Para atividades colaborativas e cooperativas que mudanças devem ser feitas no espaço escolar

Aprendizagem Cooperativa/Colaborativa Presencial e Semipresencial: Uma Experi�ncia com Alunos de Escolas P�blicas.

ABRIL/2004

Armando Luiz Dall�Olio
Mestrado Profissionalizante UECE/CEFET-CE

Eliana Moreira de Oliveira
Mestrado Profissionalizante UECE/CEFET-CE

Ana Cl�udya Gomes Bessa
Mestrado Profissionalizante UECE/CEFET-CE

Elian de Castro Machado,PhD
Universidade Federal do Cear�

Tema: Educa��o a Dist�ncia nos Sistemas Educacionais
Categoria: Educa��o Fundamental, M�dia e Tecnol�gica

Resumo
Este artigo busca retratar o comportamento de um grupo de alunos expostos a uma aprendizagem cooperativa presencial e colaborativa semipresencial, no desenvolvimento do Projeto webdesign, cujas� concep��es pedag�gicas se ap�iam nas teorias de Piaget e Vygotsky e, pela pedagogia da autonomia de Paulo Freire.� Nesta perspectiva experimental o NTE - N�cleo Tecnol�gico Educacional formou� um grupo de estudo, constitu�do por alunos do ensino m�dio origin�rios de escolas da rede p�blica de ensino estadual de Fortaleza, vinculadas ao 21o CREDE � Centro Regional de Desenvolvimento da Educa��o. O projeto visa a capacita��o dos participantes de forma a qualific�-los como webdesigners de suas institui��es. A princ�pio, os estudantes tiveram contatos presenciais no laborat�rio de inform�tica por�m, essa metodologia ganhou refor�o com ambiente de Educa��o a Dist�ncia TelEduc.� Esse trabalho tem como objetivo apresentar um estudo comparativo do comportamento da turma diante de situa��es desafiadoras: softwares avan�ados para modelagem e constru��o de sites escolares, mudan�a de procedimentos metodol�gicos de ensino-aprendizagem, novas formas de criatividade, diferentes possibilidades de aprendizagem colaborativa e� avalia��o da sua forma��o integralizadora. Esta an�lise visa levantar subs�dios para a aprendizagem cooperativa/colaborativa identificando os pontos favor�veis e cr�ticos que ocorrem na intera��o dos membros deste grupo.��

Palavras-chave:
Webdesign, Projeto de Aprendizagem,Ensino Presencial, Educa��o a Dist�ncia, Aprendizagem Cooperativa e Colaborativa.


1.      Introdu��o

As NTIC criam um amplo espa�o de possibilidades de aprendizagem educacional.�� Entretanto, seus benef�cios dependem da forma em que s�o utilizadas destacando-se como caracter�sticas fundamentais dos novos ambientes de aprendizagem: a criatividade, a autonomia, a criticidade, a coopera��o e a colabora��o.

Neste projeto, o termo coopera��o ser� utilizado nas concep��es Piaget e Vygotsky e na pedagogia da autonomia de Paulo Freire, onde a express�o coopera��o representa as trocas sociais entre os sujeitos, com um objetivo compartilhado, que pressup�e um acordo inicial suportado por uma base conceitual comum.��

J� o termo colabora��o, ser� utilizado na concep��o do uso do ambiente de ensino-aprendizagem TelEduc.� Este ambiente disponibiliza, de maneira adequada, as informa��es necess�rias � colabora��o e ao trabalho individual.� Orientados por este ambiente, os seus participantes constroem conhecimentos compartilhados e mutuamente s�o coordenados de forma que seus esfor�os individuais agreguem valor ao trabalho do grupo.�

O projeto Webdesign busca suprir a necessidade de implementa��o da intercomunica��o ESCOLAS/ CREDE/ SEDUC/ COMUNIDADE de forma a dar respectivamente maior transpar�ncia �s a��es pedag�gicas escolares, no campo social, das pol�ticas educacionais e de suas implementa��es. Assim como, viabilizar os servi�os de comunica��o e informa��o que pretende oferecer �s comunidades escolares e locais atrav�s do uso do canal� bidirecional de comunica��o.

O projeto d�-se em uma experi�ncia, onde se configura como um grupo de estudo sobre webdesign com alunos monitores do projeto Internet nas Escolas � PINE, desenvolvido pelo NTE Fortaleza do 21� Centro Regional de Desenvolvimento da Educa��o - CREDE da Secretaria da Educa��o do Estado do Cear� - SEDUC, com a proposta de desenvolver e atualizar de forma colaborativa websites escolares das sessenta e nove unidades que est�o sob a jurisdi��o do 21� CREDE.

