Qual o melhor antibiótico para feridas infectadas?

Qual o melhor antibiótico para feridas infectadas?

Publicado em 1 de abril de 2020

Fazer a limpeza de feridas infectadas é o primeiro passo para que o tratamento seja iniciado, saiba como fazer esse procedimento da forma certa. 

Feridas infectadas devem ser tratadas de forma adequada para que não causem maior dano a região atingida, mas para que as etapas de cuidados sejam feitas de forma adequada é importante saber como limpar a ferida.  

Como limpar feridas infectadas de forma adequada 

Como fazer limpeza de feridas infectadas 

Feridas infectadas levam maior tempo para cicatrizarem, porquê o tecido da pele que foi atingido precisa ser retirado junto da bactéria responsável por causar a infecção. As substâncias conhecidas como exsudato, fluido proveniente de uma ferida, que é a resposta do organismo aos danos causados ao tecido da pele também devem ser retirados, junto  dos detritos e exotoxinas. Caso essas três substâncias permaneçam, durante a limpeza da ferida, o tempo de cicatrização será maior.

Para não desacelerar o processo de cicatrização do corpo, a ferida deve ser limpa sempre de cima para baixo, ou dependendo do caso, de fora para dentro, desse modo as bactérias são redistribuídas afastando do foco da ferida.  A limpeza da ferida pode ser feita aplicando uma a solução de cloreto de sódio 0,9% com uma gaze em toda região atingida pela infecção, após isso faça um curativo.  

A solução de cloreto de sódio limpa e umedece a ferida, ajudando a formação de tecido de granulação, amolece os tecidos da pele enfraquecidos e torna mais fácil a remoção de desbridamentos. Por outro lado, apesar das vantagens que é possível obter com a aplicação de cloreto de sódio em feridas, esse procedimento não deve ser usado em feridas infectadas que estejam abertas, pois podem aumentar as reações de inflamação e dificultar o processo de cicatrização. 

Existem diversos tratamentos para cuidar de feridas infectadas, mas métodos que utilizam antibióticos e produtos tópicos estão cercados de polêmicas sobre a eficácia e do resultado que pode ser obtido, em alguns casos, pode causar mudança de coloração da pele, dificultando a cicatrização e o acompanhamento do fechamento da ferida. Além de desenvolver bactérias resistentes.

Cepelli é um centro clínico avançado no tratamento de feridas infectadas 

A Clínica Cepelli alia grande experiência em centros cirúrgicos dos profissionais especializados em tratar de feridas e queimaduras. Contando com uma equipe de médicos e enfermeiros com todo o conhecimento para oferecer os melhores cuidados e acompanhamento médico em todas as etapas de recuperação.  Conheça a estrutura do centro Cepelli e veja a capacidade que o local tem de cuidar de você. 

A Clínica Cepelli oferece tratamento especializado em Tratamento de Feridas 

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Tratar uma infecção precocemente previne amputação​

Mais de 50% das úlceras no pé diabético se tornam infectadas e requerem hospitalização. Destas, 20% levarão à amputação.1

Estas estatísticas destacam a importância de identificar e tratar úlceras infectadas no pé diabético o mais precocemente possível. Pesquisas nos mostram que a melhor forma de prevenir a amputação é encaminhar o paciente o mais rápido possível para uma equipe multidisciplinar especializada no tratamento dos pés.2,3

Tratar úlceras infectadas no pé diabético envolve três etapas principais:

  1. identificar a infecção
  2. classificar a infecção
  3. tratar a infecção

Vamos analisar o que cada uma dessas etapas envolve.

Qual o melhor antibiótico para feridas infectadas?

As consequências da infecção

  • A infecção precede 60% das amputações de membros relacionadas à diabetes.
  • A infecção está presente em mais de 80% das grandes e pequenas amputações.
  • Pacientes com úlceras infectadas no pé diabético são hospitalizados com maior frequência do que aqueles sem infecção.

Como saber se uma úlcera no pé diabético está infectada?​

A tabela 1 destaca os sinais e sintomas típicos, embora sutis de infecção. Você deve basear seu diagnóstico em pelo menos dois desses sintomas típicos. Se não encontrar nenhuma evidência destes sintomas, procure por sinais mais sutis descritos na tabela abaixo.3,4

Qual o melhor antibiótico para feridas infectadas?

Sinais e Sintomas

Quando sinalizamos sinais e sintomas Marcantes ou, em outras palavras, típicos, você deve considerar a ferida infectada se ela apresentar pelo menos dois dos sintomas listados.

Até 50% dos pacientes não apresentam os sinais clássicos de infeccção. Então se você não observar sinais Marcantes e tícipos, procure também sinais locais mais Sutis, como os listados abaixo, que sugerem infecção.

