Quais são as influências do ambiente de trabalho na saúde mental e na produtividade?

A saúde mental no trabalho diz respeito a garantir que colaboradores estejam em um ambiente seguro de bem-estar em que consigam desempenhar suas funções sem ter sua saúde integral afetada.

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O Brasil é o país mais ansioso do mundo, com 18,6 milhões de pessoas convivendo com o transtorno, segundo informações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Por esse e outros motivos, a importância de falar sobre o tema.

Afinal, ninguém consegue ter bons rendimentos diante de problemas de saúde. Vamos, então, explorar o tema com muitas informações, dados e recomendações que a Pulses preparou neste conteúdo?

Separe um tempinho para leitura, porque garantimos que vai valer a pena!

O que é Saúde Mental?

Quais são as influências do ambiente de trabalho na saúde mental e na produtividade?

Segundo a OMS, a saúde mental se refere ao conjunto formado por saúde e bem-estar do indivíduo. É o que sustenta habilidades individuais e coletivas para tomadas de decisão e construção de relacionamentos, consequentemente moldando o mundo em que vivemos.

Em condições ideais, a saúde mental faz com que as pessoas:

  • notem e manifestem suas aptidões;
  • contornem situações de estresse;
  • pratiquem aprendizados;
  • apresentem bom desempenho e produtividade no trabalho;
  • contribuam para sua comunidade.

Uma saúde mental equilibrada não é equivalente à ausência de transtornos mentais. Existem diferentes graus de dificuldade e angústia ao lidar com o conjunto de elementos desse conceito e que variam de pessoa para pessoa, e esse é o termômetro para diagnósticos clínicos.

O conjunto citado acima é formado por fatores sociais, genéticos, psicológicos e ambientais. Em resumo, mentes saudáveis dependem de:

  • vida social;
  • vida pessoal e profissional;
  • contexto histórico e econômico.

Vale conferir o bate-papo entre a Pulses e a Vittude — startup desenvolvedora de uma plataforma que conecta pacientes a psicólogos — sobre o conceito:

Fatores de risco e fatores de proteção

Diante dos componentes da saúde psicológica individual, há fatores de risco e fatores de proteção. Por fatores de risco, podemos entender fragilidades relacionadas a situações de pobreza, violência, privação ambiental, heranças genéticas ou uso de substâncias.

Entre os fatores de proteção, estão bons serviços de educação, segurança, qualidade de interação social e de trabalho.

Histórico brasileiro da Saúde Mental no Trabalho

São recentes os registros sobre a reforma psiquiátrica brasileira, que reviu o conceito de saúde integral incluindo cuidados mentais. As três conferências nacionais sobre o assunto aconteceram em 1987, 1992 e 2001.

A partir disso, uma lei nacional e oito leis estaduais passaram a vigorar de 2002 em diante.

Entre elas, a Lei n.º 10.216 de 2001, que é federal e assegura atenção primária à saúde psicológica com a inclusão da oferta de tratamentos para pessoas com doença mental nos serviços comunitários.

Alicerçada ao Sistema Único de Saúde (SUS), uma Rede de Atenção Psicossocial foi formada por diversos centros para trabalhar a intersetorialidade e transversalidade das questões ligadas à saúde mental na sociedade.

O que diz a legislação brasileira do trabalho?

A legislação de Medicina e Segurança no Trabalho afirma que:

  • o trabalhador tem direito a um ambiente de trabalho seguro;
  • é de responsabilidade do empregador acompanhar colaboradores com sintomas de transtornos mentais;
  • se for necessário, o colaborador com problemas psicológicos pode ser afastado pelo INSS;
  • a empresa deve encaminhar o funcionário ao tratamento médico-psiquiátrico e acompanhamento psicológico se o mesmo precisar de auxílio especializado;
  • é papel do empregador evitar a fadiga e exaustão na jornada de trabalho, respeitando horários dispostos na CLT e controlando as horas extras.

Quais são as influências do ambiente de trabalho na saúde mental e na produtividade?

13 dicas de ações para empresas

O trabalho ocupa uma grande parte do nosso dia e é preciso que ele seja desempenhado em um ambiente agradável e emocionalmente seguro!

