Qual a base de um diagnóstico de enfermagem?

DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM DA NANDA-I COM BASE NOS PROBLEMAS DE ENFERMAGEM SEGUNDO TEORIA DE HORTA


Resumo

O objetivo deste estudo foi levantar os problemas de enfermagem, frequentemente identificados nos históricos de enfermagem dos pacientes internados em unidades clínicas, relacionando-os com a classificação diagnóstica North American Nursing Diagnosis Association-International. Trata-se de uma pesquisa descritiva de abordagem quantitativa. Utilizou-se a análise documental para coleta de dados. Os dados foram coletados no mês de agosto de 2011, nos prontuários de 134 pacientes nos quais foram identificados 141 problemas de enfermagem, sendo a partir destes identificados 35 diagnósticos diferentes. Estes se aproximam majoritariamente de diagnósticos relacionados às necessidades psicobiológicas (117) e psicossociais (24). Não foram identificados diagnósticos relacionados às necessidades psicoespirituais. Conclui-se que enfermeiros priorizam os problemas físicos dos pacientes sob seus cuidados, muitas vezes em detrimento dos problemas sociais e espirituais.


Palavras-chave

Clínica médica; Enfermagem; Diagnóstico de enfermagem.


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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/ce.v20i4.40468 ';

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  1. 1. Diagnóstico de Enfermagem Enfª Cibele Lopes
  2. 2. Histórico:  Foi utilizado por Florence, ao diagnosticar e tratar problemas de saúde, diminuindo as taxas de mortalidade nos hospitais.
  3. 3. Linha do Tempo:  1950: Mc Manus usa-o para descrever as funções do profissional enfermeiro, denominando-o de Diagnóstico de Enfermagem.  1953: Fry identificou cinco áreas de necessidades dos clientes, as quais considerou como domínio de enfermagem e como foco para os diagnósticos.
  4. 4. Linha do Tempo:  1960: Abdellah desenvolveu uma lista de 21 problemas de enfermagem, considerada um dos primeiros sistemas de classificação relevantes para a prática e para os objetivos da enfermagem.  1973: a American Nurses Association(ANA) incluiu a expressão “Diagnóstico de Enfermagem” quando desenvolveu os padrões gerais da prática da profissão. Onde coloca que os diagnósticos de enfermagem são derivados de dados do estado de saúde do cliente.
  5. 5. Linha do Tempo:  1982: a North American Nursing Diagnosis(NANDA) assumiu o desenvolvimento dos trabalhos sobre o tema.  1986: aprovada a Taxonomia I da NANDA  1992: Taxonomia I Revisada (110 D.E.)  1994: Taxonomia I R (128 D.E. - 5 níveis)
  6. 6. Definições:  TAXONOMIA: termo que se refere à ciência de classificação; é um sistema de organização baseado em uma lógica e no relacionamento entre os itens a serem classificados;  NANDA: desenvolveu uma taxonomia usando padrões de respostas humanas; consiste na ordenação dos DE em pequenos grupos sob títulos definidos;
  7. 7. Linha do Tempo: no Brasil  1960: Horta inclui no Processo de Enfermagem uma etapa chamada de Diagnóstico de Enfermagem, envolvia a identificação das necessidades básicas afetadas e a determinação do grau de dependência do paciente para o atendimento dessas necessidades.  Década de 80: grupos de estudiosos da Paraíba e São Paulo desenvolveram dissertações sobre o tema. Foi realizado simpósios nacionais e cursos extra-curriculares, fomentando a inclusão do assunto na graduação.  No Paraná o grupo (GEMA) Grupo de Estudos sobre Metodologia da Assistência e a ABEN organizaram um Simpósio Nacional sobre Diagnósticos de Enfermagem.(1998)
  8. 8. Introdução:  Você procura um enfermeiro e diz estou com dor na barriga e diarréia. Na mente o enfermeiro revisa nas possíveis causas destes sintomas. 1. O que você comeu? 2. Onde está doendo?  O enfermeiro começa o exame físico, conclui que você tem uma virose, então faz orientações para o tratamento.
  9. 9. Diagnóstico Médico X Diagnóstico de Enfermagem  Diagnóstico Médico 1. Descreve o processo de doença 2. Orientado para a patologia 3. Mantém-se constante 4. Guia as ações médicas 5. Complementa o D.E. 6. Sistema de classificação bem definido  Ex: Pneumonia  Diagnóstico de Enfermagem 1. Descreve uma resposta individual 2. Orientado para o indivíduo 3. Muda com as respostas 4. Guia o cuidado independente 5. Complementa o Diag.Médico 6. Não é ainda universalmente aceito  Ex: Eliminação traqueobrônquica ineficaz Fonte:Profª. Drª. Cristine Alves Costa de Jesus
  10. 10. Diagnóstico de Enfermagem  Proporciona ao enfermeiro um plano de ação, que o aproxima de seu objeto de trabalho através de ações anteriormente refletidas, embasado nos problemas detectados no paciente e, portanto, a produtividade espelha a sensível melhora no processo de trabalho através da qualidade das ações (CROSSETTI, 1995).
