As civilizações da Antiguidade Oriental se desenvolveram durante a Idade Antiga no Oriente, particularmente no Oriente Médio e no norte da África. As civilizações da Antiguidade Oriental possuíam algumas características em comum: eram caracterizadas pela formação dos primeiros Estados centralizados com governos teocráticos baseados no politeísmo. Show Características ECONOMIA
SOCIEDADE Dividida em castas (nascimento determina a posição social do indivíduo)
GOVERNO Monarquias Teocráticas: Estado fortemente centralizado que possuías as terras e controlava a mão de obra; a religião justificava o poder absoluto do governante. Egito Condicionamentos
Evolução Histórica Período Pré-Dinástico (até 3.200 a.C.): ausência de centralização política.
Por volta de 3.500 a.C., a união de esforços necessária à construção de obras hidráulicas levou ao surgimento de dois reinos: Alto Egito (sul) e Baixo Egito (norte). Período Dinástico: forte centralização política. Menés, em 3.200 a.C., promoveu a unificação política do Alto e do Baixo Egito, tornando-se o primeiro faraó. Os nomarcas tornaram-se “governadores” subordinados à autoridade do faraó.
Características gerais Agricultura de regadio: agricultura favorecida pelas obras de irrigação (base econômica). Cultivo de cereais (trigo, cevada, algodão, papiro, linho, etc.) criação de animais (pastoreio), artesanato e comércio Monarquia teocrática: O governante (faraó) era considerado um deus na Terra. Havia forte centralização do poder com anulação dos poderes locais devido à necessidade de conjugação de esforços para as grandes construções. O governo, proprietário das terras, cobrava impostos das comunidades camponesas (servidão coletiva), que podiam ser pagos com trabalho gratuito nas obras públicas ou com parte da produção. A presença de uma grande burocracia estatal auxiliava o faraó nos negócios do Estado. Sociedade de castas (origem determina posição social do indivíduo):
Cultura: politeísmo antropomórfico; crença na vida após a morte; desenvolvimento de técnicas de mumificação; aprimoramento de conhecimentos médico-anatômicos; grandes obras de engenharia e arquitetura (irrigação, templos e palácios); e escrita hieroglífica Mesopotâmia Situada entre os rios Tigre e Eufrates, a Mesopotâmia pertencia ao chamado Crescente Fértil. Ao Norte, o território é montanhoso, desértico e, portanto, menos fértil. Já o Sul, é constituído de planícies muito férteis. A aridez do clima obrigou a fixação da população às margens dos rios Tigre e Eufrates, cujas águas foram aproveitadas para o desenvolvimento agrícola. A construção de obras de irrigação foi fundamental para o aproveitamento racional dos recursos hídricos. Além disso, por ser uma região de grande fertilidade em meio à hostilidade natural, a Mesopotâmia foi vítima de constantes invasões de povos estrangeiros. Evolução Histórica
Fenícia A Fenícia corresponde atualmente à região do Líbano. De recursos naturais escassos, além do clima árido e solo pouco apropriado à atividade agrícola, a localização geográfica da Fenícia favoreceu fundamentalmente a navegação e o comércio. Essa vocação marítima dos fenícios contou ainda com a ajuda das abundantes florestas de cedro, madeira adequada para a fabricação de embarcações, presentes em seu território. Não havia centralização política na Fenícia. Havia unidades autônomas do ponto de vista econômico e administrativo. As que mais se destacaram foram Biblos, Tiro e Sidon. A expansão das atividades comerciais levou os fenícios a controlar a navegação no Mediterrâneo, onde fundaram diversas colônias e feitorias. Entre elas destacam-se Palermo, na Sicília, Cádiz e Málaga, na Espanha, e, principalmente, Cartago, no norte da África. A cultura fenícia, dado o caráter “aberto” de sua organização socioeconômica, assimilou diversos componentes de outras culturas. Cabe, destacar, entretanto, sua mais importante contribuição para a cultura ocidental: a invenção do alfabeto com 22 letras, matriz de nossa escrita atual. Hebreus Os hebreus, povo de origem semita, estabeleceram-se em Israel por volta de 2000 a.C. No início de sua história - Era dos Patriarcas -, os hebreus viviam em tribos, num total de doze. Abraão, Isaac e Jacob são os três Patriarcas do Povo Judeu. Jacob e sua família imigraram para o Egito. Seus descendentes foram escravizados e posteriormente libertados, sendo liderados pelo maior profeta na história judaica, Moisés, que promoveu o Êxodo. Após a chegada a Israel, houve um período conhecido como a Era dos Juízes. Para garantir o domínio sobre a terra, os hebreus perceberam que precisavam se unir e, para fortalecer a união, nomearam os