As mudan�as de paradigmas pelas quais passa a atual sociedade apontam para uma irreversibilidade e ensejam forte repercuss�o na educa��o escolar.� Tais acontecimentos exigem uma reflex�o de seu significado e o assumir de uma nova postura referente �s novas metodologias de ensino, da linguagem, da organiza��o e dos recursos utilizados para a socializa��o da informa��o e do conhecimento em outros ambientes (virtuais).�� Hoje, � pertinente que haja no ambiente escolar a presen�a e o uso efetivo das Novas Tecnologias de Informa��o e Comunica��o - NTIC nas atividades tanto pedag�gicas como l�dicas.

Segundo S�raphin Alava:

Se considerarmos a aprendizagem como uma atividade aut�noma e, �s vezes, solit�ria � ineg�vel que o ciberespa�o como espa�o de informa��o prop�e novas ferramentas para o autodidata. Mas, essas ofertas de informa��es s�o suficientes para referenciar pr�ticas de forma��o? Informar-se � aprender? Como diferenciar cultura de saberes? Enfim, como garantir que novas propostas de forma��o n�o est�o a servi�o de uma reprodu��o social, que se oculta nas diferen�as de usos tecnol�gicos? A escola, lugar de igualdade de acesso ao saberes, � questionada ent�o por um ciberespa�o individual autodidata para inforicos. Do mesmo modo, quando se concebem espa�os sociais para proporcionar uma oferta igualit�ria de ferramentas, o que dizer das resist�ncias dos infopobres em aproveitar essas oportunidades de se autoformar? Centros de documenta��o, espa�os de livre servi�o e pr�ticas de ciber-autoformadoras. (Alava et al, 2002, p.15).

A elabora��o deste projeto de ensino-aprendizagem observa as severas exig�ncias do novo modelo de sociedade globalizada e da atual realidade pol�tico-s�cio-cultural das escolas afetas ao 21� CREDE, na ordem de sessenta e nove, que atendem a uma demanda de cento e setenta e tr�s mil, novecentos e setenta e tr�s alunos.

Para Paulo Freire:

Como educador eu dou muito mais �nfase a uma compreens�o de um m�todo rigoroso de conhecer... A minha grande preocupa��o � o m�todo enquanto caminho do conhecimento...� Ao lado do conhecimento que � sempre educa��o, nos levam a confirma��o de outra obviedade que � da natureza pol�tica da educa��o. Quer dizer, a educa��o, enquanto ato de conhecimento, � tamb�m e por isso mesmo, um ato pol�tico. (Freire, 1982, p.97).

Assim, nesse grupo n�o predominou o relacionamento professor-aluno, embora haja a figura dos coordenadores, formadores, pesquisadores e especialistas, tanto no ambiente presencial como no virtual. Estes em conjunto com os alunos, que mediam desde o processo de elabora��o e/ou constru��o do material did�tico-pedag�gico e perpassam pelo acompanhamento aluno-aluno e aluno-ambiente virtual at� a rotatividade de seus condutores, lideres moment�neos, em fun��o do seu dom�nio sobre os t�picos abordados nos m�dulos.

Essa postura se enquadra tanto no modelo de aprendizagem presencial como a dist�ncia, pois garante a comunica��o, coopera��o e a colabora��o entre os envolvidos, independentemente de quais ferramentas de apoio venha ser utilizada.

2. A Metodologia da Aprendizagem Adotada

O conte�do program�tico do Projeto compreende oito m�dulos de 40 h/a cada, no montante de 321 h/a, sendo 214 h/a presencial e 107 h/a virtual, onde tem sido abordadas as teorias/pr�ticas sobre ferramentas avan�adas para modelagem e constru��o de p�ginas da Internet:

  • M�dulo I:���� CorelDRAW 11;
  • M�dulo II:��� Page Maker� 7.0 � Publisher 2000;
  • M�dulo III:�� Firework MX 6.0;
  • M�dulo IV:��� PhotoShop 7.0 � GIMP 1.2;
  • M�dulo V:���� Dreamweaver MX 6.0 � Acrobat Reader 6.0;
  • M�dulo VI:��� FLASH MX� 6.0 - TelEduc;
  • M�dulo VII:�� Delphi 7.0 - MySQL;
  • M�dulo VIII:� HTML � ASP � JAVASCRIPT � FTP - PDF ;

