Qual a importância de se preocupar com a segurança no transporte de cargas?

Qual a importância de se preocupar com a segurança no transporte de cargas?

3 de dez

Segunda parte do Painel Caminhões e Ônibus no WEB FÓRUM SAE BRASIL debateu o uso de softwares na prevenção de acidentes em veículos comerciais

Na realidade de um país que registra cerca de 30 mil mortes/ano por acidentes de trânsito, segundo dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), o WEB FÓRUM SAE BRASIL trouxe para o debate, durante a manhã do segundo dia do evento, a conectividade e a segurança em veículos comerciais na segunda parte do Painel Caminhões e Ônibus.

Com a entrada da Internet das coisas (IoT), Big Data, implementação da tecnologia 5G, startups, indústria e parceiros apresentam soluções remotas, nas quais a integração com os veículos se faz extremamente necessária para o setor da mobilidade. A conectividade passa a ter um papel primário para a continuidade e desenvolvimento deste modelo de negócios. Para discutir essa temática, o Painel reuniu o Vice-presidente R&D da Daimler Trucks China, Marcus Kliewer; o Diretor de Manutenção da Viação Cometa, Julio Scalisse; o Coordenador de Inovação da Tegma Gestão Logística, José Carlos de Souza Filho; e o Head de Inovação da Marcopolo, Petras Amaral Santos, com a moderação do membro da Comissão de Segurança Veicular da SAE BRASIL, Óliver Schulze.

Os participantes apresentaram ferramentas e tecnologias disponíveis no mercado que atuam na prevenção de acidentes e na ampliação da segurança para o condutor do veículo e para aqueles que estão a sua volta.

De acordo com dados apresentados durante a Semana Nacional de Trânsito (SNT) 2020, promovida pelo Denatran, o Brasil registrou uma queda anual de 7% nas mortes por acidentes de trânsito no período entre 2015 e 2019. “Essa redução nos acidentes é resultado de uma fiscalização mais rigorosa, somada a atributos de segurança que foram colocados em forma de lei”, destacou o vice-presidente R&D Daimler Trucks China, Marcus Kliewer.

Segundo ele, a principal causa de acidentes de trânsito no Brasil, de acordo com estatísticas, é a falta de atenção ao dirigir, seguida por velocidade incompatível e ingestão de álcool. “Para nós, como engenheiros, fica a pergunta: o que podemos fazer? Nosso trabalho hoje é com o objetivo de preservar vidas, desenvolvendo tecnologias que auxiliem no aumento da segurança no trânsito”, salientou Kliewer.

“Hoje estamos focados em adicionar tecnologias que protejam a vida do motorista dentro da cabine, mas o movimento futuro, a maneira de pensar em segurança muda um pouco, no sentido de olhar ao redor do veículo. Com a introdução do modelo autônomo nas ruas, a quantidade de algoritmos, sensores e câmeras que detectem o que acontece ao redor vai ficar muito maior”, apontou.

O diretor de Manutenção do Grupo JCA, Julio Scalisse destacou que a maior parte dos ônibus utilizados pela empresa já possuem o pacote de ferramentas e tecnologias que auxilia na gestão do dia a dia, mas a empresa notou uma deficiência interna em transformar esse pacote em um ativo valoroso para o negócio.

“O nosso principal ativo são os ônibus. A gestão desses veículos gerou uma transformação cultural, alinhada aos objetivos estratégicos e ao comportamento do ciclo de vida dos ônibus, visando extrair o máximo valor que eles são capazes de gerar no tempo que estiverem a serviço da organização”, definiu Scalisse.

Com isso, foi criado um esquema de gestão que busca cuidar do ônibus desde a aquisição, a utilização e o descomissionamento. “Temos internamente um departamento de engenharia de pré-venda, que faz a analise junto aos fornecedores para saber se esse ativo vai operar assim que for adquirido e se ele atende as necessidades da rota que utilizamos”, explicou.

Tendências e necessidades da mobilidade

O aumento da população se reflete em um número maior de pessoas que necessitam da mobilidade nas cidades, fator que fará com que seja necessária a revisão da lógica dos veículos nesses centros urbanos.