  11. 11. Diagnóstico de Enfermagem  É através desta etapa que se torna possível a conclusão do levantamento de dados envolvendo raciocínio e julgamento e é neste sentido que o diagnóstico de enfermagem se se torna imprescindível para descrever a relação de ajuda na prática clínica.  A Associação Norte Americana dos Diagnósticos de Enfermagem (NANDA) desenvolveu um sistema de classificação dos diagnósticos que propõe a universalização dos problemas encontrados nos pacientes pelos enfermeiros e diante das várias definições surgidas na literatura afirmando que o diagnóstico de enfermagem é “um julgamento clínico sobre as respostas do indivíduo, da família ou da comunidade aos problemas de saúde/processos vitais, reais ou potenciais.
  12. 12. Sistema de Classificação  Define o conjunto de conhecimentos por que uma profissão é responsável, identificando seu domínio e oferecendo uma estrutura referencial comum.  O propósito desta taxonomia é oferecer um vocabulário para a classificação para classificar os fenômenos.
  13. 13. Diagnóstico de Enfermagem  O diagnóstico de enfermagem proporciona seleção das intervenções de enfermagem visando ao alcança dos resultados pelos quais a enfermeira é responsável” (CARPENITO, 2002, p. 33).
  14. 14. Diagnóstico:  Concluímos que a precisão do diagnóstico está diretamente ligada na investigação.  O enfermeiro deve ter a capacidade de pensar em todas as explicações para a situação.  Com estas possibilidades o enfermeiro prosseguirá, para confirmar ou eliminar essas hipóteses com hipóteses com perguntas e observações.
  15. 15. Significado: O diagnóstico é a segunda etapa do processo de enfermagem. Envolve a análise dos dados. É um título ou uma afirmação sobre o estado de saúde do paciente. Os diagnósticos de enfermagem são títulos específicos usados pelos enfermeiros para descrever a condição do paciente ou de uma família.
  16. 16. O diagnóstico de Enfermagem é o julgamento clínico sobre a resposta do indivíduo, da família ou da comunidade a problemas de saúde reais ou potenciais ou processo de vida.  O diagnóstico de enfermagem proporciona a base para a seleção de intervenções de enfermagem visando atingir resultados pelos quais o enfermeiro é responsável. (NANDA,1990)  O julgamento clínico é a opinião que o enfermeiro formula com base nos dados clínicos.
  17. 17. Modelo Clínico Bifocal(Carpenito):  Carpenito(1983) introduziu um modelo para a prática que descreve o foco dos enfermeiros profissionais. Esse modelo identifica dois tipos de situações dos pacientes nas quais os enfermeiros intervêm. 1. O enfermeiro é principalmente quem prescreve. 2. Ele deve colaborar com o médico para o tratamento conjunto.  Para Carpenito existem 3 tipos de DE: 1. Atual: quando está presente e identificável. 2. Potencial: quando poderá se desenvolver caso não ocorra uma intervenção de enfermagem apropriada. 3. Possível: quando dados levantados ainda não são suficientes para sua determinação e requerem aprofundamento do histórico.
  18. 18. Tipos e Componentes Diagnósticos de Enfermagem
  19. 19. Tipos:  Existem 5 tipos de Diagnóstico de Enfermagem: 1. Reais 2. Risco 3. Possíveis 4. Saúde 5. Síndrome
  20. 20. Diagnóstico de Enfermagem Real:  É um problema que foi confirmado pela presença de características definidoras maiores (sinais e sintomas).  O diagnóstico de enfermagem real apresenta: 1. Título 2. Definição 3. Características definidoras 4. Fatores relacionados
  21. 21. 1. Título:  São termos claros e concisos que transmitem o significado do diagnóstico .  A NANDA Internacional é responsável pelos títulos. Fonte para pesquisa: www.nanda.org
  22. 22. 2. Definição:  A definição deve acrescentar a clareza ao título diagnóstico.  Deve auxiliar a diferenciar um diagnóstico do outro.
  23. 23. 3. Característica Definidoras:  São sinais e sintomas que, quando vistos juntos, representam um diagnóstico de enfermagem.  As características definidoras são divididas em maiores e menores. 1. Maiores: pelo menos uma deve estar presente para validar o diagnóstico. 2. Menores: elas proporcionam evidências de apoio, mas podem não estar presentes.
  24. 24. 4. Fatores Relacionados:  São itens que causaram ou contribuíram para a mudança no estado ou no problema de saúde.  São agrupados em 4 categorias. 1. Fisiopatológicos: distúrbios biológicos ou transtornos psicológicos. 2. Relacionados ao tratamento: medicamentos 3. Situacionais: ambientais, domésticos,etc 4. Maturacionais: relacionados à idade
  25. 25. Exemplo:  Déficit no autocuidado: Alimentação.  Integridade da Pele Prejudicada relacionada à imobilidade prolongada.  Ansiedade relacionada à cirurgia programada evidenciada pelo andar compassado e a fala rápida.
  26. 26. Diagnóstico de Enfermagem de Risco  É o julgamento clínico de que o indivíduo, a família ou a comunidade têm mais vulnerabilidade para desenvolver o problema do que outros na mesma situação ou em condição similar (NANDA, 2005).
  27. 27. Diagnóstico de Enfermagem de Risco  O diagnóstico de risco representa um indivíduo que é mais suscetível ao desenvolvimento do problema. O foco de enfermagem é evitar o problema.  Ex: cirurgias(infecção)  É um problema em potencial que é confirmado pela presença de fatores de risco.
