Qual a principal vantagem da coleta de informações utilizando dados secundários?

Qual a principal vantagem da coleta de informações utilizando dados secundários?

O debate acerca do papel do pesquisador e suas técnicas de investigação prepara o terreno para a discussão das questões envolvidas na coleta de dados. Os passos dessa coleta incluem recolher informações através de observações e entrevistas, documentos e materiais visuais, bem como estabelecer protocolos para registrar e produzir informações.

Os dados são o resultado final dos processos de observação e experimentação. Sendo assim, a coleta de dados é um  procedimento lógico da investigação empírica que consiste em  selecionar técnicas de recolha e tratamento da informação adequadas, ponderando a sua utilização para fins específicos.

No entanto, os métodos de coleta de dados, que tradicionalmente são baseados em observações, entrevistas e documentos, agora incluem um vasto leque de materiais, como sons, e-mails, álbum de recortes e outras formas emergentes. Ademais, como veremos adiante neste post, as técnicas de recolha de dados possuem conjuntos de procedimentos bem definidos, dos mais gerais aos mais específicos, todos destinados a produzir certos resultados na coleta e no tratamento da informação requerida pela atividade investigativa.

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1-Análise de dados: procedimentos básicos

Os procedimentos básicos de coleta na pesquisa envolvem quatro tipos:

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  • Seleção: Exame minucioso dos dados. Verificação crítica que tem por finalidade detectar falhas ou erros, evitando informações confusas, distorcidas, incompletas, que podem prejudicar o resultado da pesquisa, como a grande quantidade de dados desordenados e as instruções mal compreendidas;
  • Codificação: Operação utilizada para classificar os dados que se relacionam. Com a codificação, os dados são transformados em símbolos, podendo depois ser tabelados e contados (atribuição de códigos, números e letras);
  • Tabulação: Disposição dos dados em tabelas, quadros e gráficos para facilitar a verificação das interrelações entre eles.
  • Análise: Atividade intelectual que busca dar um significado amplo às respostas, vinculando-se a outros conhecimentos e teorias. Em outras palavras, trata-se da exposição e interpretação do significado do material apresentado.

É preciso ressaltar que a validação dos dados de pesquisa ocorre em cada um desses procedimentos básicos. São eles que vão proporcionar a precisão e a credibilidade dos resultados de análise.



2-A tipologia dos dados

Antes de entrar em campo, os pesquisadores planejam sua coleta de dados. A proposta deve identificar que tipo de dados o pesquisador vai registrar e os procedimentos para registrá-los. Como vimos na exposição dos procedimentos básicos, na interpretação de dados deveremos produzir um resumo verbal ou numérico ou usar métodos gráficos para descrever as suas principais características. Mas, o método mais apropriado dependerá da natureza dos dados, em que podemos distinguir dois tipos fundamentais: os dados qualitativos e os dados quantitativos.

  • Dados qualitativos: “Os dados qualitativos representam a informação que identifica alguma qualidade, categoria ou característica, não susceptível de medida, mas de classificação, assumindo várias modalidades.” (MORAIS, s/d, p. 8).
  • Dados quantitativos: “Os dados quantitativos representam informação resultante de características susceptíveis de serem medidas, apresentando-se com diferentes intensidades, podendo ser de natureza descontínua (ou discreta) ou contínua.” (MORAIS, s/d, p. 9).


Antes de adentrarmos em cada uma das técnicas que apresentaremos abaixo, é preciso mencionar que há adequações procedimentais quanto ao tipo de dado, podendo ser qualitativo/quantitativo ou documental/não-documental. Essas diferenças implicam processos distintos em uma investigação científica.

Nas técnicas documentais são efetuadas a recolha e análise bibliográfica e a recolha e análise documental. Já nas técnicas não-documentais são realizados os inquéritos, as entrevistas as análises de conteúdo, as observações (in)diretas, entre outros recursos.

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4-Técnicas Não-Documentais


A)Observação

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“A observação é sistematicamente organizada em fases, aspectos, lugares e pessoas, relaciona-se com proposições e teorias sociais, perspectivas científicas e explicações profundas e é submetida ao controle de veracidade, objetividade, fiabilidade e precisão.”(AIRES, 2015, p. 25).