“A pandemia já nos mostrou um aumento na demanda por mobilidade de produtos. Tivemos um exemplo da competição entre motocicletas e pequenos caminhões disputando espaço com o transporte de pessoas. Precisaremos de uma reorganização desse sistemas”, ressaltou o Business Head da Marcopolo, Petras Amaral.

Hoje, segundo ele, vivemos a Mobilidade 4.0, que está baseada no crescimento dos dados, muito orientada pelo Big Data, integração dos modais e a tendência da mobilidade como serviço. “Toda essa complexidade faz com que tenhamos uma convergência de indústria e tecnologia, com essa digitalização dos dados, que se tornam menos analógicos do que digitais. Todos esses fatores fazem com que tenhamos que reorganizar a mobilidade baseados nesses dados, fazendo com que a cidade flua com uma inteligência de integração”, explicou. “Os modais precisam se enxergar pela conectividade e de acordo com a mudança de comportamento do usuário, o que muda todo o sistema”.

Complexidade e importância da segurança no transporte de cargas

De acordo com o coordenador de Inovação da Tegma Gestão Logística, José Carlos de Souza Filho, o que torna a gestão de transportes de carga tão complexa é que as empresas precisam considerar fatores internos e externos e contratempos, o que reforça a importância da prevenção para maximizar eventuais problemas.

“Diferentes circunstâncias podem comprometer a movimentação de cargas. Compreendê-las é o primeiro passo para elencar as melhores soluções e saber como amenizá-las”, explanou.

Algumas ações, como promover treinamento dos motoristas, contratar um seguro de carga, realizar manutenção preventiva nos caminhões e ter um plano de gerenciamento de riscos auxiliam no aumento da segurança no transporte de cargas. “Quando analisamos a segurança do transporte temos a tendência de pensar em ações que demandam grandes investimentos e hoje há no mercado soluções e iniciativas simples, que podem trazer segurança operacional para todo o tipo de situação”, reforçou.

“Preocupar-se com a segurança no transporte nunca é demais, afinal o que o empresário deseja é saber que o fluxo produtivo do seu negócio acontece em perfeita ordem, sinergia e eficiência. Dessa maneira é possível ter mais lucro, atender clientes com excelência, expandir sua atuação e, assim, se tornar mais competitivo e relevante no mercado”, sustentou.

É certo que a segurança é um ponto de atenção e um desafio para todo o setor de mobilidade, pois implica em um olhar mais focado em soluções que garantam o bem-estar não apenas do condutor dos veículos, mas também de toda a sociedade inserida  no trajeto dele. O uso da conectividade é o caminho mais rápido e seguro para alcançar esse objetivo, por meio do desenvolvimento de ferramentas que, com análise das informações coletadas, ofereçam soluções ágeis e efetivas para garantir maior segurança no trânsito.

Qual importância da segurança no setor de transportes?

Esse cuidado ajuda não só na recuperação do volume, como pode salvar a vida do motorista. Além disso, com um monitoramento eficiente, é possível detectar acidentes ou outros problemas que atrapalhem o ciclo de entrega.

Quais atitudes são importantes para garantir a segurança no transporte de cargas?

4 dicas e ações para manter a segurança no transporte de cargas.
Faça um bom planejamento. Planejar toda a gestão logística da empresa é essencial para garantir a eficiência e segurança dessa atividade. ... .
Mantenha a manutenção em dia. ... .
Capacite os motoristas. ... .
Monitore os veículos..

Qual a importância do transporte de cargas?

Como você bem sabe, o transporte de cargas é um elemento fundamental no setor logístico. Além de viabilizar a entrega de matérias-primas para produção das mercadorias, ele consolida o elo final da cadeia de suprimentos, efetuando a distribuição dos artigos acabados.

Qual a importância do planejamento e do controle dos transportes de cargas?

Vantagens da tecnologia para o controle de cargas Planejamento e controle são cruciais para evitar logística reversa, desperdícios e problemas com a entrega de produtos errados. Planejar entregas é uma excelente estratégia para otimizar rotas e minimizar custos.