  28. 28. Componentes dos Diagnósticos de Enfermagem de Risco  Possui título, definição e fatores de risco.  Diagnósticos de Enfermagem de Risco não tem características definidoras(sinais e sintomas). Fatores de Risco  Representam situações ou itens que aumentam a vulnerabilidade do paciente ou grupo.
  29. 29. Exemplo:  Risco de infecção relacionado ao local de invasão do organismo.  Risco de lesão relacionada à falta de conscientização sobre os perigos.
  30. 30. Diagnóstico de Enfermagem de Alto Risco  Representa um indivíduo suscetível ao desenvolvimento do problema.  Ex: pacientes cirúrgicos têm como diagnóstico de enfermagem RISCO PARA INFECÇÃO entretanto pacientes com desnutrição, câncer, obesidade, possuem alto risco.
  31. 31. Exemplo:  Alto risco para integridade da pele prejudicada relacionada a imobilidade secundária a fratura.
  32. 32. Diagnóstico de Enfermagem Possíveis:  São declarações que descrevem um problema suspeitado que exige a coleta de mais dados.  São tentativas de DE e constituem opção para o estudante e para enfermeiros clínicos.  Os fatores relacionados são aqueles que levam a suspeitar que o diagnóstico possa estar presente.
  33. 33. Exemplos:  Possível Imagem do Corpo Perturbada relacionada a Comportamentos de Isolamento pós- cirurgia.  Possível paternidade Prejudicada relacionada a interações inapropriadas.
  34. 34. Diagnóstico de Enfermagem de Saúde:  Constitui um julgamento clínico sobre o indivíduo, o grupo ou a comunidade em transição de um nível específico de saúde para o outro mais elevado. (NANDA,2005)  Diagnóstico de Enfermagem de Saúde têm apenas um título e uma definição.  Os DE de Saúde têm os seguintes critérios: 1. O desejo de aumento de saúde. 2. Estar presentemente saudável.
  35. 35. Exemplo:  Disposição para a Maternidade Aumentada.  Disposição para a Nutrição Aumentada.  Disposição para Nutrição Melhorada.
  36. 36. Diagnóstico de Enfermagem de Síndrome:  Este é um grupo de diagnósticos de enfermagem ou de risco previstos relacionados com determinado evento ou situação.  Atualmente a NANDA tem 5 diagnósticos de enfermagem de síndrome: 1. Síndrome do Desuso 2. Síndrome Pós-trauma 3. Síndrome do Trauma de estrupo 4. Síndrome pelo Estresse por Mudança 5. Síndrome da Interpretação Ambiental Prejudicada.
  37. 37. Estudo de Caso:
  38. 38. Exemplo:  A.P.S.; 57 anos; branca; viúva; 2 filhos; do lar; 1º grau incompleto; brasileira; admitida neste serviço em 25 de outubro de 2000, proveniente de uma clínica em outro município, acompanhada de seu filho. Lúcida, orientada no tempo e no espaço, cooperante; hipocorada; hipohidratada; dispnéica (30 irpm); taquicárdica (130 bpm); hipertensa (130 X 90 mmhg); febril (38º C). Emagrecida, porém, com bom aspecto de higiene; úlcera de pressão grau I em região sacro-coccígena sem sinais flogísticos; tórax simétrico; extremidades quentes e pulsos periféricos presentes. Força muscular mantida nos MMSS, discreta paresia à direita. Murmúrios vesiculares audíveis com roncos esparsos. Abdome flácido, indolor sem viceromegalias. Genitália com presença de escoriações. MMII sem edema, panturrilhas livres.
  39. 39. Entubada, com SNE para suporte nutricional, acesso venoso profundo em subclávia direita, sonda vesical de demora com baixo débito urinário. Foi acoplada à prótese ventilatória (EVITA), o que reduziu a FR para 16 ipm. SPO2=98%. Glicemia capitar de 478 mg/UI. Instalado dripping de SF 0,9% + Insulina regular e SG 5% + KCE 10% - 20ml. Ao ECG apresenta taquicardia sinusal. Paciente portadora de Diabetes Mellitus, AVE prévio (mais ou menos 1 ano); hipertensão arterial Fazia uso no domicílio de Daonil 5mg; Captoril 150 mg/dia; Atenolol 100 mg/dia; Aldomet 750 mg/dia segundo o relato do filho. Relata também que no seu domicílio saneamento básico. Não é tabagista e nem etilista. Família presente e cooperante.
  40. 40. DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM  Troca de gases prejudicada: Apresenta-se sonolenta e com inabilidade para remover secreções;  Déficit de auto-cuidado, higiene corporal e íntima: A cliente apresenta incapacidade para movimentação, diminuição da força muscular e restrição imposta pela terapêutica;
  41. 41. DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM  Nutrição alterada, ingesta menor que as necessidades: A cliente apresentou perda de peso, diminuição do tônus muscular, peristalse aumentada;  Diarréia: Ao reintroduzir a dieta oral, a cliente apresentou freqüência fecal aumentada e fezes líquidas;  Comunicação verbal prejudicada: Apresentou dificuldade em manter padrão de comunicação por estar entubada;
  42. 42. DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM  Potencial para infecção: Defesa primária insuficiente (solução de continuidade), defesa secundária insuficiente (leucopenia). Doença crônica como Diabetes Mellitus e procedimento invasivo, feito do setor de internação, como cateterismo vesical, entubação e punção venosa profunda;  Integridade da pele prejudicada : Apresenta úlcera de pressão grau II em região sacro-coccígena;
  43. 43. Obrigada!