A sanidade mental está diretamente ligada à ocupação de um indivíduo, pois o ambiente de trabalho é o lugar em que passamos cerca de um terço do nosso dia. Nele, cria-se o lugar para os principais exercícios de interações sociais e relacionais ao longo da vida.

E como vimos anteriormente: a ocupação de um indivíduo tem o potencial de reduzir riscos de exposição do mesmo a doenças relacionadas à saúde psicológica. O trabalho é, portanto, um elemento-chave para o bem-estar mental de um indivíduo. Porém, há controvérsias!

Cuidado: o trabalho pode ser um fator de risco

A ocupação de um profissional pode se reverter em fator de risco quando não é exercida em condições favoráveis. A Organização Mundial da Saúde (OMS) lista os seguintes fatores como ameaças para a saúde psicológica no mundo corporativo:

  • Políticas de saúde e segurança do trabalho inadequadas;
  • Alta taxa de desemprego;
  • Ambiente organizacional desfavorável;
  • Gestão inadequada;
  • Falta de participação nas tomadas de decisão;
  • Recursos insuficientes para as tarefas exigidas;
  • Bullying e assédio psicológico.

O assédio é uma conduta que, independente do tipo, pode transformar o ambiente de trabalho em um local hostil e tóxico para os trabalhadores. Essa condição pode afetar a saúde mental e causar ou tornar mais grave problemas psicopatológicos.

No episódio abaixo do Café com Especialista, Beth Navas, especialista e co-founder da Pulses, fala sobre Assédio Moral: como identificar casos e formas de evitá-los caso ocorra. Dá o play e confere!

Abordaremos esses e outros problemas em mais detalhes nos próximos tópicos. O que importa é entendermos aqui o quanto a vida profissional pode condicionar uma mente livre de transtornos ou no agravamento deles.

Vale considerarmos, também, aspectos emocionais e sociais externos à empresa, que entram no conjunto de elementos capazes de influenciar uma carreira.

Vivenciamos a era da hiperconectividade e do fomento constante de discussões sobre produtividade. Isso favorece o desenvolvimento de transtornos não só referentes à vida pessoal, mas também — e muito frequentemente — à vida profissional das pessoas.

O trabalho como motivo de perturbação da saúde psicológica

Mais da metade dos trabalhadores (60%) indica o trabalho como causa de sentimentos como nervosismo, irritação, cansaço, tristeza ou falta de energia. O dado é da Associação Nacional de Medicina do Trabalho.

Os gestores tendem a ter mais facilidade para apresentarem esses sintomas, sendo maioria entre os atendimentos de consultórios associados à especialidade. Alguns motivos são apontados como propulsores de doenças nesse âmbito, como:

  • Demandas em excesso;
  • Pouco apoio no trabalho;
  • Comprometimento individual em demasia;
  • Baixo controle sobre as tarefas;
  • Recompensas inadequadas.

O impacto vai além e o efeito “bola de neve” faz com que isso afete a segurança psicológica de toda uma empresa, desestabilizando as equipes, muitas vezes, em sua totalidade.

O que pode atrapalhar uma boa vivência e a saúde mental no trabalho

A interação subjetiva de um trabalhador com a sua função, segundo a OMS, tem sua qualidade determinada por:

  • modelo da organização;
  • gestão;
  • interações socioprofissionais.

O agrupamento desses itens faz com que fatores psicossociais e saúde mental no trabalho estejam intimamente ligados. Qualquer tipo de inconsistência em um dos apontamentos acima reflete em descompensações físicas ou mentais na saúde de uma pessoa.

Segurança psicológica e Saúde Mental no Trabalho

Precisamos destacar que um ambiente de trabalho psicologicamente seguro é diferente de contar com colaboradores mentalmente saudáveis. Amy Edmondson, professora de liderança da Harvard Business School, explica que:

“Um local de trabalho dotado de segurança psicológica é aquele em que se vivencia confiança e respeito em suas relações. É perceber e sentir que existe abertura e segurança para expressar ideias, preocupações e questionamentos.”

Podemos concluir, portanto, que a descaracterização de uma organização como um local psicologicamente seguro pode interferir negativamente nos níveis de estabilidade da saúde psicológica dos indivíduos que formam o coletivo de uma empresa.