O método de recolha de dados por observação é um método em que o investigador observa os participantes no seu ambiente natural ou contextos “artificiais” criados para o efeito, como os laboratórios. É uma estratégia muito valorizada na investigação em educação, já que nem sempre o que as pessoas dizem que fazem é aquilo que realmente executam. Este método (ou conjunto de métodos) pode ser utilizado quer em investigação quantitativa, quer em investigação qualitativa, dependendo do processo utilizado:

Observação Quantitativa: Neste caso, o processo de recolha de dados é completamente normalizado, tudo é planejadamente regularizado (quem e o que se observa), existindo grelhas padronizadas de registro, como na utilização de procedimentos de amostragem ou de ocorrência de determinado comportamento. Tais procedimentos requerem uma observação estruturada, ou seja, observação em que o observador sabe o que procura e o que considera importante e para isso utiliza instrumentos técnicos específicos para a recolha de dados ou dos fenômenos a observar. Estes procedimentos são muito utilizados, por exemplo, na observação de comportamentos de docentes e aprendizes em sala de aula.

Observação Qualitativa: Este tipo de abordagem tem um carácter mais exploratório e aberto no ato do investigador efetuar anotações de campo, ou seja, uma observação não-estruturada. Nesse caso, o investigador pode assumir papeis diferentes, dependendo dos objetivos que ele pretende atingir, podendo ser mais ou menos participante nesse contexto (participante completo, participante-como-observador, observador-como-participante ou completamente observador). Logo, o observador qualitativo também pode se envolver em papéis que variam de não-participante até integralmente participante.

De qualquer forma, o pesquisador escolhe um cenário de seu interesse, para depois tomar notas sobre comportamentos e atividades das pessoas do cenário escolhido, fornecendo observações múltiplas durante a realização do seu estudo qualitativo. Para isso também é utilizado um protocolo ou formulário para registrar as informações, que pode consistir em “uma única página com uma linha divisória no meio para separar as notas descritivas […].” (CRESWELL, 2007, p. 193).

Depois de executadas essas duas fases, há o tratamento dos protocolos recolhidos, que consiste “na reflexão teórica sobre os aspectos observados, bem como na formulação de conexões entre as diversas dimensões das realidades observadas” (AIRES, 2015, p. 25-26). Para tanto, é preciso sistematizar a coleta de dados nos registros produzidos em campo, começando por segmentar o texto para reconhecer as unidades de sentido presentes nas descrições efetuadas. Posteriormente, essas unidades de sentido devem ser reorganizadas num plano de análise, no intuito de avaliar a frequência de cada uma das ações e condições encontradas durante o período de vivência. Após esclarecidas tais recorrências, o investigador pode iniciar a leitura do plano de análise que comporá sua análise.


B)Entrevista

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A entrevista compreende o desenvolvimento e uma interação de significados em que as características pessoais do entrevistador e do entrevistado influenciam decisivamente em seu curso: “A entrevista nasce da necessidade que o investigador tem de conhecer o sentido que os sujeitos dão aos seus atos e o acesso a esse conhecimento profundo e complexo é proporcionado pelos discursos enunciados pelos sujeitos.” (AIRES, 2015, p. 29).

Trata-se de um recurso delicado, em que o entrevistador tem de conseguir criar uma atmosfera de confiança com o entrevistado, caso contrário, os resultados obtidos vão ter pouca credibilidade. L. Aires menciona três características básicas que podem diferenciar as entrevistas: “a) as entrevistas desenvolvidas entre duas pessoas ou com um grupo; b) as entrevistas que abarcam um amplo conjunto de temas (biográficas) ou que incide em um só tema (monotemáticas);  c) as entrevistas que se diferenciam consoante o maior ou menor grau de predeterminação ou de estruturação das questões abordadas.” (AIRES, 2015, p. 28).

Nessa última característica incide o fato de a entrevista poder ser atrelada a um método quantitativo ou qualitativo:

Entrevistas Quantitativas: São entrevistas padronizadas ou estruturadas, que usam questões fechadas em que o entrevistado tem um protocolo de entrevista que é aplicado a todos os participantes. Nesse caso, o protocolo de entrevista é muito semelhante a um questionário, sendo que a principal diferença é que as questões são lidas pelo entrevistador (típico nas entrevistas presenciais ou telefônicas).

Entrevista Qualitativa: São entrevistas baseadas em perguntas abertas, podendo estas dividirem-se em 3 tipos: conversação informal (mais ou menos estruturada), guia de entrevista/semi-estruturada (inclui um protocolo, que não tem de ser aplicado de forma ordenada), aberta padronizada, em que a formulação das questões pode ser alterada, bastando para tanto que se extraia as visões e as opiniões dos participantes. Ou seja, não se trata de um simples registro de falas já que “o papel do entrevistador deve ser reflexivo, pois a renegociação permanente das regras implícitas ao longo da interacção conduz à produção de um discurso polifónico.” (AIRES, 2015, p. 32).

