Qual o auxílio de quais instrumentos os navegadores europeus contavam para as suas navegações?

Bússola 


A bússola foi o instrumento de navegação e orientação mais utilizado durante os descobrimentos. A bússola de madeira é composta por uma agulha magnetizada colocada num plano horizontal e suspensa pelo seu centro de gravidade, que aponta sempre para o eixo norte-sul, ao seguir a direcção do norte magnético da Terra, indicando-nos o Norte.

 Quadrante

O quadrante tinha a forma de um quarto círculo graduado de 0º a 90º e um fio de prumo no centro, tinha duas pínulas com um orifício, por onde se fazia pontaria à estrela Polar. Este instrumento permitia determinar a distância. entre o ponto de partida e o lugar onde a embarcação de encontrava.

 Astrolábio

O astrolábio era um instrumento naval antigo, usado para medir a altura dos astros acima do horizonte e para determinar a posição dos astros no céu.

 
Carta de Marear

 A Carta de Marear é uma representação cartográfica de uma área náutica, podendo representar em conjunto as regiões costeiras adjacentes à área náutica. São o equivalente marítimo dos mapas terrestres, e são as descendentes dos portulanos. Dependendo da escala, pode ter detalhes tanto do relevo da costa quanto do relevo aquático, além de outras informações, como edificações, vegetação, infraestrutura e pontos relevantes da costa

Portulano 

 O "Portulano" é o nome que os primeiros navegadores davam às cartas de viagem que continham rotas, indicações, cálculos etc..

Balestilha 

A Balestilha é um instrumento de orientação utilizada pelos portugueses para a orientação do mar. Ajuda a determinar a latitude a que o navio se encontra, para além disso, mede a altura dos astros. é constitui da por duas peças: o virote e a soalha.

 Caravela


 A Caravela foi um dos principais navios de viagens do período dos descobrimentos. Deve-se a Portugal o seu aperfeiçoamento, está é rápida, de fácil manobra e capaz de bolinar (navegar em ventos contrários).

(Caldeira, M. C., Tavares, A., & Diniz, M. E. (2007). História Oito . Lisboa: Lisboa Editora.)

Introdução

Aula 2

Aula 2


Mares nunca d'antes navegados...

Os Lusíadas - Luís de Camões

Canto I

"As armas e os barões assinalados,

Que da ocidental praia Lusitana,

Por mares nunca de antes navegados,

Passaram ainda além da Taprobana,

Em perigos e guerras esforçados,

Mais do que prometia a força humana,

E entre gente remota edificaram

Novo Reino, que tanto sublimaram;[...]"

Durante os séculos XV e XVI, os europeus, principalmente portugueses e espanhóis, lançaram-se nos oceanos Pacífico, Índico e Atlântico com dois objetivos principais : descobrir uma nova rota marítima para as Índias e encontrar novas terras. Este período ficou conhecido como a Era das Grandes Navegações e Descobrimentos Marítimos. 

Os objetivos

No século XV, os países europeus que quisessem comprar especiárias (pimenta, açafrão, gengibre, canela e outros temperos), tinham que recorrer aos comerciantes de Veneza ou Gênova, que possuíam o monopólio destes produtos. Com acesso aos mercados orientais - ìndia era o principal - os burgueses italianos cobravam preços exorbitantes pelas especiarias do oriente. O canal de comunicação e transporte de mercadorias vindas do oriente era o Mar Mediterrâneo, dominado pelos italianos. Encontrar um novo caminho para as Índias era uma tarefa difícil, porém muito desejada. Portugal e Espanha desejavam muito ter acesso direto às fontes orientais, para poderem também lucrar com este interessante comércio.

Um outro fator importante, que estimulou as navegações nesta época, era a necessidade dos europeus de conquistarem novas terras. Eles queriam isso para poder obter matérias-primas, metais preciosos e produtos não encontrados na Europa. Até mesmo a Igreja Católica estava interessada neste empreendimento, pois, significaria novos fiéis.

Os reis também estavam interessados, tanto que financiaram grande parte dos empreendimentos marítimos, pois com o aumento do comércio, poderiam também aumentar a arrecadação de impostos para os seus reinos. Mais dinheiro significaria mais poder para os reis absolutistas da época (saiba mais em Absolutismo e mercantilismo).

Pioneirismo Português

Portugal foi o pioneiro nas navegações dos séculos XV e XVI devido a uma série de condições encontradas neste país ibérico. A grande experiência em navegações, principalmente da pesca de bacalhau, ajudou muito Portugal. As caravelas, principal meio de transporte marítimo e comercial do período, eram desenvolvidas com qualidade superior à de outras nações. Portugal contou com uma quantidade significativa de investimentos de capital vindos da burguesia e também da nobreza, interessadas nos lucros que este negócio poderia gerar. Neste país também houve a preocupação com os estudos náuticos, pois os portugueses chegaram a criar até mesmo uma centro de estudos : A Escola de Sagres.