Segurança Psicológica: primeiros passos para empresas

A importância da Saúde Mental no Trabalho

A saúde integral é um pré-requisito para a qualidade de vida dos colaboradores. Sendo assim, resguardar equipes de adversidades psicológicas é essencial, em primeiro lugar, por afastar os profissionais de contratempos com a saúde e proporcionar essa condição favorável.

Além disso, um ambiente corporativo com pessoas psicologicamente saudáveis proporciona reflexos diretos em atributos indispensáveis para o sucesso de um negócio, e por isso é tão relevante dedicar esforços a essa vertente.

Podemos listar:

  • influências nas condições cognitivas e, em decorrência disso, na produtividade das equipes;
  • qualidade nas relações interpessoais;
  • maior integração entre as equipes;
  • ganhos para a experiência do colaborador (employee experience);
  • boas referências da empresa como marca empregadora (employer branding);
  • redução do absenteísmo; circunstâncias favoráveis à inovação.

Como falar sobre o tema no ambiente corporativo?

Para tratar o assunto, a empresa precisa não só de um espaço de fala, mas também de escuta. Aqui, observa-se a importância do conceito sobre o qual falamos anteriormente de um ambiente psicologicamente seguro.

Esse é um caminho primordial para o entendimento sobre como abordar a saúde mental no trabalho sem preconceito, vencendo tabus e estimulando o bem-estar emocional das pessoas colaboradoras.

Legitimar a preocupação e o comprometimento com a sanidade mental dos colaboradores depende de iniciativas que sigam esse viés e que estejam alinhadas ao estilo de gestão e à cultura da organização.

Assim sendo, é possível desenvolver ações como:

  • benefícios que colaborem com o bem-estar mental;
  • ferramentas de aprimoramento da comunicação interna;
  • desenvolvimento das lideranças para reforçar a importância dessa temática e a observação dos padrões de comportamento das pessoas lideradas;
  • cuidados e atenção constantes com a jornada de trabalho;
  • manutenção do clima organizacional.

Existem tecnologias preparadas para apoiar a gestão de pessoas nesse sentido. Instrumentos como pesquisas contínuas que medem o clima da companhia e conseguem revelar causas e efeitos de complicações no ambiente de trabalho.

Saiba mais sobre a produtividade nas relações de trabalho

Com a análise de preditores ligados a níveis de engajamento e outras dimensões interligadas, metodologias especializadas podem assimilar traços comportamentais à coleta de percepções dos colaboradores.

Monitoramentos frequentes desses resultados são primordiais para tomadas de decisão e planos de ação preditivos voltados ao cuidado integral com as pessoas.

Os benefícios de promover a saúde mental no trabalho

A principal vantagem em trabalhar ações de saúde integrativa para os profissionais da empresa é contar com um ambiente livre de tensões e conflitos não saudáveis, com índices mais altos de desempenho e pessoas felizes ao exercerem suas contribuições.

E sabe por que isso acontece?

O comprometimento da organização com o estado psicológico das equipes promove o fortalecimento do vínculo entre empresa e colaborador. Como reflexo, sentimentos como confiança e empatia podem elevar a motivação e o engajamento dos talentos.

Por que o assunto se tornou mais presente nas organizações?

O mercado de trabalho está mudando, e temos que lembrar que atravessamos um período com diversos acontecimentos que são considerados verdadeiras ameaças a indivíduos, famílias e comunidades, como:

  • crise climática;
  • desaceleração econômica;
  • surto de doenças.

Por isso, uma das maneiras de contornar e de prevenir fragilidades decorrentes dessas circunstâncias é exatamente conversar abertamente sobre o assunto e acompanhar frequentemente a realidade da organização com diagnósticos precisos.

Gestão de conflitos e dicas para lidar com situações do cotidiano!

Consequências da falta de cuidado com a Saúde Mental no trabalho

Empresas que não se atentam à preservação da sanidade no dia a dia corporativo expõem seu capital humano — e, desse modo, seus resultados — a sérios riscos. Podemos listar as seguintes implicações:

  • baixa produtividade;
  • impactos em employee experience e employer branding;
  • alta taxa de turnover e queda na permanência de talentos;
  • desmotivação e desengajamento;
  • índices elevados de absenteísmo.

Mas acima de tudo isso, a saúde das pessoas é colocada em perigo. Segundo o Movimento Mente em Foco, iniciativa do Pacto Global Rede Brasil, alguns dados alarmantes comprovam o quanto o trabalho pode influenciar nesse aspecto.

