Quem proclamou a independência do Brasil Dom Pedro 1 e Dom Pedro 2?

Pai de D. Pedro I, nasceu em 1767, em Lisboa. Tornou-se príncipe regente de Portugal em 1792, quando sua mãe, a rainha D. Maria I, adoeceu. Foi coroado rei de Portugal em 1816. Reinou por dez anos.

Casou-se aos 18 anos com Carlota Joaquina de Bourbon, filha do rei espanhol Carlos IV. O casamento ocorreu em 8 de maio de 1785. Na ocasião, Carlota Joaquina tinha apenas 10 anos de idade.

O casal teve nove filhos: Francisco Antônio (1795-1801), Maria Teresa (1793-1874), Maria Isabel (1797-1818), Pedro de Alcântara, mais tarde conhecido com D. Pedro I do Brasil (1798-1834), Maria Francisca (1800-1834), Isabel Maria (1801-18876), Miguel (1802-1866), Maria de Assunção (1805-1834) e Ana de Jesus (1806-1857).

Morou no Brasil de 1808, quando trouxe a família real para a Colônia, a 1821, quando retornou a Portugal e deixou Pedro I como regente da colônia. Morreu em 1826 em Lisboa.

Dom Pedro I

Autor do “brado retumbante” “Independência ou morte”, imortalizado como o gesto que rompeu a ligação entre Brasil e Portugal, D. Pedro I foi o primeiro imperador do Brasil, depois de proclamar a Independência do país, 1822, às margens do riacho do Ipiranga. Governou entre 12 de outubro de 1822 até abdicar do trono, em 7 de abril de 1831.

Quarto filho do casal D. João VI e Carlota Joaquina, nasceu em Lisboa em 1798.

Casou-se com Leopoldina Josefa Carolina, filha do imperador Francisco I da Áustria em maio de 1817, no Brasil. O casal concebeu sete filhos: Maria da Glória (1819-1853), futura rainha Maria II de Portugal, Miguel (1820-1821), João Carlos (1821-1822), Januária de Bragança (1822-1897), Paula de Bragança (1823-1833), Francisca (1824-1898) e o caçula Pedro de Alcântara (1825-1891), mais tarde D. Pedro II, que sucedeu o pai como imperador do Brasil.

Com a morte de D. João VI, em março de 1826, Dom Pedro I assumiu como herdeiro do trono de Portugal como Pedro IV. Voltou para Lisboa em 1831. Morreu em 1834.

Dona Leopoldina

Carolina Josefa Leopoldina Francisca de Habsburgo-Lorena, nasceu em Viena, Áustria, em janeiro de 1797. Filha do imperador Francisco I da Áustria e II da Alemanha, foi prometida em casamento a D. Pedro I, com quem teve sete filhos, entre eles Maria da Glória, mais tarde Dona Maria II, rainha de Portugal, e Pedro de Alcântara, o Dom Pedro II, o futuro imperador do Brasil. Foi avó das princesas Isabel e Leopoldina do Brasil.

Morreu em 11 de dezembro de 1826.

José Bonifácio de Andrada e Silva

Nascido em Santos, São Paulo, em junho de 1783, José Bonifácio era chamado de Patriarca da Independência, por sua influência sobre a decisão de D. Pedro I. Foi advogado e professor e nomeado por D. Pedro I como ministro do Reino e de Estrangeiros. Foi autor da carta que pedia a D. Pedro o fim dos vínculos com Portugal nos dias que antecederam a Proclamação da Independência.

Morreu em abril de 1838, no Rio de Janeiro.

Thomas Cochrane

Escocês conhecido como Lorde Cochrane, foi o primeiro almirante brasileiro. Derrotou tropas portuguesas e impediu que o Brasil retomasse os laços com Portugal após a Independência. Ajudou a pacificar o Norte e Nordeste do país, tendo recebido de D. Pedro I o título de Marquês do Maranhão. Nasceu em 1775. Morreu em 1860.

Cipriano Barata

Jornalista com formação em medicina, filosofia e matemática na Universidade de Coimbra, em Portugal, defendia ideias liberais e republicanas, tendo atuado contra a escravidão. Participou da conjuração baiana, revolta contra o domínio português no Brasil. Nasceu em Salvador em 1762. Morreu em Natal em 1838.

Joaquim Gonçalves Ledo

Jornalista e diplomata, nasceu no Rio de Janeiro em dezembro de 1781. Aos 14 anos foi estudar em Portugal, mas retornou ao país na mesma época em que a corte se transferiu para o Brasil 1808, quando passou a cuidar dos negócios da família.

Próximo de D. Pedro I, foi considerado um dos articuladores da Independência e teria influenciado o então imperador na decisão do Dia do Fico. Participou da Assembleia Constituinte de 1822.

Morreu em Cachoeiras de Macacu, em maio de 1847.

Maria Quitéria

Nascida em Feira de Santana, na Bahia, em 1792, Maria Quitéria de Jesus foi a primeira mulher a tornar-se praça nas forças armadas brasileiras. Ela combateu na chamada Guerra da Independência do Brasil. Em 1821, adotou uma identidade masculina e deixou a fazenda em que morava para alistar-se no Batalhão de Voluntários do Príncipe.