O protocolo de entrevista pode incluir os seguintes componentes  básicos: “cabeçalho, instruções iniciais para o entrevistador, as principais questões de pesquisa, instruções para aprofundar as principais perguntas, questões alternativas para o entrevistador, espaço para registrar os comentários  e espaço no qual o pesquisador registra notas reflexivas.” (CRESWELL, 2007, p. 194).

Conforme proposto por Nicolaci da Costa (et al.) (2009), a análise de entrevistas pode ser realizada em duas etapas complementares. A primeira, a etapa “inter-participantes”, consiste na análise das semelhanças das respostas dadas pelo grupo como um todo, enquanto a segunda, denominada de etapa “intra-participantes”, se centra na análise detalhada das peculiaridades de cada uma das entrevistas individuais. Na primeira etapa, emergem categorias que dão visibilidade aos valores gerais do grupo e aos quais os entrevistados pertencem. Na etapa intra-participantes, por sua vez, deve ser realizada uma análise sistemática das respostas individuais para promover comparações com as informações de outros documentos. É preciso ressaltar que as informações extraídas das entrevistas precisam ser comparadas com outras fontes de informação para buscar inconsistências, contradições, tendências, novos conceitos ou novos usos de linguagem no discurso de cada um dos entrevistados e nos demais documentos analisados. Por isso é importante que os protocolos de entrevista estejam alinhados às dimensões e categorias do plano de análise da pesquisa, só assim é que se elaborara perguntas e apontamentos que sirvam especificamente aos principais eixos temáticos também considerados na análise de outros documentos ao longo da investigação .


C)Questionário

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O questionário, um dos métodos mais usados na área dos estudos educacionais, é um instrumento de recolha de dados por meio de um numero limitado de perguntas que são autopreenchidas pelos participantes. Como muitas questões são mais abstratas e não podem ser respondidas binariamente, ou seja, por meio de sim e não, foi construída as escalas de Linkert, em que o sujeito pesquisado pode responder levando em conta os critérios objetivos e subjetivos dos questionamentos realizados. Normalmente, o que se deseja medir é o nível de concordância ou não concordância à afirmação. O formato típico das escalas de Likert é constituído por 5 níveis: 

  1. Não concordo totalmente
  2. Não concordo parcialmente
  3. Indiferente
  4. Concordo parcialmente
  5. Concordo totalmente

D)Testes

Esta técnica de recolha de dados está relacionada com a investigação quantitativa, uma vez que os objetivos deste tipo de investigação se concentram principalmente com a “testagem” de hipóteses e de correlações estatísticas e causais entre fatos. É considerada uma técnica poderosa, visto que existem inúmeros testes validados, de domínio público, que permitem a recolha de dados numéricos. O recurso a esta técnica incluem testes, cujas características apresentam pontos em comum, nomeadamente as medidas padronizadas, como nos testes de aptidão e de personalidade.


E)Estudo de Caso

O estudo de caso é um dos mais relevantes métodos de pesquisa qualitativa. Este recurso consiste em uma pesquisa sobre um determinado indivíduo, família, grupo ou comunidade que seja representativo de um determinado espaço e tempo, com o intuito de examinar aspectos variados da vida. Essa modalidade pode ser dividida em várias etapas como: formulação do problema, definição da unidade-caso, determinação do número de casos, elaboração do protocolo, coleta de dados, avaliação e análise dos dados e preparação do relatório. Com relação à coleta de dados, o método de estudo de caso pode ser considerado o mais completo dentre todos os outros, pois se vale tanto de dados de pessoas quanto de dados documentais. Assim, são inúmeros os estudos que podem ser classificados sob essa técnica.



5-Técnicas Documentais

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Segundo L. Aires, podemos levantar dois tipos de documentos a serem pesquisados para a recolha de dados: os documentos oficiais e os documentos pessoais. Os documentos oficiais proporcionam “informação sobre as organizações, a aplicação da autoridade, o poder das instituições educativas, estilos de liderança, forma de comunicação com os diferentes actores da comunidade educativa, etc. Já os documentos pessoais integram as narrações produzidas pelos sujeitos que descrevem as suas próprias acções, experiências, crenças, etc.” (AIRES, 2015, p. 42).


A)História de Vida

A história de vida é um tipo de relato que apresenta um carácter geral e é suscitada pelo investigador para fazer “uma análise da realidade vivida pelos sujeitos, conhecer a cultura de um grupo humano ou compreender aspectos básicos do comportamento humano e das instituições.” (AIRES, 2015, p. 41). As fases mais importantes de análise da informação são: “1) depois de produzidos e registados, os relatos são transcritos e analisados; 2) através da leitura do documento, o protagonista corrige, completa e interpreta a sua narrativa sob a orientação do investigador e a seguir, auto-critica-a.” (AIRES, 2015, p. 41-42).