A metodologia adotada busca desenvolver em cada participante habilidades como a� lideran�a, a comunica��o em grupo, a colabora��o, a autonomia. Terminologias diferentes que remetem a concep��es e respostas diferenciadas, por�m tendo em comum o objetivo de colocar o aprendiz como sujeito da sua aprendizagem, autor e condutor de seu processo de forma��o, apropria��o e autoconstru��o do conhecimento.�

Neste sentido, as teorias de Piaget e Vygotsky apontam a import�ncia da intera��o do sujeito com outros indiv�duos no processo da aprendizagem. Por outro lado, Paulo Freire discute a quest�o da autonomia e do seu desenvolvimento, assim como, Piaget inter-relaciona os conceitos de coopera��o e autonomia; �para que a autonomia se desenvolva � necess�rio que o sujeito seja capaz de estabelecer rela��es cooperativas� (Ramos, 1999).��

Os postulados de Vygotsky destacam a import�ncia da atua��o dos outros membros do grupo social na media��o entre a cultura e o indiv�duo e na promo��o dos processos interpsicol�gicos que ser�o posteriormente internalizados. Sua postula��o ressalta que o desenvolvimento do indiv�duo deve ser olhado de maneira prospectiva, isto �, para al�m do momento atual, com refer�ncia no que o individuo j� se apropriou e na perspectiva dos novos conhecimentos que poder�o ser incorporados na sua trajet�ria.

Tanto Piaget como Vygotsky s�o interacionistas, postulando a import�ncia da rela��o entre indiv�duo e ambiente na constru��o dos processos psicol�gicos; nas duas abordagens, portanto, este � ativo em seu pr�prio processo de desenvolvimento: nem est� sujeito apenas a mecanismos de matura��o, nem submetido passivamente a imposi��es do ambiente.��

2.1 A Aprendizagem Cooperativa Presencial Auxiliada por Computador

� percebido que n�o se pode mais trabalhar numa dimens�o em que o educando seja instru�do e ensinado, mas que ele seja o construtor do seu pr�prio conhecimento, que seja conduzido a um ambiente onde seja dada �nfase � sua aprendizagem e, que encontre significados para a mesma.

Conforme Jos� Manuel Moran:

� importante educar para a autonomia, para que cada um� encontre o seu pr�prio ritmo de aprendizagem e, ao mesmo� tempo, � importante educar para coopera��o para aprender em grupo, para intercambio de id�ias, participar de projetos, realizar pesquisas em conjunto. (Moran, 1995, p.51).

Tomamos por base a teoria Vigotskyana, onde �o ser humano cresce num ambiente social e a sua intera��o com outras pessoas � essencial ao seu desenvolvimento�.� Porquanto, atribui-se extrema import�ncia a essa intera��o no processo de constru��o e reconstru��o das fun��es psicol�gicas humanas. O grupo de estudos webdesign permite esta intera��o. Percebe-se ainda que, os seus participantes est�o reconstruindo, reelaborando e dando significados �s id�ias que s�o vivenciadas pelo grupo.

No primeiro momento, o grupo de estudo webdesign desenvolveu-se atrav�s de encontros presenciais em ambiente de aprendizagem auxiliado por computador. Isso aconteceu devido � natureza da aprendizagem, o conte�do program�tico do estudo � a confec��o de sites, onde computador era utilizado primordialmente como �objeto de estudo, n�o caracterizado como um ambiente de aprendizagem�, (Valente, 1998).

Esse fato, foi tamb�m bastante positivo para o segundo momento, pois os estudantes j� estavam familiarizados com o equipamento e passaram ent�o, a descobrir novas possibilidades do uso da m�quina. Desta feita, utilizaram o computador como ferramenta de comunica��o para aprender sobre ele.

2.2� A Aprendizagem Colaborativa Virtual no Ambiente TelEduc

A aprendizagem colaborativa � norteada pelo interc�mbio de encorajamento nas intera��es educacionais, que se d� pela ampla discuss�o tem�tica de estudo de casos problematizados, que direciona a descoberta das solu��es, pelo esfor�o do grupo, de forma colaborativa, pelo reaprimoramento dessas atividades e pela satisfa��o alcan�ada no momento em que se contribui para uma solu��o satisfat�ria.�Atividades feitas em conjunto promovem mais contentamento para aqueles que est�o envolvidos do que as que se realizam individualmente�. (Benbunan & Hiltz, 1999).

