, também conhecido por injeção anticoncepcional, é um método contraceptivo que traz progesterona ou associação de estrogênios, com doses de longa duração. A injeção pode ser mensal ou
trimestral. Este método contraceptivo possui o mesmo mecanismo de ação das tradicionais pílulas anticoncepcionais, pois suspende a ovulação, reduz a espessura endometrial e espessa o muco cervical1. De acordo com as indústrias farmacêuticas responsáveis pela
fabricação deste medicamento, este é um método contraceptivo muito eficaz, que varia de 0,1% a 0,6% de falha para a injeção mensal e de 0,3%, para a injeção trimestral. Só este profissional pode explicar quais as vantagens e desvantagens e qual vai se adequar ao momento de vida da mulher2. Se a ideia é que isso ocorra no período de um ano, por exemplo, a mulher é candidata a métodos de curta duração, como pílulas, adesivo ou injeções2. As injeções de hormônios são constituídas com os mesmos princípios da pílula, e a aplicação pode ser feita mensalmente. Dessa forma, esse método dispensa a disciplina da ingestão oral diária2. Vale lembrar que o anticoncepcional injetável mensal libera estrogênio e progestagênio e o trimestral só progestagênio, o
que é feito gradualmente, impedindo a ovulação3. A injeção é aplicada no músculo (normalmente nádegas ou braço)3. De modo geral, este método é indicado para mulheres que toleram a pílula e querem liberdade de não ter de tomar todo dia (mensal)3. Ou, ainda, para mulheres que não querem ou não devem usar estrogênio (trimestral)3. Noregyna (Mabra) Enantato De Noretisterona+valerato De Estradiol 50mg/Ml+5mg/Ml Solução Injetavel 1ml (Mabra) Depomês (Biolab) Depo® Provera® (Wyeth) Caso a opção seja pelo método sem estrogênio (trimestral), evita-se os efeitos colaterais produzidos pelos estrogênios3. Outros efeitos benéficos também são esperados, como alívio das cólicas menstruais e melhora da anemia, redução dos sintomas associados à endometriose, à dor pélvica crônica e redução do câncer de endométrio1. E quais as desvantagens de utilizar o anticoncepcional injetável?Os maiores inconvenientes estão na tendência a alterações do ciclo menstrual no caso do método trimestral3.Além disso, é necessário profissional de saúde para aplicação3.Entre os efeitos colaterais indesejáveis, a injeção anticoncepcional pode causar dor de cabeça, acne, alterações do humor, redução da densidade mineral óssea, vertigens e aumento de peso1. Existem interações medicamentosas? Alguns medicamentos podem cortar ou reduzir os efeitos?Sim. Entre os contraceptivos orais combinados (de uso mensal), algumas interações foram relatadas4.Acompanhe:Metabolismo hepáticoInterações podem ocorrer com fármacos que induzem as enzimas microssomais, o que pode resultar em aumento da depuração dos hormônios sexuais.Como, por exemplo, com fenitoínas, barbitúricos, primidona, carbamazepina, rifampicina e também, possivelmente, com oxcarbazepina, topiramato, felbamato, griseofulvina e produtos contendo Erva de São João. Além disso, foi relatado que inibidores de protease (por exemplo: ritonavir) e inibidores não nucleosídeos da transcriptase reversa (por exemplo: nevirapina), assim como combinações dos mesmos, utilizados para tratamento de infecção por HIV, interferem potencialmente no metabolismo hepático. Interação com a circulação êntero-hepáticaAlguns relatos clínicos sugerem que a circulação êntero-hepática de estrogênios pode diminuir quando certos antibióticos como as penicilinas e tetraciclinas são administrados concomitantemente.Usuárias sob tratamento com qualquer uma das substâncias citadas anteriormente devem utilizar temporária e adicionalmente um método contraceptivo de barreira ou escolher um outro método contraceptivo. Durante o período em que estiver fazendo uso de algum medicamento indutor das enzimas microssomais, o método de barreira deve ser usado concomitantemente, assim como nos 28 dias posteriores à sua descontinuação. As usuárias tratadas com antibióticos devem utilizar método de barreira durante o tratamento com os mesmos e ainda por sete dias após a descontinuação da antibioticoterapia. Exceto com rifampicina e griseofulvina, que são indutores de enzimas microssomais, para os quais se deve manter o uso de método de barreira por 28 dias após descontinuação dos mesmos. Os contraceptivos hormonais podem interferir no metabolismo de outros fármacos. Consequentemente, as concentrações plasmática e tecidual destes fármacos podem ser afetadas (por exemplo, ciclosporina). Já entre os anticoncepcionais trimestrais, o médico precisa avaliar se as possíveis medicações usadas pelo paciente reagem entre si alterando a sua ação, ou da outra5. Isso pode acontecer, por exemplo, se esses medicamentos forem usados junto com aminoglutetimida (medicamento usado no tratamento da Síndrome de Cushing), podendo reduzir o efeito desta outra medicação5.Quando não se deve usar os anticoncepcionais injetáveis mensais?6
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