Por que não devemos tomar o santo nome de Deus em vão?

Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão. porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão. Êxodo capítulo 20, versículo 7

O nome de pessoas ou coisas é muito importante. Tanto é assim que o grande escritor William Shakespeare escreveu: “se a rosa tivesse outro nome, não cheiraria tão doce”.

O nome é tão significativo que as pessoas costumam reagir mal quando ele é escrito ou pronunciado de forma errada. E apelidos ridículos podem até causar complexos.

Nos tempos bíblicos, os nomes eram ainda mais importantes. Naquela época, eles normalmente caracterizavam a própria personalidade da pessoa. Hoje os nomes são normalmente mais uma questão de gosto ou de marketing.

Alguns exemplos demonstram bem a importância dos nomes nos tempos bíblicos. Primeiro, quando Moisés teve uma visão no monte Sinai, ele perguntou qual era o nome de Deus. Afinal, saber esse nome, que ninguém até então tinha tido conhecimento, demonstraria para o povo de Israel sua intimidade com Deus. Outro caso é o de Jacó, que mudou de nome, passando a se chamar Israel (aquele que luta com Deus), depois do episódio da sua luta com o anjo (ver Gênesis capítulo 32, versículos 22 a 30). Outros personagens bíblicos importantes também mudaram de nome – por exemplo, Abrão virou Abraão – ou passaram a ser conhecidos por apelidos – por exemplo, Simão virou Pedro e Saul virou Paulo -, à medida que evoluíram na sua vida espiritual.

E não podemos esquecer que os cristãos devem ser batizados “em nome” do Pai, Filho e Espírito Santo. Pela mesma razão, costumamos concluir nossas orações “em nome” de Jesus. E os demônios são repreendidos também usando o mesmo nome.

Nomear alguém ou alguma coisa significa que quem nomeia tem poder sobre quem é nomeado. Por isso são os pais que costumam dar nomes aos filhos. Essa prática sempre existiu em praticamente todas as culturas. Foi por isso que Deus pediu a Adão para nomear os animais (Gênesis capítulo 2, versículos 19 e 20).

Usando o nome de Deus

Ninguém pode compreender totalmente a natureza de Deus e muito menos tem poder sobre Ele. Por isso ninguém pode dar nome a Deus. No máximo, as pessoas poderiam dar títulos a Ele, como “Senhor dos Exércitos” ou “Todo Poderoso”.

Por isso foi preciso que o próprio Deus contasse a Moisés como deveria ser chamado. E o nome que deu foi surpreendente:  “Eu sou o que sou”, ou ainda “Eu serei o que sempre tenho sido” (ver Êxodo capítulo 3, versículos 13 a 15).

O nome Iavé (ou, de forma aportuguesada, Jeová) vem da raiz do nome que Deus deu a si mesmo. Esse seria de fato o nome do nosso Deus.

Agora, por que existe um mandamento específico (o terceiro dentre os dez mandamentos) para não tomar o nome de Deus em vão? E o que isso significa?

Começo minha resposta lembrando que o mandamento de não tomar o nome de Deus em vão segue o mandamento de não fazer imagens divinas. Isso porque uma coisa é, de certa forma, continuação da outra.

O terceiro mandamento ensina que as pessoas não podem tomar algo sagrado e usá-lo de forma indevida (“em vão”). Afinal, isso seria um enorme desrespeito. Assim as pessoas não podem se referir diretamente a Deus o em exclamações, piadas, em promessas mentirosas ou mesmo maldições.

É exatamente por causa desse mandamento que os judeus nunca se referem diretamente a Deus. Quando precisam fazer isso usam, de forma alternativa, as palavras “Senhor” (Adonai em hebraico) ou “Eterno”. Essa é a abordagem adotada pela Bíblias: quando no texto em português aparece a palavra “SENHOR” é porque no original consta Iavé.

Essa cautela por parte dos judeus parece-me bastante apropriada, demonstrando claramente a importância de dirigir-se a Deus da forma apropriada. É preciso respeitar uma certa liturgia para fazer isso.

Acho que há ainda uma dúvida a ser esclarecida: é errado jurar em nome de Deus mesmo no caso de um assunto sério? É sempre errado, mas é importante perceber que a proibição não vem do terceiro dentre os dez mandamentos e sim de outra ordenança específica, proibindo esse tipo de prática, essa dada pelo próprio Jesus (Mateus, capítulo 5 versículos 33 a 37):

Vocês também ouviram o que foi dito aos seus antepassados: ‘Não jure falsamente, mas cumpra os juramentos que você fez diante do Senhor’. Mas eu lhes digo: Não jurem de forma alguma. nem pelo céu, porque é o trono de Deus. nem pela terra, porque é o estrado de seus pés. nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei. E não jure pela sua cabeça, pois você não pode tornar branco ou preto nem um fio de cabelo. Seja o seu ‘sim’, ‘sim’, e o seu ‘não’, ‘não’. o que passar disso vem do Maligno.

Concluindo, as razões para o terceiro dos dez mandamentos mandamento são simples de entender, como também é relativamente fácil cumprir o que é pedido por Deus nesse caso. Por isso é surpreendente perceber tratar-se de um dos mandamentos mais violados pelas pessoas. E isso acontece por pura falta de cuidado. Nesse particular, os cristãos têm muito que aprender com os judeus.

Com carinho

Total Views: 24450 ,

Por que devemos invocar o santo nome de Jesus?

Ele é, efetivamente, Deus que salva e nos concede, não só o perdão dos pecados, mas ainda o dom inefável da filiação divina. Apesar de ser uma memória é carregada de um grande significado, celebrar o SS. Nome de Jesus é recordar e demonstrar um profundo respeito ao nome do Filho de Deus encarnado.

O que nos diz o terceiro mandamento da Lei de Deus?

3. Não tomarás em vão o nome do Senhor. Não tomarás em vão o nome do Senhor, o teu Deus, pois o Senhor não deixará impune quem tomar o seu nome em vão. Este mandamento chama a atenção para o respeito a Deus e às coisas sagradas.

Para que não profane o meu santo nome?

E farei conhecido o meu santo nome no meio do meu povo Israel, e nunca mais deixarei profanar o meu santo nome; e os gentios saberão que eu sou o SENHOR, o Santo em Israel.

O que quer dizer o segundo mandamento?

Este segundo mandamento proíbe explicitamente o uso de qualquer tipo de símbolos ou imagens sem vida —"nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra"—na adoração do Deus vivo. No entanto, Deus criou na terra uma imagem de Si mesmo—nos seres humanos.