Experi�ncias que buscam a constru��o de conhecimentos com essa caracter�stica, tendem a ser muito mais ricas em aspectos pedag�gicos e mais motivadoras para os envolvidos.

Em um segundo momento, o grupo webdesign entrou em contato com a plataforma de ensino-aprendizagem a dist�ncia TelEduc.� E, a partir da�, tiveram que se adaptar � nova forma de aprender.� Desta vez, n�o estariam mais concentrados, de forma s�ncrona, no laborat�rio de inform�tica do NTE, cada um fica em sua pr�pria escola, comunicando-se, principalmente, pelo ambiente TelEduc portanto, separados no espa�o-tempo.

Para propiciar uma comunica��o interativa s�ncrona, minimizar a distancia e facilitar o contato em tempo real, o grupo estabeleceu normas de comunica��o extra-ambiente TelEduc: e-mails, ICQ, Messenger, telefone, celular e/ou fax,� possibilitando estarem juntos virtualmente.

Com este procedimento, buscou-se o acompanhamento e assessoramento mais pr�ximo e cont�nuo dos participantes, no sentido de poder entender o que cada um faz, em seu tempo, para ser capaz de propor novos desafios e auxili�-los a atribuir significado ao que est� sendo realizado no instante. S� assim, tem sido poss�vel ajudar cada um no processamento das informa��es, aplicando-as e transformando-as em busca da constru��o de novos conhecimentos.

No entanto, os estudos n�o passaram a ser exclusivamente � dist�ncia, por ser algo inteiramente novo para o grupo, o processo se d� de maneira gradual, inicialmente presencial, semipresencial e posteriormente migrando para o virtual.

Neste processo faz-se ainda necess�rio, que haja uma adequada assist�ncia ao grupo, tanto pelos formadores, que se envolvem pelo fazer pedag�gico, como pelos especialistas, convidados, que orientam como fazer, com t�cnica, a modelagem e a constru��o dos sites escolares. Esta coordena��o, ampliada, ser� norteadora para que n�o ocorra a dispers�o do grupo e que os esfor�os de comunica��o sejam bem aproveitados. Assim, tamb�m levar� o grupo a planejar, assumir e executar as metas estabelecidas pelo pr�prio, bem como, tratar os conflitos inter-relacionais que venham surgir e encontrar poss�veis solu��es, em parceria com o mesmo.

Outra a��o que pode ser desenvolvida atrav�s de atividades via Web � a� metacogni��o (Flavell,1985), tendo em vista que, o trabalho colaborati dos participantes� faz com que desenvolvam a estrat�gia de explicitar e verbalizar a sua consci�ncia da aprendizagem.

Para Perraudeau:

As opera��es n�o t�m o car�ter inato, elas desenvolvem-se permanentemente por abstra��o reflexa. O esquema inicial � refletido no n�vel mental superior, deste modo ele alarga-se e coordena-se com outros esquemas, facilitando, n�o apenas a consciencializa��o� do indiv�duo pela sua a��o, mas, igualmente da sua interioriza��o. (Perraudeau, 1996, p. 118-119).

Os indiv�duos na sociedade atual s�o continuamente instigados a enfrentarem situa��es novas e complexas em um universo de incertezas. Para tanto, estes devem desenvolver capacidades de iniciativas e de gerir suas compet�ncias e habilidades, de modo a aproveitar as oportunidades para sua forma��o, ao tempo em que elas se apresentam.�

3. Avalia��o

Atualmente, os paradigmas de avalia��o est�o sofrendo modifica��es. A forma anterior de testar os alunos n�o satisfaz mais aos educadores.� Freire compara o processo avaliativo com uma �rela��o banc�ria�, o professor deposita informa��es prontas e os estudantes devem �reproduzir� o conhecimento que recebeu. (Freire, 1996, p. 81)

A tend�ncia construtivista e colaborativa n�o se adequam a esse tipo de avalia��o. Os estudantes que trabalham em grupo de forma ativa, precisam ser observados ao longo de todo o processo de aprendizagem. Por�m, para que isso aconte�a, � necess�rio uma reformula��o de pr�ticas pedag�gicas.

Segundo Gipps:

Est� em curso uma mudan�a de paradigma na �rea de avalia��o, passando de um modelo de testes e exames que valoriza a medi��o das quantidades aprendidas de conhecimentos transmitidos, para um modelo em que os aprendizes ter�o oportunidade de demonstrar o conhecimento que constru�ram, como constru�ram, o que entendem e o que podem fazer, isto �, um modelo que valoriza as aprendizagensquantitativas e qualitativas no decorrer do pr�prio processo de aprendizagem (Gipps, C. 1998 apud Otsuka, 2002, p. 1).