Classificando a infecção em uma úlcera no pé diabético​

Assim que você determinar que a ferida está infectada, sua próxima etapa é classificar a infecção. Isso ajudará você a selecionar a melhor opção de tratamento. A Sociedade Americana de Doenças Infecciosas (Infectious Diseases Society of America, IDSA) criou uma escala de classificação que pode ajudá-lo.5

A escala IDSA tem quatro classificações:

  • Não infectada,
  • Infecção leve,
  • Infecção moderada, ou
  • Infecção grave

Após classificar a infecção, você pode usar a escala IDSA para determinar que classe de antibiótico utilizar, e se deve tratar o paciente em um ambulatório ou não. 5

IDSA Grading Scale:

Qual o melhor antibiótico para feridas infectadas?

Grau 1 Sem Infecção

Sem sinais e sintomas de infecção16,21

Qual o melhor antibiótico para feridas infectadas?

Grau 2 Infecção Leve

Eritema entre 0,5mm e 2cm, endurecimento do tecido, sensibilidade, calor e exsudato purulentos16,21

Qual o melhor antibiótico para feridas infectadas?

Grau 3 Infecção Moderada

Mais profunda ou extenso (Eritema > 2cm, infecção atinge musculo, tendão, ou osso ou articulação16,21

Qual o melhor antibiótico para feridas infectadas?

Grau 4 Infecção Severa

Infecção local com resposta inflamatória sistemática16,21

Tratamento de infecções em úlceras no pé diabético​

Agora que você classificou a infecção, está pronto para selecionar a opção correta de tratamento.

Todas as feridas infectadas no pé requerem tratamento antimicrobiano. Quando você estiver decidindo que agente antibiótico usar, considere os seguintes fatores:7

  • Os patógenos prováveis ou comprovados;
  • Suas susceptibilidades antibióticas (isso é, que antibiótico funciona melhor contra o patógeno);
  • A severidade clínica da infecção (isso é, a classificação da infecção);
  • Qual a efetividade do antibiótico contra a infecção no pé diabético;
  • O histórico do paciente (ex, alergias ou intolerâncias); e
  • O custo do tratamento antimicrobiano.

Devido ao fato de que infecções em úlceras no pé diabético são muito graves, você precisará ser mais agressivo e proativo no tratamento da infecção do que seria com outros tipos de feridas. Esta abordagem é necessária mesmo quando você encontrar sinais sutis de infecção.7

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Referências

  1. Schaper, N. C., van Netten, J. J., Apelqvist, J., Bus, S. A., Hinchliffe, R. J., Lipsky, B. A. on behalf of the International Working Group on the Diabetic Foot (IWGDF) (2019). IWGDF Practical guidelines on the prevention and management of diabetic foot disease.
  2. Apelqvist, J., Larsson, J. (2000). What is the most effective way to reduce incidence of amputation in the diabetic foot? Diabetes Metab Res Rev; 16 (Suppl 1): 75-83.
  3. World Union of Wound Healing Societies (WUWHS) (2016). Florence Congress, Position Document. Local management of diabetic foot ulcers. Wounds International.
  4. International Wound Infection Institute (IWII) (2016). Wound Infection in Clinical Practice - Principles of best practice. Wounds International. 1-32.
  5. International Diabetes Federation (2017). Clinical Practice Recommendation on the Diabetic Foot: A guide for health care professionals: International Diabetes Federation: Brussels
  6. Monteiro-Soares, M., Russell, D., Boyko, E. J., Jeffcoate, W., Mills, J. L., Morbach, S., Game, F., on behalf of the International Working Group on the Diabetic Foot (IWGDF) (2019). IWGDF Guideline on the classification of diabetic foot ulcers.
  7. Wounds International (2013). International Best Practice Guidelines: Wound Management in Diabetic Foot Ulcers.

Qual o antibiótico mais forte para infecção?

Para tratar infecções bacterianas, os médicos normalmente optam por utilizar meropeném – classe de antibióticos considerada mais forte e de amplo espectro -, mas o uso indiscriminado pode elevar ainda mais os índices de resistência bacteriana.

O que é bom para ferida infeccionada?

Lave o ferimento imediatamente com água e sabão. Aplique uma pequena quantidade de pomada antibiótica, conforme a orientação de seu médico. Cubra o ferimento com uma faixa ou gaze. Mantenha sempre o ferimento limpo e seco.

Qual o melhor antibiótico para infecção de feridas?

Dentre as opções de antibióticos, a Cefalexina, pertencente à primeira geração das Cefalosporinas, é o antibiótico de primeira escolha por apresentar elevada eficácia, principalmente devido ao excelente efeito antiestafilocócico, além de ser seguro resultando em baixos efeitos colaterais.

O que fazer quando a ferida está com pus?

Uma ferida com pus é sempre motivo de preocupação, pois significa que seu corpo está combatendo uma infecção. Para evitar que o problema se agrave, é preciso procurar ajuda de um profissional especializado em feridas imediatamente.