Eu vou dizer a vocês o que eu penso disso tudo, Show É besteira falar que meu futuro só depende de mim, Não vou dizer que não queria, Um dos meus poemas da obra Imperfeição das Cadências do Ego, “Visoa”, ilustra ao paladar da rima a minha definição: considero-me de Viseu e de Lisboa. Nasci num, cresci noutro. Por essa razão, e como o meu coração palpita velozmente pela musa popular lusitana, começo as festividades com o Santo António de Lisboa e encerro com as Cavalhadas de Vildemoinhos, Viseu. Toda a simplicidade lépida e alegórica da popularidade, quando as sardinhas e os manjericos disputam a primazia do aroma, as bifanas e o vinho a coroa da procura, ou os Santos e as cantigas. A faixa do protagonismo, revela ao meu espírito, em dialectos de cinco quinas, que sou português. Orgulhosamente português. Há, no entanto, certo Minotauro verbal e altamente infecioso que passeia pelos labirintos de algumas bocas. A espinhosa frase “é sempre a mesma coisa” enche de lama a palavra tradição. Sendo puramente fiel ao significado semântico, concluo que: “ao nível da etnografia, a tradição revela um conjunto de costumes, comportamentos, memórias, rumores, crenças, lendas, música, práticas, doutrinas e leis que são transmitidos para pessoas de uma comunidade.” A palavra a destacar nesta definição, como que um negrito mental, é transmissão. Aquilo que é transmissível permanece nas suas fronteiras, perene e intacto, como uma flor antes da Primavera. Devemos irónica gratidão a todos os pregadores desta expressão. Sim, a tradição deve ser sempre a mesma coisa, ainda bem que assim é! Tomemos a tradição por uma mulher. Esta formosa e tão cobiçada senhora, nos diferentes estuos da vida, aprontou-se ao mundo conforme a idade: na meninice, pousa laços no cabelo quais borboletas em dentes de leão, na adolescência, um cabelo de protesto e é já na maturidade que se estendem pelos ombros. Existiram variações impostas pelo momento, mas a mulher é a mesma, o seu espírito é imutável. Assim são as tradições. “É sempre a mesma coisa”, num pretensioso bocejo entediante, acaba por cantar árias ao que é tradicional, porque a sua natureza é essencialmente conservadora. Demos, nesse caso, a missão do infindável a estes sábios dos livros populares imateriais. Abandonado o sarcasmo, esta apatia do apego, triunfo escondido do globalismo, pode deixar a nossa essência perto de um obituário nacional. As novas gerações são a maior ameaça para a identidade portuguesa, engolidas pela luz postiça e pleonástica de uma tecnologia que não existe. Se não educarmos os novos a amar Portugal e tudo o que representa, a terra lusa será como uma velhinha abandonada pelos seus filhos, balançado sobre a cadeira de madeira do seu passado glorioso. Termino o número deste Escriba com versos de dois poemas que escrevi, homenagens às festas celebradas dentro do meu espírito: “ Nos andores do coração Põem às costas São João Com cajado e águas sagradas. Vildemoinhos, mártir da cobiça Desfilas com a justiça Na estrada das Cavalhadas.” Francisco Paixão, em Vildemoinhos “Bifanas, sangria, vinho, Francisco Paixão, em Sardinhas de Junho Francisco Paixão
O que substituir por sempre?1 ad aeternum, infinito, eternamente, para todo o sempre, de modo eterno, sem fim à vista, sem fim.
Quando acontece sempre a mesma coisa?Significado de Repetitivo
Que faz sempre a mesma coisa; que volta a acontecer novamente; recorrente, frequente.
Quando algo quer dizer a mesma coisa?Assim, um sinônimo é uma palavra apesar de ser diferente, tem o mesmo significado (ou semelhante), e por isso a sua inclusão não altera o sentido do texto em questão. O domínio da língua portuguesa passa pelo conhecimento de sinônimos das palavras, evitando repetir as mesmas palavras durante o discurso.
Qual é o contrário da palavra sempre?jamais, nunca, em nenhum momento, em tempo algum, em tempo nenhum, nenhuma vez. Contrário de frequentemente: 2. raramente, excepcionalmente, ocasionalmente, esporadicamente, eventualmente, escassamente, raro, mal, pouco, dificilmente, infrequentemente, fortuitamente.
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