Você sabia que 50% dos executivos, de ambos os sexos, usam álcool regularmente? E mais:

  • 26% deles têm insônia;
  • 25% têm alterações das gorduras sanguíneas;
  • 19% sofrem com hipertensão arterial;
  • 16% desenvolvem gastrite.

São alterações no organismo que podem levar a disfunções mais graves. Na sequência, vamos conhecer algumas das enfermidades que podem ser ocasionadas quando o indivíduo tem a saúde mental afetada.

Elas podem exigir processos de reabilitação psicossocial de uma pessoa, e por essa razão devem ser tratadas o quanto antes.

A Síndrome de Burnout se manifesta a partir de sintomas físicos ou relativos às emoções.

Como o próprio nome sugere (“burn” significa “queima”, e “out” pode ser traduzido por “exterior”), caracteriza-se pelo esgotamento profissional de uma pessoa sobrecarregada em suas funções.

O Brasil é o segundo país no mundo em número de pessoas doentes, ficando atrás apenas do Japão, conforme ranking mundial organizado pela associação ISMA (International Stress Management Association).

Ao contrário do Burnout, a Síndrome de Boreout é gerada pela ociosidade ou tédio recorrente de um colaborador dentro da organização.

É resultado da falta de planejamento profissional em uma empresa, uma vez que as pessoas devem saber ou entender quais são suas funções na corporação para que esse não seja o cenário instaurado e cada profissional exerça e entenda seu valor.

A depressão é um transtorno mental que provoca mudanças no humor de um indivíduo, levando-o a profunda tristeza ou desânimo (diferente do transtorno bipolar, em que há oscilações entre depressão e obsessão).

Em situações agravadas, o indivíduo pode vir a ter pensamentos suicidas (assunto pertinente para abordar em campanhas do Setembro Amarelo nas empresas, por exemplo), isolar-se socialmente, comprometer sono e alimentação e perder o interesse por atividades.

O estresse ocupacional é causado por más condições de trabalho como:

  • materiais ou equipamentos insuficientes para a execução das tarefas;
  • ambiente tóxico;
  • baixa remuneração em relação ao mercado;
  • assumir responsabilidades inadequadas para uma função;
  • sobrecarga;
  • falta de segurança;
  • problemas de relacionamento interpessoal;
  • exigência psíquica ou física superior ao exigido pela função.

Níveis altos de cobrança, prazos curtos e incertezas podem levar a quadros crônicos de ansiedade no trabalho. Esse é um sentimento comum e normal aos seres humanos, mas distúrbios acontecem quando ele passa a atrapalhar o convívio social.

Quando o trabalho pode afetar a saúde mental dos colaboradores?

Há diversos motivos pelos quais um ofício é capaz de abalar a sanidade de um colaborador. A vida profissional é composta por episódios que precisam ser bem conduzidos a fim de preservar aspectos emocionais e físicos.

Citando um caso prático: você já parou para pensar em saúde mental e ergonomia no trabalho remoto pós-pandemia?

Esse é apenas um demonstrativo do quanto as empresas devem investigar fatores de risco por meio da atuação do RH e dedicar atenção ao bem-estar completo das equipes.

Alguns dos principais fatores de risco são:

  • estilo de liderança inadequado;
  • políticas insuficientes de saúde e segurança;
  • inflexibilidade de horário;
  • falta de transparência;
  • demandas desalinhadas às habilidades pessoais e profissionais dos funcionários;
  • indisponibilidade de equipamentos para realização das entregas.

O que mudou com a pandemia?

É fato que a COVID-19 provocou transformações aceleradas e inesperadas em todo o mundo. Além de traumas psicológicos resultantes das infecções e seus desdobramentos pelo vírus, o modelo de trabalho passou por mudanças repentinas.

Algumas empresas já testavam ou recorriam ao home office, mas o trabalho remoto passou a ser uma das únicas alternativas para negócios que pudessem se adaptar a esse tipo de jornada.

Pandemia e saúde mental no trabalho passaram a estar cada vez mais presentes em discussões de profissionais de RH e gestores. Depois dessa onda de mudanças, a OMS estima que um bilhão de pessoas em todo o planeta sofrem com algum distúrbio de saúde mental ou uso de substâncias.

