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A elevação do ácido úrico, também chamada de hiperuricemia, é um problema metabólico bastante comum. Pode ser causado pela produção excessiva do ácido úrico ou pela diminuição da sua eliminação, ou por uma combinação dessas duas condições. As principais consequências clínicas incluem a artrite gotosa, os tofos de ácido úrico e o cálculo renal. Cada vez é mais comum o achado do aumento dos níveis de ácido úrico em pessoas que não tem sintomas.
E qual tem sido a preocupação atual? Várias pesquisas documentaram que o nível elevado de ácido úrico no sangue está associado ao desenvolvimento de diabetes do tipo 2, hipertensão arterial, doença cardiovascular e doença renal crônica.
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Os homens têm mais chance de ter hiperuricemia do que as mulheres. Mas, após a menopausa, as mulheres passam a ter mais risco pois o estrógeno ajuda a eliminar o ácido úrico do organismo.
Pessoas com excesso de peso e obesidade também costumam apresentar mais chance de aumento dos níveis de ácido úrico, o que acaba contribuindo para que elas tenham um perfil metabólico mais desfavorável já que o ácido úrico afeta a ação da insulina e pode levar a disfunção endotelial.
Pesquisas com inquéritos nutricionais encontraram associação entre certos hábitos alimentares e hiperuricemia. O consumo de bebidas alcoólicas, particularmente de cerveja, foi associado a um aumento de ácido úrico. Uma pesquisa que acompanhou muitos homens por 12 anos mostrou que o consumo diário de uma lata de cerveja aumenta em 49% a chance de desenvolver gota.
Carne vermelha, vísceras (como fígado e moela), frutos do mar e cogumelos são ricos em purinas, que quando degradadas foram o urato. Pesquisas associam o alto consumo desses alimentos com hiperuricemia e gota. Já o consumo de lácteos parece ter um papel protetor, pois proteínas presentes no leite aumentam a excreção de ácido úrico pela urina.
Se você está com o ácido úrico elevado é importante buscar auxílio médico para entender a causa dessa alteração e se será necessário utilizar remédios para o tratamento. Mas algumas medidas podem ajudar no controle do problema:
- Beba bastante água para ajudar o organismo a eliminar o ácido úrico;
- Evite o consumo de bebidas alcoólicas, especialmente o de cerveja;
- Consuma pequena quantidade de carne magra. Evite consumir vísceras e miúdos, além de bacon, frios e embutidos;
- Evite frutos do mar como camarão, caranguejo, ostras e polvo;
- Utilize temperos frescos e evite caldo de carne em tabletes, extrato de tomate e catchup;
- Pratique atividade física regularmente.
Publicidade Boa notícia para os amantes de cerveja, mas que evitam bebê-la no dia a dia devido ao fator alcoólico e à quantidade de calorias. A versão sem álcool, além de benéfica para a saúde, é menos calórica e pode até ser aliada
da atividade física. Elaborada com os mesmos ingredientes naturais da versão tradicional – água, malte, lúpulo e levedura -, a cerveja sem álcool é rica em antioxidantes, vitaminas do complexo, ácido fólico e sais minerais. Além disso tem propriedades isotônicas (fornecimento de água e sais minerais perdidos no suor) e apenas 90 calorias, em comparação com as 160 da versão alcoólica. O lúpulo é o grande responsável pelos benefícios à saúde presentes na
cerveja. É nele que estão os polifenóis, antioxidantes poderosos encontrados também no chocolate e em frutas como uva, morango e frutas vermelhas, que auxiliam na prevenção do envelhecimento precoce na melhora da geração de energia dentro das células. Um litro de cerveja sem álcool contém de 400 a 800 miligramas de polifenóis, dosagem suficiente para esse efeito protetor. Já as leveduras são responsáveis pela presença das vitaminas do complexo B e do ácido fólico. As primeiras
contribuem, por exemplo, para a geração de energia nas células. Sua falta no organismo nos deixa cansados e sem energia. Já o ácido fólico é extremamente importante para a manutenção das funções cognitivas. “Por mais inusitado que pareça, quando falamos de cerveja sem álcool estamos falando de uma bebida comum e tão natural quanto outras que não contêm álcool, como suco de frutas. As pessoas tomam tanto refrigerante e sucos industrializados, com aditivos químicos que não
trazem nenhum benefício para a saúde, e muitas vezes nem cogitam beber uma cerveja sem álcool que é natural, hidratante, não tem aditivos químicos e tem muitos nutrientes”, afirma a nutricionista Alessandra Luglio. A bebida também é uma boa opção para o pós-treino. “Ela é hidratante (95% de sua composição é água), rica em vitaminas e sais minerais e contém carboidratos, que são importantes para fornecer energia para o corpo nesse
momento”, complementa Alessandra. Continua após a publicidadeCerveja pós atividade física
De acordo com um estudo realizado por pesquisadores alemães, publicado no periódico científico Medicine and Science in Sports and Exercise, em 2013, corredores que incorporaram a bebida à sua rotina por semanas antes e depois da competição apresentaram redução do quadro inflamatório que causa a dor muscular tardia e incidência de gripes e resfriados. Esses problemas são extremamente comuns em praticante modalidades de longa duração como corrida, ciclismo e natação.
Segundo dados do anuário 2015 da Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CervBrasil), as vendas do segmento de cerveja sem álcool aumentaram 5% nos últimos cinco anos. Entretanto, a categoria representa apenas 1% do total de cervejas vendidas no país.
Na Europa, o cenário é diferente. Na Espanha, maior consumidora da categoria em todo o mundo, cerca de 15% da cerveja vendida é sem álcool. Na Alemanha, famosa pelo consumo da bebida, enquanto o consumo de cerveja per capita tem diminuído, , o consumo da versão sem álcool tem aumentado. Em 2015, a taxa de crescimento dessa categoria foi de 6,6% no país.
Emocional
Há também o benefício emocional de poder tomar uma cervejinha depois do treino ou até mesmo na hora do almoço sem se sentir culpado por causa do valor calórico ou do conteúdo alcoólico.
“Somos seres sociais que nos deixamos levar pelo grupo. Então, muitas vezes, deixamos de fazer alguma coisa que queremos para agradar o grupo e não nos sentirmos excluídos. O consumo de cerveja sem álcool ainda é algo ‘novo’ no Brasil e toda coisa nova, desconhecida, gera apreensão e olhar torto, por falta de conhecimento. A possibilidade de apreciar a bebida que você curte, mas que muitas vezes deixa de consumir porque ela é alcoólica, é uma ótima notícia para quem aprecia o sabor.”, diz a psicóloga Olga Tessari .
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