�         Presencial

No curso Webdesign, no momento presencial, a forma de avalia��o deu-se por meio da auto-avalia��o, cujas quest�es abordavam t�picos como aproveitamento nos estudos, comportamento, relacionamento, participa��o, atitudes, habilidades, interesses e prefer�ncias, todas discursivas.

Para Henrique Immig:

Na auto-avalia��o o aluno tem o papel de verificar e apontar os seus pontos fortes e fracos. O professor tem a fun��o de orientar o aluno alertando a ele, a import�ncia de se responder �s quest�es de uma forma m�ximo sincera poss�vel e principalmente de uma forma cr�tica e respons�vel (IMMIG, H. 2002, p. 34).

O modelo de avalia��o formal n�o foi adotado por se tratar de um grupo de estudos, diferentemente de uma sala de aula, cujas notas determinam o resultado positivo ou negativo do processo de aprendizagem dos estudantes.

�         On-line

No TelEduc, de forma similar ao apresentado no site do ambiente virtual Aulanet, a avalia��o em EaD pode ser realizada de tr�s formas principais (Aulanet, 1999):

  • Presencial: realizada em um momento espec�fico, com a presen�a do mediador e os alunos da turma.
  • Virtual com aplica��o de testes on-line: realizada por question�rios atrav�s da Internet, cujas respostas podem ser enviadas por formul�rios para o mediador.
  • Avalia��o ao longo do curso (cont�nua): coment�rios postados em f�runs, listas de discuss�o que ficam armazenados e demonstram a participa��o do aluno nas atividades do grupo durante todo o per�odo de colabora��o.

Como citado por Alessandra Rodrigues, as formas de avaliar tamb�m podem classificadas de acordo com as categorias:

Somativa, diagn�stica e formativa, cada uma delas com uma fun��o espec�fica. A avalia��o somativa tem o prop�sito de classificar o aluno, atribuindo-lhe uma nota. J� a diagn�stica, n�o pode inferir a progress�o do aluno, serve apenas como um indicativo para o professor, enquanto, a formativa busca o aperfei�oamento do processo de ensino e aprendizagem, sendo uma avalia��o mais significativa para o Ensino a Dist�ncia, no qual se busca o aprendizado do aluno e n�o uma sele��o.(Rodrigues, 2000, p. 4).

A partir do momento em que o grupo deixou de ser totalmente presencial, foi necess�rio adotar uma outra maneira de observar o andamento das atividades do grupo webdesign. Foi escolhida, ent�o, a avalia��o formativa e cont�nua, isto �, uma an�lise que n�o atribui notas classificat�rias, mas que� busque edificar o processo educativo durante o per�odo de execu��o do curso atrav�s das ferramentas de colabora��o e comunica��o do TelEduc.

As ferramentas de comunica��o do TelEduc e a rela��o delas com as atividades dos usu�rios foram abordadas por Joice Lee Otsuka e est�o representadas pela Figura 1 (Otsuka, 2000).

Figura 1: Organiza��o das ferramentas do TelEduc em:

Suporte � Avalia��o Formativa neste Ambiente.

Para atividades colaborativas e cooperativas que mudanças devem ser feitas no espaço escolar

D�-se especial �nfase aos componentes Bate-papo, F�rum, Correio, Mural e Di�rio para a realiza��o da avalia��o continuada, pois s�o espa�os para a exposi��o de pensamentos. Cada frase enviada para esse ambiente � registrada, de forma que os estudantes podem ser acompanhados pelos mediadores da turma em diversos momentos.

Al�m dos recursos que auxiliam os processos colaborativos e avaliativos, pode-se contar com a ferramenta Acessos e Intermap. A primeira gera relat�rios de entrada dos alunos no ambiente e no curso. A segunda mapeia intera��es entre os participantes do curso.