Serviu no regimento de artilharia, onde chegou a 1º cadete. Depois da guerra, foi condecorada com a Imperial Ordem do Cruzeiro por D. Pedro I e agraciada com soldo vitalício na patente de alferes. Morreu em Salvador em agosto de 1853.

O Brasil celebrou o bicentenário da Independência do Brasil, e a figura de Pedro de Alcântara foi exaltada. Na condição de príncipe regente, foi ele quem proclamou a independência e, três meses depois, foi coroado como imperador do Brasil, recebendo a alcunha que é conhecido no país: D. Pedro 1º.

Mas o reinado dele foi um período marcado por conflitos no país. Um deles foi a questão sucessória.

Relacionadas

Ele virou imperador no final de 1822, mas no dia 10 de março de 1826 o pai, D. João 6º, rei de Portugal, morre aos 59 anos —de causas até hoje pouco claras, sendo que alguns historiadores tratam como morte natural e outros apontam envenenamento por arsênio.

Após o falecimento do rei, um novo deveria ser nomeado. Por ser o filho mais velho vivo, D. Pedro 1º, então imperador do Brasil, deveria ser coroado como rei em Portugal.

Isso causou apreensão nos dois países. Os portugueses temiam que um reinado de Pedro enfraquecesse o país em detrimento do Brasil. Já os brasileiros temiam que o mesmo chefe de Estado, nos dois países, diminuísse o crescimento econômico do país com uma reaproximação com a antiga metrópole.

Mesmo diante deste impasse, Pedro de Alcântara foi coroado rei de Portugal sob o nome de D. Pedro 4º. Ficou apenas dois meses no cargo, entre março e maio de 1826. E comandou o Brasil até 1831.

Diante dos problemas enfrentados nos dois países, D. Pedro, então, resolveu abdicar do trono em nome da filha Maria da Glória, na época com sete anos. Como era menor de idade, Pedro determinou que seu irmão, D. Miguel (tio de Maria), seria seu tutor, até que atingisse a maioridade, e que ambos deveriam se casar. Pedro também outorgou uma Constituição a Portugal, em 1826.

Maria da Glória foi enviada para Viena, capital da Áustria, para estudar e se preparar para assumir o Reino Português. No entanto. D. Miguel, com apoio da mãe Carlota Joaquina, resolveu rasgar o acordo com o irmão. Como era Regente, anulou a constituição e rejeitou a sobrinha como Rainha e noiva.

Abdicação no Brasil

Diante deste fato, D. Pedro ficou dividido entre os problemas do Brasil e de Portugal. Uma sucessão de erros políticos, como a Guerra da Cisplatina (que separou Uruguai do território brasileiro) e uma grave crise econômica no final da década de 1820, D. Pedro se viu pressionado a renunciar.

Em 7 de abril de 1831, D. Pedro 1º entrega a carta de renúncia e retorna para Portugal. No Brasil, deixa o Império nas mãos do filho Pedro, que anos depois seria coroado como D. Pedro 2º.

"Usando do direito que a Constituição me concede, declaro que hei muito voluntariamente abdicado na pessoa de meu muito amado e prezado filho o Senhor D. Pedro de Alcântara. Boa Vista, 7 de abril de mil oitocentos e trinta e um, décimo da Independência e do Império", diz a carta de renúncia do primeiro imperador brasileiro.

Guerra Civil portuguesa

Ao retornar a Portugal, D. Pedro se coloca ao lado dos liberais na Guerra Civil Portuguesa contra o seu irmão D. Miguel. Após quase dois anos de batalhas (1832-1834), o grupo liderado pelo antigo imperador brasileiro saiu vencedor.

Com a vitória na Guerra, D. Miguel é expulso de Portugal e passa a valer a Carta Constitucional, em 27 de maio de 1834. Em agosto do mesmo ano, D. Pedro assume como Regente, até a coroação de sua filha, Maria da Glória, como D. Maria 2ª, em 20 de setembro de 1834.

Quatro dias depois, D. Pedro morre vítima de tuberculose.

Fonte: "Dom Pedro e Dom Miguel — A querela da sucessão Volume 36", de Oliveira Lima

Quem proclamou a independência do Brasil Dom Pedro 1 ou 2?

Pedro – assinou o Decreto da Independência. Assim sendo, de fato, foi D. Pedro quem proclamou, bradou “independência ou morte”, mas quem de direito assinou o termo foi sua esposa Leopoldina. E não foi no dia 7, como consagrou a história, mas no dia 2 de setembro!

Quem foi que proclamou a independência do Brasil?

Como falado anteriormente, foi Dom Pedro I quem declarou a Independência do Brasil, em 1822.

O que Dom Pedro 2 proclamou?

A independência do Brasil foi proclamada por Dom Pedro I às margens do riacho Ipiranga, localizado na cidade de São Paulo, em 7 de setembro de 1822. O episódio é conhecido também como "Grito da independência", pois Dom Pedro teria dito as palavras: Independência ou morte.

Por que Dom Pedro 1 declarou a independência do Brasil?

A independência do Brasil aconteceu na medida em que a elite brasileira percebeu que o desejo dos portugueses era restabelecer os laços coloniais. Quando a relação ficou insustentável, o separatismo surgiu como opção política, e o príncipe regente acabou sendo convencido a seguir esse caminho.