Grátis 4 pág.
Pré-visualização | Página 1 de 1Introdução a farmacocinética: biodisponibilidade 4 A biodisponibilidade de um fármaco depende de vários fatores: Inerentes ao fármaco: Características físico-quimicas Forma farmacêutica Formulação (excipientes) Mecanismos de liberação farmacocinética Farmacotécnica (processo de fabricação) Via de administração Ligados ao indivíduo: Tempo de transito intestinal Metabolismo de primeira passagem Condições patológicas Idade sexo Biodisponibilidade é a fração da dose de fármaco administrada que entra na circulação sistêmica numa forma não alterada, em outras palavras, é a quantidade de fármaco que chega à biofase e é responsável pela ação farmacológica. Em um gráfico a biodisponibilidade é representada de modo que a concentração está no eixo vertical e o tempo no eixo horizontal, quando o fármaco é administrado no tempo zero a concentração no sangue também é zero. Com o passar do tempo essa concentração aumenta até a concentração máxima em um tempo máximo, que depende da absorção desse fármaco, depois os níveis sanguíneos decrescem com a metabolização e eliminação desse fármaco. Nesse gráfico Concentração x Tempo a área sob a curva representa a quantidade total de fármaco absorvido na circulação sistêmica. A biodisponibilidade pode ser medida pela razão entre a ASC (área sob a curva) do fármaco administrado por uma via qualquer que não seja a intravenosa e a ASC do mesmo fármaco administrado pela via intravenosa (que apresenta biodisponibilidade de 100%). Dois fármacos se dizem bioequivalentes quando apresentam biodisponibilidade comparáveis e tempos similares para atingirem concentrações máximas no sangue. O principal fator que influencia a biodisponibilidade oral é o metabolismo hepático, sendo assim, a biodisponibilidade=1-Extração hepática, ou seja, se meu fármaco tem um coeficiente de absorção de 0,9 e coeficiente de extração hepática 0,3 a sua biodisponibilidade é 66%, uma vez que 0,9 corresponde a 100% e minha extração hepática é o meu coeficiente de absorção menos o coeficiente de extração hepática (0,9-0,3). Sendo 0,9 correspondente a 100% e 0,6 correspondente a 66%. A biodisponibilidade pode ser absoluta, quando é a razão entre a ASC (via extra-vascular)/ ASC (via intravenosa que corresponde ao 100%) utilizado para medicamentos inovadores. Pode ser relativa, quando associo a ASC (medicamento teste)/ASC (medicamento de referência) ambos serão por vi extra-vascular e o de referencia será meu 100% de biodisponibilidade. Usado quando quero comparar. As etapas para realizar o teste de bioequivalência são: Clínica: necessita de uma equipe, boas práticas clínicas, infraestrutura e equipamentos. Analítica: necessita de boas práticas de laboratório e validação de métodos. Estatística: necessita de calcular a biodisponibilidadeque tenha um intervalo de confiança entre 80 a 125% esses são valores estabelecidos pelas agencias regulamentadoras como a ANVISA e a FDA. As conseqüências da não equivalência são: problemas no aparecimento do efeito, duração do efeito e intensidade do efeito (efeito terapêutico ou tóxico). Fatores que influenciam a absorção: Carga Peso molecular Polaridade Lipossolubilidade Na absorção os fármacos devem atravessar as membranas, que são hidrofóbicas, assim, as moléculas sem carga são favorecidas, apolares, de baixo peso molecular e solúveis em lipídios. Muitos fármacos são ácidos ou bases fracas, que se ionizam e ficam em equilíbrio entre a forma molecular e ionizada. A forma molecular (sem carga) passa pela membrana e a razão entre essas duas formas depende do pH do meio e pelo pKa do fármaco, daí surge a equação de Henderson-Hasselbach: Para ácidos fracos: pH-pKa = log [A-]/[HA] Para bases fracas: pH-pKa = log [HB]/[B-] Esta equação é muito útil para determinar a quantidade de fármaco que será encontrada entre dois compartimentos que diferem no pH. A gama de pH dos fluidos corporais varia entre 1 e 8. Por exemplo para um fármaco acídico com pKa = 6, a equação de Henderson – Hasselbach permite determinar o grau de ionização no estômago (pH = 1) e no sangue (pH = 7,4): No estômago: 1 = 6 + log ([A- ] / [HA]) <=> -5 = log ([A- ] / [HA]) <=> 10-5 = [A- ] / [HA] <=> [A- ] / [HA] = 0,00001; se [HA] = 1, então [A- ] é 0,00001, o que significa que no estômago o fármaco se encontra muito pouco ionizado. No sangue: 7,4 = 6 + log ([A- ] / [HA]) <=> 1,4 = log ([A- ] / [HA]) <=> 101,4 = [A- ] / [HA] <=> [A- ] / [HA] = 25; se [HA] = 1, então [A- ] é 25; o que significa que o composto se encontra significativamente ionizado. Logo este fármaco encontra se pouco ionizado no estômago, mas apreciavelmente no sangue. Sendo assim, o fármaco deverá atravessar facilmente do estômago para o sangue, mas dificilmente na direção oposta. Anexos: Quais são os fatores que determinam a biodisponibilidade?Com relação aos fatores que alteram a biodisponibilidade, são abordados aqueles relacionados ao paciente que abrange os fatores relacionados ao trato gastrintestinal, os relacionados ao sítio de absorção, os fatores genéticos, peso corporal, idade, sexo e alterações fisiológicas provocadas por doenças.
O que é o conceito de biodisponibilidade?Biodisponibilidade: indica a velocidade e a extensão de absorção de um princípio ativo em uma forma de dosagem, a partir de sua curva concentração/tempo na circulação sistêmica ou sua excreção na urina.
O que é biodisponibilidade de exemplo?A biodisponibilidade é definida como: a fração (percentagem) de uma dose administrada do medicamento inalterado que atinge a corrente sanguínea (circulação sistémica). Sempre que se utiliza um medicamento, pretende-se que a substância ativa (também denominada por “princípio ativo” (PA)) consiga entrar no organismo.
Como avaliar a biodisponibilidade?A avaliação da biodisponibilidade é realizada com base em parâmetros farmacocinéticos calculados a partir dos perfis de concentração plasmática do fármaco ao longo do tempo.
|