O modelo de avalia��o que se pretende analisar neste grupo de estudo apresenta sustenta��o te�rica, na concep��o cr�tica educativa, portanto um processo pluridimensional que visa o desenvolvimento integral dos participantes deste grupo de estudo.� � processual com corre��es de rotas din�micas e perpassa pela auto-avalia��o, avalia��o pelos componentes do� grupo � cada projeto elaborado, de site escolar, pela observa��o das coordena��es, pelas dos formadores e especialistas, pela avalia��o da comunidade escolar e por fim, dos usu�rios finais em instrumentos avaliativos disponibilizados, via link, em cada site escolar.���

4. Conclus�o

Este artigo relata os aspectos mais significativos a serem considerados, quanto ao estudo comparativo entre aprendizagem cooperativa e colaborativa, nos ambientes presencial e virtual, realizado pelo grupo de alunos do Projeto webdesign.��

Trata-se de um estudo inicial, que al�m de apontar, aos coordenadores e formadores do projeto, possibilidades para explora��o de din�micas espec�ficas em novos ambientes, determinam tamb�m par�metros que possibilitem aos mesmos uma vis�o macro dos avan�os, dificuldades e/ou retrocessos vivenciados pelo grupo. Durante o processo de constru��o e reconstru��o de sua aprendizagem, com vistas a selecionar dentre as diversas possibilidades, as ferramentas computacionais e os ambientes de aprendizagem mais adequados ao desenvolvimento integral do projeto.��������

� importante explicitar, que o trabalho aqui apresentado, se trata de um estudo em andamento nos ambientes presencial e virtual. O objetivo principal refere-se � obten��o do dom�nio pelo grupo de ferramentas avan�adas de modelagem e constru��o de sites, que n�o s�o ainda disponibilizados no ambiente escolar.

O projeto webdesign, por ser piloto e, ainda estar em fase experimental, dever� passar por processo de amadurecimento e implementa��o, em que ser� preciso determina��o e integra��o dos seus coordenadores e formadores com prop�sito de estender a outros grupos. Esse projeto, favorece a qualifica��o dos seus participantes, cumprindo o papel da educa��o pela forma��o de cidad�os mais completos e cr�ticos, que al�m de se inclu�rem no mundo tecnol�gico possam atrav�s da qualifica��o ser absorvidos pelo mercado de trabalho globalizado.

Para finalizar, podemos elencar os pontos fortes dessa experi�ncia at� o momento, frutos de observa��es feitas por alunos e organizadores:

  • Qualifica��o dos participantes do grupo em ferramentas avan�adas de modelagem e constru��o de sites escolares;
  • Divulga��o, nos sites escolares, das a��es pedag�gicas e/ou eventos realizados pela suas Unidades Escolares - UE;
  • Apoio governamental limitado: as institui��es governamentais envolvidas n�o forneceram todos os recursos necess�rios, limitaram-se a� conceder as instala��es e os equipamentos;.
  • Servi�o volunt�rio: dada a falta de recursos financeiros, tanto o coordenador do ambiente virtual e os formadores quanto os especialistas convidados, prestam assessoria t�cnico-pedag�gica gratuitamente.
  • Supera��o das limita��es dos equipamentos dispon�veis tanto no Laborat�rio do NTE quanto no das escolas, e falta de licen�a dos softwares estudados;
  • Desafio tanto pelos profissionais envolvidos que tinham de se complementar, pois detinham conhecimentos t�cnicos ou pedag�gicos, n�o os dois simultaneamente.
  • A avalia��o positiva e parcial do Projeto Piloto sinaliza a sua viabilidade de se poder estend�-lo a outros grupos de alunos das demais escolas p�blicas do Estado do Cear�.��

5. Refer�ncia Bibliogr�fica

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O que podemos fazer para promover a colaboração de todos no ambiente escolar?

Nesse aspecto, para promover a participação dos alunos o educador pode criar algumas iniciativas, como:.
aulas práticas em laboratórios;.
debates e seminários;.
projetos interdisciplinares, em conjunto com professores de outras matérias;.
excursões e viagens para locais que tenham relação com os assuntos estudados;.

Como implementar a cultura colaborativa no espaço das instituições escolares?

Como implementar a aprendizagem colaborativa em sua instituição de ensino?.
Prepare os professores para uma ressignificação de papel. A aprendizagem colaborativa demanda conhecimento compartilhado. ... .
Projete atividades engajadoras. ... .
Avalie o layout da sala de aula..

O que é necessário para promover a aprendizagem colaborativa?

Para que a aprendizagem colaborativa torne-se efetiva, é necessário que haja objetivos grupais, mas também individuais, portanto, é fundamental que cada participante do grupo tenha a responsabilidade por alguma tarefa que complete o projeto do grupo.

Quais os cincos pilares fundamentais para a implantação do método cooperativo na sala de aula?

Pilares da aprendizagem cooperativa.
Interdependência positiva. ... .
Produção individual. ... .
Participação de todos. ... .
Alta interação simultânea..