Novos formatos de trabalho

É interessante notar como o tema da saúde mental está associado aos formatos de trabalho.

O trabalho remoto é um novo desafio, especialmente quando entendemos que parte do que nos ajuda a manter a saúde mental é a socialização ao ver pessoas e conviver em sociedade.

A suposição é de que restringir o convívio a telas pode potencializar impactos negativos e desequilibrar trabalhadores psicologicamente. Estamos vivendo um grande experimento global trabalhando nesse modelo.

Então, o novo modelo de trabalho remoto pode ser um catalisador para aumentar problemas como depressão e ansiedade, embora ainda seja cedo para tirarmos conclusões.

De que forma as empresas podem ajudar colaboradores com transtornos mentais?

Ao identificar sinais de complicações psicológicas dentro da corporação, o melhor a se fazer é entender bem o caso para tomar as atitudes cabíveis. É necessário se atentar às obrigações legais e amparar o profissional durante a recuperação.

Indicar medidas terapêuticas e buscar ajuda especializada são as únicas ações que estarão ao alcance da organização para solucionar a questão. Caberá a diagnósticos clínicos e especialistas dar andamento ao tratamento de um colaborador nessas condições.

A função do RH em prevenção e resoluções

Antes de chegar a níveis críticos, se estiver amparado por ferramentas analíticas e dados sobre a equipe, o RH tem como atuar estrategicamente e agir preventivamente. Com isso, a organização pode se planejar para iniciar, mudar ou intensificar políticas de bem-estar.

Agora, se o problema for detectado quando estiver em um grau avançado, a intervenção dos profissionais do RH é essencial para orientar gestores e as demais tratativas para amparar a equipe.

O que as lideranças podem fazer?

O primeiro ponto a ser considerado sobre as lideranças é que os gestores também precisam estar em um estado psicológico saudável. Portanto, antes de mais nada, em prol do bem-estar comum de uma equipe, o líder deve se lembrar de que esse cargo não o exime de cuidados.

Com essa garantia, o representante da equipe estará apto a lidar com desafios e pronto para ser porta-voz de instruções que ele mesmo coloca em prática.

Assim, um líder pode ajudar a disseminar iniciativas junto ao RH, expandindo o discurso e as atividades propostas pela empresa.

Iniciativas para preservar a saúde mental no trabalho

A organização deve implantar iniciativas para promover um plano de ação sobre a segurança psicológica no local de trabalho. Isso envolve:

  • necessidades de estrutura física (seja no escritório ou em home office);
  • políticas organizacionais consistentes;
  • preparo e desenvolvimento constante dos gestores.

Um levantamento realizado pela Kenoby (startup de recursos humanos), publicado pelo Valor Econômico, indicou que a falta de diálogo com a liderança é o principal fator entre as causas de danos psicológicos no trabalho.

Assédio moral e constrangimento, ausências de feedback e metas difíceis de serem batidas vêm na sequência. Isso demonstra o grau de influência que o desenvolvimento constante do time de líderes pode ter.

Gestores preparados para conversas francas e, algumas vezes, difíceis, conseguem constatar insatisfações antes mesmo que elas venham a gerar problemas psicológicos.

Já comentamos neste artigo que agir preventivamente é a melhor opção, e vamos detalhar a seguir o que pode ser feito na prática para fortalecer sua gestão nesse sentido.

Porém, antes, uma dica valiosa: lembre-se que o êxito de qualquer estratégia depende da atuação conjunta entre RH e líderes! E que, em grande parte dos casos, os gestores são as pessoas mais sujeitas a fragilidades da saúde mental.

11 sugestões para ajudar equipes de trabalho

Três palavras são essenciais quando tratamos de cuidados com a saúde psicológica no trabalho: proteção, promoção e enfrentamento. Ao se assegurar o amparo em todas essas frentes, é possível tanto se antecipar quanto agir em casos de necessidade.

Se você está se perguntando como promover saúde mental no trabalho, temos algumas dicas de saúde mental no trabalho que podem ser extremamente úteis para dar início ou ampliar as iniciativas focadas no bem-estar da equipe. Vamos conferir?

1 – Estimule um ambiente de trabalho saudável

Converse com todos da empresa a fim de identificar chances de melhoria ou de saber se o nível de satisfação de todo o grupo está positivo nesse quesito.