O que é base diagnóstico?

Antes de tudo, o diagnóstico de base é em um processo que analisa cenários onde são vistos todos os problemas possíveis. Então, para a melhorar os processos internos de cadastros e apresentações de alternativas para agilizar os resultados na base de sua empresa.

O que compoe um diagnóstico de enfermagem?

Ele é composto por:.
Título, que deve trazer uma frase curta ou um termo que represente um padrão de indicadores relacionados;.
Definição, que consiste em uma descrição clara e precisa do diagnóstico realizado;.
Características definidoras, que são as evidências clínicas ou sintomas observados..

Como se faz o diagnóstico?

Como fazer diagnósticos?.
Como fazer diagnósticos – Passo 1. 1.1. Extrair a Ideia Central..
Como fazer diagnósticos – Passo 2. 2.1. Listar as principais causas..
Como fazer diagnósticos – Passo 3. 3.1. Relacionar hipóteses e dados clínicos..
Como fazer diagnósticos – Passo 4. 4.1. Testar hipóteses com exames..

Quais são as duas partes do diagnóstico de enfermagem?

Resposta verificada por especialistas O diagnóstico de enfermagem possui uma parte focada no diagnóstico e outra relativa ao modificador. Possui ainda um título, que nada mais é do que uma frase pequena, ou até mesmo termo, que representa um padrão de indicadores relacionados.