B)Material Audiovisual

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A técnica denominada Photovoice, por exemplo, envolve um processo que utiliza imagens fotográficas captadas pelos participantes da investigação de pessoas com baixo poder sócio-econômico, em que se procura avaliar as necessidades de uma comunidade e induzir a mudança por meio da veiculação da informação aos responsáveis políticos. Por meio da documentação sobre o próprio mundo dos participantes torna-se possível discutir criticamente com os responsáveis políticos as imagens produzidas pelos participantes, e estes podem assim lançar bases para uma mudança social. O método Photovoice tem como premissa teórica os pilares da fotografia documental baseada na comunidade, sobretudo no que se refere à voz e à participação dos vulneráveis. Para mais informações sobre esta técnica acesse https://photovoice.org/


C)Análise Documental 

A análise documental, segundo L. Aires, nos remete à conexão interativa de três tipos de atividades: redução, exposição e extração de conclusões: “A redução de dados implica a selecção, focalização, abstracção e transformação da informação bruta para a formulação de hipóteses de trabalho ou conclusões. A redução de dados realiza-se constantemente ao longo de toda a investigação. Estes dados podem ser reduzidos e transformados, quantitativa ou qualitativamente, de forma diferente. Neste último caso, utilizam-se códigos, resumos, memorandos, metáforas, etc” (AIRES, 2015, p. 46). Nesse sentido, a técnica da análise documental é caracterizada por um processo dinâmico ao permitir representar o conteúdo documental de uma forma distinta da original, gerando assim um novo documento. Ou seja, essa técnica permite criar uma informação nova (secundária) fundamentada no estudo das fontes de informação primária, em um processo que relaciona a descrição bibliográfica, a classificação, a elaboração de anotações e de resumos, e a transcrição técnico-científica.

Para além dos documentos escritos, esta técnica é também aplicada sobre imagens (fotografias, pinturas, mapas), sobre áudio (músicas) e sobre documentos audiovisuais (vídeos). Com as tecnologias da informação e comunicação cada vez mais difundidas na sociedade, os conteúdos digitais também são documentos utilizados pelos investigadores. O processo de validação dos dados provenientes desta variada fonte documental engloba, no entanto, o controle da credibilidade dos documentos e das informações que eles contêm, chamando a atenção especialmente para as informações contidas na Internet, onde a questão da autoria, credibilidade e autenticidade é por muitas vezes difícil de ser estabelecida.



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6-Triangulação de métodos: uma necessidade

Conforme afirma Creswell, a investigação hoje “é menos quantitativa versus qualitativa e mais sobre como as práticas de pesquisa se posicionam em algum lugar em uma linha contínua entre as duas.” (CRESWELL, 2007, p. 22). Porém, as estratégias mistas ainda são menos conhecidas do que as análises quantitativas ou qualitativas.

Creswell esclarece que “o conceito de reunir diferentes métodos provavelmente teve origem em 1959, quando Campbell e Fiske usaram métodos múltiplos para estudar a validade das características psicológicas. Eles encorajaram outros a empregar seu ‘modelo multimétodo’ para examinar técnicas múltiplas de coleta de dados em um estudo. Isso gerou outros métodos mistos, e logo técnicas associadas a métodos de campo, como observações e entrevistas (dados qualitativos), que foram combinadas com estudos tradicionais (dados quantitativos)” (CRESWELL, 2007, p. 31).

Nascia dessa forma a triangulação das fontes de dados como um meio para buscar convergências entre os métodos qualitativos e quantitativos. A partir dessa triangulação de métodos surgiram razões adicionais para reunir diferentes tipos de dados, pois os resultados de um método podem ajudar a desenvolver ou informar outro método: “um método pode ser melhor acomodado dentro de outro método para gerar informações em diferentes níveis ou unidades de análise. Ou os métodos podem servir a um objetivo transformador maior, para mudar e defender grupos marginalizados, como mulheres, minorias étnicas/raciais, membros de comunidades gays e lésbicas, pessoas com deficiências e os pobres.” (CRESWELL, 2007, p. 32).