Planejar e aplicar pesquisas contínuas por pulso (pesquisas frequentes sobre a opinião das pessoas em diversos aspectos da empresa) pode trazer inúmeras ideias e revelar a visão real sobre esse aspecto.

2 – Busque e conheça outras histórias

Referências são sempre bem-vindas, e você pode aprender muito com especialistas e líderes de outras organizações. Aliás, o time da Pulses tem uma grande experiência para te ajudar e você pode acompanhá-los nas redes sociais ou conferir seus conteúdos aqui no site para te ajudar!

3 – Mostre caminhos e distribua informação

Cada pessoa pode apresentar oportunidades e necessidades diferentes, e é preciso ter sensibilidade para detectar isso. Desenvolva conteúdos sobre ferramentas de apoio e indicações de assistência em caso de problemas.

4 – Articule a sinergia entre saúde e bem-estar

Um ambiente mais seguro psicologicamente facilita a abertura ao diálogo e cria as condições muitas vezes esperadas pelos colaboradores para que as emoções sejam naturalmente compartilhadas.

Mantenha uma estratégia integrada e incentive discussões sobre saúde e bem-estar no trabalho durante os momentos coletivos da rotina corporativa.

5 – Estabeleça limites para a carga de trabalho

Horários flexíveis, fomento a pausas, momentos de descanso e de lazer são recomendados em qualquer dia a dia profissional. O contrário, porém, não deve ser visto como exemplo: pessoas que passam tempo excessivo em função das atividades da empresa devem ser alertadas.

6 – Cuide do clima e da cultura organizacionais

A confiança é a chave para a existência de conversas sinceras e para o tratamento de problemas com seriedade. Questões de saúde mental precisam ser discutidas e acompanhadas como qualquer lesão física.

O monitoramento constante da cultura e do clima do seu negócio vão proporcionar essa clareza durante as trocas da equipe.

7 – Fale sobre e pratique valores como “transparência” e “coragem”

Você pode aperfeiçoar características internas, mas há ainda as influências de fora da empresa. A realidade não vai mudar e o mercado competitivo continuará exercendo pressão sobre todos os profissionais.

A melhor forma de enfrentar tudo isso e de abordar temas tão sérios e complexos como saúde mental é mantendo um discurso transparente. Mostrar que todas as pessoas da empresa estão sujeitas à mesma situação pode ser um ótimo e encorajador ponto de partida!

8 – Mantenha a proximidade em qualquer modelo de trabalho

Podemos estar em um mesmo ambiente e, ainda assim, distantes. Uma gestão de pessoas presente é composta por ações de diálogo e envolvimento com os colaboradores, e não pela simples convivência no local de trabalho.

Por essa razão, é preciso abrir canais de comunicação para saber o que realmente se passa entre as equipes.

No caso de jornadas remotas, que tal elaborar uma relação de dicas sobre a saúde mental no trabalho home office? Ou ainda sobre saúde mental no retorno ao trabalho presencial, se for essa a realidade da sua corporação?

Instigar e discutir o assunto faz parte de uma relação madura e verdadeiramente interessada em prezar pela sanidade mental dos funcionários.

Os desafios da comunicação organizacional no futuro do trabalho

9 – Ofereça benefícios que incentivem o autocuidado

Entre as opções de benefícios disponibilizadas pela empresa, pense em incluir ofertas de atividades relacionadas ao bem-estar.

Falar sobre a importância de conceitos como autocuidado e mindfulness, e indicar caminhos para concretizá-los, certamente vai ajudar os colaboradores a ficarem mais atentos com a saúde!

10 – Desenvolva os talentos da organização

A relação desproporcional entre altas demandas e poucos recursos também é um dos fatores que podem prejudicar a saúde mental dos colaboradores. Devemos entender por “recursos” não só materiais e equipamentos, mas também o próprio desenvolvimento de pessoas.

Essa relação desproporcional pode ser um dos fatores que levam ao adoecimento mental.

11 – Planeje um calendário de ações

Propor atividades, organizar palestras e convidar os funcionários para refletirem sobre assuntos relacionados ao bem-estar psicológico também é uma excelente forma de incorporar o tema ao dia a dia na empresa.

