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As singularidades geológicas, geográficas e climáticas da Antártida fazem do continente gelado, além de uma das paisagens mais incríveis de todo o planeta, um verdadeiro laboratório a céu aberto, onde importantes pesquisas científicas são realizadas por diversos países. Atualmente, 70 bases permanentes espalhadas pelos 14 milhões de quilômetros quadrados da superfície do continente representam 29 países, e recebem cientistas do mundo inteiro, para estudarem o clima, os mares, a vida marinha, bem como o próprio continente, e realizarem experimentos se valendo das temperaturas mais geladas de toda a Terra. A base argentina Almirante Brown, originalmente a mais antiga da Antártida A Base Esperanza, uma das mais que possuem presença permanente no continente -Antártida vive drama com geleira próxima de ponto irreversível de degelo Até 1959, diversos países disputavam a posse do continente, desde sua “descoberta” oficial, em 1820. A assinatura do Tratado da Antártida, porém, encerrou tal disputa e alterou radicalmente a relação da humanidade com a região: uma vez assinado o acordo, em 1 de dezembro de 1959, a Antártida se tornou uma área de cooperação internacional irrestrita e sem dono, utilizada para exploração científica, pacífica e proibida de ser militarizada. “A Antártida deve ser utilizada somente para propósitos pacíficos”, diz o primeiro artigo do acordo que, entre outros pontos, também determina que as “observações científicas e resultados da Antártida devem ser disponibilizadas livremente”. Antártida do alto, vista de um satélite -Antártida: o que o único continente livre do coronavírus pode ensinar sobre isolamento Entre bases permanentes e temporárias, Argentina, Chile, Equador, Austrália, Nova Zelândia, Reino Unido, Japão, Romênia, Espanha, Ucrânia, Paquistão, Rússia, Índia, EUA, Coréia do Sul, Suécia, Noruega, África do Sul, Alemanha e China estão entre os países que mantêm bases no continente – e o Brasil também se faz presente, com a Estação Comandante Ferraz, inaugurada em 1984 na Ilha do Rei George, na Baía do Almirantado, no continente. Não há uma população fixa estabelecida na Antártida, mas as equipes de cientistas e de apoio às bases somam, entre todas as bases, cerca de 4 mil pessoas no verão, e 1 mil no inverno. O acampamento Villa Las Estrellas, do Chile, e a Base Esperanza, da Argentina – onde ocorreram o primeiro casamento e o primeiro nascimento da Antártida – possuem uma presença populacional regular, que inclui crianças. A Estação brasileira Comandante Ferraz, reconstruída depois de um incêndio em 2012 A base brasileira vista de cima -Antártica: o continente gelado (hoje nem tão gelado assim) já foi uma floresta tropical São diversos os motivos que fazem da Antártida um laboratório fundamental. A Antártida é o continente mais frio e mais seco do planeta, com temperaturas que podem variar entre -10ºC e -20ºC, mas podendo chegar a -30ºC e até -65ºC – em 1983 foi registrado o recorde de -89ºC. Além de ser um ponto de encontro de todos os mares, o estudo do gelo, da neve, os animais selvagens, os efeitos das baixas temperaturas sobre o corpo, assim como estudos astronômicos especiais nos céus antárticos, movem biólogos, geólogos, oceanógrafos, astrônomos, físicos e meteorologistas para a região. Trata-se, afinal, de um dos cenários mais imaculados, extremos e complexos do planeta, que também oferece oportunidade para um experimento de cooperação política e pacífica igualmente sem igual em toda a Terra. A base chilena Villa Las Estrellas Base uruguaia no continente Qual a importância das pesquisas científicas feitas na Antártida para o Brasil ou para outros países?Uma ampla variedade de pesquisas científicas está em andamento na Antártida. Sendo assim, manter uma base no continente gelado é importante para realizar pesquisas em condições extremas e entender melhor o funcionamento do planeta.
Qual é importância das pesquisas científicas realizadas na Antártida?A questão da ciência na Antártica é bem delicada, mas importantíssima. Mais do que simplesmente apresentar dados científicos, as pesquisas buscam compreender as relações do bioma e clima antártico com o restante do planeta, além de alertar as pessoas sobre a importância do continente gelado.
Por que é importante para o Brasil desenvolver pesquisas na Antártida?O Brasil concentra suas atividades na Península Antártica, assim como grande parte dos países que desenvolvem pesquisas naquele continente. Isto se justifica em função dessa região apresentar condições climáticas mais amenas e por ser geograficamente mais acessível.
Qual é a importância da Antártida para o mundo?Além de ter mais de dois terços das reservas de água doce do mundo, a Antártida desempenha um papel importante na manutenção do equilíbrio de calor da Terra. Em outras palavras: ajuda a amenizar o aquecimento global.
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