22 de Março de 2019
O hábito de fumar está relacionado a cerca de 50 doenças, incluindo o câncer de pulmão.
É fato que muita gente deseja abandonar esse vício, e então, fica a pergunta: será que o pulmão de ex-fumante se regenera e a pessoa fica livre de males e sequelas do cigarro?
Para responder essa pergunta precisamos entender mais a fundo os danos que o tabaco provoca no pulmão. Também como se dá o processo de recuperação da pessoa que deixa de fumar.
E para que você compreenda isso e descubra se é possível se ver livre das doenças causadas pelo cigarro, preparamos este artigo. Leia com atenção e descubra se um ex-fumante pode voltar a ter pulmões saudáveis como pessoas que nunca fumaram.
Os prejuízos do hábito de fumar
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde) a cada ano mais de 7 milhões de pessoas morrem no mundo em decorrência de problemas ocasionados pelo tabaco.
De acordo com um estudo realizado pela Fiocruz, no Brasil esse número chega a 156.216 por ano, que representa assustadoras 428 mortes por dia relacionadas ao cigarro.
E os impactos disso são sentidos também na economia, porque a despesa dos governos e das famílias com o cigarro, entre tratamentos de saúde e perda de produtividade, gira em torno de 1,4 trilhão de dólares.
Como se não bastasse, o cigarro contém mais de 7.000 substâncias tóxicas, que poluem o ar e ainda adoecem o fumante e os não fumantes, que também ingerem essas toxinas dispersas na atmosfera, que contribuem com o efeito estufa.
Os impactos ainda se estendem para a limpeza pública, geração de resíduos, o aumento da pobreza, perda da produtividade laboral, mortalidade infantil, entre outros. E claro, não podemos esquecer o tema deste artigo: o pulmão do fumante.
A recuperação de um ex-fumante
Algo muito importante que precisamos debater é sobre a grande dificuldade que as pessoas podem sentir para deixar de fumar. Embora seja um produto lícito, o cigarro é uma droga viciante, e a dependência que ela causa é mais expressiva do que a do crack.
Isso significa que é mais fácil para alguém deixar o vício desse entorpecente do que outro deixar de fumar. Por isso, esse tema é tão importante e requer atenção. Afinal, o tabagismo é uma doença que precisa de tratamento para que o indivíduo se veja livre do cigarro.
Trata-se de mudanças diversas em sua vida para que seja possível o organismo e a mente não precisarem mais da nicotina. E muitas vezes, o fumante precisa da ajuda de uma equipe multidisciplinar para deixar o vício.
Nem sempre trata-se apenas de força de vontade. A pessoa pode desejar parar de fumar, mas assim mesmo não conseguir. Por isso, ela precisa de apoio e ajuda profissional também, incentivos que possam lhe ajudar e ainda mudar seu próprios hábitos, para conseguir estabelecer uma nova rotina, sem o cigarro.
O pulmão de ex-fumante nunca será saudável como o de não fumantes, porém, é possível ter qualidade de vida e evitar as doenças causadas pelo cigarro. O ideal seria não começar a fumar, mas sempre é tempo de parar e deixar o corpo se recuperar das agressões sofridas.
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Assessoria de Comunicação Unimed BelémLeia também
Quanto tempo a nicotina leva para sair do corpo humano ao parar de fumar?
05/06/2017 - Atualizado por: Wolnei - Categoria: Saúde - Tags: dicas saude
Quando uma pessoa fica 48 horas sem fumar a nicotina já não está mais presente em seu organismo, mas os efeitos do tabagismo ainda ficam presentes por muito tempo.
Parar de fumar não é fácil. É uma tarefa que exige, antes de tudo, muita força de vontade. Estamos falando de um processo que envolve a dependência química da nicotina. O tabagismo é uma doença e precisa ser tratada com ajuda profissional.
“Existem várias alternativas para auxiliar o dependente a deixar o vício e elas variam conforme o caso: adesivo de nicotina, antidepressivos, inibidores específicos, acompanhamento psicológico. É sempre importante consultar um especialista que vai avaliar o perfil do paciente e indicar a melhor opção”, explica Dr. Jefferson Gross, Diretor do Núcleo de Pulmão e Tórax do A.C.Camargo Cancer.
Veja abaixo como o seu corpo reage quando você decide parar de fumar.
Após:
20 minutos: os batimentos cardíacos e a pressão arterial se normalizam;
12 horas: o nível de monóxido de carbono desce para parâmetros saudáveis;
48 horas: a nicotina é eliminada, o que melhora o olfato e o paladar;
72 horas: já é possível sentir uma melhora na capacidade respiratória;
2 a 12 semanas: a circulação sanguínea e a função pulmonar melhoram bastante;
1 a 9 meses: tosse e respiração entrecortada, típica dos fumantes, se tornam raras;
1 ano: o risco de doença cardiovascular (como um infarto) cai pela metade;
5 anos: a chance de ter um acidente vascular cerebral fica próxima a de não fumantes;
10 anos: cai 50% o risco de desenvolver o câncer de pulmão;
15 anos: o risco de câncer para o ex-fumante se equipara ao de quem nunca fumou.
Dr. Jefferson também destaca uma preocupação grande com o público jovem. “Muitos começam a fumar por autoafirmação e pela falsa sensação de liberdade, mas na verdade estão entrando em um vício que poderá aprisioná-los futuramente”, alerta. O tempo de exposição ao fumo também é preocupante e quanto mais jovem a pessoa começar a fumar, maior a chance de complicações de saúde no futuro.
Não desanime
Quem já tentou e não teve sucesso em parar de fumar, não deve desanimar e precisa sempre se dar uma nova chance. Quando o organismo deixa de receber as mais de 4.700 substâncias tóxicas do cigarro, os riscos de desenvolver doenças relacionadas ao tabaco começam a diminuir. Além disso, há outros reflexos imediatos como melhora da qualidade do sono, do paladar e da disposição para atividades do dia a dia.
Dicas para parar de fumar
Evite locais com fumantes. Ficar próximo à tentação, principalmente no início, pode ser muito difícil.
Não consuma bebida alcoólica. O consumo de álcool está intimamente ligado ao hábito de fumar.
Concentre-se em outras atividades. Nos primeiros dias sem o cigarro, o ex-fumante tem picos de vontade de fumar, mas eles duram apenas alguns minutos. Nesses momentos a melhor saída é se concentrar em outras atividades, de preferência, que mantenha boca e mãos ocupadas, como escovar os dentes ou beber água;
Envolva familiares e amigos na luta contra o tabagismo. Eles serão seu aliado nos momentos mais difíceis.
Evite substituir o vício. É comum que o cigarro seja uma válvula de escape para a ansiedade. Ao parar de fumar a pessoa pode extravasar a ansiedade de outras maneiras, como consumindo alimentos poucos saudáveis. Por isso, é importante o acompanhamento de profissionais especializados, como psicólogos e nutricionistas.
Fonte: Dr. Jefferson Luiz Gross, Diretor do Núcleo de Pulmão e Tórax do A.C.Camargo Cancer Center – CRM 68099