Algumas datas fazem alusão a temáticas importantes, como:

  • 13/07 – Dia pela Conscientização do TDAH, ou Dia Laranja;
  • 10/09 – Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio (Campanha Setembro Amarelo);
  • 10/10 – Dia Mundial da Saúde Mental.

Guia de recomendações para empresas no Setembro Amarelo

Como mapear a Saúde Mental no trabalho?

Quais são as influências do ambiente de trabalho na saúde mental e na produtividade?

Utilizar tecnologias e técnicas de observação em uma corporação são algumas das formas de zelar pelo bem-estar completo das equipes. Hoje, por exemplo, existem ferramentas qualificadas para a leitura de indicadores de saúde mental no trabalho.

As pesquisas contínuas, que já foram mencionadas anteriormente neste artigo, são um dos mecanismos mais eficazes para compor esse tipo de índice.

Outro instrumento muito aplicado é o Diálogo Diário de Segurança, ou DDS. É o nome dado a conversas individuais diárias entre gestores e colaboradores, ou entre um especialista em segurança do trabalho e saúde ocupacional e os demais integrantes das equipes.

Esses encontros rápidos, com duração máxima de 10 minutos em geral, têm o intuito de reforçar hábitos como:

  • cuidados pessoais (mentais e físicos);
  • alimentação saudável;
  • prática de atividades físicas;
  • uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), se for o caso;
  • ações de primeiros socorros.

Para entender como cuidar da saúde mental no trabalho com DDS é válido ter como foco, portanto, os tópicos que mais se enquadram à realidade da sua empresa.

É importante avaliar a saúde mental dos seus colaboradores

Mais do que falar sobre saúde mental no trabalho, seus desafios e soluções, é preciso conhecer e acompanhar o estado psicológico da sua equipe. Hoje, é possível fazer medições e obter uma visão detalhada sobre esse e outros elementos que compõem o clima organizacional.

Um ambiente de trabalho constituído por profissionais mentalmente saudáveis tem uma excelente base para demonstrar ganhos ainda maiores quando a visão é ampliada para o grupo como um todo.

Além disso, preocupar-se com o bem-estar da equipe pode ser um diferencial expressivo para atrair os melhores talentos do mercado. Você sabia que a ausência de bem-estar pessoal ou saúde mental foi a primeira causa na lista com as razões dos desligamentos em 2020?

24% das pessoas alegaram esse motivo, sem contar com 53% dos entrevistados que afirmaram estarem mais propensos a priorizar esse tipo de critério ao escolher ou não um trabalho atualmente.

Os números foram levantados por um estudo publicado em 2022 pela Microsoft, que ouviu mais de 30 mil colaboradores de diversas partes do mundo.

Pesquisa contínua de bem-estar emocional

Para ajudar empresas a compreenderem a fundo o cenário organizacional, a Pulses, em parceria com a Vittude, desenvolveu diferentes tipos de instrumentos com metodologias exclusivas. Um deles é a Pesquisa de Bem-estar Emocional para coletar evidências sobre:

Quais são as influências do ambiente de trabalho na saúde mental e na produtividade?

Quais são as influências do ambiente de trabalho na saúde mental e na produtividade?

O medo e a preocupação são as bases comportamentais do fenômeno da ansiedade e do desequilíbrio emocional. A Pesquisa de Bem-estar Emocional não é um diagnóstico clínico. Ela pode mostrar o que, possivelmente, está acontecendo nas organizações.

Assista ao vídeo abaixo para entender melhor como isso funciona na prática:

A partir dos sinais de que pode haver inquietações, a Pulses ajuda o gestor a ter insights de como lidar com o tema repassando recomendações. Para que você entenda melhor como funciona, aqui vão algumas informações relevantes sobre a ferramenta:

  • A pesquisa possui 14 perguntas distribuídas entre duas dimensões;
  • O objetivo é investigar situações contrárias ao bem-estar emocional nos contextos profissional e pessoal de cada indivíduo;
  • Não há como customizar o questionário, apenas adicionar perguntas personalizadas que não são compiladas na nota da apuração.

Inclusive, você pode testá-la gratuitamente por 14 dias!

A importância de olhar para o todo

A Pulses ajuda a identificar exatamente onde o problema está. Isso é essencial para que não haja uma evidência suprimida, ou “cherry picking”, em inglês.

