Países mais ricos do mundo Portugal

Estudo mede ativos financeiros líquidos por habitante e diz que, afinal, portugueses não estão tão mal como parece

2012-09-25 10:41 Redação

Portugal está, segundo um estudo da seguradora Allianz, entre os 20 países mais ricos do mundo. Pode parecer estranho, tendo em conta o momento de crise, mas segundo esta análise, os ativos financeiros líquidos por habitante colocam Portugal na 19ª posição, à frente da Finlândia.

Outro estudo, também conhecido esta terça-feira, coloca Portugal como o 19º país com melhor reputação do mundo. Confiança, admiração, respeito, e afinidade são alguns dos critérios do estudo.

O Global Wealth Report, que apresenta o balanço dos rendimentos financeiros médios por habitante nos diferentes países europeus, diz que, em Portugal, são 19.572 euros per capita, menos 3,3% que na edição anterior. Com dados relativos a 2011, esta lista coloca 12 países da União Europeia no top 20 dos mais ricos do mundo, dos quais nove pertencentes à Zona Euro.

A Suíça, primeira classificada deste ranking de riqueza citado pelo jornal «i», é seguida pela Bélgica, Holanda, Reino Unido, Dinamarca, Itália, França, Suécia, Áustria, Alemanha, Irlanda, Portugal e Finlândia.

Grécia e Espanha estão fora da lista, mas além de Portugal, Itália também surge no ranking, apesar de registar uma queda de 5,4% no valor.

O estudo desfaz a ideia generalizada da liderança de riqueza dos cidadãos alemães que se ficam pelos 38.152 euros per capita contra, por exemplo, os 42.643 dos franceses. Estes viram os seus rendimentos reduzir-se 2,7% entre 2010 e 2011.

Incluindo o resto do mundo, o estudo indica que o Japão e os Estados Unidos ocupam a segunda e a terceira posições, respetivamente, com 93.087 euros e 90.417 euros de rendimento por habitante.

O estudo da Allianz considera que globalmente os lares europeus conseguiram ver compensadas as perdas decorrentes da crise financeira, apesar de o valor dos ativos ter abrandado em 2010.

O estudo da Allianz sublinha que, por outro lado, os proprietários privados de habitação em alguns países ainda não conseguiram inverter as perdas sofridas na vaga da crise financeira.

Por outro lado, considera que a crise das dívidas soberanas deixou as suas marcas profundas nas carteiras dos proprietários privados e dá como exemplo o caso dos gregos que foram os mais duramente atingidos, acumulando perdas de 3,9% em 2011. «Isto significa que os rendimentos particulares dos gregos caíram em 2010 15,9%, abaixo do nível prévio à crise», conclui.

Os espanhóis e irlandeses também vão ter de penar muito para voltarem aos níveis de 2007. No final de 2010, os ativos financeiros dos espanhóis estavam 7,2% abaixo do nível anterior à crise, enquanto que o dos irlandeses caiu 2,8%. O estudo refere que o único país da periferia que registou um ligeiro crescimento neste período (2010/2011) foi Portugal, com uma subida de 1,1,%.

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