Há, ainda segundo Creswell (2007, p. 32), três estratégias gerais de triangulação que merecem menção:

  • Procedimentos seqüenciais, nos quais os pesquisadores tentam elaborar ou expandir os resultados de um método com outro método. Isso pode significar começar com um método qualitativo para fins exploratórios e continuar com um método quantitativo usando uma amostra maior, de forma que o pesquisador possa generalizar os resultados para uma população;
  • Procedimentos concomitantes, nos quais o’pesquisador faz a convergência de dados quantitativos e qualitativos a fim de obter uma análise ampla do problema de pesquisa. Nesse projeto, o investigador coleta as duas formas de dados ao mesmo tempo durante o estudo e depois integra as informações na interpretação dos resultados gerais;
  • Procedimentos transformadores, no qual o pesquisador usa uma lente teórica, em perspectiva integradora, dentro de um projeto que contenha dados quantitativos e qualitativos. Essa lente fornece uma estrutura para tópicos de interesse, métodos de coleta de dados e resultados ou mudanças previstos pelo estudo. Dentro dessa lente pode estar um método de coleta de dados que envolva uma técnica sequencial ou concomitante.
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7-Gerenciamento de Referências

Devido à grande quantidade de bases de dados e de publicações disponíveis, torna-se necessário utilizar ferramentas que auxiliem na gestão das referências bibliográficas
de uma maneira fácil e padronizada. Há três softwares de gerenciamento bibliográfico utilizados com muita frequência por pesquisadores acadêmicos, são eles: Mendeley, EndNote e Zotero. Esses softwares facilitam o trabalho dos pesquisadores, possuem ferramentas que facilitam as buscas, a organização e a análise dos artigos.

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O Mendeley, por exemplo, surgiu em 2008 e apresenta uma combinação de aplicação desktop e um Website. O desktop é instalado no computador do usuário. Já o Website serve para auxiliar pesquisadores no gerenciamento, compartilhamento e acesso a dados relacionados com determinada pesquisa. Esse software permite gerar estatísticas relacionadas ao número de artigos encontrados, regiões geográficas, identificação de leitores por área, autores que estão pesquisando sobre o tema de interesse, entre outros. O Mendeley trabalha com redes sociais, que possibilitam a interação entre a comunidade e os responsáveis pela ferramenta. Essa interação, sugere melhorias, quais sejam: a extração de metadados e a busca de textos em formato PDF completos. Ver o tutorial abaixo:

Mendeley-Teaching-Presentation-pt-br



Referências

ABEYASEKERA, Savitri. Quantitative analysis approaches to qualitative data: why, when and how. 2000. Available at http://www.reading.ac.uk/ssc/.

COSTA, A. M. N. (et al.). Uso de Entrevistas On-Line no Método de Explicitação do Discurso Subjacente (MEDS). Psicologia: Reflexão e Crítica, v. 22, n. 1, 2009, pp. 36-43.

CRESWELL, John W.. Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. Tradução Luciana de Oliveira da Rocha.. 2. ed.. Porto Alegre: Artmed, 2007.

MORAIS, Carlos . Descrição, análise e interpretação de informação quantitativa: Escalas de medida, estatística descritiva e inferência estatística. Bragança: Escola Superior de Educação – Instituto Politécnico de Bragança, s/d.

AIRES, L. Paradigma qualitativo e práticas de investigação educacional. Lisboa: Universidade Aberta, 2015.


Sites Consultados

http://wiki.ua.sapo.pt/wiki/T%C3%A9cnicas_e_Instrumentos_de_Recolha_de_Dados_na_Investigacao_em_Educacao

http://mienlopes.blogspot.com.br/2011/01/metodos-de-recolha-de-dados.html

https://docente.ifrn.edu.br/andreacosta/desenvolvimento-de-pesquisa/metodologia-da-pesquisa


Qual a principal vantagem da coleta de informações utilizando dados secundários?

O que é coleta de dados secundários?

Os dados de pesquisa secundários são aqueles que já foram coletados, tabulados, ordenados e até mesmo analisados, com outros objetivos que não os da pesquisa em questão.

São vantagens da utilização de dados secundários exceto?

1a Questão (Ref.: 201806040457) São vantagens da utilização de dados secundários, EXCETO: Produtividade Histórico de informações Baixo custo Existência de várias fontes Volume de dados disponíveis 2a Questão (Ref.: 201806037500) São considerados sistemas de dados internos, EXCETO: Cadastro de clientes Inteligência de ...

Quais são as diferenças entre a coleta dos dados primários e dos dados secundários?

Os dados primários são coletados em primeira mão por quem está fazendo ou auxiliando na pesquisa/estudo de mercado. Por outro lado, os dados secundários são dados que já foram coletados anteriormente em outras pesquisas e que podem ser utilizados para auxiliarem em novos estudos ou pesquisas.

O que dados secundários?

Dados secundários são aqueles que já foram coletados e analisados. A análise de dados secundários normalmente será baseada em fontes governamentais, a exemplo do IBGE e IPEA. Uma empresa que faz pesquisa de dados secundários poderá consultar levantamentos externos.