Também conhecido como evidência incompleta ou supressão de evidências, esse é o fenômeno que cria falácias com a projeção de casos isolados em um todo. Ou seja: se um colaborador está com problema, ele não representa a corporação inteira.

Em contrapartida, se um colaborador está bem, ele também não condiz à realidade de toda a empresa. Analisar “a parte” e aplicá-la “ao todo” leva à tomada de decisões por viés, e instrumentos como as pesquisas da Pulses auxiliam gestores a não seguirem por esse caminho.

Conheça a história de quem já usou a Pulses para cuidar dos colaboradores

Especializada no atendimento a pacientes em reabilitação, a Clínica Florence conseguiu amparar os colaboradores, por meio da escuta contínua, em um dos momentos mais desafiadores para profissionais da saúde: a pandemia.

Para se ter uma ideia, um levantamento da Fiocruz Mato Grosso do Sul, em parceria com a Fiocruz Brasília, apontou que trabalhadores dessa área tiveram a sanidade mental muito afetada com a chegada do COVID-19:

  • 65% dos 800 profissionais da saúde entrevistados pelo estudo apresentaram sintomas de estresse;
  • 61,6% tiveram diagnóstico de ansiedade;
  • 61,5% demonstraram sinais de depressão.

Possivelmente, esse também teria sido o cenário da Clínica Florence. Porém, desde 2018 a empresa havia se tornado cliente da Pulses e utilizava os módulos de Clima & Engajamento, Comunicados e Múltiplos Instrumentos para pesquisas constantes.

Como as pesquisas frequentes da Pulses ajudaram a Clínica Florence

Quinzenalmente, as equipes eram ouvidas pelos gestores, o que viabilizou ações por antecipação no ambiente da clínica.

Sabendo que grande parte dos funcionários temia ser contaminada por conta do trabalho, muitas medidas foram tomadas a tempo de prevenir circunstâncias críticas nas rotinas. Entre elas, podemos destacar:

  • Limitação das visitas;
  • Treinamentos contínuos sobre o uso de EPIs;
  • Criação de uma rede de apoio gratuita aos cuidadores para acolhimento psicológico e outras orientações;
  • Revisão das escalas para reduzir deslocamentos e uso de transporte coletivo;
  • Regime home office para a área administrativa;
  • Criação de novas rotinas de limpeza e exposição de comunicados com dicas de higienização e novos procedimentos.

Com isso, em plena pandemia, a Clínica Florence obteve um aumento de 71 para 90 no (NPS), além de outros ótimos resultados:

Quais são as influências do ambiente de trabalho na saúde mental e na produtividade?

Dê o primeiro passo para conhecer a saúde mental dos seus colaboradores no trabalho

Que tal começar agora e chegar a resultados tão expressivos quanto as empresas que já praticam a escuta contínua dos seus colaboradores?

Dê o primeiro passo! Experimente o instrumento de bem-estar emocional da Pulses e aprimore a experiência do colaborador na sua organização!

Quais são as influências do ambiente de trabalho na saúde mental e na produtividade?

Como o ambiente de trabalho influencia na saúde mental do trabalhador?

A análise da OMS aponta que um local de trabalho considerado “ruim” ou “negativo” pode afetar diretamente na saúde mental dos indivíduos, gerando problemas como alto nível de estresse, transtorno de ansiedade, depressão e até dependência química.

Como o ambiente de trabalho influencia na produtividade?

Um bom ambiente de trabalho gera melhores resultados Sentindo-se bem no ambiente de trabalho, o colaborador se compromete mais facilmente com as metas e objetivos da organização e se empenha cada vez mais para contribuir com a companhia, conseguindo ir além do esperado.

Qual a relação entre saúde mental e produtividade?

A saúde mental impacta em diversos setores da vida de um indivíduo, como seus relacionamentos, seu bem-estar físico e até mesmo sua performance profissional. Sendo assim, o seu desequilíbrio pode levar a uma queda na produtividade e até ao afastamento de suas funções enquanto realiza o tratamento.

Como o ambiente de trabalho influencia na saúde?

O trabalho é uma grande fonte de estresse diário, o que pode gerar ou agravar problemas de saúde mental, muitos problemas comuns como depressão, estresse, hipertensão, etc., podem ter sua fonte em ambientes de trabalho.