Qual o nome da primeira mulher brasileira a ganhar uma medalha olímpica no atletismo?

O último dia de competições do Campeonato Mundial de Atletismo trouxe um resultado positivo inesperado para o Brasil. Leticia Oro Melo, de 24 anos, surpreendeu ao conquistar a medalha de bronze no salto em distância feminino, com 6,89m.

Os melhores resultados da catarinense antes do Mundial foram o título sul-americano em 2021 e o ouro no Troféu Brasil em 2022. Ela não foi a Tóquio 2020. Há sete meses, passou por uma cirurgia após romper o ligamento anterior cruzado do joelho.

Já no primeiro salto, Leticia fez com folga a melhor marca de sua carreira, 6,89m, superando os 6,64m que atingiu na classificatória. Ela foi superada apenas pela alemã Malaika Mihambo (7,12m) e pela nigeriana Ese Brume (7,02m).

O salto em distância feminino traz boas memórias para o Brasil, que conquistou o ouro Olímpico com Maurren Maggi em Beijing 2008.

Leticia foi apenas a segunda mulher brasileira medalhista em Mundiais de Atletismo. A primeira foi Fabiana Murer, ouro em 2011 e prata em 2015 no salto com vara feminino.

"Estava muito focada, dentro de mim eu vim para a medalha. Não estava nervosa, sabia que ia chegar o meu momento. Estou processando ainda, estou nervosa, em choque", disse Leticia ao Sportv.

"Não tenho medo de ninguém. Se eu tivesse, ficaria em casa", acrescentou, sobre competir com as melhores do mundo. Porém, ela admite que ficou surpresa com a marca. "Quando eu vi 6,89m, meu Deus, eu quase desmaiei."

A partir de agora, Leticia quer sonhar ainda mais alto. "Sou nova. Ainda quero saltar 7 metros e sei que tenho condições", afirmou. "Tive paciência, postura, vontade e hoje estou aqui."

O Brasil terminou o Mundial de Eugene com duas medalhas. Antes de Leticia, Alison dos Santos foi campeão nos 400m com barreiras masculino. Thiago Braz conquistou a quarta colocação no salto com vara masculino, Darlan Romani foi quinto no arremesso do peso masculino, Caio Bonfim foi sexto (20 km) e sétimo (35km) na marcha atlética masculina, e o revezamento 4x100m terminou em sétimo, assim como Almir dos Santos no salto triplo masculino. Daniel do Nascimento fechou a maratona em oitavo, mesma posição de Viviane Lyra nos 35 km da marcha atlética feminina.

Thiago Braz fora do pódio e Duplantis quebra recorde mundial no salto com vara

O medalhista Olímpico de ouro e bronze Thiago Braz deixa o Mundial de Eugene sem o pódio. Ele parou em 5,87m e ficou atrás do sueco Armand 'Mondo' Duplantis, do americano Christopher Nilsen e do filipino Ernest John Obiena. Os medalhistas de prata e bronze pararam em 6,00m.

Após errar as duas primeiras tentativas para 5,94m, Braz foi direto a 6,00m com apenas uma chance de continuar a prova. Ele derrubou o sarrafo e terminou na quarta colocação.

Prata no Mundial indoor em 2022, Thiago segue sem medalhas em Mundiais outdoor.

"Dentro da prova eu estava esperançoso. Tentei levar para 6 metros, como estratégia, mas acabou não dando certo", comentou Braz ao Sportv. "Estou numa crescente boa. Hoje não deu para pegar medalha, mas acredito que posso tentar 6 metros esse ano ainda."

Depois da definição do pódio, foi a hora do show de Mondo Duplantis. O sueco quebrou mais uma vez o seu recorde mundial ao saltar para 6,21m em sua segunda tentativa. Suas melhores marcas anteriores eram de 6,17m ao ar livre e 6,20 indoor.

Mondo Duplantis 

Foto: 2022 Getty Images

Caio Bonfim fecha Mundial com sétimo lugar nos 35 km

O brasileiro Caio Bonfim conquistou mais um bom resultado no Mundial de Eugene, com o sétimo lugar na marcha atlética de 35km neste domingo, 24 de julho. Ele já havia terminado em sexto nos 20 km no início da competição.

“Precisa ter muita coragem para viver da marcha. Vim para dar o meu melhor e consegui. A prova começou com um ritmo insano, sabia que muita gente ia quebrar. Senti um pouco a perna esquerda na parte final da prova, mas é uma competição que exige inteligência. Prova inédita no Campeonato Mundial”, disse Bonfim ao Sportv, sobre a mudança dos 50 km para os 35 km.

Emocionado, Caio ressaltou que os próximos Jogos Olímpicos são seu maior objetivo.

“Estou feliz por conseguir esse resultado, mais de um mês longe de minha família, de meus filhos. Vão falar que não ganhei uma medalha, mas dei tudo o que podia na prova, melhorei meu recorde brasileiro e vou com tudo para o Mundial do ano que vem e para a Olimpíada de Paris 2024”, comentou o atleta de 31 anos, medalha de bronze nos 20 km no Mundial de Londres 2017.

MAIS | Alison dos Santos: 'Não quero largar o osso'

Caio Bonfim comemora ao final da marcha atlética de 35 km no Mundial de Eugene.

Foto: 2022 Getty Images

Quem foi a primeira mulher brasileira a ganhar uma medalha olímpica no atletismo?

Primeira mulher brasileira a ter conquistado uma medalha de ouro olímpica em provas individuais, Maurren Maggi saltou impressionantes 7.04m em Pequim 2008, 1cm a mais que a então atual campeã olímpica Tatyana Lebedeva (Rússia).

Qual foi a primeira mulher a ganhar uma medalha de ouro no atletismo?

Charlotte Reinagle Cooper (Ealing, 22 de setembro de 1870 - Helensburgh, 10 de outubro de 1966) foi uma tenista britânica e a primeira mulher a ganhar uma medalha de ouro olímpica.

Quem foi a primeira mulher brasileira a ganhar a primeira medalha olímpica para o Brasil?

Em 1932, nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, Maria Lenk escreveu uma nova história para as mulheres brasileiras no esporte olímpico. Aos 17 anos, a nadadora paulista foi a primeira mulher brasileira e sul-americana a participar de uma Olimpíada.

Quem foi o primeiro brasileiro a conquistar uma medalha no atletismo?

As primeiras medalhas vieram nos Jogos de Helsinque, em 1952, quando o Brasil faturou um ouro no salto triplo, com Adhemar Ferreira da Silva, e um bronze, no salto em altura, com José Telles da Conceição.