  • Fator fundamental, formação precoce de uma monarquia centralizada graças à guerra de Reconquista, contra os muçulmanos.
  • Localização geográfica favorável, no extremo sul da Europa, com fácil acesso para o Atlântico e para o continente africano.
  • Formação de uma classe mercantil mais dinâmica que a velha nobreza feudal, facilitando a modernização da monarquia, com a Dinastia de Avis, após a revolução de 1385.
  • Além disso, a Europa, na época, atravessava um período de inovações técnicas. Através da influência árabe, foram divulgados e aperfeiçoados diversos conhecimentos; algarismos arábicos,bússola, pólvora, papel.

Escola de Sagres

Planejamento das Navegações

Navegar nos séculos XV e XVI era uma tarefa muito arriscada, principalmente quando se tratava de mares desconhecidos. Era muito comum o medo gerado pela falta de conhecimento e pela imaginação da época. Muitos acreditavam que o mar pudesse ser habitado por monstros, enquanto outros tinham uma visão da terra como algo plano e , portanto, ao navegar para o "fim" a caravela poderia cair num grande abismo.

Dentro deste contexto, planejar a viagem era de extrema importância. Os europeus contavam com alguns instrumentos de navegação como, por exemplo: a bússola, o astrolábio e a balestilha. Estes dois últimos utilizavam a localização dos astros como pontos de referência.

Também era necessário utilizar um meio de transporte rápido e resistente. As caravelas cumpriam tais objetivos, embora ocorressem naufrágios e acidentes. As caravelas eram capazes de transportar grandes quantidades de mercadorias e homens. Numa navegação participavam marinheiros, soldados, padres, ajudantes, médicos e até mesmo um escrivão para anotar tudo o que acontecia durantes as viagens.

Especiarias

As especiarias são temperos (condimentos) usados na culinária para proporcionar sabores diferentes nas comidas. Algumas especiarias também eram, e ainda são, utilizadas na fabricação de cosméticos, óleos e medicamentos. As principais são: pimenta, gengibre, cravo, canela, noz moscada, açafrão, cardamomo e ervas aromáticas.

Na época das Grandes Navegações e Descobrimentos Marítimos (séculos XV e XVI) eram muito valorizadas na Europa, pois não podiam ser cultivadas neste continente em função do clima. O surgimento e crescimento da burguesia também aumentou a demanda por produtos considerados de luxo na época, como, por exemplo, as especiarias.

No século XV, os comerciantes de Gênova e Veneza, cidades italianas, tinham o monopólio destas especiarias. Compravam no Oriente, principalmente na Índia e China, e vendiam com alta porcentagem de lucro no mercado europeu. Estas especiarias eram levadas para Europa através da rota do Mar Mediterrâneo, dominada pelos comerciantes italianos.

No século XVI, os portugueses descobriram uma rota alternativa para chegar ao oriente, através da navegação pela costa africana. Passaram a comprar as especiarias diretamente na fonte e tiraram o monopólio dos italianos. As caravelas portuguesas chegavam à Europa carregadas de especiarias, que eram vendidas com alta taxa de lucro. Portugal se tornou uma potência econômica da época.

O Mar Tenebroso

Os marinheiros daquele tempo "acreditavam que, em suas águas, viviam monstros que afundavam navios e devoravam tripulantes, sereias encantadas que enfeitiçavam os navegadores, buracos negros no mar, abismos imensos, seres infinitamente diferentes que viviam em terras distantes.”

Instrumentos de navegação

Bússola

Astrolábio

Portulanos

Fontes de pesquisa:

  • //mariliacoltri.blogspot.com.br/2012/08/grandes-navegacoes-e-expansao-maritima.html
  • //www.professorsergioaugusto.com/news/grandes%20navega%C3%A7%C3%B5es%20-%20expans%C3%A3o%20maritima/
  • //www.suapesquisa.com/o_que_e/especiarias.htm
  • //www.infopedia.pt/$escola-de-sagres
  • //www.oslusiadas.com/content/view/18/41/

Exercícios

Como o auxílio de quais instrumentos os navegadores europeus contavam para as suas navegações?

Os europeus contavam com alguns instrumentos de navegação como, por exemplo: a bússola, o astrolábio e a balestilha. Estes dois últimos utilizavam a localização dos astros como pontos de referência. Também era necessário utilizar um meio de transporte rápido e resistente.

Quais os instrumentos que os navegadores usavam e já conheciam?

Os principais instrumentos de navegação utilizados na época das grandes navegações foram: a bússola, o sextante, a sonda , o astrolábio, a luneta, a esfera armilar e o quadrante.

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