Quais são as consequências das mudanças climáticas nas regiões polares?

Quais são as consequências das mudanças climáticas nas regiões polares?

[EcoDebate] O aumento da temperatura média dos oceanos e do ar próximo à superfície do planeta desencadeia diversas consequências e gera diversos impactos ambientais na saúde, agricultura, economia, em todo o mundo.

Entre algumas dessas consequências estão:

– Aumento do nível do mar – a média do nível do mar aumentou aproximadamente 20 cm desde 1880, mas atualmente as mudanças climáticas tem acelerado esse processo, aumentando o risco de inundações para comunidades costeiras. Alguns dos países mais sensíveis a essas consequências são: Holanda, Vietnã e Tailândia.¹ ²

– Ondas de calor mais intensas e frequentes – as ondas de calor já estão ocorrendo com mais frequência do que observado há 60 anos. Simulações climáticas preveem um aumento da temperatura do ar entre 0,3 e 4,8°C até o ano de 2100. Como consequência teremos um aumento na frequência de temperaturas altas na escala de dias, estações e anos. Com isso, mais doenças e mortes relacionadas. ¹ ³

– Aumento nos eventos climáticos extremos – alguns tipos de eventos extremos estão se tornando mais frequentes e intensos, tais como precipitações extremas, furacões mais fortes, secas mais intensas e mais longas. ¹ 4

– Derretimento das geleiras, inclusive dos chamados gelos permanentes – o aumento da temperatura nas regiões polares, especialmente no Ártico, tem aumentado a velocidade de derretimento das geleiras, tornando o derretimento mais rápido que a capacidade de reposição. Algumas consequências são o aumento do nível do mar, alteração nas correntes marítimas e na salinidade em determinadas áreas no oceano, impacto na fauna endêmica da região. ¹

É possível observar que, como os ecossistemas, os meios físicos e econômicos, estão conectados, se comunicam e interligam com uma cadeia de outros eventos, o que gera consequências e acontecimentos. Por exemplo, o derretimento das geleiras leva ao aumento do nível do mar em determinadas regiões, que leva ao aumento das inundações de cidades costeiras, consequentemente afetando a saúde e a economia do local, gerando maior gasto com saúde.

Alguns exemplos de impactos citados neste texto podem ser observados no site destinado à Mudanças Climáticas da NASA (Agência Espacial Norte-Americana) (http://climate.nasa.gov/). Neste é possível ver e comparar diferentes imagens de um mesmo local ao longo do tempo, acompanhar o aumento da temperatura média global (comparado à 1880), a diminuição do gelo no Ártico e a concentração de Dióxido de Carbono (CO2) na atmosfera.

Mas, diante deste cenário, o que está sendo feito?

No Brasil, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), em conjunto com o Banco Interamericano de desenvolvimento (BID), continua incentivando e trabalhando com grandes, médias e pequenas empresas de diversos setores a medir, gerenciar e reduzir suas emissões de CO2.

Ao longo dos últimos anos, temos observado que a sustentabilidade é um tópico cada vez mais presente na visão de negócios das grandes empresas, iniciativas como o Global Reporting Initiative, a plataforma da Caborn Disclosure Project, e o Índice de Sustentabilidade Empresarial da Bovespa são exemplos destas iniciativas.

No entanto, quando se trata de pequenas e médias empresas o fator determinante para a elaboração de inventários de Gases de Efeito Estufa (GEE), e o gerenciamento das suas emissões de GEE, tem sido a legislação. Apesar de os estados de São Paulo e Pernambuco exigirem a realização do inventário para determinados setores industriais, o INEA, órgão ambiental estadual do Rio de Janeiro, é o único que está exigindo a verificação do inventário por uma entidade de terceira parte acreditada junto ao Cgcre, como é o caso da ABNT.

É interessante apontar que existem consultores e Instituições com bastante interesse a respeito das emissões de Gases de Efeito Estufa, entretanto, pode-se observar que ainda há muito a fazer para alcançar um nível de conhecimento técnico sólido.

No que diz respeito às pequenas e médias empresas, a compreensão dos inventários de Gases de Efeito Estufa, como uma ferramenta de gestão que permite às empresas a identificação de oportunidades de redução de custos e a possibilidade de enxergar seus processos de uma nova perspectiva para alcançar eficiência energética, e possibilidades infinitas de marketing perante a sociedade e mercados estrangeiros, ainda é muito limitada.

Fontes, consultadas em 15 de janeiro de 2016:

¹ http://www.ucsusa.org/our-work/global-warming/science-and-impacts/global-warming-impacts#.VpjyOPkrLIU

² http://www.climatecentral.org/news/new-analysis-global-exposure-to-sea-level-rise-flooding-18066

³ http://www.ucsusa.org/global_warming/science_and_impacts/impacts/early-warning-signs-of-global-6.html#.Vpj3kPkrLIU

4 http://www.ucsusa.org/global_warming/science_and_impacts/impacts/extreme-weather-climate-change.html#.Vpj60fkrLIU

5 http://www.pbmc.coppe.ufrj.br/pt/noticias/373-quinto-relatorio-do-ipcc-mostra-intensificacao-das-mudancas-climaticas

Colaboração de Priscila Souza, in EcoDebate, 25/01/2016

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Como as mudanças climáticas afetam as regiões polares?

Ele explicou que os polos estão aquecendo duas vezes mais rápido do que o resto do mundo, causando o derretimento de geleiras e reduzindo as áreas congeladas do mar e as regiões cobertas de neve.

Quais são as consequências do aquecimento global nas regiões polares?

Derretimento das calotas polares Como consequência do aumento da temperatura média do planeta, várias regiões sofrem com o fenômeno do degelo, que afeta principalmente as calotas polares. Elas são camadas de gelo com milhões de toneladas, formadas há milhares de anos sobre uma região de terra firme.

Quais são as consequências das mudanças climáticas?

As consequências das mudanças climáticas agora incluem, entre outras, secas intensas, escassez de água, incêndios severos, aumento do nível do mar, inundações, derretimento do gelo polar, tempestades catastróficas e declínio da biodiversidade.

Quais são as consequências do derretimento das geleiras polares?

CONSEQUÊNCIAS DO DERRETIMENTO DAS GELEIRAS O derretimento das geleiras contribuiu para o aumento do nível dos oceanos em 2,7 centímetros desde 1961. Além disso, as geleiras do mundo têm gelo suficiente — cerca de 170.000 quilômetros cúbicos — para aumentar o nível do mar em quase meio metro.