juízes, líderes militares indicados pelas tribos que possuíam poderes temporários para enfrentar os inimigos. Destacaram-se, nesse período, os nomes de Gideão, Sansão, Gefté e Samuel, este último o principal articulador da unidade entre as doze tribos, concretizada sob Saul, o primeiro rei hebreu, iniciador de uma nova etapa histórica chamada Era dos Reis. Essa fase foi a mais importante da história hebraica, durante a qual a civilização conheceu seu apogeu. Depois da morte de Saul, seu sucessor, David, venceu definitivamente os inimigos que ameaçavam o controle dos hebreus sobre Israel e estabeleceu um poder fortemente centralizado. A Era dos Reis foi uma fase de estabilidade política, garantida pela burocracia e pelo exército, além de enorme prosperidade econômica, devido, sobretudo, à atividade comercial estimulada por Salomão, filho e sucessor de David. Durante o reinado de Salomão, considerado um grande sábio, inúmeras obras públicas foram construídas, destacando-se o Templo de Jerusalém. Representação do Grande Templo de Salomão em Jerusalém A estabilidade, porém, não sobreviveu à morte de Salomão: a população, sobrecarregada de impostos e descontente com a corrupção, insurgiu-se e não reconheceu a sucessão do rei. Nesse contexto deu-se o Cisma hebraico, quando as doze tribos dividiram-se em dois reinos, o de Israel e o de Judá. A fragilidade decorrente da divisão favoreceu o avanço de povos invasores, como os assírios, os babilônicos, os persas, os greco-macedônicos e os romanos. Durante o domínio romano deu-se a Diáspora (dispersão) dos hebreus por outras regiões. O Templo e a cidade de Jerusalém foram destruídos e os hebreus só conseguiram voltar à sua pátria ancestral, após a Segunda Guerra Mundial, com a criação do Estado de Israel. As informações acerca da história hebraica nos chegam sobretudo por meio da Bíblia. Os hebreus, além de serem um povo de pastores, também foram a única civilização monoteísta da Antiguidade. Persas Localizada no planalto do Irã, a Pérsia foi povoada originalmente por tribos indo-europeias. Os persas tornaram-se famosos por sua habilidade guerreira, a qual lhes garantiu a formação de um extenso e poderoso império militar. Além disso, ao contrário dos assírios, conhecidos pela crueldade com que tratavam os povos subjugados, os persas souberam respeitar tradições, crenças e valores das populações dominadas, minimizando os atritos e conseguindo sustentar sua dominação por mais tempo. Dentre os principais governantes persas podemos destacar:
Dario I tentou estender as fronteiras do Império Persa para o Ocidente e invadiu colônias gregas na Ásia Menor, almejando conquistar a própria Grécia. Os gregos, porém, chefiados pela cidade de Atenas, venceram a ameaça persa nas chamadas Guerras Médicas. A derrota militar frente aos gregos enfraqueceu o prestígio militarista persa, bem como a estrutura do Império. As províncias perceberam essa situação e intensificaram a resistência contra o pagamento de tributos e a própria dominação. O declínio acentuou-se e permitiu a conquista macedônica de Alexandre, o Grande, em 330 a.C. Depois do domínio macedônico e das sucessivas tentativas romanas em anexar a região a seu império, a Pérsia foi conquistada pelos árabes islâmicos, no século VII, submetendo-se ao Império Árabe. Quais civilizações da Antiguidade se desenvolveram próximo ao Mar Mediterrâneo?Na antiguidade, os egípcios, fenícios, hititas, gregos, romanos, micênicos, minóicos, entre outros, estiveram de alguma forma ligados ao Mediterrâneo. Esses povos deixaram sua marca em eventos históricos e tesouros em conhecimentos em todos os campos do saber da humanidade.
Onde se desenvolveram as primeiras civilizações no Mediterrâneo?Há, no continente asiático, uma península, a Ásia Menor, onde se desenvolveu uma civilização mediterrânea, a da Anatólia (outro nome da Ásia Menor). Fica na parte ocidental da Ásia entre o Mar Negro e o Mar Egeu, que é um braço do Mar Mediterrâneo.
Qual outro povo tinha terras que ocupavam na região do Mar Mediterrâneo?Os fenícios fazem parte de uma das mais importantes civilizações da Antiguidade – a civilização fenícia. Viviam no Norte da Palestina, entre o Mar Mediterrâneo e o território que hoje corresponde ao Líbano, Síria e Israel. Os fenícios são conhecidos como o povo do mar.
Qual o povo formou um verdadeiro império sobre o Mar Mediterrâneo?Os fenícios eram especialistas em navegação e transitavam com destreza pelo mar Mediterrâneo. Chegaram a fundar várias colônias, tanto em ilhas quanto em regiões costeiras do referido mar, cuja principal foi a cidade de Cartago.
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